terça-feira, 7 de agosto de 2012

Nossas forças Mentais em ação realiza milagres


                                                            

Nossas forças Mentais em ação realiza milagres
AMEMO-NOS A NÓS PROPRIOS

Quando disse: “Vinde a mim todos vós que estais sob um pesado fardo e eu vos darei descanso”, quis dizer: — Vinde a mim, que represento esta grande e incompreensível Lei da Natureza.
Se aqui estivesse agora, ele diria, para dar exemplo da Lei:

“Tenho na mente uma coisa a fazer. Confio no forte desejo de fazê-la. Peço sabedoria para dirigir meus atos. Emprego meu corpo na ação, à medida que o espírito me dirige.

Se não posso ver claramente o caminho, ainda assim confio no desejo ou poder do Infinito de que sou parte, sabendo que a Forma que pus em movimento está trabalhando para mim dia e noite”.

 Quando me deito para dormir, faço-o com uma perfeita confiança e Fé que esta Forma alhures me adiantará na realização de amanhã, como a criancinha confia em que seus pais a sustentarão no dia seguinte.

Em tal confiança e Fé, o espírito deixa o corpo e vai a algum plano em que há mais confiança, Fé, conhecimento, prova e compreensão das Leis e de lá envia, pelo fio que o prende ao corpo adormecido mental de confiança , poder e descanso.

BEM conhecido o preceito de Cristo: Amai-vos uns aos outros. Ama ao teu próximo como a ti mesmo. Apesar disso, são muitas as pessoas que costumam esquecer a segunda parte do texto, como querendo significar que devemos amar ao próximo muito mais do que a nós mesmos.

Essa falsa idéia penetrou tão profundamente em nossa consciência que, muitas vezes, para fazer o bem aos seus semelhantes, o homem se esqueceu de si próprio e, cheio de abnegação, sacrificou-se generosamente.

Em muitos casos, quando nos deitamos, a mente se torna mais ativa do que antes e fica repleta de planos, projetos, a ansiedades e aborrecimentos Isto cansa o corpo e produz desassossego e horas de insônia.

A mente é, então, mais ativa, porque se acha momentaneamente afastada de todo esforço corpóreo.

Deveis fazer vossa mente abandonar todo pensamento, ao deitar-vos, e pensar só no repouso. Antes de adormecerdes, conservai na mente a palavra repouso. A palavra traz a idéia da descanso, que gradualmente mudará a atitude e a direção de vosso pensamento e vos trará elementos de descanso.

A princípio podereis não conseguir alcançar o sono imediatamente, pois tereis de vencer o hábito mental de anos; todavia, aos poucos, o conseguireis, se perseverardes. Talvez sejam necessário meses até chegardes a resultados apreciáveis.

Contudo, desde que tenhais vencido a insônia, não mais tereis de trabalhar para isso. De um momento para outro, no podeis mudar qualquer hábito mental, que talvez provenha de anos, da mesma forma que não podeis mudar logo um hábito do corpo, um modo qualquer, um andar, uma expressão de linguagem.

Se, por uma razão qualquer, vossa mente estiver muito perturbada, durante o dia, ela enviará à noite, ao corpo inconsciente ou à existência física inconsciente, o mesmo elemento perturbador.

A disposição mental predominante em vosso estado de vigília é a que ocupará vossa mente durante o sono.

A mente nunca dorme, como a eletricidade e o elemento que o sol nos envia (a causa da luz e do calor, quando chega a este planeta) também não o fazem.


A criança é um espírito que vem a esta vida física com um novo corpo.

Felizmente, falta-lhe a memória de todas as perturbações da sua existência anterior. É necessário, no nosso estado imperfeito e de tão pouco poder para governar as nossas mentes e desviá-las das coisas desagradáveis, que não saibamos o que sofremos no passado.

 Se o soubéssemos, teríamos de começar à idade de dois anos com as perturbações que tivemos aos setenta, na existência anterior,

Até certa idade, a criança tem perfeita confiança em seus pais sobre o fornecimento de alimentos, roupa e residência. Quando ela começa a trabalhar por si mesma, surge a perturbação que vai com ela ao leito. Não confia, então, em ninguém, sendo talvez esta a causa de toda sua perturbação e insônia.

Pouco ou nenhum valor tem o dizer-se: Confia em Deus, inclui também o dizem as pessoas que não confiam em Deus, mais em seus próprios esforços físicos, relativamente fracos, ou na fraca e imperfeita razão que se apóia em coisas inteiramente físicas.

Quando Cristo mostrou a criancinha confiante e tranquila aos anciãos da Judéia, que, talvez, estavam preocupados e aborrecidos e lhes disse: “A não ser que vos tomeis mentalmente livres de cuidados como esta criancinha e aprenderdes a confiar, em todas as vossas necessidade, na Infinita Força Onipresente ou Pai, não podereis entrar no Reino dos Céus” (que é um reino inteiramente mental);

 ele quis dizer que o pensamento humano, sendo fixo persistentemente numa coisa ou fim, porá em movimento a força invisível que realizará este objetivo e que é a Infinita Forma ou Deus, agindo por nosso intermédio.

Ele quis dizer que, se tiverdes um vivo desejo de fazer alguma coisa que vos beneficiará e aos outros ou ser alguma coisa no domínio da Arte — orador, escritor, ator, pintor ou inventor;

 o desejo vivo e persistente é a grande Forma invisível que parte de vós como partícula de Deus ou do Infinito Poder governador de tudo, para conduzir-vos ao êxito.

Mostrou que quanto mais confiais neste desejo, depois de terdes feito planos e esforços razoáveis para os resultados materiais, deixais de lado as preocupações e cuidados a respeito deles, maior será a Forma realizadora que age para vós.


Existe uma razão muito nobre e muito justificada para nos amarmos a nós próprios, e também é certo que nenhum progresso espiritual de verdade se obterá, se se prescindir deste nobre amor de si próprio.
Todo progresso e adiantamento espiritual implica sempre a cultura de todas as nossas faculdades e talentos, implica o desenvolvimento perfeitamente harmônico do homem e da mulher.

 O desenvolvimento espiritual produzido por nossa incessante prece ao Poder Supremo, nos trará a capacidade necessária para mantermos o corpo em perfeita saúde, de forma que possamos subtrair-nos de todas as espécies de doenças e dores, como é certo também que elevará o homem acima das presentes limitadas posições da sua mortalidade.

O nobilíssimo amor de si próprio beneficia tanto aos outros como a nós próprios. Quando amamos a uma pessoa, comunicamos-lhe as nossas próprias qualidades mentais e, se tal pessoa se encontrar em nossa própria condição mental, os elementos que lhe enviamos constituirão para ela elementos produtores de vida e saúde, na proporção de sua qualidade absorvente e assimiladora.

Se pensamos mal de nós próprios, se somos muito pobres de espírito e nos contentamos de viver à custa dos outros, sem termos nenhum cuidado pela aparência e bom aspecto de nossa pessoa ou, também;

 se nos empenhamos em angariar muito dinheiro por qualquer forma que seja, boa ou má, é porque não acreditamos que exista um Poder Supremo que governa e rege toda a nossa vida por meio de leis justas e imutáveis;

 convencidos de que todas as coisas estão abandonadas a si próprias e que a vida é apenas uma luta encarniçada entre os viventes. Com isso, comunicamos mentalmente essas crenças a quem amamos, e, no caso do nosso amor ser aceito e retribuído, constituirá um meio de nos afundarmos, em vez de um poder para nos elevarmos.

Como poderemos sentir mais puro e acrisolado amor por qualquer pessoa, se não o sentirmos por nós próprios? Se descuramos ou zombamos de tudo quanto se refere ao nosso corpo; se nunca lhe dirigimos um único pensamento de admiração ou gratidão pelas inúmeras funções que, com tanta perfeição, desempenha;

se olhamos para o nosso corpo com igual indiferença com que o fazemos para a estaca a que prendemos o nosso cavalo, comunicaremos à pessoa a que mais nos prende o coração e que mais nos preocupa o espírito, idênticas qualidades sentimentais ou simplesmente o idêntico modo de sentir a nosso respeito, originando nela uma disposição espiritual que terminará por produzir-lhe análogo sentimento de menosprezo por si própria. Isto  o que mais frequentemente sucederá.
Pode, porém, dar-se o caso de que, buscando tal pessoa a luz do Infinito, se veja forçada a defender-se e repelir, portanto, o amor que lhe ofertamos, achando-o excessivamente baixo e grosseiro. Nisto consiste o erro de muitas mães quando dizem:
 “Esqueço-me de mim própria e do meu bem-estar para melhor assegurar a felicidade e a fortuna de meus filhos; dar-lhes-ia até a minha vida, se dela precisassem”.

Tudo isto quer dizer: “É-me indiferente fazer-me velha ràpidamente e perder toda a minha beleza; não me importa viver como uma escrava e sofrer mil privações, contando que meus filhos possam receber uma educação e brilhar na sociedade.

 Já nada mais sou do que um traste velho e despedaçado, desfeito pelo tempo e que pouco durará. Desta forma, o emprego que melhor posso fazer das minhas escassas força é servir de uma espécie de ponte para meus filhos entrarem no mundo e representarem um brilhante papel na sociedade;

 enquanto eu fico obscuramente, dentro do meu lar, desempenhando, muitas vezes, até as humildes funções de criada de quarto e de cozinheira”.

Com este excessivo e errôneo amor de sua mãe, recebe a jovem este pensamento de autodesprezo e olvida-se de si própria, absorvendo-o e assimilando-o, até chegar a constituir uma parte do seu próprio ser.

Vive a mocinha nesta atmosfera mental, recebendo a sua influência e, trinta anos mais tarde, diz e faz exatamente o mesmo que a mãe fez, metendo-se, por sua vez, a um canto, como se costuma dizer, para, por seu turno, exibir e pôr bem em evidência sua filha. Assim como certos traços de caráter dos antepassados são transmitidos de pais a filhos, igualmente recebe e absorve o filho certos pensamentos e idéias de seus pais, e o sentimento de culpa prevalece,  embora até mesmo, às vezes, mal os tenha conhecido.

Quando em nossos desejos e aspirações obedecemos ao que o Infinito espera de nós e nos servimos do nosso próprio corpo para dele fazermos um bom e nobre uso, obteremos um aumento incessante em nossas forças mentais, de beleza, harmonia as quais, transbordando de nós, irão beneficiar os outros.

O verdadeiro e mais puro amor de si próprio significa se justo consigo mesmo. Se formos injustos conosco, inevitavelmente o seremos também com os outros, que, muitas vezes, valem menos do que nós; e  a vida retorna com a injustiça do destino.

Um general que a si próprio se privasse dos alimentos necessários e desse todo o seu pão a um soldo faminto, nada mais faria do que enfraquecer o corpo e, por consequência, as faculdades mentais, atenuando, assim, a sua capacidade para comandar, dando, destarte, ao inimigo mais probabilidade de o derrotar e, com essa vitória, ser destruído o exército inteiro.

 O que devemos saber, antes de tudo,e que o Infinito nos ensinará quando lho pedirmos, é o nosso verdadeiro valor com relação a todos os outros. Na devida relação e em proporção com o nosso próprio querer, virão para nós todos os agentes necessários para robustecermos e melhorarmos, até onde precisamos, as nossas condições materiais.

Ninguém pode fazer coisa alguma proveitosa para si ou para outrem, vivendo numa choupana mísera, cobrindo-se de andrajos e privando o espírito de gozar das suas mais puras e nobres inclinações, porque, dês- te modo, conduzirá sempre consigo a atmosfera dos infectos lugares em que vegeta, cuja perniciosa influência degrada e envilece tudo quanto toca.

Se o Infinito agisse à guisa de certos homens, não nos mostraria o céu constelado de esplendorosos sóis, nem o campo refletiria a sua glória nos variadíssimos matizes de suas folhas e flores, nem na brilhante plumagem de seus pássaros, nem nas suaves magnificências do arco-íris.

O que, na maioria das vezes, impede o exercício do amor de nós próprios e faz com que os homens nunca se prestem justiça, é uma perniciosa idéia, expressa nestas ou em semelhantes frases: Que dirão de mim?

 Como me julgarão, se concedo a mim próprio o que de direito me pertence? Se levássemos esta idéia ao extremo, dar-se-ia o caso de ninguém poder andar de carruagem, enquanto todos os pobres não tivessem também o seu coche, assim como o general não podia comer o necessário, com receio de que algum soldado faminto lhe dissesse que ele se banqueteava e se embebedava, enquanto ele, pobre soldado, ainda estava em jejum.

Quando chamamos em nosso auxílio a Sabedoria Infinita, e a nossa vida é regida por princípios fixos, não somos dominados pelo medo da opinião publica, nem pelo desejo de merecer só a aprovação dos outros, podendo estar bem certos de que o Supremo Senhor cuidará de nós.

Se, para viver, vos empenhais de alguma forma em acomodar-vos a outros, nunca o conseguireis e quanto mais vos esforçardes, mais desarrazoados e exigentes eles se tornarão.

 A direção da nossa vida está, ao mesmo tempo, nas mãos de Deus e nas nossas próprias, e quando ela for regida e influenciada por uma outra fonte qualquer, então entraremos no pior e mais escabroso dos caminhos.

Pouquíssimas são as pessoas que realmente se amam e prezam a si próprias. Muito poucas também são as que sabem amar o próprio corpo com todo o carinhoso amor que lhe devem, amor que incessantemente lhes aumenta a saúde e a vida, e também as tornam aptas para nobremente gozar do mundo.

Alguns põem todo o seu amor no que só é aparente e se vê no seu corpo; outros nos alimentos com que pretendem nutri-lo, e ainda outros nos prazeres que esse corpo lhes pode proporcionar.

Não se ama nem se preza a si mesmo aquele que põe todo o seu amor nos alimentos que ingere ou o que mantém sempre o corpo sob a influência de estimulantes nocivos.

Do homem que força o seu corpo ou o seu espírito a dar-lhe toda espécie de prazeres ou que os afadiga em excesso nos negócios, também se pode dizer que não ama nem preza a si próprio como devia.

 Age sem a menor consideração pelo instrumento — o corpo — em que tanto tem de confiar e tão necessário lhe é para a mais perfeita expressão de suas idéias.

 O que assim procede é como o operário que, negligentemente, deixa embotar ou enferrujar a melhor de suas ferramentas ou de qualquer modo permite que ela se estrague, ficando, desta forma, privado de executar os trabalhos mais úteis e delicados.

Não sente o verdadeiro amor por si mesmo aquele que, dentro dc casa, anda sujo e esfarrapado, a roupa veste o seu miserável personagem no mundo adornando-se apenas com os melhores trajos somente quando vai passear ou fazer qualquer visita. Procedendo destarte, mostra ser unicamente um escravo da opinião dos outros.

Existem pessoas de quem se pode dizer que só se vestem fisicamente, quando há, certamente, um modo espiritual de usar o vestuário que pode mesmo ser apreciado pelos outros, e o é, na verdade, consistindo num certo ar, aspecto, distinção natural ou um não sei quê de cativante ao envergar os seus trajes, que alfaiate algum pode dar e que ninguém pode ensinar.

O avarento não ama a si próprio, — ama o seu dinheiro muito mais do que a si próprio. Vive com o corpo faminto, recusando-se todos os gozos; compra as coisas mais baratas, portanto, sempre as piores, e priva-se de todos os prazeres e comodidades, desde que lhe possam custar dinheiro, por pouco que seja.

 O avarento faz consistir todo o seu amor nos sacos de ouro, e precocemente ver-se-ão em seu corpo os evidentes sinais do pouco ou nenhum amor que a si próprio dedica.

O amor é um elemento material, assim como a água ou o ar, apresentando grande diversidade de qualidades, modalidades e predicados, conforme o caráter, o modo de ser e o estado mental de quem o sente, podendo, como o ouro, estar também misturado assim precioso sentimento com os elementos mais baixos e grosseiros.

O que estiver em mais estreita e intima conexão com a Mente Infinita, com a abundância do Criador, com a Graça  e com mais perseverança, persistência e energia lhe pedir a sabedoria necessária, será certamente o que fruirá do amor mais puro e elevado.

O pensamento e o olhar de alguém que sabe sentir este verdadeiro amor, são de um valor inestimável para aquele a quem se dirige; mas o que ama deve ter especial cuidado em ser, por assim dizer, econômico na sua simpatia para com os outros e dedicar grande amor a si mesmo, para se tornar o melhor possível.

Aquele que não foi  acolhido com amor na infância pela família, não viveu a experiência de um espelho amoroso e acolhedor, mostra dificuldade  de exercer o amor a si próprio.

São muitos os que deduzem dos ensinamentos religiosos recebidos que o corpo e suas funções são coisas vis e origem de depravações; uma barreira, um obstáculo para o ser humano poder elevar-se a uma vida mais nobre e pura; que o corpo nada mais é do que corrupção e alimento de vermes, destinado a converter-se, por fim, em pó, terra, cinza e nada.

Tem-se afirmado inúmeras vezes que o corpo deve ser mortificado, que a carne tem de ser martirizada, flagelada e sujeita às mais rigorosas penas, para castigo da sua inclinação ao mal e à perversidade.

Até a juventude, com toda a sua esplendorosa formosura e vigor, tem sido considerada como um grande pecado ou, pelo menos, como uma condição especialmente inclinada ao pecado.

Quando alguém mortifica ou martiriza, por qualquer forma, o seu corpo, ora fazendo-o padecer fome, ora vestindo-o miseravelmente ou vivendo em lugares tristes e repugnantes, o que faz é dar origem à idéia tão nociva do ódio contra si mesmo.

 O ódio a si próprio ou aos outros constitui um violento veneno mental, Um corpo pelo qual se sente ódio nunca pode gozar de saúde perfeita.

Nenhum corpo será expurgado de suas tendências mais baixas e grosseiras, quando o seu dono continuamente o faz o único responsável por elas, castigando-o sem cessar pelos seus pecados, considerando-o como um obstáculo para a perfeição, e que seria grande fortuna poder abandoná-lo.

 A religião, ou o que agora como tal se tem tomado, fez do corpo a vítima expiatória, acusando-o de toda espécie de pecado, conseguindo apenas, desta forma, enchê-lo de pecados verdadeiros.

O resultado mais tangível deste modo de pensar foi que todos aqueles que assim têm encarado e professado a religião, se têm visto sempre cruciados de enormes dores e enfermidades; decaem e debilitam-se-lhes os corpos, e a sua morte, a maior parte das vezes, é precedida de longas e terríveis doenças.

 Pelos seus frutos os conhecereis; pois bem, os frutos de uma fé e condição mental semelhante demonstram evidentemente que estão fundadas num erro.

Existe uma mente carnal ou material que é própria do corpo; é a que pertence ao instrumento de que o espírito se serve para agir no mundo físico.

 Existe, pois, uma mentalidade mais baixa e grosseira do que a mentalidade mais pura e mais elevada do espírito. Mediante a constante prece ao Infinito, podemos torná-la adequada para, um dia, no futuro, agir em perfeito acordo com o próprio espírito.

 O Poder Supremo pode enviar-nos e no-lo enviará decerto, por fim, o supremo amor para o nosso próprio corpo, pois é necessário sentir esse amor, porquanto deixar de amar esse corpo é deixar de amar a própria Mente Infinita.

Não desejamos que se entenda, por tudo quanto a este respeito temos dito, que tenhamos forçosamente de ter mais amor ao nosso corpo, amá-lo exclusivamente, nem tampouco que devamos agora proceder de modo inteiramente diverso daquele por que temos procedido até aqui.

Devemos é uma palavra em que está encerrada uma idéia que se refere aos outros com os quais nada temos que ver. É insensato dizer a um cego. “Tu deves ver”, como nenhuma razão há também para se dizer a alguém: “Não deves ter este ou aquele defeito de caráter”.

Seja qual for a nossa condição mental, operamos sempre em concordância com ela. Nenhum homem pode acrescentar um átomo sequer de amor ao que atualmente consagra a si próprio. Só a Mente Infinita o pode fazer.

Todo erro que hoje deforma o nosso caráter ou as nossas crenças, há de influir forçosamente em nosso modo de pensar e agir. Não possuiremos, porém, sempre a mesma mentalidade; dito foi, mais de uma vez, que esta é suscetível de se modificar e se vai modificando todos os dias.

À medida que lhe formos pedindo, a Mente Onipotente irá infiltrando ou fazendo brotar em nossas mentes verdades novas e novas crenças, e, à medida também que estas forem expulsando de lá os velhos erros, ir-se-ão operando nela também as mudanças necessárias ao caminho da perfeição tanto física corno espiritual, ficando certos de que estas progressivas mudanças nunca terão fim.

 Para chegar, porém, a esse desejado alvo, só existe um caminho, e esse caminho é o da incessante e cada vez mais sincera, devotada e veemente prece, dirigida à Mente Infinita para nos conduzir pela estrada da perfeição.

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