terça-feira, 6 de março de 2012

Chakras - cabala

                                                   

Cabala e chakras
Patrick Paul
Pesquisado por dharma dhannya


Este modelo aparece na Árvore da Vida e permite relacionar o que está no alto com o que está embaixo. A energia, ao se desenrolar, desce numa dinâmica que pode parecer surpreendente para quem estudou a Cabala. A energia passa via Binah, Hesed, Geburah e Tiferet e em seguida vai para Hod, Netzah e Yesod. Trata-se da energia de descida que está ligada à força da serpente.

Há um outro possível caminho para a energia, classicamente reproduzido na Arvore Sefirótica como o caminho da espada de Melzah.

Esse desenho é equivalente ao outro. A única diferença é que a energia passa de Tiferet a Netzah e a Hod, em vez de passar de Tiferet a Hod e a Netzah.

O restante é igual. Um é o caminho da serpente e o outro o caminho da espada. Um representa o caminho da involução e o outro da evolução. Estes esquemas podem parecer muito intelectuais, mas correspondem a experiências interiores e de observação da natureza.

A: Não compreendo como um caminho é evolutivo e o outro involutivo se ambos descem? No esquema ambos são descendentes.
P: Tradicionalmente ambos são mostrados como descendentes mas na minha opinião um desce e o outro sobe. Na Cabala, qualifica- se o caminho de Melzah como sendo o descendente.

Ambos os esquemas indicam caminhos sem mencionar, porém, que há um caminho involutivo ou descendente e outro evolutivo ou ascendente. Como tudo saiu do Divino, tudo volta a Ele. O interessante é ver como a energia se desenvolve em cada um desses caminhos que mencionei. Não considerem herético o fato de fazer a energia de Tiferet passar a Hod. Apesar desse processo ser tradicional, quase nunca é ensinado.

A parte superior do esquema da Árvore da Vida está associado ao Logos. De cima para baixo encontraremos, no ponto mais alto do mundo da Criação, a energia associada à Luz e à Vida, situada na sefirah Hesed, cujo equivalente astrológico é Júpiter.

 Continuando o caminho, na parte intermediária encontraremos Geburah, Marte, e a seguir, Tiferet, Sol. Nesse ponto ocorre uma dobradura entre o mundo da Criação e o da Formação e o que está em cima fica embaixo e vice-versa. A parte mais baixa do mundo da Criação estará ligada à parte mais alta do mundo da Formação. Tiferet estará associada a Hod, Geburah a Netzah e Hesed a Yesod. O que está mais alto corresponde ao que está mais baixo e o intermediário corresponde ao intermediário.

O primeiro movimento é iniciado pelo plano que está acima e cria a forma. O que é uma forma, senão um ponto original e três dobraduras. Nós temos por exemplo três eixos, três dobras que são exatamente o simbolismo do corpo humano: direita-esquerda, frente-trás, cima- baixo. Isto demonstra também que há uma relação entre o planeta Júpiter-Hesed e Lua-Yesod, entre Marte-Geburah e Vênus-Netzah e entre Sol-Tiferet e Mercúrio-Hod.

Na relação desse movimento com o simbolismo do chakras, que habitualmente corresponde ao corpo Sutil, duas compreensões são necessárias.
A primeira é que estamos num mundo de dualidade. Há enfrentamento entre Luz e Trevas, entre vida e forma. Esse confronto, que deve ser resolvido, é  simbolizado no mundo do corpo Sutil pela combinação das duas energias centrais e não-duais por essência, que são o Sol-Tiferet e a Lua-Yesod.

 No corpo Sutil, no mundo da Formação, as energias Tiferet e Yesod devem exprimir-se numa relação de dualidade pois nesse mundo não há unidade, e a energia de Yesod é retirada de sua posição de base para formar par com Tiferet num mesmo centro e num antagonismo recíproco. A energia que substituirá Yesod é Binah, Saturno, que tem a mesma qualidade de matriz de formas.

A Luz original, a matriz de toda a Criação é a energia saturnina, cujo simbolismo equivale a Yesod, pois trata-se de uma energia lunar subjacente à cruz da manifestação. Corresponde ao que será posteriormente o centro Basal. De fato, há uma relação Satumo-Jupiter em cima, Marte-Vênus no meio e Sol-Lua-Mercúrio embaixo.

Alto: 2 ‘ (Júpíter e Saturno)
Meio: ri’ (Marte e Vênus)
Baixo: 0- (Sol-Lua e Mercúrio)

Esse modelo, que representa uma transformação progressiva e uma passagem do corpo Causal ao corpo Sutil, irá na última dobradura inverter completamente o de cima com o de baixo. No corpo físico o que está em baixo fica em cima e o que está em cima fica em baixo. Teremos então no ponto mais baixo o que está no ponto mais alto, ou seja, teremos embaixo Saturno, seguido de Júpiter, Marte, Vênus, Mercúrio e em cima Sol-Lua. Eis aí a ordem estabelecida simbolismo dos seis primeiros chakras.

Na parte baixa do corpo físico temos as energias de potência, de forças primárias. São energias tão potentes que temos dificuldade em geri-las e integrá-las, Devido a isso, a Luz essencial aparece para nós na parte baixa do corpo como muito tenebrosa. As energias da parte alta do corpo físico são emocionais com Vênus, mentais com Mercúrio.

 A energia Solilunar no centro Frontal está ligada ao sistema nervoso e ao cérebro. Se tomarmos o cérebro de forma global sua característica é lunar, porém se considerarmos como dois hemisférios cerebrais, o direito e o esquerdo, veremos que representam o simbolismo Solilunar.


Fiquem por enquanto com as noções dessas seis energias de base ligadas duas a duas, pois o centro Coronário situa-se fora do corpo físico.

Nas energias de baixo temos Satumo-Jupiter, cuja relação é com a Luz; nas energias intermediárias, Marte-Vênus, há uma relação estreita com o Calor e nas energias Mercúrio-Sol-Lua, com o Som. Cada centro, no emparelhamento dois a dois, assinala a polarização yin-yang de uma mesma energia.

O centro Frontal leva-nos a uma experiência de Som-Ressonância que poderíamos classificar de yang. O centro Mercurial, mental, é o aspecto yin do Som, uma espécie de forma verbal. Marte é o aspecto yang do Calor, exteriorizado, enquanto Vênus é o aspecto yin, um Calor interiorizado. Júpiter é o aspecto yang da Luz, enquanto que Saturno é o aspecto yin da Luz. Com relação a Saturno é preciso compreender que sua Luz tem urna dupla face, e que é apenas na aparência que Saturno, ao substituir a Lua, funciona no aspecto yin.
Som: O Yang Yin

Calor: Yang
Luz: - Yang
-Yin

A kundalini, que é Eros e posteriormente Psiquê, constitui a parte saturnina aparente, enquanto criadora de formas. Há também a parte saturnina oculta, isto é, a capacidade íntima da experiência não dual da Luz. E por essa razão que precisamos subir por todos os chakras, abri-los, para em seguida descer e despertar a kundalini. Na verdade, trata-se de um grande mistério, enquanto experiência interior, do qual posso apenas explicar os mecanismos.

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