sábado, 13 de agosto de 2011

Maitreya




Devayana: O Sendeiro dos Deuses
http://amskueosmcj.blogspot.com/

Pesquisado por dharmadhannyaEL
"...um novo Veículo, Devayana, o "Sendeiro dos deuses" (ou dos Anjos), voltado para a Nova raça em seu alinhamento com o plano dévico."
O Livro do Dharma

ao lado: imagem indiana do Buda Maitreya, com ares aristocráticos.

Uma das formas de designar a nova expressão do budismo universal é como o "Caminho dos Deuses", Devayana, por sua dimensão espiritual própria.
Tratam-se das energias com que trabalha a Nova raça em geral, que ao ser a 6ª Raça-Raiz, ativa as energias do 6° Plano, que é o Dévico, ou seja, o plano em que as energias cósmicas adquirem um verdadeiro padrão de consciência.
E esta realidade diz respeito a uma especial abordagem plenária do universo. O cânone senário representa um inventário completo da dialética cósmica, seus pares de opostos formando um Todo, se bem que não necessariamente integrado em seu conjunto, mas sim em processo de integração.
Tal coisa corresponde as direções cósmicas e tem a ver com os mistérios dos Três Espelhos, abordados de algum modo pelos nahuas e maias, pelos gregos, pelos hebreus, etc.
Na Bíblia, encontramos em vários momentos a presença dos anjos. Aqueles que mais deperto dizem respeito com o presente, são os descritos pelo Apocalipse de São João, na hierofania em que surgem com seis asas (Ap 4,8), no mesmo sentido em que os deuses nahuas e hindús muitas vezes ostentam seis braços, que por vezes também se apresentam simplificadamete como quatro braços , nisto se assemelhando por sua vez a uma descrição bíblica paralela em Ezequiel. Esta última apresenta um simbolismo importante porque integra a famosa mitologia da carruagem celeste, a Mercabah, onde as rodas representam engrenagens cósmicas relacionadas a ciências espirituais como a Astrologia, a Cosmologia, etc.
Ora, esta abordagem plenária do cosmos corresponde a Brahmavidya, a "Ciência da Criação", que fundamenta esotericamente as práticas do Brahmanismo.
No Brahmanismo, a expressão Devayana representa o sendeiro dos deuses, as várias regiões em que se deve passar até chegar ao paraíso de Brahma. Tal coisa não é distinta das seis esferas do Budismo, contidas no Bhavachakra.

A TRADIÇÃO DEVAYANA*

Ainda que a expressão devayana ("caminho dos deuses") tenha sido recentemente atribuída ao budismo, sua origem é antiga na Índia e indica o caminho para o paraíso. No Brahmanismo, existe uma conotação na qual os deuses se dirigem através desta via ao mundo passageiro de Brahma, terminando por representar assim um Sendeiro de Retorno. No Yoga, é a forma como é referido o nadi Pingala, de natureza solar. Diz o Uttara Gita: "Pelo lado direito se extende o nadi Pingala, brilhante e refulgente como um grande círculo de fogo (o sol); este produto de virtude (Pingala) é denominado 'veículo dos deuses'" (II, 11).
Deste modo, encontramos na tradição hindu várias referências a este caminho solar de iluminação, ou a este aspecto positivo e superior da espiritualidade que hoje caracteriza a nova expressão do Budismo.
O veículo budista mais próximo ao Devayana é a linha Vajrayana, de natureza mental e ritualística. Porém, a síntese Devayana é ainda mais avançada, alcançando o plano da matese ou da realização ativa, graças aos vínculos hierárquicos presentes. Da mesma forma como os tibetanos afirmam que o Mahayana se encontra "dentro" do Vajrayana, este também se acha incluído pelo novo veículo. De fato, cada veículo "contém" de forma especial ao anterior.
O Devayana se caracteriza como ocultamente intuitivo e altamente pragmático. Atuando todo o tempo com a representação e a dramatização do processo de iluminação, trata-se de uma Escola de Quarto Caminho e, mais que isto, de pleno Sendeiro de Retorno, voltada para as realizações finais do ser humano, surgindo num momento em que a humani¬dade deve conhecer a iluminação de uma forma massiva, não apenas para o surgimento dos novos arhats, mas de toda uma nova humanidade, na expressão da Quarta Raça sagrada (ou da Sexta Raça-Raiz), a Americana.
O novo budismo é a um só tempo renovador e tradicional. Seus profundos recursos resgatam inúmeros aspectos ocultistas, reunidos numa síntese dinâmica. O antigo budismo –especialmente a rama tântrica preservada no Tibet–, é incorporado ao lado das modernas revelações da sabedoria da Loja Branca, tal como a Teosofia (que ficou conhecida entre outras formas como "Budismo Esotérico") e seu desenvolvimento através da Filosofia Esotérica de Alice A. Bailey, empregados como base de uma nova revelação, posto que o "caminho dos deuses" reflete a Tradição da Cúpula de Cristal dedicada à Hierarquia dos Mestres e dos Anjos que entra atualmente em vigor.
O Budismo surgiu sob o raio da Harmonia-Mediante-o-Conflito, daí haver desenvolvido o Caminho-do-Meio. A transcendência mediante o equilíbrio é uma das grandes características budistas. O chamado "vazio" (sunya), em suas várias expressões, é apenas a consciência neutra ou equilibrada dentro de algum par de opostos. O Budismo Devayana atua diretamente com estes pares de opostos, através dos chamados "Espelhos de Sabedoria". Ele busca estes relacionamentos através de seu inventário dimensional, que inclui especialmente os princípios de hierarquia, de tempo, de espaço e de gênero. Tratam-se, pois, dos aspectos fundamentais da existência, as bases sobre as quais toda a vida está assentada. E sobre estas quatro bases, surgem as Três Grandes Verdades do Dharma Tushita (ou da Felicidade, tushti):
1. O Ser Humano está destinado à Felicidade;
2. A Felicidade reside no Equilíbrio;
3. O Equilíbrio se assenta na Doutrina dos Espelhos de Sabedoria.
Observamos assim que, ao contrário do dharma negativo de Gautama, este focaliza não a dor da existência (tat), mas a felicidade do ser (sat). O próprio vazio não é em si uma meta, posto ser uma condição instável. Ele é colocado como algo dinâmico, na base para algo mais elevado, através de um novo plano de relações. Estes pares de opostos são vistos assim como elementos a serem percorridos no rumo da consumação da condição humana.
O Devayana é assim o veículo dos deuses ou dos iniciados, aqueles que buscam a síntese atuando diretamente sobre as dimensões contrárias e complementares, convertendo as dualidades em dialética. Os devas ou anjos representam também estas energias elementares e as próprias forças da iniciação.


Tushita: O Reino da Felicidade

"Tushita é o estado de felicidade por excelência ...a conquista da verdadeira felicidade depende de elevado poder espiritual adquirido, pois se trata da posse da luz."
"O Livro do Dharma"

A implantação de um Reino de Luz é sinônimo de Idade de Ouro. Que ninguém julgue que a anarquia pode conduzir ao Superior. Ainda assim, pode-se entrever que uma sociedade realmente educada, possa alcançar um grau de autonomia de fato notável (a Índia é hoje um exemplo que surpreende a sociedade mundial). E sem dúvida, é isto que a Hierquia planeja realizar, porquanto o objetivo da nova Dinastia de Mestres é justamente afirmar a soberania da Humanidade como aquele Reino por excelência a ser contemplado e coroado nesta Ronda, e já nesta mesma Raça-raiz em implantação.
Tudo isto partirá, no entanto, da reforma institucional, sobretudo a disposição dos Hierarcas iluminados no governo das nações, especialmente naquele povo eleito no qual surge especificamente o Avatar, sinalizando sua Missão universal.
Esta é uma premissa tradicional e imprescindível em toda a sociedade superior. É um pequeno preço inicial que o mundo deve pagar, ou seja, reorganizar suas instituições de modo a colocar no governo os verdadeiros Iniciados, ou melhor, os próprios Mestres. Ninguém deve ter a ilusão de se poder alcançar grandes conquistas espirituais se forma isolada do Todo. E a síntese entre política e espiritualidade é uma espécie de base universal para a implantação da Idade de Ouro. Deus deseja reinar sobre o seu mundo, e para isto Ele vale-se de seus Representantes, que são um só com a Sua soberana vontade.
Por esta razão, o alinhamento e o serviço ao Reino representam a mais nobre das causas, porque o Reino é uma síntese divina e universal. Daí que todos aqueles que participam da construção do Reino, adquirem méritos cármicos especiais, e se diz que se tornam nobres em suas almas. Qualquer gesto em favor do Reino divino apenas pode render frutos multiplicados, porque não pode haver nada mais importante e sagrado que o Reino.
Através das gerações, o mundo tem sido o espólio do Mal organizado. A tirania e a hipocrisia tem se revezado para dirigir as sociedades, ora aprisionando-a com cadeias externas, ora iludindo-a com a falsa autonomia.
Raros são os momentos em que o Senhor governa realmente o mundo. Ainda assim, nestas fugazes e remotas Idades de Ouro, bases importantes são implantadas, fazendo com que o mundo volte a se aprumar com os desígnios divinos e possa assim dar início a um novo ciclo de civilização.
O Novo Reino a ser implantado no mundo, trará a culminação do Plano divino para a raça humança. Expressará a plena realização dos potenciais da Humanidade, que é o Reino por excelência em desenvolvimento nesta ronda que culmina através da nova Raça-raiz. Daí se poder dizer que a nova grande Ordem espiritual se trata do Reino Humano por excelência...
O Reino em si é certamente o Universo da Luz, pois a conquista da Iluminação coletiva. O dom da Iluminação é a grande dádiva da Nova Raça.
Existe é claro uma Ordem especial para o novo Reino. Neste sentido, par exemplificar, é a primeira vez que uma Dinastia detém uma Triarquia, ou seja, uma hierarquia tríplice de iluminados, sendo capaz, portanto, de se organizar sistematicamente em termos de uma Sinarquia ideal.
Esta será definida pelos graus 4°, 5° e 6°, relacionados respectivamente ao poder material, à esfera religiosa e ao domínio científico, ou seja: tal como apresenta Saint-Yves d'Alveydre a função dos escalões sinárquicos.

Da obra "Dharma - a Canção da Vida", LAWS.
Postado por Editora-Livraria sempre com novos lançamentos
* O Pentalfa, Outono 2001, pgs. 3-4, Sociedade Universalista Nova Albion, PoA, LAWS

Da obra "Dharma - a Canção da Vida", LAWS

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