quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Crianças e o computador. vício jogos eletrônicos Pedagogia


Brincadeira fora de foco. Miopia das crianças
Segundo estudos, em algumas décadas jogos eletrônicos poderão criar uma nação de míopes.
Thamyres Dias Jornal “O Globo” – 09/09/2011

Crianças que passam várias horas do dia em frente ao computador , videogame ou televisão tem mais chances de desenvolver miopia, aponta urn estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 0 motivo, segundo a pesquisa, e um crescimento exagerado dos olhos, provocado pela exposição ao constante a esses equipamentos eletrônicos.


- Com o aumento do globo ocular, que se desenvolve ate os 14 anos, a imagem passa a se formar no lugar errado, antes da retina – explica a presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia a Pediátrica, Célia Nakanami, que participa da pesquisa. O papel da retina no olho é semelhante ao de uma tela de cinema: tudo o que vemos é projetado ali, traduzido e enviado para o cérebro.

Quando as imagens surgem antes da retina, a pessoa passa a ter dificuldade para enxergar o que esta mais longe dos olhos. Em outras palavras, fica míope.

- Depois de algumas horas em frente ao computador, por exemplo, é normal que a pessoa fique com a visão um pouco embalada, o que nós
chamamos de miopia transitória.

Em algumas horas, a dificuldade deveria passar mas, nos casos em que a exposição é constante, vira uma doença permanente – advertiu a especialista, que apresentou o trabalho essa semana no XXXVI Congresso Brasileiro de Oftalmologia, no Rio Grande do Sul.

Atualmente, 10% dos brasileiros tem miopia.

Problema é pior em crianças das classes média e alta.
Atualmente 20% das crianças com idade entre 6 e 14 anos apresentam alguma patologia nos olhos. Destas, de 5 a 10% têm algum tipo de grau e precisam usar óculos.

De acordo com a pesquisa da Unifesp, o problema está diretamente relacionado a fatores sociais. Segundo pesquisadores, quanto maior a renda e a escolaridade dos pais, maior também a chance de que os filhos precisem de óculos.

Entre os alunos de escolas públicas que avaliamos, apenas 5% apresentaram problemas de graus. Enquanto isso, nas escolas particulares, 22% dos alunos usavam óculos – afirmou a presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

Novos hábitos em frente ao monitor. Segundo a especialista, o problema pode se agravar ao longo do tempo com as alterações nos hábitos dos pequenos e de suas famílias.

- as crianças gastam cada vez mais tempo de lazer em frente ao monitor. Isso vai mudar em algumas décadas o perfil da miopia no Brasil como aconteceu em outros países, principalmente na Ásia – alertou Célia.Jornal "O Globo".

Vícios com o Jogos Eletronicos
http://www.radioboanova.com.br/novo/noticia.php?NOTCODIGO=450

Sabemos que brincar, durante a infância faz bem para o desenvolvimento da criança, principalmente as brincadeiras coletivas, ao ar livre e que estimulem o raciocínio e criatividade.

Uma pesquisa da Universidade de Ulster, na Irlanda do Norte, feita com 500 adultos, mostra que os adultos mais saudáveis e ativos, brincaram mais durante a infância.
Já pesquisa feita pela Universidade Yale, dos Estados Unidos, constataram que as crianças educadas com restrições às brincadeiras ou que passaram a maior parte do tempo assistindo TV, jogando videogame navegando na Internet estão mais propensas a desenvolver problemas como obesidade, uso de fumo, drogas e álcool, além de comprometer a atenção e o rendimento escolar.

Outro fator que vem limitando as brincadeiras entre as crianças é o uso excessivo dos videogames. Essa diversão sem controle do tempo de acesso pode causar dependência em jogos eletrônicos. A gravidade da situação levou a especialização de profissionais e a criação de programas específicos para tratar as crianças e jovens viciados em games, além de orientação aos pais.

Segundo o psicólogo Cristiano Nabuco de Abreum, coordenador do Programa de Dependência em Internet do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, o vício nesse tipo de diversão é semelhante a outras dependências. Ele explica que durante o jogo o cérebro libera a dopamina na corrente sanguínea. Essa substância dá a sensação de bem-estar, o que estimula o organismo a buscar cada vez mais essa sensação de prazer e bem-estar. Além disso, por serem geralmente, organismos jovens, o cérebro ainda não está totalmente maduro, em termos de formação, o que dificulta a conter os impulsos.

Sintomas que podem indicar a dependência:
• Necessidade de jogar cada vez mais
• O jogo deixa de ser lazer e passa a ser uma atividade mais importante
• Convivência limitada entre amigos e família
• Interesse excessivo em somente um assunto, perdendo o foco nas atividades cotidianas

Essa dependência ainda é novidade tanto para os pais quanto para os filhos, o que dificulta o diagnóstico. O psicólogo Cristiano Nabuco de Abreum alerta para que haja maior atenção dos pais quanto aos interesses das crianças, tanto no tempo que dedicam em frente a TV e computadores, principalmente no conteúdo acessado e, tão logo seja identificado algo fora de sua rotina, devem buscar auxílio psicológico.
O Ambulatório de Psiquiatria do Hospital das Clínicas em São Paulo está com inscrições abertas para tratamento de dependentes digitais.

Essas observações devem-se aos efeitos da globalização que geraram algumas mudanças no cotidiano de crianças e adolescentes. Evidentemente, não são somente mudanças negativas, porém é necessário adequar a proporção das atividades infantis entre atividades escolares, uso das tecnologias, convivência em a família e, principalmente com outras crianças.

Lembrando que as mudanças são importantes tanto para o desenvolvimento infantil quanto para a sociedade, uma vez que a cultura vem se transformando de acordo com os avanços tecnológicos e mercadológicos.
Naturalmente, as crianças transformam “seu mundo” constantemente e estão cada vez mais em busca de conhecimentos diversos. Desta forma, com o devido monitoramento de pais e educadores, elas podem contribuir grandemente com o crescimento do país. Mas para isso, precisam vivenciar todas as fases, principalmente por uma infância criativa e saudável.

É imprescindível que os filhos estejam integrados ao ambiente familiar, de forma equilibrada, hamoniosa para que haja um bom convívio social e o bem-estar faça parte do desenvolvimento saudável.
Jornalismo RBN

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