sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A Força da Energia, do Éter e a Física Quântica




A Força da Energia, do Éter  e a Física Quântica 

E fato bastante conhecido na física que a matéria é composta, em sua maior parte, de espaço e uma minúscula quantidade de massa.

 A massa, como vimos, não é substância no sentido clássico, mas energia que está ligada a um padrão específico: este padrão é único para cada forma de matéria.

A fim de que o padrão exista, a massa precisa estar separada no espaço; caso contrário, todas as coisas automaticamente convergiriam para um ponto.

Na física, isso significaria que toda a massa seria reunida pelas forças de atração, formando uma enorme massa informe. O fato de isso não acontecer implica a existência de uma outra força que separa a matéria, mantendo assim o padrão de energia orgânica.

Dessa forma, é esse equilíbrio de forças — como as antigas polaridades chinesas de yin/yang ou as hindus Shakti/Shiva — que dirige a energia e a matéria para padrões.

Atualmente, a ciência ortodoxa reconhece quatro tipos de forças únicas, que incluem, por ordem de força:
1. forças nucleares fortes;
 2. eletromagnetismo;
3. forças fracas e
4. a gravidade.

 As forças fortes mantêm o núcleo do átomo coeso e são mais de cem vezes mais fortes do que o eletromagnetismo. Este, em geral, é a mais familiar das forças e inclui ondas de rádio, microondas, infravermelho, luz visível, ultravioleta, raios X, raios gama e assim por diante.

 Ela também une os átomos em moléculas e, dentro do próprio átomo, mantém os elétrons em suas órbitas ao redor do núcleo. Entretanto, quanto mais os elétrons ficam presos ao núcleo, mais rapidamente eles giram ao seu redor, criando dessa forma um equilíbrio entre o yin da atração e o yang da repulsão.


 A força fraca é a menos pesquisada das forças. Sua existência é inferida das interações subatômicas e tira seu nome do fato de ser mais fraca do que o eletromagnetismo.

A última das forças reconhecidas é a gravidade. Acredita-se que ela seja responsável pelo amplo espectro de interações ente grandes corpos cósmicos, tais como sistemas solares, galáxias e universos.

Outras formas de energia, que incluem luz, o som, a energia mecânica, a energia química e a energia nuclear são consideradas manifestações das forças acima citadas. Seja como for, segundo o conceito holístico de energia, todas essas forças teriam de estar unidas num único todo maior.

Temos algumas boas razões para presumir que essa unificação acontecerá. Uma delas é que é ilógico supor que diferentes formas de energia não derivam da mesma fonte unicamente porque têm propriedades diferentes.

 No reino da natureza, essa diferença não isola uma forma da outra. Maçãs e laranjas, por exemplo, têm muitas qualidades diferentes; no entanto, ambas são consideradas frutas.

 A recente descoberta da física acerca de uma “supersimetria” da matéria já permitiu que os cientistas organizassem as partículas subatômicas*( estas partículas são  bósons  e fermions), antes isoladas, num todo mais amplo (denominado “família” subatômica).

Uma segunda razão que nos leva a crer na unificação provém da sólida e antiga tradição, encontrada tanto no Oriente como no Ocidente, sobre um conceito unificado de energia vital.

 Entretanto, como muitas qualidades dessa força básica não coincidem com nossas atuais idéias científicas, as propriedades da matéria hoje aceitas teriam de se reconciliar com outras qualidades da energia vital que vêm sendo teórica e praticamente usadas há milhares de anos por povos nativos, filósofos e também por cientistas.

Além disso, até mesmo a pesquisa científica sugere que o isolamento de quatro forças separadas provavelmente não reproduz o verdadeiro estado das coisas.

 Começando com Newton, que unificou a gravidade celeste e terrestre num único modelo de gravidade, a história da física nos fala de fenômenos aparentemente diferentes relacionados com energia que, frequentemente, se revelam mais tarde manifestações diferentes da mesma entidade.
 Esse foi o caso da eletricidade e do magnetismo, que posteriormente passaram a ser vistos como eletromagnetismo, e dos conceitos de tempo e de espaço, que se tornaram espaço/tempo.

 Na verdade, Einstein passou os últimos vinte e cinco anos de sua vida trabalhando para integrar as quatro forças conhecidas no que tem sido chamado de teoria do campo unificado. Quando de sua morte ele ainda não obtivera sucesso.

Entretanto, em 1968, outra peça do quadro energético tornou-se clara quando Steven Weinberg e Abdus Salam afirmaram que a força nuclear fraca e o eletromagnetismo eram fundamentalmente a mesma força.

 Posteriormente, provou-se que estavam certos. Alguns físicos chamavam essa recém-combinada força de “eletroforça fraca”.

Portanto, somente três forças precisam ser unidas para que o quadro da energia holística se complete. Uma nova esperança surgiu na física quanto à possibilidade de se efetuar essa unificação.

 Uma nova teoria, denominada “supergravidade”, usa o conceito de supersimetria, já mencionado, como um conceito unificador que precisa ser testado em laboratório.

 Segundo essa teoria, quando o universo foi formado pela primeira vez, todas as forças da natureza eram uma só, mas, devido a um declínio da energia cósmica, esta única força se partiu em diferentes formas de  menor intensidade.

 Os criadores dessa teoria também propõem que acelerações mais poderosas das partículas subatômicas demonstrarão que em níveis mais elevados de energia, todas as forças energéticas se tornam uma.6

É muito provável que em pouco tempo os físicos passem a fala de “movimento polarizado”, e não mais de “forças diferentes”. Desde o desenvolvimento da teoria do campo quântico, alguns cientistas já preferem usar a palavra “interação” em vez de “força”, porque a ação de forças influencia a matéria e facilita o intercâmbio de partículas.

Entretanto, as partículas são matéria, e matéria é energia padronizada; por tanto, as forças são simples manifestações de energia em mútua interação.

 Dois movimentos têm sido notados nessas interações: um movimento de aproximação (atração) e outro de afastamento (repulsão). Se aplicarmos esses dois movimentos às quatro forças, sua unidade básica será automaticamente entendida.

O eletromagnetismo exibe tanto a propriedade da atração quanto a da repulsão. Por outro lado, a gravidade é sempre atrativa; entretanto, as evidências indicam que uma força complementar entre os corpos maiores, conhecida por alguns físicos como pressão de radiação, ocorre quando a gravidade comprimiu uma estrela numa massa densa e animada de gás rodopiante.

O físico Christopher Hills chamou essa força de inconstância7. As evidências também indicam a existência de efeitos gravitacionais em organismos vivos (conforme pesquisa feita pelo cientista russo Alexander Dubrov) e de um campo biogravitacion , ambos produzindo movimentos de atração e de repulsão.

No átomo, as forças nucleares fracas sempre atraem. Entretanto sabemos agora que a força fraca é um manifestação do eletromagnetismo, que também manifesta movimentos de repulsão.

 A força forte, muito mais poderosa do que o eletromagnetismo (que faz com que os próton que se aproximam do núcleo[também feito de próton]sejam repelidos), engolirá o próton caso este seja empurrado para além desse campo de repulsão.

Assim, as forças fortes são consideradas atrativas por natureza. No entanto, em alguns casos, elas também repelem, como, por exemplo, no caso das partículas que manifestam forte interação, chamada hadrons.

É bastante provável que com o tempo se venha a descobrir que as forças fortes e o eletromagnetismo manifestam a mesma força, embora as forças fortes unam cargas (positivas) em contatos próximos, a passo que as forças magnéticas agem sobre cargas opostas através de grandes distâncias.

Assim como o sal existente o corpo reprime o livre fluxo da água para gerar o equilíbrio, as forças fortes e as eletromagnéticas podem prover uma homeostase yin/yang de energia, pela qual ligação e a expansão das atividades da partícula se mantêm em equilíbrio.

Parece ser bastante provável que a separação entre as quatro forças conhecidas seja arbitrária e, com o decorrer do tempo, venha a se percebida como acadêmica. Descobrir-se-á que a energia vital tem várias formas, algumas delas correspondentes às nossas forças conhecidas, outras a forças ainda desconhecidas*.

 Todas as forças conhecidas — tal como a energia nuclear forte, a gravidade e as forças fracas — serão reconhecidas como formas especiais de um espectro ampliado do eletromagnetismo, diferindo ligeiramente apenas na forma, na força e na orientação.

 Quanto mais intensa a força, maiores são as restrições a suas interações, o que novamente vem demonstrar a existência de um equilíbrio dinâmico pelo qual um grande poder é limitado por atividade restritiva.

A integração do nosso atual conhecimento sobre as forças em termos de movimento energético (atração e repulsão) e a substituição do conceito de “forças” pelo de “interações” virão estimular uma visão mais ampla do eletromagnetismo, que incluirá as forças nucleares fortes e fracas, bem como a gravidade, como um caso especial de magnetismo sobre corpos maiores.

 Nesse processo teremos de incluir qualidades e quantidades de energia ainda não aceitas pela ciência ortodoxa, mas cuja existência foi provada em outras áreas de pesquisa, por cientistas competentes de todo o mundo.

Na verdade, no início dos anos 60, um novo campo de estudo, a psicotrônica (do grego psyche, que significa princípio vital ou alma, e tron, que significa instrumento), foi desenvolvido por alguns cientistas internacionais para pesquisar fenômenos energéticos ainda não explicados pelas leis atuais da ciência**.

 Sua pesquisa inclui áreas tais como a física subatômica e a astrofísica, a parapsicologia, a biologia e a física radiestésica.***

 Até a data presente, suas descobertas apóiam a existência de uma forma de energia vital que vibra além da velocidade da luz (considerada impossível pela física convencional) e é mais forte do que as forças eletromagnéticas, nucleares ou gravitacionais porque pode reagir contra elas.

Muitas vezes chamada energia X, por ser desconhecida, esta forma de energia vital deve estabelecer o vínculo entre a energia de cura do Oriente e as primitivas descobertas das forças radiacionais de Lakhovsky, Von Reichenbach, Reich, Galvani, De La Warr e outros.

Nos anos 60, o American institute of Electronic Engineers formou um comitê especial para estudar formas de energia (não importa quão extravagante seja sua aparência) que aparecem na natureza, mas não coincidem com as forças conhecidas.

 Baseado nas investigações desse comitê, Rexford Daniels fez o seguinte comentário sobre essa força desconhecida da ciência:  penetra tudo; habitualmente não pode ser medida com instrumento eletrônicos convencionais; não se atenua segundo fórmulas reconhecidas e pode causar reações instantâneas a distâncias incríveis...

Posteriormente, ele concluiu:
Devido às diversas utilizações dessa força, parece que ela deve até mesmo ter um espectro próprio8.

Em Tóquio, o dr. Motoyama mostrou que uma concentração psíquica sobre uma pessoa sentada num aposento protegido de todas a forças conhecidas era capaz de provocar alterações no pulso, no fluxo sanguíneo e na velocidade respiratória durante os testes.

 Obviamente alguma força estava sendo transmitida. Na Stanford University, na Califórnia, o médium Ingo Swann demonstrou sua habilidade em altera a temperatura de um instrumento sensível ao calor (termistor) localizado a 30 centímetros de seu corpo, bem como em defletir um indicador magnético durante 30 segundos, dobrando a medida momentânea no aposento quando todas as radiações físicas haviam sido eliminadas9.

 Essa habilidade de afetar a matéria com força mental ou psíquica é conhecida tecnicamente como psicocinesia (PK).

Em outro experimento PK, a médium dedicada à cura, dra.. Olga Vorral, foi capaz de produzir ondas de pulsação numa câmara de nu vens (um instrumento usado para detectar partículas subatômicas) simplesmente colocando suas mãos perto dela.
 Mais tarde, de uma distância de 800 quilômetros, ela obteve o mesmo efeito durante períodos de 3 e 8 minutos.10.

 Esses resultados não podem ser explicados pelas leis e forças atuais da física. Taylor estudou crianças que, simplesmente esfregando um tubo plástico de pontas seladas que continham uma barra de alumínio de 30 centímetros de comprimento, foram capazes de curvá-lo, dando-lhe a forma de um S. De fato, quanto mais rígida a barra mais facilidade as crianças encontravam em dobrá-la! Este é o efeito oposto do que esperaríamos das leis aceitas pela física!11

Uma pesquisa realizada tanto com o magnetismo quanto com curadores psíquicos mostrou que os efeitos de ambos os tratamentos produzem resultados semelhantes, sugerindo que a cura psíquica deve conter alguma forma de magnetismo.12

Entretanto, a mesma pesquisa foi incapaz de detectar qualquer campo magnético ao redor do curador. É mais provável que a cura seja uma expressão da energia vital que exibe propriedades de magnetismo, pois o magnetismo também é uma propriedade da energia vital, embora ela não apareça no espectro físico do eletromagnetismo da forma como o conhecem.

 Isso apóia a ideia que algumas manifestações da energia vital existem numa dimensão diferente do que habitualmente aceitamos como forças, e que há uma e conexão direta e imediata entre as forças aceitas, tais como o magnetismo e outras, e formas ainda não aceitas de energia.

Alguns estudos mostraram que a distância que essa informação pode percorrer é ilimitada. Num desses estudos, um coelha mãe exibiu um sinal elétrico de onda cerebral assim que cada uma de suas crias era tocada num submarino debaixo da água, a cerca de 500 quilômetros de distância.

 Esse efeito tem sido chamado de rapport e também foi demonstrado em pesquisas com espécies vegetais. Por exemplo, uma planta usada como monitor reagia quase instantaneamente quando um camarão vivo era mergulhado na água fervente ou quando se cortava grama’3, O psicogalvanometrjsta Cleve Backster, que fez a pesquisa, chamou de percepção primária essa energia quase instantânea que descobriu em seus estudos sobre plantas.
 Esse conceito parece sugerir que a informação está passando muito depressa de um ente vivo para outro, de uma maneira atípica para as forças aceitas na física*(3). Deve haver algo mais. Porém, o que é esta energia não conhecida?

O físico Jack Sarfatti oferece uma pista. Ele postula que a informação somente pode ser recebida a tal velocidade e através de tais distâncias se for mais rápida do que a velocidade da luz.

 No entanto, segundo a teoria da relatividade, nenhum sinal pode viajar a velocidades superiores à da luz. Alguns físicos teóricos, que trabalham fora dos âmbitos tradicionais, entretanto, estão propondo a existência de tachyons partículas que viajam mais rapidamente do que a luz.

Cientistas sugerem que, se essas partículas existem, podem ser detectadas através da emissão da radiação de Cerenkov — uma luz azulada emitida por partículas altamente carregadas.

 Essa luz azulada lembra o retrato simbólico de Vishnu (consciência universal experimentada interiormente), que é azul-celeste, bem como a divindade budista Samantabhadra (sânscrito), as formações de cor azulada observadas pelos astrônomos durante o aumento da atividade das manchas solares; e a radiação azulada do orgônio de Reich.

 E possível que, no Oriente e no Ocidente, iogues e cientistas tenham participado de uma experiência comum de energia vital sem saber disso.

Sarfatti sugere que a “comunicação de energia” acontece de fato, já que as experiências da pesquisa a comprovam,**(4) embora nenhum sinal seja gerado; portanto, nenhum transporte de energia é detectável. Embora seja considerada impossível pela ciência ortodoxa, essa teoria explica as descobertas da pesquisa, coisa que a física tradicional não pode fazer.

Se Sarfatti estiver certo, isso provaria que tudo no universo está interligado — não por sinais, mas por uma totalidade na qual todas as partes “sabem” o que as outras partes estão fazendo e reagem de acordo com isso! Isso nos leva à questão da energia como consciência, que descreverei em breve.

Do que foi debatido anteriormente, fica claro que é preciso desenvolver um novo espectro de energia que teria muita importância para as descobertas da pesquisa moderna.

Proponho que este espectro seja denominado “continuum de energia vital”. Este novo modelo incluiria todas as forças conhecidas e atualmente aceitas, bem como outras formas e manifestações que têm sido experimentadas por muitas pessoas através do tempo e cuja existência foi provada teórica e experimental- mente pela física moderna, embora ainda não sejam oficialmente aceitas pela ciência.

O dr. William Tiller, professor de ciências materiais na Stanford University, desenvolveu um esquema que pode ser usado como uma supra-estrutura para esse novo modelo. Ele sugere um paradigma tridimensional que inclui espaço/tempo positivo, espaço/tempo negativo e energia deltron.

 O espaço/tempo positivo incluiria as formas comumente aceitas de energia, tais como o eletromagnetismo, a energia nuclear e a gravidade.

No novo modelo “continuum de energia vital”, teríamos de expandir nosso conceito de eletromagnetismo de modo a incluir vibrações inferiores e superiores àquelas que são atualmente aceitas.*(5).

 Isso incluiria todas as vibrações mais baixas, tais como as dos “objetos inanimados” (pedras, cristais e assim por diante), e as vibrações mais elevadas, como o pensamento, embora estas ainda não tenham sido medidas fisicamente.

 O espaço/tempo positivo poderia incluir todas as vibrações, de zero até a velocidade da luz.

O espaço/tempo negativo incluiria todas as vibrações que viajam a uma velocidade maior que a da luz (superluminal) e seria responsável por fenômenos como a telepatia, a levitação, a psicocinesia e a precognição. O dr. Tiller até mesmo cunhou o termo “eletromagnético” para identificar a energia deste âmbito.

No espaço/tempo negativo, as partículas têm uma massa negativa e são conhecidas como antimatéria. Essas partículas não são visíveis a olho nu e têm caráter magnético.
Quando ativadas a velocidades superluminais, essas partículas parecem desmaterializar-se, embora na verdade somente mudem de caráter nessas frequências mais elevadas.

 Além disso, a energia num nível espaço/tempo negativo produz uma força com qualidade de levitação que equilibra o efeito gravitacional do espaço/tempo positivo. Finalmente, o espaço/tempo negativo também seria responsável pela aptidão psíquica de transmitir energia através de todas as couraças de força conhecidas.

Segundo o dr. Tiller, a energia que viaja além da velocidade da luz no espaço/tempo negativo não pode interagir diretamente com a energia mais lenta do que a luz. Portanto, ele sugeriu a existência de uma zona de energia “deltron” que atuaria como um meio de ligação entre essas duas formas de energia.

Está além do objetivo deste texto especular ainda mais sobre este espectro de energia vital, embora um tal modelo pareça necessário para unir o nosso conhecimento, passado e presente, num todo organizado.

Tabela

Tabela 1 Manifestações da substancia espaço tempo.
* Reproduzido de ‘Rumo à medicina do futuro baseada em campos controlados de energia”, in Phoenix: New directions in the study of tnan (verão de 1977), de William A. Tilier, com permissão de William A. Tilier, Copyright © 1977.




Meio

Além de os processos de energia vital se manifestarem como forma (matéria) e força, a energia vital também existe numa terceira manifestação — o meio.

 Por muitos anos, nos círculos científicos, o meio foi conhecido como éter; a palavra chinesa chi, cujo significado é energia, também significa éter ou gás*(6).

 A partir do primitivo conceito grego de éter, Newton sugeriu a idéia de um meio através do qual o calor, a luz, as ondas de rádio etc. eram transmitidos.

Segundo ele, esse meio era mais sutil do que o ar, tinha vibrações próprias e penetrava toda a matéria. Nos antigos livros de física, o éter era descrito como algo que transmitia e absorvia energia da matéria.

Pensava-se que existíamos num mar de éter que permeava todo o universo como um meio sempre presente e imóvel. Esse conceito newtoniano de éter inerte adapta-se perfeitamente ao modelo clássico de um universo mecânico.

Achava-se que o éter existia porque tinha de existir. Algo precisava estar criando o movimento sob a forma de ondas, por exemplo, para que a luz se transmitisse por ondas; supunha-se que esse “algo” era o éter.

Em 1887, a experiência Michelson-Morley testou essa teoria do éter e “provou” que ela não era válida. Em 1905, a teoria da relatividade de Einstein destruiu ainda mais a teoria de um meio energético ao afirmar que “o éter não existe”. Isso parecia ser o fim da teoria do éter, mas até mesmo Michelson não pôde acreditar na sua própria pesquisa — talvez por boas razões.
    
  Segundo o dr. H.C. Dudley, professor de física radiacional, o mecanismo Michelson-Morley predeterminava uma prova contra o éter que não era experimentalmente válida.

 Especulações de Paul Dirac e, posteriormente, de Victor de Broglie, ambos detentores do Prêmio Nobel, bem como estudos astrofísicos do espaço entre os planetas e as estrelas, voltaram a indicar a probabilidade da existência do éter.

 A pesquisa mostrou que o espaço não está vazio, como Einstem pensou, mas repleto de campos magnéticos e elétricos entrosados, bem como neutrinos**(7).

 Isto é importante, porque tanto a teoria da relatividade quanto a física quântica requerem a não-existência do éter, assim como a física newtoniana exige a sua presença. Portanto, admitir a presença do éter é destruir a teoria da relatividade e a mecânica quântica sob a forma como foram formuladas.14

Uma pesquisa feita por Von Sezeele no final do século XIX, e confirmada independentemente pelos drs. Hanshka e Spindler nos anos 40, mostrou que substâncias minerais como o iodo são fabricadas pelas plantas sem a presença de qualquer fonte física conhecida, em ambientes especialmente “fechados”, destituídos de terra ou irrigação externa’5.

 Está pesquisa pode ser comparada às experiências de pessoas como Theresa von Konnersreuth, na Alemanha, que foram capazes de sobreviver vários anos com pouca ou nenhuma comida. Ambos os casos podem ser uma prova da existência de uma energia semelhante ao éter, que sustenta a vida de um modo não-físico, análogo às forças formativas etéricas de Steiner.

Até mesmo a física quântica, segundo o físico Gary Zukav, ressuscita um novo conceito de éter como um estado de vácuo que é tão “descaracterizado” quanto a antiga teoria do éter. O mais plausível é que o éter energético esteja contido num mar dos já mencionados neutrinos. Poderia esse mar de neutrinos, descoberto pelos astrofísicos, ser uma manifestação do prana hindu, do chi chinês ou do orgônio de Reich?

O mais provável é que, tal como em relação à matéria, se provará que o ambiente energético não é composto de qualquer substância única, mas, ao contrário, é um mar de movimento que pode exibir aspectos tanto do espaço/tempo positivo quanto do espaço/tempo negativo.

Esse mar pervasivo poderá se revelar como uma manifestação particular de energia vital, que, em frequências inferiores ou superiores, pode criar outras formas, tais como a matéria, o pensamento ou a cura.

Seja como for, já que a energia vital é mais um processo do que um conteúdo, ela teria de possuir necessariamente as propriedades de transmissão observadas em sessões de cura, bem como a propriedade dinâmica de “existir” sem transmissão de sinais.

 Seria um erro considerar o éter uma substância. É muito mais plausível vê-lo como uma emanação da energia vital em um estado particular de ser que está ligado pelo movimento à matéria e à força como parte de um todo maior*.

A “prova” de Michelson, de que o éter não existe e as posteriores descobertas de seu provável erro de pesquisa, bem como outras evidências da astrofísica, que sugerem que o espaço não é vazio mas contém um mar de neutrinos (um mar de éter?), levantam o tema da prova científica.

 Com o advento da teoria da relatividade e da mecânica quântica, todos os alicerces da ciência foram aniquilados. Antes, o cientista podia ser objetivo, imparcial e exato quanto às suas descobertas — pelo menos, era isso o que ele pensava.

 A teoria quântica perturbou essa ordem predeterminada ao declarar que no nível subatômico nada é tão dependente, previsível ou exatamente mensurável a ponto de garantir tais expectativas científicas. Muitas vezes se pensa que uma “prova” científica com máquinas e medidas é uma garantia de verdade.

 Mas como Zukav observa:
Uma prova científica é uma demonstração matemática de que a afirmação em questão é logicamente consistente. No âmbito da matemática pura, uma afirmação pode não ter relevância para a experiência. Não obstante, se for acompanhada por uma “prova” autoconsistente, ela é aceita. 16

Uma teoria física “verdadeira” pode ser útil, mas não é necessariamente uma indicação da realidade. A pesquisa quântica mostrou que não pode haver verdade objetiva, porque até mesmo o pesquisador monta experiência de certo modo, vê o problema de sua perspectiva e desenha até mesmo o equipamento — todas experiências subjetivas.

 Portanto, onde está a objetividade? Nos números, talvez? Infelizmente, a resposta é não. O teorema da imperfeição de Kurt Godel (até agora irrefutável) mostrou que os chamados sistemas lógicos de dedução também contém um componente ilógico, e que esse aspecto não-lógico é necessário pura deduzir algumas das verdadeiras afirmações da matemática.

Isso significa que uma série de axiomas (nos quais a lógica se fundamenta) é incompleta em e por si mesma para explicar os teoremas que são desenvolvidos. Além disso, falsas afirmações também podem ser deduzidas desses mesmos axiomas17.

E quanto aos próprios axiomas? Outra vez, Godel afirmou a impossibilidade de averiguação, mesmo quando os axiomas são consistentes com o sistema.

Baseado nisto, Peiletier conclui:
... o cientista que permanece um lógico puro não tem base real a partir da qual possa argumentar com absoluta certeza. A adesão a um paradigma pessoal, científico ou cultural é uma função da crença ou da fé, e não uma necessidade ditada pela informação objetiva18.

E, segundo Einstein:
O puro raciocínio lógico não pode nos transmitir nenhum conhecimento do mundo empírico: todo conhecimento da realidade começa e termina na experiência. As proposições alcançadas por meios puramente lógicas são completamente vazias no que se refere à realidade.19

Aqueles dentre nós (inclusive cientistas) que se apegarem à ciência objetiva da era clássica ficarão surpresos ao descobrir que mesmo a geometria euclidiana, que serviu de base para a mecânica newtoniana na antiga visão de mundo, apoiou-se numa presunção que não pôde ser “provada”.

 Na verdade, revelou-se que vários outros sistemas “lógicos”, igualmente consistentes, embora contrários à geometria euclidiana, podem ser e foram desenvolvidos. 20

 Einstein mostrou que o espaço é curvo, e não plano como previra Euclides, e que fenômenos como buracos negros e colapsos gravitacionais no espaço exterior desafiam leis que parecem ser verdadeiras na física clássica. O fato é que a ciência é tão subjetiva como qualquer outra disciplina, embora possa ambicionar maior clareza,* e a prova matemática, base de nossas ciências naturais, é falível.

Esse estado de coisas levou cientistas como John A. Wheeler a insistir em substituir a idéia de um observador pela de um participante na ciência.

 Bastante interessante é o fato de que essa mudança do objetivo para o subjetivo, do observador para o participante, derivou da antiga crença tântrica de que observador e observado são uma coisa só.’

O verdadeiro cientista é alguém que busca a essência da vida; seja ele físico ou alguém em busca espiritual, O verdadeiro cientista tem a coragem de escancarar a porta das possibilidades e ir além dos limites do conhecido, algumas vezes desviando-se para uma nova perspectiva ou experiência, sem garantia ou certeza de que estará correta ou de que será aceita.

Ao mesmo tempo, é suficientemente lúcido para saber que ver uma luz não é o mesmo que viver na luz da verdade (iluminação). E necessário que as portas da percepção se abram repetidas vezes a fim de admitir um novo crescimento e uma eventual evolução. Pois a ciência (derivada do latim scire, conhecer), como qualquer esforço humano, é afinal uma aventura da consciência que não pode ser prevista, mas apenas aceita como é.

Da mesma forma que o físico, aquele que está numa busca espiritual também precisa conduzir a sua “pesquisa”, que é uma procura contínua (ou melhor, um permanecer em contato com aquilo que já é de algum modo conhecido) da essência da vida.

Ao concentrar-se no que é essencial na ciência, a “energia” provê um processo conveniente, pesquisável e experimental que pode ser usado para integrar nosso conhecimento presente em várias ciências e disciplinas e para forjar novos caminhos de conhecimento que nos levarão de volta a nós mesmos e à nossa evolução espiritual.

 E um mito supor que a ciência fará “descobertas” realmente novas; tudo o que podemos fazer é redescobrir o que é conhecido e expandir nossa consciência de tal modo que mais pessoas se abram e aceitem essas verdades. Para essa finalidade, a ciência formal é extremamente útil.

Um interessante estudo da física, a teoria de Scatter ou da matriz5, demonstra que forma, força e meio podem ser vistos como três aspectos de um todo energético maior.

 A teoria da matriz-S tirou seu nome da tábua matemática de probabilidades usada para partículas que manifestam forte interação, os chamados “hadrons”.

Segundo Fritjof Capra, a “dispersão” ou colisão de hadrons na pesquisa subatômica representa um fluxo de energia através de caminhos não-físicos, chamados “canais de reação”. Estes canais se parecem com cavidades nas quais forças energéticas reagem umas com as outras na formação de partículas.

Uma partícula de vida efêmera, chamada “ressonância”, é criada quando uma frequência vibratória específica do canal de reação é atingida. Desse modo, as partículas têm mais o sentido de evento do que de objetos de longa duração, como propõe a física clássica.

Nessa visão subatômica de mundo, as partículas da matéria (forma) são estágios intermediários da interação dos processos energéticos (forças) que são criados através da ressonância de vibrações distintas em canais de reação (meio).

 De uma perspectiva mais ampla, isto sugere que tudo em nosso mundo está num estado transitório e depende da contínua interação de energia para existir. Além do mais, isso implica que tudo existe através da ressonância de frequências energéticas. Eu argumento que a consciência, agindo como um meio para processos “da alma”, funciona como fonte de energia para as vibrações que criam o mundo físico.

 O nosso campo espiritual atua como um canal de reação que permite que a energia seja processada em áreas específicas de frequência, criando assim nossos corpos, nossas personalidades e nosso meio social.

É possível pensar que uma manifestação desse campo espiritual, chamada canal de cura, esta associada à nossa saúde física e emocional, bem como à nossa evolução espiritual. A maior ou menor percepção da extensão desses processos do espírito em nossa vida cotidiana depende de nosso nível de consciência.
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* Pesquisadores do De La Warr Laboratory, na Inglaterra, descobriram uma força leste- oeste visível no eletromagnetismo, a qual não é nem magnética nem elétrica, mas atua segundo leis conhecidas pela física.
** Entre os primeiros pesquisadores estavam o dr. Zdenek Rédjak, da Tchecoslováquia; o dr. Victor Adamenko, da Rússia; o dr. Stanley Krippner, dos EUA; e o dr. Smilov, da Bulgária, entre outros.
*** Física radiestésica é a ciência que estuda e descreve o mergulho e as radiações do pêndulo.

3.Outros sinais emitidos pelas plantas se transmitem quimicamente através do ar (Boling).
4.Experiência de Clauser Freedman; para mais detalhes, veja Zukav, p. 309.

5. O dr. Hilis propos um tal espectro baseado no fato de toda matéria irradiar ondas magnéticas, embora até hoje algumas ainda não tenham sido medidas.

6. No pensamento hindu, o éter é chamado akasha.

**7. Neutrinos são um meio subquântico de partículas sem carga em fluxo, que podem atravessar toda matéria.

*8. Uma tal integração entre matéria, força e éter foi sugerida pelo físico Pat Flannagan em sua teoria do vórtice etérico, desenvolvida na pesquisa com pirâmides.

* 9. Até mesmo os números arjtméticos que usamos são arbitrários, ao contrário das unidades dos druídas ou dos egípcios, que eram baseadas em proporções da natureza (Biair).
**10.  Krishnamurti, um mestre espiritual moderno, também postula essa crença em seus debates filosóficos.
11. Bohni propôs o termo rheomode para um novo e fluente modo holístico de pensamento.

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