terça-feira, 11 de abril de 2017

Festival da lua cheia de Aries - RESSURREIÇÃO PARTE III

                                                  


 Meditação da Lua Cheia de Áries - Festival da Páscoa - 
RESSURREIÇÃO EM ÁRIES PARTE III - Esotérico
  
abril
11
Cheia
Áries - Festival da Páscoa
6.00

2017
Torkon Saraydarian

Havia um grande mosteiro numa das pequenas vilas da Rússia, onde as pessoas vindas da cidade se reuniam e celebravam a Páscoa. Em 1925, no dia da Páscoa, os líderes do Partido Comunista organizaram um programa para falar contra a idéia da ressurreição e provar como Era  ridículo o conceito da vida após a morte.

Alguns dos oradores mais dinâmicos usaram todo o seu talento para convencer as pessoas de que a morte era o final verdadeiro da vida. Milhares ouviram em silêncio. Após terem esgotado o assunto, um jovem camponês subiu á plataforma e exclamou em voz alta: “Cristo ressuscitou da morte!” Como o estrondo de um oceano, a multidão respondeu: “Bendita seja a ressurreição do Cristo!”

Os líderes partidários se entreolharam e um deles disse: “A vida não pode ser negada. Não percamos nosso tempo lutando contra a vida.” Há uma profunda verdade nas palavras desse materialista: a vida não pode ser negada.

A ressurreição é uma experiência de ampliação de vida. Sua celebração se inicia na natureza. Na primavera, o fogo que existe no coração de cada semente, planta, árvore, animal e aspirante desperta, tornando-se uma chama. Temos as chamas verdes da grama, das folhas, dos arbustos e das árvores.

Temos a sinfonia ardente do vermelho, do púrpura, do verde, do azul, do laranja, do amarelo e do violeta das flores. Temos a chama das canções vibrantes dos pássaros, a chama da atração no reino animal, a chama do amor, da alegria, da aspiração e da esperança no coração humano — como se toda a Natureza estivesse dançando na chama da ressurreição.

O maior presente de Cristo para a humanidade é o conceito da ressurreição, que nos foi dado quando o Sol estava na constelação de Áries. Áries inicia um novo ciclo, que, como uma espiral de fogo, permite o nascimento de uma nova expressão do Espírito.

A Igreja cristã celebra a ressurreição do Cristo. Por dois mil anos, a ressurreição, como uma grande visão, penetrou na consciência da humanidade e acendeu o fogo da aspiração para novos valores e vitórias transcendentais sobre a matéria.
A Páscoa é uma grande festa que traz uma nova maré de alegria e elevação para a humanidade. Nessa época, milhões de pessoas elevam seus corações e almas para a alegria da vitória do Espírito sobre a matéria. Esta é a última esperança da humanidade.

O homem prossegue no seu caminho de evolução através de uma visão que é a sua esperança futura, o seu eterno ímã, o empurrão que o faz avançar pelo caminho da liberdade.

A ressurreição é um processo firme e contínuo de execução do Plano Físico Cósmico, uma firme unificação com o nosso Eu verdadeiro, um firme processo de transformar-se em Fogo e tomar-se Um. Ë o afastamento do Espírito em relação à matéria através do processo de adaptação e de vitória sobre esta. Aprendemos que a ressurreição significa a volta ao estado original do ser.

A Sabedoria Atemporal ensina que o homem é um raio que irradia do Sol Espiritual Central que eventualmente penetra numa camada de trevas comparativas chamadas Plano Físico Cósmico. Esse Plano é composto das camadas densa, líquida, gasosa, etérica, emocional, mental, intuitiva e três pianos muito sutis. Aprendemos que o piano mais escuro é aquele onde a matéria está em constante movimento e mudança.

O raio penetrou nas camadas mais inferiores deste plano e foi capturado na armadilha da matéria. Passaram-se milhões de anos para que o raio pudesse despertar e se apropriar da matéria para usá-la e para saber onde ela se encontra, o que poderia fazer e como poderia escapar dessa armadilha.

Também aprendemos que o nosso Sol, à medida que caminha pelo Zodíaco, durante um mês a cada ano, faz a energia de Áries penetrar em cada Raio adormecido e o sacode para despertá-lo e fazê-lo prosseguir em sua viagem de regresso ao lar.

Aproximadamente a cada vinte e cinco mil anos, nosso sistema solar entra no signo de Áries e, por cerca de dois mil anos, sua energia acende continuamente a luz das Centelhas adormecidas, inspirando-as com o fogo da ressurreição, com o espírito da determinação para lograr a libertação. Através desta energia ciclicamente liberada sobre o Plano Físico Cósmico o processo da ressurreição continua.

O Raio-Centelha tem que voltar através dos sete planos do Plano Físico Cósmico, criando em cada subplano uma nova forma, um novo reino e, eventualmente, liberando-se da matéria inerente. Isto é feito através do processo de iniciação. Cada iniciação é um passo da ressurreição. Na Sétima Iniciação, o Iniciado passa pelas sete camadas da matéria e toma-se um Senhor da Ressurreição.

Uma das primeiras Centelhas que atingiu essa vitória completa sobre a matéria foi Cristo. Através da Sua vitória, Ele construiu para nós um caminho de retomo, “da escuridão para a luz, do irreal para o real, da morte para a imortalidade”.

Durante milhões de anos, as Centelhas viajam de um reino para outro até atingir o reino humano. Neste reino, após milhões de anos de sofrimento, de dor e de desilusão, elas compreendem a seu tempo Sua prisão e tentam elevar-se e voltar para Casa.

O caminho da ressurreição passa do reino mineral para o vegetal. Deste, a Centelha sobe para o reino animal. Depois deste, Ela penetra no reino humano. Do reino humano, a ressurreição continua através do quinto, do sexto e do sétimo reinos.


Em cada um a Centelha brilha com maior beleza e criatividade, conseguindo um melhor esclarecimento sobre o propósito da Vida Única. Assim, com sete passos gigantescos, a Centelha retorna à Sua fonte original, e se converte num Ressuscitado.

É muito interessante notar que, depois de a Centelha pene humano, o progresso do Espírito não é automático ou inconsciente. O processo da ressurreição deve continuar conscientemente com a ajuda do guia interior. O homem verdadeiro é aquele ressuscitador e o que é ressuscitado. A centelha terá de lutar muito para sublimar seus veículos. Outro ponto interessante uma pessoa não pode ressuscitar a menos que trabalhe e se sacrifique para ressuscitar outros.

Depois da ressurreição, ele é uma Centelha livre que pode qualquer plano ou nível sem limitação. Isto é o que Cristo quer que entendamos. No corpo físico, Ele demonstrou poderes espirituais superiores. Demonstrou que uma pessoa pode ser “semelhante a um Deus na Terra”. E disse “Sede perfeitos como Meu Pai que está nos céus é perfeito.”

A ressurreição não é uma fuga, mas um domínio. No nível humano, é realizada através da energia da vontade aplicada conscientemente à tríplice e às condições que apresentam obstáculos no caminho.

Todo o Ensinamento do Cristo foi uma instrução acerca da  ressurreição:
-  pureza,  amor, sacrifício, perdão
-  inocência, serviço, empenho

Cultuando essas virtudes, ressuscitamos das limitações da Personalidade. e tomamos contacto com a atração do ímã Divino dentro de nós e do universo.

Há outro fato a respeito da ressurreição. Aprendemos que quando as pessoas estão atrasadas em sua evolução, elas necessariamente não continuam uma vida consciente, mas ingressam num estado inconsciente e renascem no devido tempo.

Quando uma pessoa que trabalhou arduamente no caminho da ressurreição desaparece, ela sabe que deixou o corpo físico e que deixará o corpo astral e, conscientemente, liberta-se das armadilhas deste mundo prosseguindo no mundo mental sem perder a continuidade da consciência.

 Ela não apenas mantém  essa continuidade, como também permanece em contacto com seus alunos e discípulos e colaboradores, transmitindo-lhes grande coragem, inspiração e sabedoria para que continuem no seu caminho de ressurreição. Esta pessoa está sempre desperta, e, quando chega o momento do renascimento, está totalmente ciente de todo o processo da reencarnação. Esta é um estágio mais avançado do caminho da ressurreição.

A ressurreição, que é um fato natural, deve ser uma técnica aplicada conscientemente na vida humana. Para elevar-Se ao próximo reino, a Centelha ser capaz de se afastar dos planos físico, emocional e mental, penetrando, a seu tempo, nas esferas intuitiva, planetária, solar, galáctica e Cósmica da consciência.

O primeiro passo consiste em libertar-se de suas limitações físicas. A pessoa deve suplantar as urgências e impulsos escuros do corpo físico, herdados da natureza animal.

Em seguida, deve tentar ressuscitar de suas limitações emocionais, tais como: encantos, emoções negativas, autopiedade, suscetibilidade, ódio, ciúme, medo, avareza, e outras. A esfera emocional é uma selva muito escura na qual pessoas e nações podem ser apanhadas por um longo tempo até que, afinal, se sintam em casa.

Os que trabalham arduamente no plano emocional através da devoção e aspiração serão capazes de penetrar no plano mental. Este é uma prisão em si mesmo, devendo-se tomar cuidado para não nos apegarmos a ele. Este plano pode ser deixado para trás somente através da meditação e do pensamento correto. O plano mental também tem suas armadilhas. São elas:
Ilusões, vaidades, orgulho, separatismo, egoísmo


Todas elas pertencem à mente inferior do quarto reino.
Há um grande hiato entre a mente inferior e a superior. O homem só pode escapar da mente inferior quando constrói uma ponte entre o quarto e o quinto reinos.

 É a ponte do Arco-íris, ou_Antahkarana, a linha de comunicação entre a mente inferior e a Tríade Espiritual, ou esferas mental superior, intuitiva e volitiva. Por esta ponte é que o homem pode se afastar “das trevas para a luz, do irreal para o real, da morte para a imortalidade, do caos para a beleza”. Tudo isso significa que o homem agora está trilhando o caminho da ressurreição conscientemente e com compreensão total do processo.

A ressurreição não é apenas a sobrevivência consciente depois da morte do corpo físico, mas a sobrevivência consciente depois da morte dos corpos astral e mental, e mesmo após a morte de todo o Plano Físico Cósmico.

A ressurreição verdadeira só pode ser atingida quando uma pessoa deixa o Plano Físico Cósmico com toda a sua glória, beleza, ilusão e “maya”. É bom não esquecer que este Plano é uma armadilha para a Centelha Divina, como o nosso corpo físico é uma armadilha para a alma humana.

A transição de um plano para outro não criará nenhum hiato na consciência daqueles que constroem a sua continuidade. O medo desaparecerá por completo. “. . . Por amarem indevidamente o que é material e odiarem perder contato com o aspecto formal da natureza, os homens temem a morte!”
A vitória sobre a morte é conseguida na Quinta Iniciação. Neste estágio, o medo da morte desaparece, porque revela-se ao Iniciado que a vida na manifestação física é morte.

Na Sétima Iniciação, o Iniciado realmente aprende que a vida É, e que Ele é vida, e que Ele torna-se Um com o Doador da Vida: a Vida Solar. Isto é revelado na sua Iniciação. Cristo ingressou nesta Iniciação neste planeta há dois mil anos, e disse: “Eu sou a Vida.” Com este pronunciamento Ele indicou o caminho para ressuscitar e aboliu o medo e a morte.

Podemos viajar pelo caminho da ressurreição se não criarmos continuamente obstáculos cármicos em nossa vida. Aprendemos que os que são ligados à Terra, os criminosos, os suicidas, os que conscientemente agridem as pessoas criando obstáculos no seu caminho, ou os que cometeram o suicídio, terão grande dificuldade de entrar na senda da ressurreição, porque seu carma os prenderá à Terra. A ressurreição é um progresso firme em liberdade. Devemos ter um grau considerável de liberdade do carma para entrar na senda da ressurreição.

O Mestre Tibetano diz:
“.... Eu sugeriria o seguinte: recusem-se a permitir que qualquer psicose de medo os arrebate ou os lance numa atitude pela qual a ansiedade, o cansaço e a angústia no mundo os subjuguem. Empenhem-se em permanecer como ser espiritual. A cada manhã, na sua meditação, procurem tomar uma atitude com uma nova determinação e mantê-la durante as horas de serviço que se sucedem durante o dia...

Desde agora até o Festival de Wesak... tentem obter o controle da palavra que com freqüência tem sido a sua meta raramente atingida, e lembrem-se de que o fator mais poderoso no controle da fala é um coração amoroso.

 A conversa maldosa, medrosa, a tagarelice odiosa, a insinuação cruel, a suspeita, a atribuição de um erro e motivos perversos de pessoas e povos. . . trouxeram para o mundo o estado atual de angústia. . . Resguardem-se vigorosamente contra isso.

Também é aconselhável cultivar a alegria que traz a força. Este não é um tempo de tristeza, de desespero ou de depressão...
Conseguirão manter consigo as idéias abaixo?
Primeiro, que a Hierarquia das Forças espirituais mantém-se no Ser espiritual.
Segundo, que nós também estamos no Ser espiritual.
Terceiro, que o silêncio de um coração amoroso deve ser a nossa tônica.
Quarto, que a firmeza para resistir é o resultado de uma atitude alegre e uma verdadeira orientação para a alma.2

Esta é uma grande preparação para a lua cheia de Wesak. Enquanto o Mestre Tibetano estava dando Sua mensagem de Wesak de 1939, a energia de Shambala fazia contacto direto com a humanidade. Ele descreveu a seus discípulos, revelando que:
- a Hierarquia se levanta como um grande muro protetor e que Buda
e o Cristo ainda estão conosco;

2. a humanidade tinha estado exposta a várias tempestades e sobrevivido a muitas dificuldades; os homens tinham emergido de períodos de crise melhores e mais fortes, purificados “como se fora pelo fogo”e definitivamente mais próximos do objetivo;

3. que somos um só povo, e que devemos manifestar a mesma boa vontade para todas as partes da humanidade.3

O pensamento esotérico nos ensina que há uma grande Vida no Espaço chamada o Espírito da Ressurreição. Mestre Djwhal Khul, falando acerca da ressurreição, disse:
“Estas forças novas e restauradoras estão sob a direção e controle Daquele que poderíamos chamar de Espírito da Ressurreição. Esta Entidade espiritual viva, trabalhando temporariamente sob a direção do Cristo, é Quem restaurará a vitalidade dos objetivos espirituais do homem e a vida de seus planos; Quem engendrará uma nova vitalidade necessária para implementar as tendências da Nova Era; e Quem guiará a humanidade para fora da caverna escura da morte, do isolamento e do egoísmo na direção da luz do novo dia.”4

A Sétima Iniciação ocorre no Plano Logóico. Os sete planos são:
7. Físico
6. Emocional
5. Mental
4. Búdico
3. Átmico
2. Monádico
1. Logóico


Também aprendemos que dois grupos de Seres muito avançados executam a cerimônia, O primeiro grupo se chama Os conhecedores do propósito; o segundo grupo se chama Os sábios e as energias atraentes de Shambala.

No Plano Logóico, “. . . mantém-se uma eletricidade dinâmica num grande reservatório de potência dirigido por esses dois grupos que personificam a vontade e a qualidade da vontade da Divindade, por nós chamada de Vontade para o Bem.”5

“Esta sétima iniciação propicia ao iniciado o direito de ir e vir nas cortes de Shambala.

Toda iniciação causa um efeito, Este pode ser somente no corpo físico, natureza emocional ou mental do iniciado, afetando exclusivamente somente a ele, ou à sua família ou grupo mais chegado, ou incluso nas iniciações mais elevadas, sua nação.

 No entanto, na Sétima Iniciação, o efeito se espalha por toda a humanidade. Este efeito se expressa como uma forte urgência de liberdade e de liberação até a expansão da consciência e a um novo nível de existência.

No momento em que se ingressa na Sétima Iniciação, a estrela de cinco pontas que brilhava sobre a nossa fronte transforma-se numa outra de sete pontas, e o homem penetra na Chama.7

Aprendemos que:
Na quarta iniciação recebe-se a Palavra para o plano mental mais elevado.
Na quinta iniciação revela-se a Palavra para o plano búdico.
Na sexta iniciação, a Palavra para o plano átmico.
Na sétima iniciação, dá-se a Palavra para o piano monádico.

Nesta iniciação, o tríplice AUM, em seu caráter verdadeiro, se revela o Buda iluminado, podendo ele então manipular a energia nos seis mundos ou planos.8

O Mestre Tibetano diz:
A sétima iniciação está separada de toda consideração formal e o iniciado se torna um ponto concentrado de luz viva; sabe de maneira indescritível que vida é tudo o que É, e que é esta vida e sua plenitude real que o tornam parte DAQUILO que existe fora da Vida planetária; ele poderá não fazer parte agora dessa Existência extraplanetária na qual nosso Logos planetário vive, se move e possui o Seu ser.9

A ressurreição do Espírito é um processo duplo: a destruição e a construção. O espírito deve expandir e libertar-se. Esta expansão e libertação não são possíveis, a menos que a forma na qual o Espírito está limitado seja destruída.

A forma pode ser física, emocional, mental ou etérica superior, e sua destruição é feita simultaneamente com a construção de formas novas.

O Primeiro Raio de Áries executa o trabalho de destruição; o Sétimo, o trabalho de construção. Civilizações, inclusive as culturas, são formas coletivas. Precisamos de novas civilizações, de novas culturas, se quisermos progredir no caminho da ressurreição. As velhas formas devem morrer para libertar o Espírito.

As formas emocionais são grandes obstáculos no nosso caminho. A maneira como sentimos, reagimos e respondemos emocionalmente através dos tempos possui formas cristalizadas; desejos mundanos pesados, encantos, ligações, preconceitos, superstições, e todos devem passar, à medida que o Espírito avança no Seu caminho de ressurreição.

As formas mentais devem ser continuamente destruídas e novas formas devem ser construídas para que nenhuma ilusão, fanatismo ou formas de pensamento cristalizadas e obsoletas bloqueiem o caminho do Espírito no seu Avanço na reta da ressurreição.

Existem também formas superiores de pensamento que nos conduzem ao prazer e alegria e que, a seu tempo, deveriam ser destruídas. Naturalmente, é difícil nos afastarmos desses obstáculos, porque toda a nossa cultura está orientada para o prazer e a alegria.

Contudo, foi-nos dito que até mesmo o Ressuscitado teve de renunciar e libertar-Se inclusive de qualquer dessas sensações para penetrar nos estados em que nenhum mecanismo humano ainda é capaz de registrar. Não nos esqueçamos de que todas essas sensações estão relacionadas com o Plano Físico Cósmico, e que aquele que está se preparando para ultrapassá-lo deve aprender a renunciar.

Certa vez, um sábio revelou que o maior poder é o da renúncia. Outro acrescentou que se cumpre o carma e todos os débitos são pagos quando finalmente renunciamos.

Na época da Páscoa, o passo mais prático para um aspirante é descobrir uma limitação em sua personalidade e tentar superá-la. Pode ser o obstáculo de um hábito, encanto ou ilusão. Uma vez descoberto, o aspirante deve lidar com ele de uma forma inteligente e superá-lo.

 É fácil fazer isso na Páscoa porque as energias estão presentes, e, quando o tentamos, as energias ajudarão. A Páscoa deve ser um período de grande esforço para ressuscitarmos do túmulo das nossas limitações e obstáculos pessoais a fim de que brilhemos como Almas.

A nova Religião do Mundo basear-se-á na idéia da ressurreição. A ressurreição é um processo de desapego consciente do Ser em relação ao não-ser. Historicamente, o tema da ressurreição foi levado à consciência do povo pelos discípulos do Cristo. Este passou pela Sétima Iniciação depois da crucificação, quando Jesus venceu a morte.

Na religião cristã, há dois símbolos esotéricos para a ressurreição:
1. o túmulo e o Cristo ressuscitado; e
2. o ovo e a galinha.

O túmulo é a matéria de onde o Espírito deve brotar. O ovo é a personalidade da qual deve surgir a alma. O Plano Físico Cósmico é um ovo do qual o Espírito da humanidade deve ressurgir. Cristo é o símbolo da Vida.


Nos antigos mistérios há muitas referências à ressurreição que eram dramatizadas em várias cerimônias e simbolismos. Por exemplo, no Egito, o candidato capaz de chegar à Câmara do Rei e passar em várias provas era colocado no sarcófago, onde permanecia por três dias num estado de suspensão de consciência. Depois desse tempo, era levado ao topo da pirâmide onde, junto com os primeiros raios do Sol, recuperava a consciência.

No antigo Egito, Osíris foi morto e ressuscitou. Um de seus nomes era “Deus ressuscitado”. É interessante notar que os egípcios celebravam a ressurreição na primavera. Os egípcios cobriam a imagem de Osíris com um pano preto e o carregavam em procissão, celebrando então a Sua ressurreição. Também sabemos que o filho de Osíris, Hórus, ressuscitou. Havia também Ádis que ressuscitou em 25 de março.

A Pérsia e a Armênia tinham Mitra, que ressuscitou em 25 de março. Aprendemos que na véspera da ressurreição os sacerdotes declaravam que “Mitra voltou da morte”; em seguida havia uma grande celebração com velas acesas.

Também sabemos que Remo, uma encarnação de Vishnu, serviu e sacrificou sua vida e, por fim, ascendeu ao céu, reassumindo Sua Essência Divina. Zoroastro, reconhecido como mensageiro de Deus, ascendeu ao céu depois de Seu sacrifício e depois de ter terminado Seu trabalho na Terra. Conhecemos a tradição do salvador mexicano, Quetzalcóatl, que foi morto e ressuscitou. Lemos as mesmas histórias sobre outros Grandes que ressuscitaram na índia, no Tibete, na China e na África.

A diferença entre essas ressurreições e a do Cristo é que, embora tenham conquistado a morte, Cristo conquistou também o Plano Físico Cósmico como um todo.

Mencionam-se nove iniciações na Sabedoria Atemporal.

1. nascimento
2. Batismo
3. Transfiguração
4. Crucificação
5. Revelação
6. Decisão
7. Ressurreição
8. Transição
9. Recusa

A Ressurreição é a Sétima Iniciação. Nos ensinamentos religiosos, o mistério da ressurreição não é esclarecido. As pessoas dizem que “Mitra ascendeu”, ou “Jesus ascendeu”, “Ádis ressuscitou” ou “Cristo ressuscitou”. As palavras “ascendeu” e “ressuscitou” são utilizadas indistintamente. Mas nos ensinamentos esotéricos “ascender” significa vencer a morte. Este poder é obtido após a Quinta Iniciação.

Contudo, a ressurreição está ligada à Sétima Iniciação, quando o Plano Físico Cósmico é conquistado e o iniciado adquire poder sobre os sete fluxos cósmicos de energia chamados Raios.

O ponto mais destacado na vida do Cristo é a Sua ressurreição. Na história da humanidade aprendemos que ninguém atingiu essa grande Iniciação tão rapidamente como o Cristo.

Não há paralelo em toda a história da humanidade. Lemos que Jesus saiu do túmulo, recuperou Sua consciência no plano físico denso ao mesmo tempo que ocorria um evento paralelo no Plano Físico Cósmico superior, o Plano Logóico, onde o Cristo começava a Sétima Iniciação — a Ressurreição.

Ninguém pode comprovar o fato da ressurreição, mas aqueles que avançam ano após ano e conquistam suas naturezas física, emocional e mental, a seu tempo tornam-se ativos nesses planos que não são físicos, não ficando mais condicionados pela consciência física. Uma vez tendo esta experiência, a realidade da ressurreição surge na sua alma.

Compreendem que a ressurreição é o processo de retirada para a Fonte onde se é realmente livre, em glória e harmonia com o Divino Todo.

Algumas pessoas pensam que a ressurreição é uma fantasia. Isso talvez seja certo para elas, mas não para os que vêem intuitivamente o futuro da semente espiritual humana. Há cem anos, se disséssemos a alguém que poderíamos ir à lua, ou fotografar planetas e até visitá-los, seríamos colocados num hospício. Hoje nos chamariam de ignorantes se não acreditarmos nessas declarações.

Disseram-nos que quando o Cristo reaparecer entre os homens terá início “O período da ressurreição que o Cristo inaugurará e que constituirá Seu único trabalho...”10

No ciclo que o Cristo inaugurará depois do Seu reaparecimento, o objetivo de todos os ensinamentos religiosos no mundo será a ressurreição do espírito na humanidade; enfatizar-se-á a existência da natureza do Cristo em cada ser humano e o uso da vontade na realização desta transfiguração da natureza inferior. A prova será a ascensão do Cristo.

As pessoas acham que algo é real se esse algo existir. Isso é verdade, mas há uma outra maneira de olhar a realidade. As coisas são reais se fizermos com que existam. O homem está ocupado com milhões de coisas que não existiam até que ele as fez existir. Isso no se aplica somente às coisas objetivas, mas também aos objetos subjetivos.
As atividades mentais superiores não existiam no homem primitivo; mas, com luta e esforço contínuos, ele criou as atividades abstratas e um mecanismo abstrato, até que começaram a surgir vários gênios em diversas áreas.

Quando o homem criou o avião, dissemos “isto é real”. Mas antes de tê-lo criado, o homem construiu alguma coisa em seu mecanismo mental que o capacitou a criar o avião. O mesmo se aplica à continuidade da consciência ou imortalidade. Os que não a atingirem no serão imortais. Os que não ressuscitarem em determinados ciclos no serão ressuscitados, mas continuarão a existir como elementos da Natureza.

A continuidade da consciência e a ressurreição são o resultado de um desejo intenso e da decisão de criar a continuidade da consciência e de alcançar a ressurreição. Esta não existirá se não fizermos existir. O homem tem o poder de se recriar, ou de se destruir.
Na lua cheia de Áries, somos lembrados a iniciar uma nova vida e a fazer que as coisas existam, coisas que nos capacitarão a ter um novo acesso aos mistérios da criação.

1.     Bailey, Alice A., The Rays and the lnitiation, p. 731.
2. Bailey, Alice A., The Externalisation of theHierarchy, pp. 81-83.
3. Idem,pp.79-80.
4. Ibid.,p. 457.
5. bailey, Alice A., The Rays and the lnitiations, p. 733.
6. Ibid.,p. 735.
7. Bailey, Alice A., Initiation, Human and Solar, p. 161.
8. Idem, ibidem.
9. Bailey, Alice A., The Rays and the Initiation, p. 732.
10. Bailey, Alice A., The Reappearance of the Christ, p. 23.
11.Ibid., p. 30.




Postado por Dharmadhanna
Psicoterapeuta Transpessoal
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