A Força da Energia, do Éter e a Física Quântica
E fato
bastante conhecido na física que a matéria é composta, em sua maior parte, de
espaço e uma minúscula quantidade de massa.
A massa, como vimos, não é substância no
sentido clássico, mas energia que está ligada a um padrão específico: este
padrão é único para cada forma de matéria.
A fim de que o
padrão exista, a massa precisa estar separada no espaço; caso contrário, todas
as coisas automaticamente convergiriam para um ponto.
Na física,
isso significaria que toda a massa seria reunida pelas forças de atração,
formando uma enorme massa informe. O fato de isso não acontecer implica a
existência de uma outra força que separa a matéria, mantendo assim o padrão de
energia orgânica.
Dessa forma, é
esse equilíbrio de forças — como as antigas polaridades chinesas de yin/yang ou
as hindus Shakti/Shiva — que dirige a energia e a matéria para padrões.
Atualmente, a
ciência ortodoxa reconhece quatro tipos de forças únicas, que incluem, por
ordem de força:
1. forças
nucleares fortes;
2. eletromagnetismo;
3. forças
fracas e
As forças fortes mantêm o núcleo do átomo
coeso e são mais de cem vezes mais fortes do que o eletromagnetismo. Este, em
geral, é a mais familiar das forças e inclui ondas de rádio, microondas, infravermelho,
luz visível, ultravioleta, raios X, raios gama e assim por diante.
Ela também une os átomos em moléculas e,
dentro do próprio átomo, mantém os elétrons em suas órbitas ao redor do núcleo.
Entretanto, quanto mais os elétrons ficam presos ao núcleo, mais rapidamente
eles giram ao seu redor, criando dessa forma um equilíbrio entre o yin da
atração e o yang da repulsão.
A força fraca é a menos pesquisada das forças.
Sua existência é inferida das interações subatômicas e tira seu nome do fato de
ser mais fraca do que o eletromagnetismo.
A última das
forças reconhecidas é a gravidade. Acredita-se que ela seja responsável pelo
amplo espectro de interações ente grandes corpos cósmicos, tais como sistemas
solares, galáxias e universos.
Outras formas
de energia, que incluem luz, o som, a energia mecânica, a energia química e a
energia nuclear são consideradas manifestações das forças acima citadas. Seja
como for, segundo o conceito holístico de energia, todas essas forças teriam de
estar unidas num único todo maior.
Temos algumas
boas razões para presumir que essa unificação acontecerá. Uma delas é que é
ilógico supor que diferentes formas de energia não derivam da mesma fonte
unicamente porque têm propriedades diferentes.
No reino da natureza, essa diferença não isola
uma forma da outra. Maçãs e laranjas, por exemplo, têm muitas qualidades
diferentes; no entanto, ambas são consideradas frutas.
A recente descoberta da física acerca de uma “supersimetria”
da matéria já permitiu que os cientistas organizassem as partículas
subatômicas*( estas partículas são
bósons e fermions), antes
isoladas, num todo mais amplo (denominado “família” subatômica).
Uma segunda
razão que nos leva a crer na unificação provém da sólida e antiga tradição,
encontrada tanto no Oriente como no Ocidente, sobre um conceito unificado de
energia vital.
Entretanto, como muitas qualidades dessa força
básica não coincidem com nossas atuais idéias científicas, as propriedades da
matéria hoje aceitas teriam de se reconciliar com outras qualidades da energia
vital que vêm sendo teórica e praticamente usadas há milhares de anos por povos
nativos, filósofos e também por cientistas.
Além disso,
até mesmo a pesquisa científica sugere que o isolamento de quatro forças
separadas provavelmente não reproduz o verdadeiro estado das coisas.
Começando com Newton, que unificou a gravidade
celeste e terrestre num único modelo de gravidade, a história da física nos
fala de fenômenos aparentemente diferentes relacionados com energia que, frequentemente,
se revelam mais tarde manifestações diferentes da mesma entidade.
Esse foi o caso da eletricidade e do
magnetismo, que posteriormente passaram a ser vistos como eletromagnetismo, e
dos conceitos de tempo e de espaço, que se tornaram espaço/tempo.
Na verdade, Einstein passou os últimos vinte e
cinco anos de sua vida trabalhando para integrar as quatro forças conhecidas no
que tem sido chamado de teoria do campo unificado. Quando de sua morte ele
ainda não obtivera sucesso.
Entretanto, em
1968, outra peça do quadro energético tornou-se clara quando Steven Weinberg e
Abdus Salam afirmaram que a força nuclear fraca e o eletromagnetismo eram
fundamentalmente a mesma força.
Posteriormente, provou-se que estavam certos.
Alguns físicos chamavam essa recém-combinada força de “eletroforça fraca”.
Portanto,
somente três forças precisam ser unidas para que o quadro da energia holística
se complete. Uma nova esperança surgiu na física quanto à possibilidade de se
efetuar essa unificação.
Uma nova teoria, denominada “supergravidade”,
usa o conceito de supersimetria, já mencionado, como um conceito unificador que
precisa ser testado em laboratório.
Segundo essa teoria, quando o universo foi
formado pela primeira vez, todas as forças da natureza eram uma só, mas, devido
a um declínio da energia cósmica, esta única força se partiu em diferentes
formas de menor intensidade.
Os criadores dessa teoria também propõem que
acelerações mais poderosas das partículas subatômicas demonstrarão que em
níveis mais elevados de energia, todas as forças energéticas se tornam uma.6
É muito
provável que em pouco tempo os físicos passem a fala de “movimento polarizado”,
e não mais de “forças diferentes”. Desde o desenvolvimento da teoria do campo
quântico, alguns cientistas já preferem usar a palavra “interação” em vez de
“força”, porque a ação de forças influencia a matéria e facilita o intercâmbio
de partículas.
Entretanto, as
partículas são matéria, e matéria é energia padronizada; por tanto, as forças
são simples manifestações de energia em mútua interação.
Dois movimentos têm sido notados nessas
interações: um movimento de aproximação (atração) e outro de afastamento
(repulsão). Se aplicarmos esses dois movimentos às quatro forças, sua unidade
básica será automaticamente entendida.
O
eletromagnetismo exibe tanto a propriedade da atração quanto a da repulsão. Por
outro lado, a gravidade é sempre atrativa; entretanto, as evidências indicam
que uma força complementar entre os corpos maiores, conhecida por alguns físicos
como pressão de radiação, ocorre quando a gravidade comprimiu uma estrela numa
massa densa e animada de gás rodopiante.
O físico
Christopher Hills chamou essa força de inconstância7.
As evidências também indicam a existência de efeitos gravitacionais em
organismos vivos (conforme pesquisa feita pelo cientista russo Alexander
Dubrov) e de um campo biogravitacion , ambos produzindo movimentos de atração e
de repulsão.
No átomo, as
forças nucleares fracas sempre atraem. Entretanto sabemos agora que a força
fraca é um manifestação do eletromagnetismo, que também manifesta movimentos de
repulsão.
A força forte, muito mais poderosa do que o
eletromagnetismo (que faz com que os próton que se aproximam do núcleo[também
feito de próton]sejam repelidos), engolirá o próton caso este seja empurrado
para além desse campo de repulsão.
Assim, as
forças fortes são consideradas atrativas por natureza. No entanto, em alguns
casos, elas também repelem, como, por exemplo, no caso das partículas que
manifestam forte interação, chamada hadrons.
É bastante
provável que com o tempo se venha a descobrir que as forças fortes e o
eletromagnetismo manifestam a mesma força, embora as forças fortes unam cargas
(positivas) em contatos próximos, a passo que as forças magnéticas agem sobre
cargas opostas através de grandes distâncias.
Assim como o
sal existente o corpo reprime o livre fluxo da água para gerar o equilíbrio, as
forças fortes e as eletromagnéticas podem prover uma homeostase yin/yang de
energia, pela qual ligação e a expansão das atividades da partícula se mantêm
em equilíbrio.
Parece ser
bastante provável que a separação entre as quatro forças conhecidas seja
arbitrária e, com o decorrer do tempo, venha a se percebida como acadêmica.
Descobrir-se-á que a energia vital tem várias formas, algumas delas
correspondentes às nossas forças conhecidas, outras a forças ainda desconhecidas*.
Todas as forças conhecidas — tal como a
energia nuclear forte, a gravidade e as forças fracas — serão reconhecidas como
formas especiais de um espectro ampliado do eletromagnetismo, diferindo
ligeiramente apenas na forma, na força e na orientação.
Quanto mais intensa a força, maiores são as
restrições a suas interações, o que novamente vem demonstrar a existência de um
equilíbrio dinâmico pelo qual um grande poder é limitado por atividade
restritiva.
A integração
do nosso atual conhecimento sobre as forças em termos de movimento energético
(atração e repulsão) e a substituição do conceito de “forças” pelo de
“interações” virão estimular uma visão mais ampla do eletromagnetismo, que
incluirá as forças nucleares fortes e fracas, bem como a gravidade, como um
caso especial de magnetismo sobre corpos maiores.
Nesse processo teremos de incluir qualidades e
quantidades de energia ainda não aceitas pela ciência ortodoxa, mas cuja
existência foi provada em outras áreas de pesquisa, por cientistas competentes
de todo o mundo.
Na verdade, no
início dos anos 60, um novo campo de estudo, a psicotrônica (do grego psyche, que significa princípio vital ou
alma, e tron, que significa
instrumento), foi desenvolvido por alguns cientistas internacionais para
pesquisar fenômenos energéticos ainda não explicados pelas leis atuais da
ciência**.
Sua pesquisa inclui áreas tais como a física
subatômica e a astrofísica, a parapsicologia, a biologia e a física radiestésica.***
Até a data presente, suas descobertas apóiam a
existência de uma forma de energia vital que vibra além da velocidade da luz
(considerada impossível pela física convencional) e é mais forte do que as
forças eletromagnéticas, nucleares ou gravitacionais porque pode reagir contra
elas.
Muitas vezes
chamada energia X, por ser desconhecida, esta forma de energia vital deve
estabelecer o vínculo entre a energia de cura do Oriente e as primitivas
descobertas das forças radiacionais de Lakhovsky, Von Reichenbach, Reich,
Galvani, De La Warr e outros.
Nos anos 60, o
American institute of Electronic Engineers formou um comitê especial para
estudar formas de energia (não importa quão extravagante seja sua aparência)
que aparecem na natureza, mas não coincidem com as forças conhecidas.
Baseado nas investigações desse comitê,
Rexford Daniels fez o seguinte comentário sobre essa força desconhecida da
ciência: penetra tudo;
habitualmente não pode ser medida com instrumento eletrônicos convencionais;
não se atenua segundo fórmulas reconhecidas e pode causar reações instantâneas
a distâncias incríveis...
Posteriormente,
ele concluiu:
Devido às
diversas utilizações dessa força, parece que ela deve até mesmo ter um espectro
próprio8.
Em Tóquio, o
dr. Motoyama mostrou que uma concentração psíquica sobre uma pessoa sentada num
aposento protegido de todas a forças conhecidas era capaz de provocar
alterações no pulso, no fluxo sanguíneo e na velocidade respiratória durante os
testes.
Obviamente alguma força estava sendo
transmitida. Na Stanford University, na Califórnia, o médium Ingo Swann
demonstrou sua habilidade em altera a temperatura de um instrumento sensível ao
calor (termistor) localizado a 30 centímetros de seu corpo, bem como em
defletir um indicador magnético durante 30 segundos, dobrando a medida
momentânea no aposento quando todas as radiações físicas haviam sido
eliminadas9.
Essa habilidade de afetar a matéria com força
mental ou psíquica é conhecida tecnicamente como psicocinesia (PK).
Em outro
experimento PK, a médium dedicada à cura, dra.. Olga Vorral, foi capaz de
produzir ondas de pulsação numa câmara de nu vens (um instrumento usado para
detectar partículas subatômicas) simplesmente colocando suas mãos perto dela.
Mais tarde, de uma distância de 800 quilômetros ,
ela obteve o mesmo efeito durante períodos de 3 e 8 minutos.10.
Esses resultados não podem ser explicados
pelas leis e forças atuais da física. Taylor estudou crianças que, simplesmente
esfregando um tubo plástico de pontas seladas que continham uma barra de
alumínio de 30
centímetros de comprimento, foram capazes de curvá-lo,
dando-lhe a forma de um S. De fato, quanto mais rígida a barra mais facilidade
as crianças encontravam em dobrá-la! Este é o efeito oposto do que esperaríamos
das leis aceitas pela física!11
Uma pesquisa
realizada tanto com o magnetismo quanto com curadores psíquicos mostrou que os
efeitos de ambos os tratamentos produzem resultados semelhantes, sugerindo que
a cura psíquica deve conter alguma forma de magnetismo.12
Entretanto, a
mesma pesquisa foi incapaz de detectar qualquer campo magnético ao redor do
curador. É mais provável que a cura seja uma expressão da energia vital que
exibe propriedades de magnetismo, pois o magnetismo também é uma propriedade da
energia vital, embora ela não apareça no espectro físico do eletromagnetismo da
forma como o conhecem.
Isso apóia a ideia que algumas manifestações
da energia vital existem numa dimensão diferente do que habitualmente aceitamos
como forças, e que há uma e conexão direta e imediata entre as forças aceitas,
tais como o magnetismo e outras, e formas ainda não aceitas de energia.
Alguns estudos
mostraram que a distância que essa informação pode percorrer é ilimitada. Num
desses estudos, um coelha mãe exibiu um sinal elétrico de onda cerebral assim
que cada uma de suas crias era tocada num submarino debaixo da água, a cerca de
500 quilômetros
de distância.
Esse efeito tem sido chamado de rapport e também foi demonstrado em
pesquisas com espécies vegetais. Por exemplo, uma planta usada como monitor
reagia quase instantaneamente quando um camarão vivo era mergulhado na água
fervente ou quando se cortava grama’3, O psicogalvanometrjsta Cleve Backster,
que fez a pesquisa, chamou de percepção primária essa energia quase instantânea
que descobriu em seus estudos sobre plantas.
Esse conceito parece sugerir que a informação
está passando muito depressa de um ente vivo para outro, de uma maneira atípica
para as forças aceitas na física*(3). Deve haver algo mais. Porém, o que é esta
energia não conhecida?
O físico Jack
Sarfatti oferece uma pista. Ele postula que a informação somente pode ser
recebida a tal velocidade e através de tais distâncias se for mais rápida do que
a velocidade da luz.
No entanto, segundo a teoria da relatividade,
nenhum sinal pode viajar a velocidades superiores à da luz. Alguns físicos
teóricos, que trabalham fora dos âmbitos tradicionais, entretanto, estão
propondo a existência de tachyons partículas
que viajam mais rapidamente do que a luz.
Cientistas
sugerem que, se essas partículas existem, podem ser detectadas através da
emissão da radiação de Cerenkov — uma luz azulada emitida por partículas
altamente carregadas.
Essa luz azulada lembra o retrato simbólico de
Vishnu (consciência universal experimentada interiormente), que é azul-celeste,
bem como a divindade budista Samantabhadra (sânscrito), as formações de cor
azulada observadas pelos astrônomos durante o aumento da atividade das manchas
solares; e a radiação azulada do orgônio de Reich.
E possível que, no Oriente e no Ocidente,
iogues e cientistas tenham participado de uma experiência comum de energia
vital sem saber disso.
Sarfatti
sugere que a “comunicação de energia” acontece de fato, já que as experiências
da pesquisa a comprovam,**(4) embora nenhum sinal seja gerado; portanto, nenhum
transporte de energia é detectável. Embora seja considerada impossível pela
ciência ortodoxa, essa teoria explica as descobertas da pesquisa, coisa que a
física tradicional não pode fazer.
Se Sarfatti
estiver certo, isso provaria que tudo no universo está interligado — não por
sinais, mas por uma totalidade na qual todas as partes “sabem” o que as outras
partes estão fazendo e reagem de acordo com isso! Isso nos leva à questão da
energia como consciência, que descreverei em breve.
Do que foi
debatido anteriormente, fica claro que é preciso desenvolver um novo espectro
de energia que teria muita importância para as descobertas da pesquisa moderna.
Proponho que
este espectro seja denominado “continuum de energia vital”. Este novo modelo
incluiria todas as forças conhecidas e atualmente aceitas, bem como outras
formas e manifestações que têm sido experimentadas por muitas pessoas através
do tempo e cuja existência foi provada teórica e experimental- mente pela
física moderna, embora ainda não sejam oficialmente aceitas pela ciência.
O dr. William
Tiller, professor de ciências materiais na Stanford University, desenvolveu um
esquema que pode ser usado como uma supra-estrutura para esse novo modelo. Ele
sugere um paradigma tridimensional que inclui espaço/tempo positivo,
espaço/tempo negativo e energia deltron.
O espaço/tempo positivo incluiria as formas
comumente aceitas de energia, tais como o eletromagnetismo, a energia nuclear e
a gravidade.
No novo modelo
“continuum de energia vital”, teríamos de expandir nosso conceito de
eletromagnetismo de modo a incluir vibrações inferiores e superiores àquelas
que são atualmente aceitas.*(5).
Isso incluiria todas as vibrações mais baixas,
tais como as dos “objetos inanimados” (pedras, cristais e assim por diante), e
as vibrações mais elevadas, como o pensamento, embora estas ainda não tenham
sido medidas fisicamente.
O espaço/tempo positivo poderia incluir todas
as vibrações, de zero até a velocidade da luz.
O espaço/tempo
negativo incluiria todas as vibrações que viajam a uma velocidade maior que a
da luz (superluminal) e seria responsável por fenômenos como a telepatia, a
levitação, a psicocinesia e a precognição. O dr. Tiller até mesmo cunhou o
termo “eletromagnético” para identificar a energia deste âmbito.
No espaço/tempo
negativo, as partículas têm uma massa negativa e são conhecidas como
antimatéria. Essas partículas não são visíveis a olho nu e têm caráter
magnético.
Quando
ativadas a velocidades superluminais, essas partículas parecem
desmaterializar-se, embora na verdade somente mudem de caráter nessas frequências
mais elevadas.
Além disso, a energia num nível espaço/tempo
negativo produz uma força com qualidade de levitação que equilibra o efeito
gravitacional do espaço/tempo positivo. Finalmente, o espaço/tempo negativo
também seria responsável pela aptidão psíquica de transmitir energia através de
todas as couraças de força conhecidas.
Segundo o dr.
Tiller, a energia que viaja além da velocidade da luz no espaço/tempo negativo
não pode interagir diretamente com a energia mais lenta do que a luz. Portanto,
ele sugeriu a existência de uma zona de energia “deltron” que atuaria como um
meio de ligação entre essas duas formas de energia.
Está além do objetivo
deste texto especular ainda mais sobre este espectro de energia vital, embora
um tal modelo pareça necessário para unir o nosso conhecimento, passado e presente,
num todo organizado.
Tabela
Tabela 1
Manifestações da substancia espaço tempo.
* Reproduzido
de ‘Rumo à medicina do futuro baseada em campos controlados de energia”, in Phoenix:
New directions in the study of tnan (verão de 1977), de William A. Tilier, com
permissão de William A. Tilier, Copyright © 1977.
Meio
Além de os
processos de energia vital se manifestarem como forma (matéria) e força, a
energia vital também existe numa terceira manifestação — o meio.
Por muitos anos, nos círculos científicos, o
meio foi conhecido como éter; a palavra chinesa chi, cujo significado é
energia, também significa éter ou gás*(6).
A partir do primitivo conceito grego de éter,
Newton sugeriu a idéia de um meio através do qual o calor, a luz, as ondas de
rádio etc. eram transmitidos.
Segundo ele,
esse meio era mais sutil do que o ar, tinha vibrações próprias e penetrava toda
a matéria. Nos antigos livros de física, o éter era descrito como algo que
transmitia e absorvia energia da matéria.
Pensava-se que
existíamos num mar de éter que permeava todo o universo como um meio sempre
presente e imóvel. Esse conceito newtoniano de éter inerte adapta-se
perfeitamente ao modelo clássico de um universo mecânico.
Achava-se que
o éter existia porque tinha de existir. Algo precisava estar criando o
movimento sob a forma de ondas, por exemplo, para que a luz se transmitisse por
ondas; supunha-se que esse “algo” era o éter.
Em 1887, a experiência
Michelson-Morley testou essa teoria do éter e “provou” que ela não era válida.
Em 1905, a
teoria da relatividade de Einstein destruiu ainda mais a teoria de um meio
energético ao afirmar que “o éter não existe”. Isso parecia ser o fim da teoria
do éter, mas até mesmo Michelson não pôde acreditar na sua própria pesquisa —
talvez por boas razões.
Segundo
o dr. H.C. Dudley, professor de física radiacional, o mecanismo
Michelson-Morley predeterminava uma prova contra o éter que não era
experimentalmente válida.
Especulações de Paul Dirac e, posteriormente,
de Victor de Broglie, ambos detentores do Prêmio Nobel, bem como estudos
astrofísicos do espaço entre os planetas e as estrelas, voltaram a indicar a
probabilidade da existência do éter.
A pesquisa mostrou que o espaço não está
vazio, como Einstem pensou, mas repleto de campos magnéticos e elétricos
entrosados, bem como neutrinos**(7).
Isto é importante, porque tanto a teoria da
relatividade quanto a física quântica requerem a não-existência do éter, assim
como a física newtoniana exige a sua presença. Portanto, admitir a presença do
éter é destruir a teoria da relatividade e a mecânica quântica sob a forma como
foram formuladas.14
Uma pesquisa
feita por Von Sezeele no final do século XIX, e confirmada independentemente
pelos drs. Hanshka e Spindler nos anos 40, mostrou que substâncias minerais
como o iodo são fabricadas pelas plantas sem a presença de qualquer fonte
física conhecida, em ambientes especialmente “fechados”, destituídos de terra
ou irrigação externa’5.
Está pesquisa pode ser comparada às
experiências de pessoas como Theresa von Konnersreuth, na Alemanha, que foram
capazes de sobreviver vários anos com pouca ou nenhuma comida. Ambos os casos
podem ser uma prova da existência de uma energia semelhante ao éter, que
sustenta a vida de um modo não-físico, análogo às forças formativas etéricas de
Steiner.
Até mesmo a
física quântica, segundo o físico Gary Zukav, ressuscita um novo conceito de
éter como um estado de vácuo que é tão “descaracterizado” quanto a antiga
teoria do éter. O mais plausível é que o éter energético esteja contido num mar
dos já mencionados neutrinos. Poderia esse mar de neutrinos, descoberto pelos
astrofísicos, ser uma manifestação do prana hindu, do chi chinês ou do orgônio
de Reich?
O mais
provável é que, tal como em relação à matéria, se provará que o ambiente
energético não é composto de qualquer substância única, mas, ao contrário, é um
mar de movimento que pode exibir aspectos tanto do espaço/tempo positivo quanto
do espaço/tempo negativo.
Esse mar
pervasivo poderá se revelar como uma manifestação particular de energia vital,
que, em frequências inferiores ou superiores, pode criar outras formas, tais
como a matéria, o pensamento ou a cura.
Seja como for,
já que a energia vital é mais um processo do que um conteúdo, ela teria de
possuir necessariamente as propriedades de transmissão observadas em sessões de
cura, bem como a propriedade dinâmica de “existir” sem transmissão de sinais.
Seria um erro considerar o éter uma
substância. É muito mais plausível vê-lo como uma emanação da energia vital em
um estado particular de ser que está ligado pelo movimento à matéria e à força
como parte de um todo maior*.
A “prova” de
Michelson, de que o éter não existe e as posteriores descobertas de seu
provável erro de pesquisa, bem como outras evidências da astrofísica, que
sugerem que o espaço não é vazio mas contém um mar de neutrinos (um mar de
éter?), levantam o tema da prova científica.
Com o advento da teoria da relatividade e da
mecânica quântica, todos os alicerces da ciência foram aniquilados. Antes, o
cientista podia ser objetivo, imparcial e exato quanto às suas descobertas —
pelo menos, era isso o que ele pensava.
A teoria quântica perturbou essa ordem
predeterminada ao declarar que no nível subatômico nada é tão dependente,
previsível ou exatamente mensurável a ponto de garantir tais expectativas
científicas. Muitas vezes se pensa que uma “prova” científica com máquinas e
medidas é uma garantia de verdade.
Mas como Zukav observa:
Uma prova
científica é uma demonstração matemática de que a afirmação em questão é
logicamente consistente. No âmbito da matemática pura, uma afirmação pode não
ter relevância para a experiência. Não obstante, se for acompanhada por uma
“prova” autoconsistente, ela é aceita. 16
Uma teoria
física “verdadeira” pode ser útil, mas não é necessariamente uma indicação da
realidade. A pesquisa quântica mostrou que não pode haver verdade objetiva,
porque até mesmo o pesquisador monta experiência de certo modo, vê o problema
de sua perspectiva e desenha até mesmo o equipamento — todas experiências
subjetivas.
Portanto, onde está a objetividade? Nos
números, talvez? Infelizmente, a resposta é não. O teorema da imperfeição de
Kurt Godel (até agora irrefutável) mostrou que os chamados sistemas lógicos de
dedução também contém um componente ilógico, e que esse aspecto não-lógico é
necessário pura deduzir algumas das verdadeiras afirmações da matemática.
Isso significa
que uma série de axiomas (nos quais a lógica se fundamenta) é incompleta em e
por si mesma para explicar os teoremas que são desenvolvidos. Além disso,
falsas afirmações também podem ser deduzidas desses mesmos axiomas17.
E quanto aos
próprios axiomas? Outra vez, Godel afirmou a impossibilidade de averiguação,
mesmo quando os axiomas são consistentes com o sistema.
Baseado nisto,
Peiletier conclui:
... o
cientista que permanece um lógico puro não tem base real a partir da qual possa
argumentar com absoluta certeza. A adesão a um paradigma pessoal, científico ou
cultural é uma função da crença ou da fé, e não uma necessidade ditada pela
informação objetiva18.
E, segundo
Einstein:
O puro
raciocínio lógico não pode nos transmitir nenhum conhecimento do mundo
empírico: todo conhecimento da realidade começa e termina na experiência. As
proposições alcançadas por meios puramente lógicas são completamente vazias no
que se refere à realidade.19
Aqueles dentre
nós (inclusive cientistas) que se apegarem à ciência objetiva da era clássica
ficarão surpresos ao descobrir que mesmo a geometria euclidiana, que serviu de
base para a mecânica newtoniana na antiga visão de mundo, apoiou-se numa
presunção que não pôde ser “provada”.
Na verdade, revelou-se que vários outros
sistemas “lógicos”, igualmente consistentes, embora contrários à geometria
euclidiana, podem ser e foram desenvolvidos. 20
Einstein mostrou que o espaço é curvo, e não
plano como previra Euclides, e que fenômenos como buracos negros e colapsos
gravitacionais no espaço exterior desafiam leis que parecem ser verdadeiras na
física clássica. O fato é que a ciência é tão subjetiva como qualquer outra
disciplina, embora possa ambicionar maior clareza,* e a prova matemática, base
de nossas ciências naturais, é falível.
Esse estado de
coisas levou cientistas como John A. Wheeler a insistir em substituir a idéia
de um observador pela de um participante na ciência.
Bastante interessante é o fato de que essa
mudança do objetivo para o subjetivo, do observador para o participante,
derivou da antiga crença tântrica de que observador e observado são uma coisa
só.’
O verdadeiro
cientista é alguém que busca a essência da vida; seja ele físico ou alguém em
busca espiritual, O verdadeiro cientista tem a coragem de escancarar a porta
das possibilidades e ir além dos limites do conhecido, algumas vezes
desviando-se para uma nova perspectiva ou experiência, sem garantia ou certeza
de que estará correta ou de que será aceita.
Ao mesmo
tempo, é suficientemente lúcido para saber que ver uma luz não é o mesmo que
viver na luz da verdade (iluminação). E necessário que as portas da percepção
se abram repetidas vezes a fim de admitir um novo crescimento e uma eventual
evolução. Pois a ciência (derivada do latim scire,
conhecer), como qualquer esforço humano, é afinal uma aventura da consciência
que não pode ser prevista, mas apenas aceita como é.
Da mesma forma
que o físico, aquele que está numa busca espiritual também precisa conduzir a
sua “pesquisa”, que é uma procura contínua (ou melhor, um permanecer em contato
com aquilo que já é de algum modo conhecido) da essência da vida.
Ao
concentrar-se no que é essencial na ciência, a “energia” provê um processo
conveniente, pesquisável e experimental que pode ser usado para integrar nosso
conhecimento presente em várias ciências e disciplinas e para forjar novos
caminhos de conhecimento que nos levarão de volta a nós mesmos e à nossa
evolução espiritual.
E um mito supor que a ciência fará
“descobertas” realmente novas; tudo o que podemos fazer é redescobrir o que é
conhecido e expandir nossa consciência de tal modo que mais pessoas se abram e
aceitem essas verdades. Para essa finalidade, a ciência formal é extremamente
útil.
Um
interessante estudo da física, a teoria de Scatter ou da matriz5, demonstra que
forma, força e meio podem ser vistos como três aspectos de um todo energético
maior.
A teoria da matriz-S tirou seu nome da tábua
matemática de probabilidades usada para partículas que manifestam forte
interação, os chamados “hadrons”.
Segundo
Fritjof Capra, a “dispersão” ou colisão de hadrons na pesquisa subatômica
representa um fluxo de energia através de caminhos não-físicos, chamados
“canais de reação”. Estes canais se parecem com cavidades nas quais forças
energéticas reagem umas com as outras na formação de partículas.
Uma partícula
de vida efêmera, chamada “ressonância”, é criada quando uma frequência
vibratória específica do canal de reação é atingida. Desse modo, as partículas têm
mais o sentido de evento do que de objetos de longa duração, como propõe a
física clássica.
Nessa visão
subatômica de mundo, as partículas da matéria (forma) são estágios
intermediários da interação dos processos energéticos (forças) que são criados
através da ressonância de vibrações distintas em canais de reação (meio).
De uma perspectiva mais ampla, isto sugere que
tudo em nosso mundo está num estado transitório e depende da contínua interação
de energia para existir. Além do mais, isso implica que tudo existe através da
ressonância de frequências energéticas. Eu argumento que a consciência, agindo
como um meio para processos “da alma”, funciona como fonte de energia para as
vibrações que criam o mundo físico.
O nosso campo espiritual atua como um canal de
reação que permite que a energia seja processada em áreas específicas de frequência,
criando assim nossos corpos, nossas personalidades e nosso meio social.
É possível
pensar que uma manifestação desse campo espiritual, chamada canal de cura, esta
associada à nossa saúde física e emocional, bem como à nossa evolução
espiritual. A maior ou menor percepção da extensão desses processos do espírito
em nossa vida cotidiana depende de nosso nível de consciência.
................................
*
Pesquisadores do De La Warr Laboratory, na Inglaterra, descobriram uma força
leste- oeste visível no eletromagnetismo, a qual não é nem magnética nem
elétrica, mas atua segundo leis conhecidas pela física.
** Entre os
primeiros pesquisadores estavam o dr. Zdenek Rédjak, da Tchecoslováquia; o dr.
Victor Adamenko, da Rússia; o dr. Stanley Krippner, dos EUA; e o dr. Smilov, da
Bulgária, entre outros.
*** Física
radiestésica é a ciência que estuda e descreve o mergulho e as radiações do
pêndulo.
3.Outros
sinais emitidos pelas plantas se transmitem quimicamente através do ar
(Boling).
4.Experiência
de Clauser Freedman; para mais detalhes, veja Zukav, p. 309.
5. O dr. Hilis
propos um tal espectro baseado no fato de toda matéria irradiar ondas
magnéticas, embora até hoje algumas ainda não tenham sido medidas.
6. No
pensamento hindu, o éter é chamado akasha.
**7. Neutrinos
são um meio subquântico de partículas sem carga em fluxo, que podem atravessar
toda matéria.
*8. Uma tal
integração entre matéria, força e éter foi sugerida pelo físico Pat Flannagan
em sua teoria do vórtice etérico, desenvolvida na pesquisa com pirâmides.
* 9. Até mesmo
os números arjtméticos que usamos são arbitrários, ao contrário das unidades
dos druídas ou dos egípcios, que eram baseadas em proporções da natureza
(Biair).
**10. Krishnamurti, um mestre espiritual moderno,
também postula essa crença em seus debates filosóficos.
11. Bohni
propôs o termo rheomode para um novo e fluente modo holístico de pensamento.
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