domingo, 20 de fevereiro de 2011

Zodiaco Sideral e Ocidental




Zodiaco Sideral e Ocidental

Os planetas tem influência vibratória fixa, porém funcionam de maneira distinta em cada um dos signos zodiacais, ou nas casas.

Na Índia , a astrologia sideral é usada por astrólogos.

Astrologia Védica, praticada na Índia desde épocas muito remotas, é fundamentalmente uma Astrologia Sideral e Lunar, com bases filosóficas de difícil compreensão para astrólogos ocidentais.

Na leitura que se segue, é preciso saber que o Zodíaco védico é o sideral, ou seja, de modo diferente da astrologia ocidental, considera a precessão dos equinócios.

Muitas pessoas pensam que a astrologia se baseia nas constelações. Esta confusão existe, porque as constelações tem os mesmos nomes dos signos do zodíaco.

“Estas constelações estão colocadas no caminho aparente do Sol, ou seja, por causa do movimento e da inclinação da Terra no seu eixo, o Sol descreve em volta desta um caminho aparente, chamado elíptica, formando um circulo que é chamado pelos astrônomos e astrólogos de círculo zodiacal.


Este círculo, por tradição, a astrologia determinou que fosse dividido em doze constelações foram dados 30 graus cada, de forma a que a divisão em Casas permanecesse igual para todos. A convenção estabeleceu assim um valor igual para todas as doze casas zodiacais. A primeira constelação, Áries, inicia-se em 20 ou 21 de Março, quando o Sol em seu caminho corta o Equador Celeste. Ali se inicia a Primavera no hemisfério norte e o Outono no hemisfério sul.

Este é chamado de ponto vernal, ou 0º de Áries. O horário em que o Sol corta o ponto vernal é diferente em cada fuso horário.

O sistema astrológico que denominamos de ocidental, é usado desde o antigo Egito e está fundamentado nos 360º elípticos a partir do Equinócio da Primavera no Hemisfério Norte, dividindo-se a órbita em 12 partes iguais de 30º cada uma, que denominamos de Casas.

O caminho efetuado pela Terra em seu giro heliocêntrico é o determinador da mudança das estações, assim como a rotação da terra é determinadora dos dias e das noites. A nossa tradição é baseada na Astrologia do hemisfério norte porque a sabedoria dos povos antigos lá residia.

Os astrônomos (e alguns astrólogos) consideram que os signos zodiacais estão deslocados na elíptica solar, por causa da Precessão dos Equinócios. Isto é, o ponto vernal boreal, ou ponto 0º de Áries, retrógada sobre a elíptica 50’’26 por ano, fazendo com que o Equinócio da Primavera no Hemisfério Norte, e o Outono no Hemisfério Sul, aconteçam em anos sucessivos, antes do que ocorreria se o ponto de Áries permanecesse fixo.

Da mesma forma a precessão de longitude acontece porque o eixo da terra não é fixo, fazendo com que os Pólos Celestes sigam uma trajetória circular, completando um ciclo aproximadamente em 26.000 anos. Desta forma, o movimento de longitude elíptica das estrelas vai aumentando gradualmente com o tempo porque o ponto zero de referência não permanece estacionário.

O ponto que corresponde hoje à nossa estrela Polar (Alfa da Ursa Maior) era na antigüidade (aproximadamente 5.000 anos atrás como citado no Atlas de Hevelius) marcado pela estrela Alfa (chamada de Thuban) de Draconis (ou Draco de Dragão). Este é o dragão vencido por Hercules num de seus doze trabalhos.

No entanto, a astrologia, baseada nos conceitos herméticos e nos arquétipos, permanece a mesma em suas considerações e, a meu ver, terá que aos poucos ser revista e adaptada, possivelmente dentro de 400-500 anos, quando a Era de Aquário virá trazer cada vez mais conhecimentos à humanidade.

Por enquanto, em nossa experiência, ela continua firme em seus conceitos e todo o bom astrólogo traça sem hesitar o perfil psicológico de seu cliente, estabelece os grandes fatos de sua vida, e o aconselha sobre a melhor forma de efetuar suas escolhas e exercer o seu livre arbítrio”. Graziella Marraccini (info@astrosirius.com.br )


“Na astronomia, equinócio é definido como o instante em que o Sol, em sua órbita aparente, (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projetada na esfera celeste). Mais precisamente é o ponto onde a eclíptica cruza o equador celeste.

A palavra equinócio vem do Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar se encontra metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.[2]

Os equinócios ocorrem nos meses de março e setembro e definem as mudanças de estação. No hemisfério norte a primavera inicia em março e o outono em setembro. No hemisfério sul é o contrário, a primavera inicia em setembro e o outono em março.

As datas dos equinócios variam de um ano para outro devido aos anos trópicos (o período entre dois equinócios de março) não terem exatamente 365 dias, fazendo com que a hora precisa do equinócio varie ao longo de um período de dezoito horas, que não encaixa necessariamente no mesmo dia. O ano trópico é um pouco menor que 365 dias e 6 horas.

Assim, num ano comum, tendo 365 dias e portanto mais curto, a hora do equinócio é cerca de seis horas mais tarde que no ano anterior. Ao longo de cada sequência de três anos comuns, as datas tendem a se adiantar um pouco menos de seis horas a cada ano. Entre um ano comum e o ano bissexto seguinte há um aparente atraso devido à intercalação do dia 29 de fevereiro.

Também se verifica que a cada ciclo de quatro anos os equinócios tendem a se atrasar. Isto implica em que, ao longo do mesmo século, as datas dos equinócios tendem a ocorrer cada vez mais cedo. Assim, no século XXI só houve dois anos em que o equinócio de março aconteceu no dia 21 (2003 e 2007); nos demais, o equinócio tem ocorrido em 20 de março. Prevê-se que, por volta do ano 2040, passe a haver anos em que o equinócio aconteça no dia 19. Esta tendência só irá se desfazer no fim do século, quando houver uma sequência de sete anos comuns consecutivos (2097 a 2103), em vez dos habituais três.

Devido à órbita da Terra, as datas em que ocorrem os equinócios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do que quanto está mais longe (afélio).
A Precessão dos Equinócios
http://www1.folha.uol.com.br/horoscopo/historia/a_precessao_dos_equinocios.shtml

O astrônomo grego Hiparco (146-127 aC), descobridor da precessão dos equinócios , separou algumas constelações de outras. Comparando a diferença que havia entre os solstícios e equinócios e as constelações que deveriam surgir por ocasião dos mesmos, com base no calendário de Euctemon, Hiparco verificou o desvio e, depois de corrigido, o zodíaco tropical estava pronto, ajustadas as estações reais às respectivas constelações.

"Os próprios gregos clássicos mantiveram reverência pelas antigas culturas do Egito e da Mesopotâmia e não tinham nenhum pudor em copiar e imitar suas idéias. Os contatos entre a Grécia e seus vizinhos do Oriente Próximo mantiveram-se através de todo o período clássico, notadamente por Pitágoras e Platão. Finalmente, após as conquistas no Egito e na Babilônia, por Alexandre, em 332-330 aC, elementos importantes das culturas do leste Mediterrâneo inteiro misturaram-se para produzir novas crenças e filosofias, notadamente os ensinamentos Herméticos na religião egípcia, o Cristianismo, o Mitraísmo e, a partir do século 3dC, o Neoplatonismo."

(N Campion, The Great Year - pag 163-164).

Astrologia à grega
Os gregos achavam muito importante saber em que grau zodiacal estava um corpo celeste. Era o grau que informava o símbolo relacionado com a função daquele planeta. Moira, ou seja, o grau zodiacal e seu significado eram especiais na análise. A existência física de um corpo celeste em um dado local era secundário.

Esse procedimento era como um reflexo do modo grego de ver o mundo, que incorporava a numerologia de Pitágoras, a teoria dos 4 elementos de Empédocles, a cosmogonia de Platão, além de todos os elementos culturais e religiosos, e das escolas de mistério da Ásia Menor, que formaram o que chamamos genericamente de cultura helênica
Quando o Sol, na sua ronda aparente pela eclíptica, atravessa o equador celeste na primavera - o equinócio vernal - ele "anda para trás " contra o céu das estrelas fixas, cerca de 1 grau a cada 72 anos e ½ .

A oscilação lenta do eixo da Terra sobre sua própria posição faz com que cada um dos pólos trace um círculo cujo raio é de 23o ½ no céu; isso faz com que estrelas diferentes fiquem diretamente acima dos pólos, durante cerca de 25.800 anos.
As estrelas que ficam neste campo são designadas estrelas circumpolares. O deslocamento do ponto equinocial em direção a oeste se dá a 50 segundos por ano. Atualmente, o pólo celestial norte é marcado pela estrela Polaris, da constelação da Ursa Maior.

A incorporação da precessão dos equinócios na prática profissional tem sido, na astrologia contemporânea, um dos eixos principais de debate entre os astrólogos, siderais ou tropicais - esta última modalidade é muito mais difundida e
A Terra, em adição ao movimento de rotação em volta de seu eixo, tem um movimento de precessão envolvendo uma lenta e periódica mudança do seu próprio eixo.

Este movimento dá origem à precessão dos equinócios na qual a posição do Sol na eclíptica na altura dos equinócios, medida em função de um fundo de estrelas fixas, muda gradualmente com o tempo (o Sol parece cruzar o equador no equinócio vernal, ou início da primavera, cada ano um pouco antes do ponto no qual cruzou o equador no ano anterior).

Em astrologia a Era Solar é definida pela constelação na qual o Sol aparece durante o equinócio vernal. Como cada signo do zodíaco tem (em média) 30 graus, cada era solar dura aproximadamente 70anos/grau × 30graus = 2.100 anos. Isto significa que o Sol cruza o equador no equinócio vernal em movimento de retrocesso de ano para ano a uma média de um grau em setenta e dois anos, uma constelação em cerca de 2156 anos e os doze signos em cerca de 25 868 anos (designado Grande Ano Sideral).
Esta é um divisão intelectual do círculo do zodíaco que coincide com as constelações no céu apenas um vez em cada 25 868 anos.

A última vez que este ponto de partida no zodíaco intelectual coincidiu com a constelação zodiacal foi em 498 d.C. Um ano depois destes pontos de ambos os zodíacos estarem concêntricos, o Sol cruzou o equador a cerca de cinquenta segundos de espaço para a constelação Pisces. No ano seguinte estava a um minuto e quarenta segundos em Pisces, e desde então tem vido a retroceder até que na actualidade o Sol cruza o equador a cerca de nove graus na constelação Pisces. Será pois apenas daqui por cerca de 600 anos que cruzará o equador celestial na constelação Aquarius.

Em termos simples, significa que a actual Era de Pisces inciou-se cerca de 500 d.C., dado que foi a última vez que, astronomicamente, o equinócio vernal ocorreu no primeiro ponto da constelação Aries, deixando-a e entrando na constelação de Pisces (altura em que os zodíacos intelectual e natural concordaram). Hoje em dia, o equinócio vernal ocorre, astronomicamente, a cerca de nove graus da constelação Pisces e será apenas por volta de 2600 d.C. que realmente finalizará o movimento em retrocesso por Pisces e entrará na constelação de Aquarius.

Orbe de influência
Acerca dos efeitos visíveis na humanidade, é relatado que temos estado já a sentir as influências de Aquarius (designado como Orbe de influência) no desenvolvimento acelerado a nível individual, social, cultural, científico e tecnológico e na globalização ocorridos por todo o século XX.

Visão geral
Prediz-se que a Era Aquariana será uma era de fraternidade universal baseada na razão onde será possível solucionar os problemas sociais de maneira equitativa para todos e com grandiosas oportunidades para o desenvolvimento intelectual e espiritual, dado que Aquarius é um signo aéreo, científico, intelectual e o seu planeta regente, Urano, é associado com a intuição (conhecimento acima da razão) e percepções diretas do coração e, a nível mundano, este planeta rege a electricidade e tecnologia.

Visão Cristã ortodoxa
Segundo a visão de algumas correntes do cristianismo, a era de Aquário surgiria para substituir a de Pisces (Peixes), sendo que o peixe no caso teria o sentido de representar o símbolo do cristianismo (devido às iniciais de Jesus Cristo em grego), como teria sido usado pelos primeiros cristãos. Assim, era de aquário seria a era definida na Bíblia de domínio do anticristo, a era em que a Terra estaria fora de uma influência cristã e por isso seria uma era de enganos onde o mal seria encarnado e dominaria por uma certo tempo.

Visão da tradição Cristã esotérica
Segundo o Cristianismo esotérico, a cada vez maior proximidade e posterior entrada na Era de Aquarius (Aquário) - a suceder após a actual Era de Pisces (Peixes, ou era regida pela "Espada") - proporcionará à maioria dos seres humanos a descoberta, a verdadeira vivência e o real conhecimento dos ensinamentos Cristãos mais profundos e interiores que Cristo menciona em Mateus 13:11 e Lucas 8:10.

Esta era é vista como uma preparação intermédia para a Nova Galileia: os "novos céus e uma nova terra" que virá num tempo futuro não identificado. Na Era de Aquário que se aproxima é esperada a vinda ("está vindo") de um grande Instrutor espiritual através da escola que funciona como arauto desta era, num esforço "para dar à Religião Cristã um impulso numa nova direcção" [2].

http://pt.wikipedia.org/wiki/
Referências
1. ↑ O Livro de Ouro dos Mistérios da Antigüidade - Peter James & Nick Thorpe, tradução de Laura Alvez e Aurélio Rebelo, Ediouro, pag. 212. ISBN 8500-00870-9
2. ↑ Max Heindel, Colectâneas de um Místico (Capítulo IX: A Volta de Cristo, Capítulo X: A Próxima Era)

Pesquisa realizada por dharma dhannyael

Um comentário:

  1. "Siderais ou tropicais - esta última modalidade é muito mais difundida"
    Não é bem assim.
    O zodiaco tropical só é o mais difundindo entre os europeus e suas colônias.
    O zodiaco sideral é usado no horoscopo chinês, védico, tibetano. Não é só na Índia, é usado em toda a Ásia.
    Temos que lembrar aqui que a índia é o país mais espiritualizado do mundo, no sentido de praticantes de seitas espirituais. Considerar que essa país é o maior praticante da sideral já leva a crer que o sideral é mais praticado (em números de praticantes) no mundo.
    A crença de que o zodíaco tropical é mais difundido provavelmente é balela.

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