segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Influência Magnética e sua ação no mundo





 "Influência Magnética e sua ação no mundo" 

E assim é que, remontando dos efeitos às causas, somos obrigados a admitir, com os médicos alquimistas e os filósofos herméticos do fim da Idade Média, que muitas das moléstias do corpo não são mais que moléstias do espírito contra as quais todos os tratamentos físicos são ineficazes.

Convém-lhe, então, ter presente na memória que a saúde moral é solidária com a saúde física e que o bom estado da primeira garante, quase sempre, o bom funcionamento da segunda.

Quando ambas estão bem equilibradas, levamos a cabo maior soma de trabalho feito todo com satisfação.

Podemos notar que os maledicentes, os descontentes, os ciumentos, os de ânimo azedo e impertinente, bem como os que são maus a um título qualquer, assim como os carrancudos, tristes e introvertidos, não estão nunca bem dispostos porque têm o espírito doente, envenenado por maus pensamentos, e esta peçonha se transmite ao corpo físico que, por sua vez, adoece.

 “Uma grande paixão a que o homem se entrega diz Eliphas Levi corresponde sempre a uma grande enfermidade que para si prepara”.
Quando ela se declara, é indispensável, para a sua cura, que se trate primeiro do moral.

Cheios de esperança, se nós não pensamos senão em sermos bons, confiantes e corajosos, atraímos as boas influências que flutuam indecisas em redor de nós, nossa intuição torna-se mais verdadeira e mais poderosa; e, consolidando a nossa saúde física, preparamos em grande parte o nosso êxito nos negócios e asseguramos a nossa felicidade.

 Mas, se, tristes, desconfiados, ciumentos, receosos e maus, alimentarmos pensamentos de desespero, de ódio e de vingança, atrairemos, fatalmente, as más influências que cavam a nossa ruína e nos levam à desgraça.

Neste último caso, não temos repouso, nem de dia nem de noite; nada nos distrai, nada nos alegra; não achamos tranqüilidade em parte alguma.

O cérebro recebe constantemente, da atmosfera formada pelos pensamentos que nos cercam, incitações a pensar nas mesmas coisas, e esses pensamentos formulados vão ser reenviados ao lugar de onde vieram, para voltarem novamente, de modo que ficam girando no mesmo círculo vicioso, sem poderem sair dele.

A duração da vida dos pensamentos, considerados individualmente, é, certamente, muito limitada.
Mas, se os pensamentos antigos se enfraquecem e desaparecem, são constantemente substituídos por novos, da mesma natureza, cheios de força e vigor, os quais mantêm, constantemente, o estado de alma em seu nível habitual quando não o fazem transbordar.

É quando nasce a obsessão, a idéia fixa, cujo mecanismo é assim de fácil compreensão.

O cérebro, em atividade contínua, é, ao mesmo tempo, um receptáculo do pensamento que lhe vem de fora e um gerador do pensamento que transmite.

Produz-se, então, como num circuito elétrico, uma verdadeira corrente de matéria pensante, que vai da aura ao cérebro e do cérebro à aura, assim como o mostra a figura 2.

Se pudéssemos, veríamos, pelos olhos do mental ou mesmo pelos do mental ou mesmo pelo astral, os nossos semelhantes recebendo e reenviando forças, sob a forma de raios luminosos (v. fig.);





 veríamos também que a aura e o cérebro são a sede de combinações ativas, onde os pensamentos, que não são absolutamente semelhantes, se aliam, se penetram, se misturam, se confundem, para formar pensamentos novos, originais, que vão ser reenviados com o cunho, com a cor da individualidade de cada um deles .

Os raios do homem bom teriam uma tonalidade clara e um aspecto agradável, Os do homem mau seriam de um colorido sombrio; pareceriam espessos, pesados e dariam uma impressão mais ou menos desagradável.

Ver-se-ia mesmo que, dentre estes últimos, alguns se apresentariam com um aspecto particular.

 Os raios luminosos que os cercam parecem ser ainda mais obscuros, mais pesados, como se fossem formados de matéria mais grossa; pois eles têm tendência a descer como um corpo pesado, de tal forma que, lançados perpendicularmente a uma certa distância do corpo físico, tornam a cair e, cerrados, em seguida, uns contra os outros, constituem um verdadeiro envoltório que é quase impermeável às influências do meio em que se acham.

 Os loucos, os maníacos, os avaros, os ciumentos, os obsessos e todos os que se absorvem nas idéias de ódio e de vingança, muito duradouras, pertencem a esta ordem.

 Não só estão encarcerados em si mesmos, não vivendo senão para si mesmos e por si mesmos, mas até é lhes impossível compreender algo que seja alheio à sua mania ou à sua ideia fixa.

Pode-se dizer que estão fechados, encurralados, fato que justifica, perfeitamente, esta expressão trivial, porém justa, que tão bem lhes assenta: És impermeável!

Os ocultistas e teósofos, que conhecem muito bem este envoltório, designam-no pela palavra casca. A figura


 




 ilustra perfeitamente a situação do prisioneiro, que está como que separado do mundo mental que o cerca.

Leadbeater descreve esta casca da seguinte maneira:
“A casca é formada de grande massa de pensamentos concentrados, em que o homem comum tão desafortunadamente se atolou.

Durante o sono, este homem prossegue, geralmente, com o mesmo gênero de pensamentos que o interessam durante o dia, e ele se vai, assim. fechando numa parede tão espessa, de sua própria fabricação, que não pode, automaticamente, saber nada do que se passa fora dela.

“Às vezes, mas muito raramente, alguma violenta impulsão vinda de fora ou algum desejo forte formulado dentro daqueles muros, pode entreabrir, mesmo por um momento, esta pesada cortina de trevas e fazer chegar ao prisioneiro alguma impressão bem definida; mas o nevoeiro cerra-se ao seu redor e ele recomeça a devanear de maneira incoerente.

É óbvio, todavia, que esta couraça pode ser rompida, por diversos métodos” — (O Homem Visível e Invisível).

INFLUENCIAMO-NOS UNS AOS OUTROS.
 O pensamento chega-nos de fora, na forma de movimentos ondulatórios, nascendo num ou em muitos cérebros que passaram untes.
É estes movimentos são percebidos pelo nosso sistema nervoso e transmitidos ao nosso cérebro que entra em vibração e reproduz, de certa forma, automaticamente, o mesmo pensamento.

Este pensamento estranho combina-se com o nosso, põe nossa matéria astral em vibração; e essas vibrações vão transmitir, a distância, por ondulações, um movimento de pensamentos novos, mais ou menos originais e revestidos, como já o disse precedentemente, do cunho de nossa individualidade.

Pode-se dizer que o espaço está cheio de impressões, desejos, instruções (*), mesmo de projetos bons e maus que se movem em todas as direções, e que os atraímos ou repelimos, em virtude desta lei de semelhança e afinidade já formulada anteriormente: os pensamentos de mesma natureza e atraem; os de natureza oposta se repelem.

Há, pois, uma troca de pensamentos dos outros a nós e de nós aos outros, de tal forma que, constantemente, dia e noite, durante o sono ainda mais que no estado de vigília — recebemos e emitimos influências que modificam, pouco a pouco, o nosso modo de ser.

É, pois, por meio de incitações vindas de fora que acabamos por nos fazer o que somos, bons ou maus, felizes ou infelizes.

A felicidade não é um favor do céu, nem a desgraça um castigo. A primeira condição é somente o sinal aparente de uma individualidade forte e superior; a segunda, a manifestação de uma individualidade fraca e inferior.

Saibamos, pois, que urdimos o nosso próprio destino; que a natureza nos será submissa, se a soubemos dominar; será a serva de nossa vontade; seguirá o movimento que lhe imprimirmos e fará o que quisermos que faça.

Se quisermos ser enérgicos, nos dará a energia; se corajosos, beberemos nela a coragem.

Mas se, de modo contrário, largamos as rédeas às nossas paixões, não possuiremos energia alguma para resistir-lhes e nos transformaremos em joguetes das forças que nos cercam.
Devemos, pois, dizer: quero fazer isto, tornar-me aquilo, e repetir a afirmação com muita energia e persistência, para atrairmos  as influências úteis, e repelirmos as más, O poder do êxito está no pensamento convenientemente dirigido pela vontade.

“O Pensamento.
“Age em torno do indivíduo; é o fio que o prende a seus semelhantes e sobre o qual se ajuntam, misturando-se e confundindo-se em uma só corrente, todas as energias do ambiente”.

É fato evidente que, quando dois indivíduos se defrontam, ambos causam reciprocamente uma impressão boa ou má, que desperta em cada qual a confiança ou a dúvida, a simpatia ou a antipatia.

Quando esses sentimentos são bem definidos, podemos notar que, junto do indivíduo simpático, sobretudo se ele é mais desenvolvido que nós, não só nos sentimos à vontade, mas ainda mais inteligentes, melhores, e algumas vezes, mais honestos, ao passo que, junto do indivíduo antipático sentimo-nos menos inteligentes, menos bons e, talvez, menos honestos.

A influência que os indivíduos exercem uns sobre os outros varia de acordo com as circunstâncias.

Confundindo a influência física com a psíquica, que são aliás muito difíceis de separar uma da outra, “Há seres que, postos em contato convosco, vos sugam, absorvem vossas forças e vossa vida; espécie de vampiros sem o saber, vivem à vossa custa.

“Junto deles, na esfera de sua atividade, provareis um mal-estar, um constrangimento que vem de sua influência maléfica e determina em vós um sentimento indefinível.

“Provareis a necessidade de fugir e afastar-vos deles; mas tais seres têm uma tendência contrária; aproximam-se de vós, cada vez mais vos apertam e procuram, por todos os meios, tirar de vós o que lhes é necessário para viverem.

“Outros, pelo contrário, são portadores da vida e da saúde. Aonde quer que vão, nasce e irradia-se a alegria; a sua vizinhança faz-nos bem; a sua conversação é agradável e procurada; sentimos satisfação em lhes apertar as mãos, em apoiarmo-nos em seus braços; da sua atmosfera sentimos alguma coisa de balsâmico que nos encanta e magnetiza, sem que o queiramos.

“Adotamos, com facilidade, a sua maneira de ver, suas opiniões, sem saber por que, e é com pena que deixamos a sua benéfica companhia”.
Sabemos todos que o exemplo é contagioso. A alegria comunica-se como a tristeza, a virtude como o vício, a saúde como a enfermidade.

A crença popular justifica, aliás, esta verdade pelo provérbio: Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és.

Não só o exemplo, mas ainda o pensamento e mesmo a maneira de ser, como tudo o que constitui  o ser moral de um indivíduo, atrai do meio ambiente os pensamentos, as maneiras de ser análogas dos indivíduos de mentalidade semelhante, que frequentam  esse meio.

Esta comunicação faz-se mesmo sem que tenhamos consciência dela.
Assim, se penetramos, cheios de profunda melancolia, em um meio onde tudo respira saúde, alegria e contentamento, tornamo-nos logo alegres.

O contrário se produz sempre, de modo análogo, em condições opostas.
A intenção e o desejo agem efetivamente sobre nós mesmos

Eles se transmitem de um a outro em razão de sua veemência; e sabemos todos que há casos em que esta comunicação causa impressões tão vivas que a virtude, para evitar seus efeitos, não pode achar refúgio certo, senão na fuga precipitada.

Um homem que tenha uma convicção profunda (pouco importa que seja legitimada pela razão ou baseada nu ma ilusão de seu espírito, contanto que seja real), age sobre aqueles que o cercam e transforma-os, pouco a pouco, em fanáticos iguais a ele.

Quase todos os sectários políticos e religiosos não têm outro meio para escravizar os homens, perverter-lhes a inteligência e submetê-los ao seu despotismo.

Um general conduz um exército ao combate e o faz marchar como um só homem.

 Inspira terror aos inimigos mais fortes e mais numerosos por uma idéia belicosa que soube comunicar à sua volta e que, pouco a pouco, se foi propagando a unia grande distância, assim como as ondulações de uma água tranquila, a cujo seio se lançou uma pedra.

No teatro, um ator bem senhor de seu papel, imaginando ser o verdadeiro herói que representa, causa admiração, temor ou terror aos espectadores.

Estes emocionam-se, riem ou choram, ainda que saibam que o espetáculo a que assistem não passa de uma criação da inteligência.

Tanto no moral como no físico, o mais forte tem sempre um ascendente sobre o mais fraco, e este sente-se, muitas vezes, feliz de se pôr sob a proteção daquele.

Os efeitos, que têm como causa uma transmissão desta natureza, são inumeráveis. Basta observar os outros e observar-se, a si mesmo, estudar a natureza das sensações que se provam nas diferentes circunstâncias da vida, para ter logo a certeza absoluta de que o maior número dos fenômenos atribuídos;

 tão impropriamente, ao acaso, não são devidos senão a uma só causa: a influência psíquica recíproca que os indivíduos, consciente ou inconscientemente, exercem uns sobre os outros.

Se os pensamentos, as impressões, a maneira de ser de um indivíduo formam a sua aura, um centro de ação em torno dele, como já o disse atrás, um centro de ação mais volumoso, mais poderoso, deve, em virtude das mesmas leis, formar-se em torno de uma aglomeração, de um agrupamento de indivíduos.

Este centro de ação é evidente para todos, e Mulford descreve-o como segue:
“Todo lugar de reunião, todo salão onde se reúnem ociosos, mais ou menos sob a influência de um estimulante, todo meio, seja qual for a sua finalidade, se aí se dizem mentiras ou pratica-se qualquer comércio fraudulento, é um reservatório de pensamentos inferiores.

 A baixa corrente mental, invisível e real, brota dele; assim como a água brota de uma fonte.

“Todo grupo de pessoas maldizentes, faladoras e escandalosas, é uma fonte de pensamentos maus, assim como toda família em cujo seio reina a desordem, as palavras acrimoniosas e azedas, os olhares rancorosos, o humor áspero e mau, é um foco de pensamentos venenosos...

 “O espírito puro não pode viver em tal meio, sem ser afetado. Ele necessita uma contínua tensão de forças para resistir àquela danosa influência.

“Por muito que a pessoa resista àquelas investidas, acaba por ceder a elas, por ser colhida na armadilha, cegada e vergada ao seu peso.

“Já pudestes, sem dúvida, notar quão livres vos sentis dos desejos desordenados, todas as vezes que deixais a cidade para irdes ao campo.

E Mulford continua:
“Com uma tão grande quantidade de elementos invisíveis em torno de nós, é necessário, para conjurá-los, um grupo solidário de indivíduos, de aspirações nobres e puras, que se reúnem muitas vezes e engendrem por sua conversação ou silenciosa comunhão, uma corrente de pensamentos mais puros.

“Quando mais fizerem em favor de tal cooperação, mais força terão os membros do grupo para se pôr ao abrigo, tanto em vigília, como quando dormem, dos ataques e das influências destrutivas que os cercam.

Constituireis, assim, uma cadeia poderosa que vos ligará à mais alta região espiritual, à região mais pura e poderosa.

A corrente emitida por um pequeno círculo de indivíduos bem unidos e sempre de acordo entre si é de valor inestimável.

“É o mais poderoso pensamento; é uma parte do pensamento e da força dos sábios; espíritos poderosos e benfeitores, que serão atraídos para o vosso grupo e que virão em vosso auxílio, se manifestardes tal desejo.

“Esta corrente purificará a vossa inteligência, dar-vos-á vigor, destruirá a enfermidade e vos sugerirá idéias e planos, se manifestardes o desejo disso.

“A geração de pensamentos nobres e puros emitidos em comunhão verdadeira, e a investigação da verdade, o desejo do bem universal, purificam a inteligência, aumentam a energia preservam do erro e das pedras de tropeço, melhoram a saúde e comunicam uma força que atrai todos os bens materiais (*).

No tempo em que a fé reinava com soberania, o Cristianismo tão admiravelmente organizado achou, no agrupamento de indivíduos unidos no mesmo pensamento, força bastante;

 não só para conquistar uma grande parte do mundo, mas também para elevar o nível intelectual e moral, alimentar a esperança num futuro melhor e, pela fé que punha nos corações, aumentar a felicidade de cada um particular.


(*) Aqui chegamos às bases da fundação e aos fins nobres do Círculo esotérico da Comunhão do Pensamento, que tem como um dos patronos o espírito iluminado do grande Mulford.

O progresso e o desenvolvimento da nossa Ordem e os efeitos benéficos que tem produzido aos seus associados, dentro e fora do país, como o atestam eloquentemente as inúmeras cartas recebidas, são a prova cabal e sólida da influência salutar e maravilhosa das forças congregadas.

 Aqueles dos irmãos que mais cooperarem (são palavras do mestre) pela difusão do pensamento harmonizado, queremos dizer, aqueles que fizerem propaganda dos ideais da Comunhão do Pensamento, concorrerão para o bem-estar de muitos e beneficiarão a si mesmos, pondo-se ao abrigo da deletéria influência dos baixos pensamentos.

 A nossa Ordem tem, portanto, bases sólidas e marca um passo adiantado na evolução das idéias espiritualista em nosso meio. — (N. do T.).

Este texto é resultado de uma pesquisa, é uma compilação inspirada em vários mestres do assunto.
Este texto está livre para divulgação desde que seja citada a fonte:
http://dharmadhannyael.blogspot.com.br

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os Elohim lutam no meu lugar.


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