terça-feira, 24 de julho de 2012

A CURA ESOTÉRICA - UM DESÍGNIO SUPERIOR





A CURA ESOTÉRICA - UM DESÍGNIO SUPERIOR
Alan Hopking
Resumo
“A meditação rege todas as expansões da consciência.”

Alguns fatores na saúde e na doença
Pode-se dizer que a saúde normal está presente quando há uma inter- relação harmônica entre o indivíduo e seu meio. Essa relação — que não é estática, mas sim dinâmica — envolve o entrelaçar de forças de entrada e de saída em cada nível da consciência e em cada campo de atividade.

 Ela jamais pode ser determinada com precisão, pois está em constante movimento e processo de reajuste. Quando tanto o fluxo de entrada quanto o de saída são normais — isto é, normais para a pessoa em questão —, há uma tendência para o bem-estar e a felicidade.

 Em outras palavras, enquanto isso ocorre, a pessoa se sente bem ajustada às circunstâncias imediatas, sejam elas quais forem, e portanto está vivendo em harmonia consigo mesma e com o mundo.

As três leis da saúde
Existem três leis que controlam o bem viver, ou seja, regem a pessoa cujo corpo está em harmonia:

1. A lei que rege a vontade de viver. Ela diz respeito ao Primeiro Aspecto da Vontade e do Poder (Pai, Shiva, Vida, Espírito). Essa lei controla o sistema respiratório.

2. A lei que controla a qualidade do ritmo. Ela diz respeito ao Segundo Aspecto do Amor e da Sabedoria (Filho, Vishnu, Alma, Consciência) e controla o sistema cardiovascular e o sistema nervoso.

3. A lei que controla a cristalização. Ela diz respeito ao Terceiro Aspecto da Inteligência Ativa (Espírito Santo, Brahma, Matéria, Aparência). Essa lei controla o sistema metabólico (os órgãos de assimilação e excreção) (Bailey, 195 1-70, v. 4, p. 106).

Doença
Na cura esotérica, nós tentamos definir a doença dc um modo que de alguma indicação da causa. Assim, dizemos: a doença é o resultado de uma inibição do fluxo de energia da alma para o corpo. Ela  é um processo de liberação porque, quando fica doente, a pessoa se abre para uma maior percepção da alma - um aspecto da consciência  que não se expressava no momento.  (Bailey,  1951-70, v 4, cf. “lei ep.32) )


A. A doença é uma coisa incompreensível para todos nós. Seja ela o que for, sua causa remonta à parte perdida do passado do planeta, algo que poderíamos chamar um tanto vagamente de “mal cósmico” e data do “começo” da vida conforme o conhecemos.

Mas em alguma parte de nós há conhecimento dessa causa. Este livro nos diz muito do que sempre intuitivamente consideramos verdade, só que não conseguíamos expressar em palavras!

B. Causas de época. O progresso humano é possibilitado pela Lei do Renascimento. Ela estimula a alma a reencarnar, ou seja, a escolher e construir periodicamente — “vida após vida por anos sem fim” — veículos físicos, emocionais e mentais apropriados, por meio dos quais é possível aprender as necessárias lições seguintes.

A história da humanidade, ao longo de muitos milhares e dezenas de milhares (ou mesmo milhões) de anos, nos levou a detectar três complicações principais nos campos de força herdados por cada pessoa que nasce:
a. Má aplicação da energia de procriação;

b. Mau emprego dos poderes psíquicos inferiores para a satisfação de desejos pessoais e egoísticos;
Má aplicação de idéias e pensamentos com a finalidade de obter poder pessoal.
Essas complicações têm contestado os ideais de justiça, fraternidade e liberdade.

C. Falta de alinhamento e controle da alma, o verdadeiro eu. Toda doença decorre do mau emprego da força nesta uu em alguma vida anterior.

 Isso é o que se chama “má administração da força”, seja do indivíduo cm relação a si próprio, a outros ou ao meio ambiente. Abaixo desta causa maior, encontramos várias menos importantes, isto é, as causas etéricas que levam a epidemias; as causas psicológicas que levam a irritações e preocupações; obsessões, depressões, e os problemas relacionados à raiva, ao ódio, à dor, ao ressentimento, etc.;

as causas mentais, que levam ao fanatismo, ao idealismo frustrado, etc.; e as “causas discipulares”, que acometem os que têm maior inclinação mística e os que seguem um caminho mais mental (esotérico).
D. Excesso ou escassez de energia, já que ela revitaliza e perpassa os centros, percorrendo a coluna etérica até a cabeça etérica (Bailey, 195 1-70, v. 4, p. 270). Esse é o resultado do mau emprego da força, seja por parte de indivíduos ou de grupos, seja em alguma vida anterior ou nesta (p. 112). Na verdade, a doença raramente tem origem individual (p. 31).

E. Três premissas fundamentais: primeira — sozinhas, as condições subjetivas ou interiores não podem causar doenças; segunda — o elemento subjetivo é um fator causativo (3) (p. 309) quando colabora com as tendências herdadas pelo corpo físico, já que a alma escolhe encarnar num determinado corpo físico;

 terceira — sozinha, uma condição exterior não pode ser um fator causativo. Portanto, no que diz respeito ao indivíduo, nenhuma enfermidade tem origem puramente subjetiva ou psicológica, mas deve-se a causas exteriores e interiores (p. 74).

F. Cerca de 90% das causas de doenças encontram-se no corpo astral. 4 O mau emprego da energia mental e a má aplicação do desejo são fatores primordiais. Como a maior parte da humanidade ainda está nos estágios atlantes de consciência, apenas 5% das doenças prevalecentes se devem a causas mentais.

 A doença é, portanto, uma manifestação de problemas vitais, emocionais e mentais indesejáveis. O restante das enfermidades é causado por influências externas: vírus, bactérias, acidentes e razões puramente físicas.

G. Muitas doenças são de origem grupal ou decorrem de infecções ou subnutrição — vista do ângulo físico, subjetivo e ocultista.

H. As doenças das massas — para o cidadão comum, para a intellgentsia e para os discípulos — variam muito e possuem diferentes campos de expressão.

- As doenças Sociais (lemurianas),
-  Câncer (atlante) e
- Tuberculose (ariana) afetam as pessoas comuns (que não seguem o caminho espiritual).
- Os problemas cardíacos e
- as doenças nervosas afetam a intelligentsia e os discípulos.

1.     Outras causas de doença podem ser relacionadas como:
-  inerentes ao solo;
- kármicas (5);
      - nacionais; raciais;
      - devidas a acidentes;
- a um conflito de forças;
- desejo desenfreado ou inibido;
- formas de pensar dominantes;
-  fricção de substância atômica;
- frustração de ideais;
- distorção da bondade, beleza e verdade;
- separação;
- falta de coordenação etérica;
- concentração na personalidade;
-práticas espirituais erradas; e por aí vai.

 Em suma, a doença se deve a “relacionamentos desarmônicos”, que, por sua vez, podem ser definidos como bloqueio da liberdade da vida e da energia que brota da alma, o eu superior.

Embora seja um fato da natureza, a doença é também o resultado do mau uso da força. Quando isso for aceito, começaremos a trabalhar com a Lei da Liberação, com o pensamento certo, que leva a orientação e atitudes certas, e com o princípio da não-resistência.

Precisamos lembrar-nos também que a Lei de Causa e Efeito — ou do Karma — rege todas as doenças. O karma se alonga profundamente no tempo e no espaço.6

Vista de outro ângulo, a doença tem a ver com “alimentação” e “comida”, pois envolve a assimilação de energias em todos os planos da vida e da consciência. Mesmo a comida “de verdade” (verduras, frutas, leite,  etc.) não é senão a consolidação de energia superior para uso pelo corpo físico.

 Mantendo uma dieta à base dos alimentos mais puros (e não nos enchendo de carne animal), teremos mais facilidade para abrir a consciência para uma expressão mais plena, assim evitando ou superando a doença, principalmente nas primeiras etapas do Caminho.

Finalmente, atentemos para mais uma abordagem da doença e sua cura, abordagem essa que é especialmente relevante quando estamos curando um determinado centro (ou chakra, como se diz no oriente). DK diz que toda “causa” implica a idéia de dualidade — aquilo que inicia e aquilo que é produzido simultaneamente pela iniciação.

 As duas idéias são inseparáveis. Ele afirma ainda que o verdadeiro efeito envolve na realidade uma terceira idéia [...]; assim, os efeitos sempre são produzidos por uma justa posição dos pares de opostos (Bailey, 1962, pp. 798-99).

 Isso nos obriga a trabalhar o sintoma ou efeito vivido pelo paciente como resultado de uma  justaposição de centros. Observe também ele envolve três forças e, assim, um triângulo de energia.

 Esse movimento de energias em torno das pontos de um triângulo diferencia em força e eficácia a cura esotérica de qualquer outro tipo de cura dos corpos sutis.

Fazendo as forças fluírem

Portanto, a doença é um bloqueio, seja ele uma entidade em si (karma) ou uma falta de expressão consciente. Surge então a necessidade de liberar as forças para que fluam através do corpo, a fim de incorporar aspectos mais amplos do eu.

Para tanto, as pessoas geralmente buscam a ajuda de um especialista em quem confiem. Que terapia elas escolhem?

- Cirurgia (a primeira e mais preguiçosa opção, ou último recurso);
 - métodos ortodoxos que usam poderosas drogas químicas sintéticas (as quais o corpo, tendo evoluído por milhões de anos, não consegue reconhecer e contra as quais reage — daí os efeitos colaterais);

-  terapias “naturais” à base de ervas em várias formas (muito seguras e fundamentadas num conhecimento adquirido ao longo de centenas de anos):
- herboristas (caso deste autor),
- homeopatas, aromaterapeutas, naturopatas;
- terapias dietéticas, em geral à base de vitaminas; e métodos orientais.

Há ainda as terapias manipulativas da quiropraxia e osteopatia, que visam realinhar o sistema ósseo do corpo. Há, igualmente, as muitas terapias que lidam com as emoções das pessoas — psicoterapia, psiquiatria, hipnoterapia, terapia de casal. E há, por fim, várias formas de terapia de cura — terapia de cores, terapia de cristais, imposição das mãos e cura espiritual.

Todos esses métodos médicos se inserem em um dos seguintes grupos:
1. Terapias paliativas
2. Terapias psicológicas
3. Terapias espirituais.

Cada pessoa escolhe uma terapia conforme sua necessidade e crença. A primeira categoria lida essencialmente com o corpo; a segunda lida com as emoções e a mente inferior, o que afeta o corpo; e a terceira lida basicamente com a alma da pessoa, o que afeta a personalidade e o corpo.

Entretanto, pode-se dizer que a maioria das atuais terapias “espirituais” não atinge a Alma.  

Do ponto de vista esotérico, a verdadeira cura — aquela que muda a vida e a motivação interior das pessoas — só pode acontecer quando a alma do paciente também está envolvida.

A verdadeira cura  dificilmente é súbita, pois requer mudança, ajuste e reorientação de dentro. Ela exige que a pessoa tome decisões dentro de si mesma, decisões de alma, e não decisões da personalidade.

 Ela geralmente exige mudança mental e emocional gradual, por meio de disciplina e treinamento auto-impostos. Mas a verdadeira cura geralmente também implica novos hábitos do corpo, mudanças nutricionais e mudanças referentes à forma física, tipos de diversão e de relaxamento.

A cura esotérica influi em tudo isso por dentro. Nada é imposto de fora ao paciente. Posteriormente, veremos que em uma consulta são ditas poucas palavras, seja pelo agente de cura, pelo paciente ou pelos agentes de cura em relação ao paciente.

 É um trabalho de meditação, interior, uma mudança sutil de energias e forças que o paciente empreende intimamente como reação ao desafio do agente de cura.

Meditação
A meditação regular é considerada um pré-requisito para todos aqueles que almejam praticar a cura esotérica. Um dos aforismos que coloquei no monitor do meu computador diz: “A meditação rege todas as expansões da consciência.”

 É um lembrete para que, a fim de viver a vida de modo criativo e inclusivo, eu trabalhe para expandir minhas fronteiras por meio da meditação. Ela constitui um momento de recolhimento para a exploração dos reinos da alma.

O caminho da meditação tem muitos riscos, devidos em grande medida a nossa necessidade de viver num mundo tão movimentado. No entanto, essa atividade do mundo também funciona como salvaguarda para nós. Meditar demais ou muito frequentemente pode criar problemas sérios psicológicos e até fisicamente, de modo que precisamos, nunca se exceda além dos limites.
O horário da meditação é tão importante quanto o das refeições ou da escovação dos dentes. A regularidade o manterá sempre nutrido.
Postado por Dharmadhannyael

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