sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Caminho dos sonhos. O Oráculo sagrado da Alma.

                                                          

O Caminho dos sonhos.
O Oráculo sagrado da Alma.
 Dharmadhannyael
 “Os sonhos nos mostram como encontrar um sentido em nossas vidas, como cumprir o nosso destino e realizar o  potencial maior de vida que há em nós”. (Marie Louise Von franz)

A linguagem dos sonhos é universal e inconsciente. Decifrar os enigmas que nele configuram não é uma tarefa fácil, porque o inconsciente se revela através de imagens, metáforas e símbolos, numa forma de expressão intimamente ligada a arte. Estas imagens estão presente de maneira similar em todas as épocas. Os sonhos revelam a história da humanidade, a história pessoa e familiar encontrada  nos mitos, lendas e contos de fadas de todos os povos, de todas as culturas.

Na antiguidade, as pessoas usavam seus sonhos como um oráculo, um instrumento, para obter respostas as suas indagações ou para curar suas moléstias.

 “Nossos sonhos, possuem uma inteligência superior, uma sabedoria e uma perspicácia que podem nos orientar. Eles nos mostram aspectos de nossa vida atual e nos alertam sobre os perigos, predizem eventos futuros e nos proporcionam “insights” reveladores”.

Os sonhos não nos protegem, das vicissitudes e doenças da nossa existência — mas, nos fornecem  uma linha mestra de como lidar, com esses aspectos, como encontrar um sentido em nossa vida, como cumprir nosso dharma. O mundo onírico pode s terapêutico, se estabelecermos com ele, um diálogo orientador.

O homem sonha com aquilo que ele que faz parte da sua existência, as imagens podem revelar  e que nos falam da nossa estória; a personalidade pode ser a protagonista e todos os personagens  revelam aspectos do nosso “eu” , tudo aquilo que entra em nossa mente faz parte do nosso mundo interno. E o cenário do filme nos pertence ele acontece na história do mundo.

As  emoções movimentam e “vestem os personagens. Tudo aquilo que identificamos por empatia ou por uma atitude reativa nos pertence. O amor e ódio são emoções que  mobilizam nosso inconsciente e é lá que a estória acontece.
O apego nos aprisiona no cenário do sonho que escolhemos por necessidade.

 Estabelecer um contato com o inconsciente, com o nosso mundo interno, com o nosso xamã interior, nosso curador, “daimon” é possível. A magia dos nossos sonhos exige muita paciência, e humildade, diante do mistério, deste oráculo sagrado.

As pesquisas de Patrícia Garfiedi, com  a tribo Senoy, na Malásia, cuja cultura e costumes demonstram fortes evidências  no sentido, de que o uso dos sonhos é um elementos básico, para a obtenção da maturidade e ajuste social entre os componentes do grupo.

Os senoys um povo primitivo acreditam que todas as atividades, do nascimento à morte, são em sua maior parte, determinadas pelos sonhos e, por isso, conseguiram preservar a sua cultura e seus costumes, com sabedoria e intuição. As neuroses e psicoses, como nós conhecemos s são consideradas inexistentes, entre eles - o espírito de cooperação e solidariedade lidera entre eles.

Quando  a violência começa a surgir diariamente em nossos sonhos  é necessário pensar no cenário e nos personagens que estão envolvidos em nossa vida. Os sonhos podem revelar premonições e sinalizam para as nossas emoções, e os personagens podem indicar o nosso ódio, raiva e o desejo de destruição.

Nosso turbilhão emocional nos une com uma egrégora similar e nos une no cenário da vida com situações, pessoas e oportunidades que nos levam a viver em nossa realidade o nosso mundo emocional inconsciente por identificação, e assim escrevemos nosso destino.

O homem é aquilo que ele vive a pensar, suas emoções comandam o barco do seu destino e a necessidade move o mundo. 

No processo de formação do ego, certas atividades e tendências inatas do indivíduo serão aceitas pela mãe ou pela família e outras atividades e impulsos serão negativamente valorados, portanto rejeitados. A crise do treinamento da higiene pessoal (toilet-training) simboliza muitas outras interações mais sutis em que a identidade do ego da criança em crescimento é moldada pelas preferências e aversões das pessoas de quem ela depende.

As tendências e os impulsos rejeitados pela família não são simplesmente perdidos; tendem a se aglomerar como imagem do alter ego, logo abaixo da superfície do inconsciente pessoal. Esse alter ego é o que Jung chamou de Sombra, porque, quando uma parte de um par de opostos é trazida para a “luz” da consciência, a outra parte rejeitada cai, metaforicamente, na “sombra” do inconsciente.

Como o conteúdo ou as qualidades da sombra eram potencialmente parte do ego em desenvolvimento, que foram controladas, não aceitas pela família, pela sociedade continuam comportando um sentido de identidade pessoal, mas de uma espécie rejeitada ou inaceitável e usualmente associada a sentimentos de culpa.

 Uma vez que a sombra( tudo aquilo que eu renego em mim, ou não é aceito pelas leis ou sociedade) foi dinamicamente dissociada da identidade do ego dominante no decorrer do desenvolvimento inicial, seu possível retorno para reclamar uma parcela de vida consciente provoca ansiedade.

 Grande parte do trabalho de rotina da psicoterapia e da análise consiste em criar um lugar onde seja seguro reexaminar o conteúdo da sombra e possivelmente integrar muito do que antes fora descartado pela divisão (splitting) inicial, na formação do ego.

 Muitos atributos naturais da psique que estão dissociados na infância são realmente necessários ao saudável funcionamento adulto. Os impulsos agressivos e sexuais, por exemplo, são com freqüência dissociados, dado que sua expressão na infância seria imprópria ou culturalmente inaceitável e embaraçosa para os pais; mas essas qualidades são essenciais para a personalidade adulta normal, quando podem ser moldadas e integradas de um modo inacessível à imatura estrutura do ego da criança. Outras qualidades, mesmo a livre expressão da inteligência inata, podem ser do mesmo modo dissociadas na sombra.

A integração consciente do conteúdo da sombra tem o duplo efeito de ampliar a esfera de atividade do ego e libertar a energia previamente necessária para manter a dissociação e repressão das qualidades da sombra.

O indivíduo experimenta isso, amiúde, como uma nova vida.

Porque a sombra é potencialmente ego, é tudo aquilo que está inconsciente, tudo aquilo que foi rejeitado em nossa vida, ela tende a possuir a mesma identidade sexual do ego, masculina no homem e feminina na mulher. Além de ser personificada em sonhos e material de fantasia, a sombra é, em geral, projetada em pessoas do mesmo sexo, muitas vezes alguém ao mesmo tempo antipatizado e invejado por ter qualidades que não estão suficientemente desenvolvidas na imagem dominante do próprio indivíduo.

Podemos carregar uma sombra de uma pessoa vencedora, empreendedora, e que não nos identificamos e nem aplaudimos... Então podemos sonhar que queremos destruir o nosso amigo vencedor.

Estruturas relacionais:
anima/animus e persona.
A identidade realçada do ego, formada por meio da assimilação de partes da sombra, manifesta-se mais claramente quando da necessidade de relacionamento com os outros. As duas formas estruturais facilitadoras dessa tarefa de se relacionar são a anima ou o animus e a persona.

Quando integro a sombra na consciência  ela é reconhecida como parte de si mesmo. Uma vez reconhecida, a sombra, como parte de si mesmo a consciência expande e a Personalidade cresce espiritualmente. A sombra é eterna, estará sempre ao lado do indivíduo e nossas escolhas definem o lugar da nossa sombra em nosso consciente e inconsciente.

Uma mulher sonhou com a imagem de Shiva dançando, mas era uma sombra; neste caso podemos pensar que o Divino está inconsciente e que a consciência do Divino (do Self) como parte de si mesmo irá iluminar sua consciência.

O homem quando se apaixona por uma mulher  está projetando a imagem da mulher que ele tem internalizada, e a primeira mulher que o home tem contato é a mãe ou substituta. Para o homem a mãe é o Primeiro “gancho” a receber a projeção da anima na sua infância. Mas se não houver uma relação afetiva de amor pode haver uma internalização de uma anima má, cruel, agressiva, e que é inconscientemente projetada; e assim, o homem no seu processo inconsciente  sempre está ligado a mulheres parecidas com a sua mãe.

 “Para o filho, a anima oculta-se no poder dominador da mãe e a ligação sentimental com ela dura às vezes a vida inteira, prejudicando  gravemente o destino do homem ou, inversamente, animando a sua coragem para atos mais arrojados” Jung

Podemos encontrar uma imagem masculina (animus), na psique de uma mulher, e uma imagem feminina (anima), na psique de um homem. Jung observou tais imagens nos sonhos e no material de fantasia de seus pacientes, apercebendo-se de que essas imagens se revestem de tamanha importância que sua alienação poderá produzir um sentimento descrito pelas culturas primitivas como “perda da alma”.

Aquele que amamos e admiramos carrega a imagem do nosso “parceiro interior” ou anima ou animus confere uma qualidade de fascínio à pessoa que a “contem”.

O modo usual como a anima ou o animus é experimentado é o de uma projeção numa pessoa do sexo oposto. Em vez de uma projeção da sombra, tal projeção da anima ou do animus confere uma qualidade de fascínio à pessoa que a “contém”. “Apaixonar-se” é um exemplo clássico de mútua projeção de animus e anima entre mulher e homem.

Durante essa projeção mútua, o sentimento dc valor pessoal de um indivíduo é encarecido na presença da pessoa que representa a imagem da alma em forma projetada, mas pode resultar numa correspondente perda de alma e num vazio, se a conexão não for mantida.

 Essa fase projetiva, a identificação inconsciente de uma outra pessoa com a imagem da alma na própria psique de um indivíduo, é sempre limitada no tempo; cessa inevitavelmente, com variáveis graus de animosidade, porque nenhuma pessoa real pode estar de acordo com as fantásticas expectativas que acompanham a imagem projetada da alma. E, com o fim da projeção, a tarefa de estabelecer uma relação genuína com a realidade da outra pessoa se apresenta.

Consideradas como estruturas da psique, as imagens anímicas de anima e animus, mesmo em projeção, têm a função de ampliar a esfera pessoal da consciência. Seu fascínio estimula o ego e o impele para modos de ser que ainda não foram integrados. A retirada da projeção, se acompanhada pela integração do conteúdo projetado, leva inevitavelmente ao aumento do conhecimento consciente. Se a anima ou o animus projetados não forem integrados, ao se retirar a projeção, o mais provável é que o processo volte a ocorrer com alguma outra pessoa.

A Persona é a função de relacionamento com o mundo coletivo exterior. Persona é um termo derivado da palavra grega para “máscara”, que comporta implicações quanto às máscaras cômicas e trágicas do teatro grego clássico. Qualquer cultura fornece muitos papéis sociais reconhecidos: pai, mãe, marido, esposa, médico, sacerdote, advogado etc. Esses papéis envolvem modos geralmente esperados e aceitáveis de funcionamento numa cultura, incluindo até, com frequência, certos estilos de vestuário e de comportamento. O ego em desenvolvimento escolhe vários papéis, integrando-os mais ou menos na identidade do ego dominante.


Nacy Qualls-corbett no livro “A Prostituta Sagrada” nos esclarece sobre a anima nos sonhos.

“O feminino interior constitui, literalmente, o conteúdo que preenche os sonhos. Na maioria dos casos a anima, nos sonhos, assume a forma de mulher de verdade, cujas características pessoais são significativas para aquele que sonha. Ela pode vir a ser alguém com quem ele tem alguma associação em sua vida exterior, ou alguém completamente desconhecido. De domínio ainda mais profundo do inconsciente surgem imagens arquetípicas da natureza feminina, formas simbólicas revestidas de emoção.

Imagens revelam valores de civilizações antigas, tiradas das profundezas recônditas de nossa inconsciência também podem nos iluminar, desvendando aspectos de nós mesmos que foram reprimidos ou ignorados.

Enterramos tais imagens quando criam conflito com algum valor ou atitude consciente; consequentemente, perdemos o significado que elas simbolizavam. Novos modelos ou imagens tomam o lugar delas. Da mesma maneira que as pequenas estátuas de barro simbolizando a comunhão entre sexualidade e espiritualidade, as imagens antigas tornam-se inacessíveis à nossa compreensão consciente; também uma fonte de energia vital acaba por escapar do nosso alcance.

No corpo do pensamento psicológico desenvolvido por
- C. G. Jung, tais imagens são consideradas como “arquetípicas”. Arquétipo é uma forma preexistente que integra a estrutura herdada da psique comum a todas as pessoas.Estas estruturas psíquicas são dotadas de forte densidade emocional. O arquétipo, como entidade psíquica, é envolvido por energia que possui a capacidade de ativar e transformar conteúdos conscientes. Quando o arquétipo é constelado, isto é, ativado, a liberação dessa energia específica é reconhecida pela consciência e sentida no corpo através de emoções.

 Assim, por exemplo, quando o arquétipo da deusa do amor é constelado, ele nos imbui da vitalidade do amor, da beleza, da paixão sexual e da renovação espiritual.

Jung escreve que a perda de arquétipo “dá origem àquela horrível ‘insatisfação em nossa cultura” Sem o feminino vital para contrabalançar o princípio patriarcal coletivo, há certa esterilidade na vida. A criatividade e o desenvolvimento pessoal são asfixiados.

No seguinte sonho, a deusa do amor aparece sob forma simbólica, como pomba. Paul era um suíço de 40 anos, divorciado duas vezes, e cada vez mais infeliz com uma terceira parceira, O sonho ilustra, a nível arquetípico, a negação tanto da verdadeira mulher quanto do próprio feminino interior de Paul, sintomas de sua atitude inconsciente em relação à deusa e sua dádiva de amor.

Eu caminhava com E. Peguei na mão alguma coisa que encontrei na rua. Tenho a sensação de que o objeto está adquirindo vida. Mostro-o a E, que agora virou D. O objeto transforma-se em porco. O bicho começa a dar voltas, procurando alguma coisa para comer. Tenho no bolso umas migalhas e dou-lhas em minha mão. Mais tarde ele se transforma em pomba branca. Dirijo-me a um jovem: “Você vê, ele é como você, tão perto da morte quanto da vida”.

Depois a pomba morre outra vez. Estou num quarto e o jovem a traz a mim. “Veja o seu porco-pomba.” Ele está novamente morto, e o rapaz o atira na mesa. Ele está vivo de novo, e pula para o chão. Tenho a impressão de que está procurando um lugar para morrer em paz. O rapaz não manifesta qualquer tipo de sentimento diante da situação. Não me lembro bem da cena seguinte, mas parece haver algum vínculo entre a pomba branca e D, que jaz em algum lugar, morta.

Em suas associações, Paul identificou E como uma companheira de infância que ele conhecera quando tinha cinco anos de idade. A amizade entre eles perdurou até a adolescência. Ela acabou se tomando sua primeira namorada, e ele se recordava dela com muita ternura. Foi com ela que ele sentiu pela primeira vez o amor — Afrodite, cujo símbolo tradicional é a pomba branca.

No sonho, a pomba aparece primeiro como porco, da mesma família que a pomba, embora ainda não tão evoluído ou refinado. A associação que Paul faz com pombos está no fato de que ambos comem e se acasalam o tempo todo. Os pombos estariam relacionados com a paixão arrebatadora própria dos jovens.

O jovem no sonho era um aspecto da sombra de Paul, um puer aeternus ou menino eterno.’2 O lado da sombra talvez não entrasse num relacionamento maduro, e ele renegava a fonte mais profunda de amor, a deusa. Havia o potencial para a vida, mas também para a morte psicológica. A pomba viva, a pomba morta e a pomba morrendo que se alternam relacionam-se com a maneira como Paul experimentava seus relacionamentos com mulheres.

No sonho parece haver a possibilidade de o amor sobreviver, mas o puer, o lado sombra de Paul, não tem sentimentos para com ele, para o que o amor é. Do ponto de vista psicológico, isso indica estágio primitivo de desenvolvimento da anima.

D era a mulher com quem Paul vivia, mas ela era também figura interior da anima que aparecera sob forma positiva em sonhos anteriores. Ela era a mulher humana que trazia a deusa do amor para o contato terreno efetivo; isto é, ela trazia Paul para o chão — o que, evidentemente, seu puer sombra não gostava.

O clímax do sonho fala diretamente dos pensamentos conscientes de Paul sobre deixar a parceira mais urna vez. E não apenas seu parceiro de alma interior perderia a vitalidade e a ligação com a deusa do amor, que é o aspecto feminino do Si-mesmo, como a verdadeira mulher experimentaria uma espécie de morte.

Homens, quando jovens, podem suportar a perda da anima sem grandes sacrifícios, pois é o seu lado masculino da consciência que tem que ser desenvolvido e reconhecido.

Mas, na segunda metade da vida, nova valorização da natureza feminina, tanto interior quanto exterior, deve ser estabelecida a fim de que o homem se torne capaz de manter relacionamento amoroso maduro, e de entrar em contato com a sua vida interior. 13

 Quando não há sacrifício de exigências imaturas do ego, ou de valores masculinos puramente coletivos, certa rigidez sedimenta-se, certo empedernimento em relação ao prazer da vida; e resta apenas um impulso compulsivo pelo poder ou pelo ganho material.
O sonho de Paul indica posição regressiva, enquanto não demonstra sentimentos ou remorsos pela morte tanto da deusa, como portadora do amor divino, quanto da mulher humana, que na psicologia desse homem corresponderia à prostituta sagrada.

Falando da anima, Jung observa que “se as figuras inconscientes não forem reconhecidas e admitidas como agentes espontâneos, tornamo-nos vítimas de crença unilateral no poder da consciência”.14

Governado apenas pela posição masculina consciente, o homem perde o contato com a sua alma, O princípio de Eros, o sentimento da relação, deixa de ser operativo; conseqüentemente, o homem permanece desligado, incapaz de experimentar tanto suas próprias emoções, quanto a sua natureza espiritual.

Nessa situação, a consciência do ego, em sua forma racional e ordenada, fortifica-se contra aquilo que é experimentado como efeito desorientador do feminino:

O autodomínio é ideal tipicamente masculino, que deve ser alcançado às custas da repressão do sentimento, O sentimento é virtude especificamente feminina... Tentando atingir seu ideal de masculinidade, o homem reprime todas as suas características femininas — que, na verdade, são parte dele.”15

Se o ego se sente ameaçado pelo caráter sobrenatural do feminino, uma forte defesa se desenvolve, surtindo numa superidentificação com papéis masculinos da persona. Esses papéis podem ser culturalmente definidos ou relacionados com as máscaras que o indivíduo usa na vida profissional.

 Frequentes vezes o homem não consegue diferenciar entre sua identidade essencial e sua persona, tomando-se apenas a máscara.

Esta era a situação psicológica de Carlos quando começou a fazer análise. Ele era um ministro ordenado, muito habilidoso em seu papel e também como administrador. Seu colarinho clerical era o emblema através do qual se identificava. Era admirado publicamente por sua capacidade, mas encontrava-se profundamente só. Matinha talvez um ou dois relacionamentos nos quais depositava sua confiança e demonstrava seus verdadeiros sentimentos.

 Além do mais, seu relacionamento consigo mesmo parecia-lhe uma confusão interminável e desalentadora. Sua preocupação no momento era um sentimento de vazio muito profundo e certa esterilidade em sua vida”.

3. “A Psychological View of Conscience,” Civilization in Transition, CW 10, pag 847. CW refere-se à The Collected Works de C. G. Jung. Uma discussão mais extensa sobre arquétipos aparece adiante, no capítulo 2.
4. “Concerning the Archetypes and the Anima Concept”, The Archetypes and  Coilective Unconscious, CW 9i, pag. 141.
12. Maria-Loui8e von Franz, Puer Aeternus: a Psychological of the Study  Struggle with the Paradise of Childhood.
13. Veja a seção abaixo: “O desenvolvimento da anima na meia-idade.
14. “Commentary on The Secret of the Golden Flower”, Alchernical Studies, CW 13, par. 62.
15. “Mind and Earth”, Civilization in Transition, CW 10, pag 79.

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