quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sabedoria Eterna - Universo uma inteligência invisível e absoluta



Sabedoria      Eterna 
Helena Blavatsky  as Estancias de Dzyan ou o livro da Meditação Mística.

Só existe no Universo uma onisciência e inteligência invisível e absoluta, que vibra em todos os átomos e até no ponto infinitesimal de todo o Cosmo finito que não tem limites, e que os homens chamam de ESPAÇO, considerado independentemente de tudo que contém.

 Mas, a primeira diferenciação do seu reflexo no mundo manifestado é pura mente espiritual, e os seres nele gerados não estão dotados de uma consciência que tenha qualquer relação com a que nós concebemos. Tais seres não podem possuir nenhuma consciência ou inteligência humanas antes que a tenham adquirido, pessoal e individualmente. Isso pode parecer um mistério mas, no entanto, é um fato para a filosofia esotérica, aliás bastante aparente.

Toda a ordem da natureza demonstra uma marcha progressiva para uma vida superior. Existe um desígnio na ação das forças aparentemente cegas. Prova-o todo o processo evolutivo com suas infinitas adaptações. As leis imutáveis que suprimem as espécies fracas e débeis, para dar lugar às mais fortes, e garantem a “sobrevivência dos mais aptos”, apesar de tão cruéis em sua ação imediata — trabalham, todas, para o grande objetivo.

 O simples fato da ocorrência dessas adaptações, de que o mais apto sobrevive na luta, pela existência, mostra que a chamada “natureza inconsciente” é, na realidade, um agregado de forças manipuladas por seres semi- inteligentes (elementais) dirigidos pelos altos Espíritos Planetários; cujo agregado coletivo forma o verbum manifestado do LOGOS imanifestado, e produziu, harmônica e simultaneamente, a MENTE do Universo e sua LEI imutável.

Três representações distintas do Universo nos seus três aspectos distintos estão impressos em nosso pensamento pela filosofia esotérica:

a PREEXISTENTE (derivada da) SEMPRE EXISTENTE; e a (ATUALMENTE EXISTENTE), a FENOMÊNICA

— o mundo da ilusão, o reflexo, e a sua sombra. Durante o grande mistério e o grande drama da vida conhecidos como evolução, o verdadeiro Cosmo é como um objeto colocado atrás da tela branca sobre a qual são projetadas as sombras chinesas que saem da lanterna mágica. As figuras e coisas reais permanecem invisíveis, enquanto os fios da evolução são manipulados por mãos invisíveis; assim, homens e coisas são apenas reflexos, sobre o campo branco, das realidades que estão por trás dos embustes da grande ilusão.

Esses três universos foram transformados em alegorias, nos ensinamentos exotéricos, pelas três trindades que emanam do germe central eterno e com ele formam uma unidade suprema: a tríade inicial, a manifestada e a criadora, ou as três em uma. A última é somente o símbolo, em sua expressão concreta, dos primeiros dois ideais. Por isso, a filosofia esotérica inclina-se para a necessidade dessa concepção puramente metafísica, e proclama a primeira a única sempre existente.

Qualquer que possa ser o destino destas verdades num
futuro remoto, esperamos ter conseguido provar até aqui os seguintes fatos:
(1) A Doutrina Secreta não ensina nenhum ateísmo, exceto no sentido hindu da palavra nastika, ou rejeição de ídolos, inclusive de qualquer deus antropomórfico. Neste sentido, todo ocultista é um nastika.

(2) Admite um Logos ou um “criador” coletivo do Universo; um demiurgo no sentido implícito de alguém que se refere a um “arquiteto” como o “criador” de um edifício, considerando que esse arquiteto jamais pós as mãos num só tijolo do edifício, mas, apesar de ter fornecido a planta, deixou todo o trabalho manual a cargo dos pedreiros; no nosso caso, a planta foi fornecida pela ideação do Universo, e o trabalho construtor entregue às hostes das potências e forças inteligentes. Contudo, esse demiurgo não é uma divindade pessoal — isto é, um deus extra cósmico imperfeito — mas, apenas o agregado das Inteligências Espirituais e de outras forças.

Quanto a essas forças: (3) São de natureza dupla; compõem-se: (a) da energia irracional bruta inerente à matéria, e (b) da alma inteligente ou consciência cósmica, que dirige e guia a energia e que é o pensamento das inteligências Espirituais que refletem a ideação da mente universal.

Isso resulta numa série perpétua de manifestações físicas e efeitos morais sobre a Terra, durante os períodos evolutivos, com o todo submetido ao karma. Já que esse processo nem sempre é perfeito; e desde que, entretanto, deve exibir muitas provas de uma inteligência orientadora existente por trás do véu, ainda mostra lacunas e falhas, e até resultados que muitas vezes são verdadeiros fracassos — conseqüentemente, nem o hospedeiro coletivo (o demiurgo) , nem, individualmente, qualquer das potências em função, fazem jus a honras divinas ou adoração.

 Contudo, todos merecem o respeito agradecido da humanidade, e o homem deveria viver sempre lutando para auxiliar a evolução divina das idéias, realizando o maior esforço possível para transformar-se num co-trabalhador com a Natureza na obra cíclica.

Somente a eterna causa incompreensível e incognoscível, a causa sem causa de todas as causas, deveria ter seu sacrário e seu altar no terreno sagrado e inexplorado do nosso coração — invisível, intangível, inexprimível, a não ser através “da ainda débil voz’ da nossa consciência espiritual.

 Aqueles que a adoram devem fazê-lo em silêncio e na solidão santificada de suas almas; fazendo do próprio espírito o único mediador entre eles e o Espírito Universal, das suas boas ações seus únicos sacerdotes, e de suas intenções pecaminosas as únicas vítimas sacrificiais visíveis e objetivas para a Presença.

(4) A matéria é eterna. a base física para a única mente universal infinita nela construir suas ideações. Portanto, os esoteristas sustentam que não existe matéria inorgânica ou morta na natureza, e que a distinção feita entre ambas pela Ciência é tão infundada quanto arbitrária e destituída de razão. No entanto, o que quer que pense a Ciência.

— e a Ciência exata é uma dama volúvel, como todos nós sabemos por experiência própria o Ocultismo sabe e ensina de modo diferente desde tempos imemoriais — desde Manu e Hermes até Paracelso e seus sucessores.
O universo surgiu de seu plano ideal, preservado por toda a eternidade na inconsciência do Absoluto, essa realidade transcendental na qual acreditam os ocultistas, muitas vezes surgindo apenas como personificação de uma “força por trás dos fenômenos” – uma energia eterna e infinita da qual procedem todas as coisas.


 13 A natureza, encarada em seu sentido abstrato, não pode ser inconsciente, uma vez que é uma emanação e, portanto, um aspecto (no plano manifestado) da consciência ABSOLUTA. Onde o homem ousado, capaz de pretender negar aos vegetais e até aos minerais uma consciência própria? A única coisa que se poderia dizer é que essa consciência está além da sua compreensão.
Pesquisado Por dharma DhannyaEl

Nenhum comentário:

Postar um comentário