quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

OS PENSAMENTOS SÃO COISAS CARREGADAS DE PODER 2






"DE ONDE E COMO NOS VEM O PENSAMENTO?"

Definição Os Pensamentos são Coisas Carregadas de Poder.
Os Pensamentos Nos Vêm de Fora — Os Nossos Pensamentos Agem sobre Nós Mesmos Influenciamo-nos Uns aos Outros.

DEFINIÇÃO — Os filósofos clássicos suprimiram, de algum modo, a alma, considerando-a simples função do cérebro.

Broussais, que foi, ao contrário de seus contemporâneos, um partidário convicto do Magnetismo e da Frenologia, afirma que o pensamento é um fluido segregado pelo cérebro se não idêntico, pelo menos análogo ao que os magnetizadores daquela época chamavam fluido magnético.

Os teósofos americanos consideram os pensamentos como coisas, e os ocultistas, como seres. Para estes, os nossos maus pensamentos são larvas que se agarram a nós, e nos perseguem implacavelmente.

Essas teorias são parcialmente verdadeiros, o que podemos reconhecer colocando-nos nas condições em que os autores se viram; mas as afirmações dos teósofos, de que os pensamentos são compostos materiais, corpos formados de substância real, pois são dotados de força mecânica e ação molecular, parecem-me mais justificativos.

Em todos os casos é do lado destes últimos que me coloco e a teoria que vou expor é, de certa forma, a de William Atkinson e, mais ainda, a de Prentice Mulford.

OS PENSAMENTOS SÃO COISAS CARREGADAS DE PODER - Os pensamentos são coisas; poder-se-ia acrescentar que são coisas animadas de um movimento que lhes é próprio, isto é, que são corpos não simples, mas compostos, formados da matéria do plano astral, e que esta matéria, carregada de força mental, constitui um verdadeiro poder.

Podem os pensamentos ser observados e estudados sob dois aspectos diferentes: como objetos materiais e como agentes ou forças.

A matéria e a força do plano mental e do plano astral comportam-se uma para com a outra de maneira quase idêntica à que adotam no plano físico, com a diferença de que as propriedades da matéria são mais ativas e numerosas nos primeiros planos do que no último.


Aqui, como lá, todas as qualidades dos corpos são igualmente propriedades, agentes, forças, inseparáveis da matéria, cofio esta é inseparável das propriedades que agem sobre ela.

Podes pois estudar a matéria dos diferentes planos da natureza sob o duplo ponto de vista que chamamos:
1° - Físico, pelo que concerne às propriedades dos corpos no estado permanente;
2° -  Químico, no que toca às propriedades moleculares, à composição e à decomposição dos mesmos corpos.

Um pensamento qualquer que nos ocorre, faz vibrar a nossa matéria mental, e as suas vibrações comunicam-se em torno de nós por ondulações análogas às dos movimentos ondulatórios que se observam na superfície de uma água tranquila à qual se atirou uma pedra, e tudo entra na ordem ao cabo de alguns instantes, se a impressão não foi muito forte.

Mas, se o pensamento se impõe à nossa atenção, se é intenso, se se apresenta muitas vezes no campo da consciência, se a impressão é forte, põe em movimento certa quantidade de força mental, que circula constantemente em torno de nós. Esta força atrai a si a matéria astral que acaba por nos envolver e formar a atmosfera ou aura.

Esta aura, que é, assim, uma emanação de nós mesmos, age constantemente sobre nós como uma força estranha, atraindo os pensamentos semelhantes que pareciam adormecidos e aumentando a intensidade de ação dos que estão ainda em atividade.

Podemos aí observar duas ordens de fenômenos: os psíquicos ou mentais que obedecem a leis opostas às que regem as forças do plano físico, leis que podem ser assim formuladas: as ações ou pensamentos da mesma natureza se atraem; as ações ou pensamentos de natureza oposta repelem-se.

Além desta ação mental, que corresponde à ação dos nossos agentes físicos, podem-se observar ações químicas, que resultam da combinação dos átomos de que se formam os nossos diversos pensamentos; dito de outra forma: da combinação dos pensamentos entre si, quando são atraídos uns pelos outros e que têm entre si certa afinidade, poder-se-ia mesmo dizer: certa simpatia.

Os nossos pensamentos são, pois, formados de matéria astral, que é animada de uma força mental em contínua vibração.

Mas, o nosso cérebro físico é formado e matéria grossa demais para poder vibrar imediatamente em uníssono com o cérebro mental.

Há uma comunicação, é evidente; mas não é tão direta e simples, como se poderia supor.

 Ela segue, pouco mais ou menos, a ordem seguinte:
As ondulações determinadas pelas vibrações da matéria mental comunicam-se à matéria astral, que, pouco a pouco, vibra em união com a matéria mental.

Depois, esse movimento, que não pára aí, se transmite à matéria tísica: é recebido na massa cinzenta, na parte posterior do cérebro, onde se opera a percepção.

Há, pois, uma transformação do movimento mental em movimento astral e deste no físico.

Os mesmos fenômenos operam-se nos três planos. Poder-se-ia dizer que são comparáveis ao que se passa no domínio musical. Apresentam os mesmos caracteres e são, de certa forma, as mesmas escalas ressoando em oitavas diferentes.

Mas, assim apresentado, o assunto não está ao alcance de todos.
Vou descer destas alturas muito elevadas, e, para simplificar, confundindo os efeitos com as causas que as produzem, passarei simplesmente a considerar os pensamentos como coisas que agem constantemente umas sobre as outras mental e quimicamente.

OS PENSAMENTOS NOS VÊM DE FORA - Os pensamentos não nos pertencem propriamente; são-nos comunicados; chegam-nos de fora e nós os absorvemos e transformamos, segundo os nossos desejos, inclinações e necessidades.

Justifica-se esta verdade por uma expressão popular. Falando, assim, de determinados assuntos, ouve-se dizer muitas vezes: Estas coisas estão no ar — querendo significar que um grande número de indivíduos pensa, ao mesmo tempo, no mesmo assunto.

Não há dúvida de que os pensamentos se comunicam de um indivíduo a outro.

Assim, na família, por exemplo, se um indivíduo pensa em uma coisa e a diz a outro, recebe muitas vezes esta resposta: “Engraçado, eu estava pensando nisso e ia dizer--lhe”.

 Não se desejando fazer intervir o acaso que não existe — é impossível admitir que o mesmo pensamento tenha nascido nos dois cérebros ao mesmo tempo; ele desenvolveu-se num para passar ao outro através do espaço.

Não admira que haja transmissão de pensamento a curta distancia, pois o fenômeno já se observou a distâncias mais ou menos consideráveis.

Assim, pode suceder que, estando em casa, na rua ou alhures, penseis em determinada pessoa e, minuto após, ela vos cruze o caminho.

Seu pensamento, que veio comunicar-se convosco e anunciá-lo, por assim dizer, justifica o provérbio: Falar no mau, aparelhar o mau.

Mulford admite, e não estou longe de admiti-lo também, que os homens mais fortes e evoluídos, os que se convencionou chamar gênios, são os únicos que produzem seus próprios pensamentos.

Todos os demais os recebem, absorvem, e transmitem aos outros, mais ou menos transformados e cunhados com o selo de individualidade.

Sob certo aspecto parecemo-nos com um espelho refletor colorido de uma tinta especial.

“A luz que nele se reflete — acrescenta — despede raios da cor do espelho. A luz é o espírito e o refletor representa o indivíduo, que serve de intermediário.

“O azeite dos candeeiros provém todo ele da mesma fonte, e as luzes de cada um deles podem ser diversamente coloridas, segundo a cor do globo que os cobre.

“Assim, em uma mesma série de indivíduos, cada um deles é alimentado por um mesmo espírito e, todavia, cada qual reflete a luz segundo o prisma de sua ndividua1idade.
“Tornamo-nos criadores, absorvendo um espírito qualquer e dando-lhe cunho original.

“Quando considerais e admirais o método de um artista, absorveis seu pensamento mas não sereis um simples copista  de seu estilo, porque seu pensamento se combina com o vosso.

“Produz-se uma operação química ativa de elementos invisíveis; uma combinação desse pensamento com o vosso, donde resulta a formação de um novo elemento, a saber: vosso pensamento original.

 Quanto mais vosso pensamento e vossa intenção forem puros, menos vosso projeto será egoísta, e quanto maior for a rapidez da combinação, tanto mais original e empolgante será vosso pensamento.

“Assim é a geração dos pensamentos.
“As qualidades de justiça e altruísmo são os elementos e fatores científicos desta geração.

“O espírito de egoísmo contenta-se em tomar de empréstimo. Apropria-se do pensamento de outrem, sem querer jamais reconhecer-lhe o legítimo autor e permanecer sempre um imitador.

Se assim é, os verdadeiros pensadores, aqueles que engendram seus próprios pensamentos ou, pelo menos, um certo número de pensamentos novos e originais, devem ser muito raros.

Para os achar, não convém procurá-los entre os literatos e eruditos; pois a maior parte destes, diz o autor, costuma fazer o ofício de “ratos de biblioteca”, querendo, assim, significar que vivem do pensamento alheio.

Qualquer que seja a sua origem, quando um pensamento agita nosso cérebro, de um modo duradouro, fortifica e desenvolve-se em contato com os nossos pensamentos; e todos se movem, influem uns sobre os outros, ligam-se, combinam- se e comunicam-se fora de nós, atraindo os pensamentos que são da mesma natureza e repelindo os que são de natureza oposta.

A figura aqui , que representa, grosseiramente, a aura que envolve o corpo humano, procura fazer compreender, pela direção das flechas, que recebemos e enviamos constantemente pensamentos, sob a forma de raios ou ondas, que não deixam de ter analogia com as ondas luminosas....

OS NOSSOS PENSAMENTOS AGEM SÕBRE NÓS MESMOS — Mens agitat molein, diz-nos um velho adágio latino, que, em bom português, se traduz por: O espírito move a matéria.


Aqui o espírito é o eu pensante, é a alma que habita o ser mental.

É óbvio que o nosso corpo físico é animado pelo pensamento, que é a vontade em movimento, e que este pensamento ou esta vontade nos vem do corpo mental. É ela que move os nossos músculos e regula todas as funções da vida de relação.

Eis alguns exemplos:
Quando queremos erguer um objeto, enviamos ao braço, que deve cumprir tal função, a quantidade de força que julgamos necessária para a sua execução.

Se o objeto, digamos um vaso que supuséramos cheio de água, está vazio, emitimos força demasiada e erguemos bruscamente a vasilha acima do limite que lhe era assinalado.

Se, pelo contrário, o vaso, que julgávamos vazio, está cheio, não enviamos senão a força bastante pata erguê-lo “vazio e encontramos uma dificuldade momentânea.

Fenômeno análogo produz-se no caso seguinte:
Ao erguer um corpo que necessite de emissão de uma soma de força quase igual à que estamos habituados a emitir normalmente, se nos assustamos ou nos distraímos, ainda que seja pela conversa de alguém que ouvimos, uma parte de nossa força é desviada para o objeto que nos prende a atenção e este pensamento leva consigo uma soma de força tal, que já não podemos erguer o objeto.

Se, ao contrário, no momento de um perigo, por exemplo, pudermos concentrar ràpidamente todos os nossos pensamentos na idéia de levantar e transportar um fardo precioso, que mal podemos erguer no estado normal, quadruplicamos nossa energia e transportamos o fardo sem pensar que o seu peso está muito acima das nossas forças habituais.

62 Um trabalho difícil, de fôlego, que fazemos de bom ânimo, termina-se com facilidade, ao passo que, se nos aborrecemos, se pensamos em outra coisa, uma parte de nossa força é dividida e a que fica à disposição do corpo físico já não é bastante para levar a termo a tarefa em boas condições. Neste caso, não só gastamos mais tempo como fatigamo-nos inutilmente.

O que fizermos deve ser feito com inteligência, calma e perseverança
Não devemos fazer duas coisas ao mesmo tempo, por pequena que seja a importância de cada uma delas, pois, perde-se energia, tempo e prejudica-se ambos os trabalhos.

Mulford, que não foi sempre rico, dá-nos um exemplo pessoal da maneira como devemos executar um trabalho.
“Em minha mocidade — diz ele — a primeira vez que trabalhei em uma das minas da Califórnia, disse-me um velho mineiro : “Ó rapaz, gastas demasiada força no trabalho; deverias manejar com mais inteligência a tua picareta”.

“Refletindo sobre a advertência, achei que o meu trabalho exigia uma cooperação de inteligência e de músculos:
inteligência para dirigir os músculos, inteligência para pôr a pá onde podia tomar mais terra com pouca despesa de forças, inteligência para lançar a terra apanhada fora da sala; e partes infinitesimais, se se pode assim dizer, de movimento de cada músculo, durante o trabalho.

“Quanto mais inteligência eu punha ao manejo do meu instrumento, tanto melhor podia cavar — e, tanto mais agradável se me ia tornando o trabalho.

 “Cada pensamento é uma coisa feita de substâncias invisíveis. O ato de pensar exige certa soma de forças do corpo. Empregais esta força mesmo nos vossos momentos de lazeres.”

Para realizar a maior soma de trabalho possível com uma despesa mínima de forças, necessita o homem dirigir constantemente o seu pensamento para o fim a atingir, e não pensar senão no que faz; pois, dispersando inutilmente as suas forças mentais, enfraquece-se e qualquer enfraquecimento é o princípio da doença.



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