Escreva seus sonhos e veja o futuro.

Escreva seus sonhos e vejo o futuro.
Primeiro texto. 

 CÍRCULO DE SONHOS

Desenhe um círculo sobre uma grande folha de papel, de forma que o círculo quase atinja as suas bordas. Dentro do círculo, registre os seus Coelhos Brancos: tudo o que quer fazer, ter ou aprender nos  próximos cinco ou dez anos.

 Exemplos: uma casa de campo, um saxofone, um computador, aprender aromaterapia, participar de um safári, aprender a jogar xadrez, casar, viajar para a China, fazer amigos íntimos, apresentar um trabalho criativo, montar o próprio negócio, escrever um romance de ficção científica, cultivar vegetais, nadar num recife de coral, aprender sobre flores silvestres...

Ou talvez você tenha um único grande Sonho, algo que ficou à espreita no fundo da mente há anos, um Sonho que você mal ousa pensar como uma possibilidade! Se for esse o caso, escreva-o em grandes letras maiúsculas.

Ao redor do círculo anote os seus Sonhos globais. Escreva que mudanças você deseja ver nos próximos cinco ou dez anos. O que é que mais importa para você?

Sintonize-se com o Espírito antes de se deixar surpreender com o que lhe vem à mente. Ponha-se a escrever seriamente aquilo que realmente quer, e não o que pensa que deveria querer, ou o que está acostumado a querer. Seus verdadeiros Sonhos o encherão de entusiasmo. Pense grande! Pense ilimitadamente!

(Sempre uso um círculo para este exercício porque aprendemos a escrever da esquerda para a direita, de cima para baixo; ou seja, escrevemos a partir do nosso lado direito, o que você pensa de modo racional, linear. Quando escrevemos dentro de um círculo, enchendo-o confusamente ou em espiral, é mais provável que cheguemos a tocar o nosso lado esquerdo, a nossa intuição. Observe que, apesar de escrever dentro de um círculo, você ainda tende a escrever em pequenas linhas estreitas!)

Este não é um exercício para ser feito uma vez só, visto que os nossos Sonhos estão sempre mudando e crescendo. Sugiro que você prepare um círculo de Sonhos ao menos duas vezes por ano.

Pedi, e dar-se-vos-á;

buscai, e encontrareis;

 batei, e abrir-se-vos-á.

Porque aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e ao que bate, se abre.  /Mateus, 7: 7-8

Há vinte anos, quando eu ainda estava na escola, “aconteceu” de eu ler esse trecho da Bíblia diante de uma assembléia de estudantes. À medida que eu lia, fui me expandindo a ponto de encher o saguão e tornei-me consciente das quadras esportivas, das dunas de areia próximas e do mar mais distante. Nessa época, eu me considerava budista; no entanto, esses versículos bíblicos sempre causaram um grande impacto em mim.

Pensei no significado desse trecho durante muitos anos, convencida de que ele continha o segredo místico do universo. Era óbvio que as pessoas nem sempre recebem aquilo que pedem, que as orações nem sempre são atendidas. No entanto, parece que, em geral, as expectativas das pessoas se cumprem. Aquelas que sempre temem o pior e se fixam em possíveis desastres parecem atrair “má sorte”, ao passo que as otimistas parecem ser mais “afortunadas”.

Somente quando me deparei com os livros de Seth,2 no início dos meus vinte anos, comecei a entender. Nós criamos a nossa realidade. Todo pensamento é uma oração. “Peça e lhe será dado.” Todo pensamento, toda crença, todo desejo, todo medo, toda expectativa é uma forma de “pedir” e atrai a realidade correspondente.

Uma amiga americana, foi morar no centro de Londres e comprou um carro. Entretanto, o tráfego pesado e a falta de áreas de estacionamento logo fizeram com que lamentasse a sua decisão. “Eu gostaria de não ter este carro”, pensou. Mal acabou de falar, aconteceu. O carro foi roubado e ela nunca mais o encontrou!

Quando comprei meu primeiro apartamento perto de Liverpool, eu estava repleta de pensamentos negativos com relação àquela área, com relação às minhas finanças e aos apartamentos ali construídos. Consequência dos meus pensamentos negativos: demorou anos até eu conseguir vender o apartamento e eu perdi milhares de libras, apesar de os imóveis estarem em alta. Além de tudo, o apartamento também foi assaltado!

Quando vendi uma outra casa, eu não apenas acreditava que criamos a nossa própria realidade: eu sabia! Eu não ia repetir os meus velhos erros. Naquele momento, o mercado imobiliário estava em baixa, os preços estavam oscilando e pouca coisa estava sendo vendida. No entanto, eu estava bastante determinada. Registrei meus motivos e crenças, usei a técnica do “cone de força” e telefonei para os corretores. Dentro de uma semana, a casa estava vendida — e eu consegui um lucro razoável.

Os desejos exercem uma pressão muito má no caminho espiritual. Mas como podemos criar um céu na Terra sem desejos? É o desejo que nos

73motiva a mudar o mundo, a atingir o nosso potencial, a criar relacionamentos amorosos, a tornar-nos tudo o que podemos ser.

 A palavra entusiasmo vem de “en theos”, significando “o Deus interior”. Qualquer desejo que venha do coração é uma mensagem do nosso Eu Superior — um Coelho Branco que nos levará para onde precisamos ir.

Será que Deus/Deusa de fato quer que tenhamos alegria? Será que não deveríamos ser manifestamente sérios, orar e meditar o dia todo, arrepender- nos de nossos pecados e, humildemente, pedir perdão? Não, não e não! Se você tivesse dado vida a seres conscientes, gostaria que eles partilhassem desse presente, que se deleitassem com suas aventuras, que se torcessem de rir e de prazer?

 Ou você gostaria que dissessem com um semblante martirizado: “Este é um lugar terrível para ficar e eu estou sendo castigado. Mas talvez eu vá para o céu se sofrer bastante?” O Deus/Deusa é amor incondicional, alegria e criatividade — por que Ele/Ela desejaria que fôssemos miseráveis?

“Mas porventura não será egoísmo e cobiça desejar uma casa luxuosa ou um carro novo quando há tantas pessoas morrendo de fome ou sem teto?” Essa pergunta parte da premissa de que o mundo é uma realidade fixa e concreta. Mas a vida é um sonho que estamos criando, uma ilusão tridimensional. Se, de repente, você se tornar consciente de que esteve dormindo e sonhando, você diria a si mesmo: “Bem, é melhor não criar uma casa tão grande neste sonho.

Afinal, algumas pessoas nem têm casa.” Ou você diria: “Olha, estou sonhando! Vamos nos divertir. Que tal construir uma bela casa com gramado e uma fonte?” O mundo só é limitado pelas nossas crenças — e, à medida que superamos as nossas limitações, outros podem se inspirar a superar as deles. À medida que aprendermos a criai nossos Sonhos, poderemos ajudar os outros a fazer o mesmo. Não ajudamos ninguém se ficarmos presos aos nossos limites.

Como diz Bartholomew:

Se você disser que buscar dinheiro é algo bem diferente de buscar Deus, pode ser que nunca tenha nenhum dos dois... Deus  é o anseio de ter um modo de viver no mundo, de modo que sintamos que estamos fazendo o que queremos fazer Isso é Deus em ação. Deus vende livros. Deus controla computadores. Deus ensina. Deus aprende. Deus ama as crianças. Deus cria a beleza. Deus dirige caminhões. Deus ajuda os outros. Deus é. Não separe... seja G seu desejo qual for seja qual for o rosto que assumir é Deus.

O único risco ao perseguir nossos Sonhos é o de podermos nos enganar achando que não seremos felizes enquanto não “chegarmos lá”. O que de fato interessa é a nossa jornada e não o destino. Não estamos vivendo na Terra para chegar a algum outro lugar; estamos aqui para gozar a aventura de estar aqui! Quaisquer que sejam os nossos Sonhos, temos de pensar sempre que o objetivo é o próprio processo.

Se você se convenceu de que “Serei feliz quando largar este emprego / quando casar / quando terminar de escrever o meu romance / quando comprar uma máquina de lavar / quando tirar o meu diploma / quando tiver filhos / na semana que vem...” então você se esqueceu de que este momento, exatamente agora, é o momento de ser feliz. Se não dançarmos nossos sonhos acordados, quando iremos dançá-los?                                                               

Como diz Bartholomew:

Se você disser que buscar dinheiro é algo bem diferente de buscar Deus, pode ser que nunca tenha nenhum dos dois... Deus  é o anseio de ter um modo de viver no mundo, de modo que sintamos que estamos fazendo o que queremos fazer Isso é Deus em ação. Deus vende livros. Deus controla computadores. Deus ensina. Deus aprende. Deus ama as crianças. Deus cria a beleza. Deus dirige caminhões. Deus ajuda os outros. Deus é. Não separe... seja G seu desejo qual for seja qual for o rosto que assumir é Deus.

“Eu poderia contar-lhes as minhas aventuras — começando por esta manhã “, disse Alice, com um pouco de timidez, ‘mas não adianta voltar para trás porque ontem eu era uma pessoa diferente.”

Lewis Carroll

Quando Alice desapareceu na toca do coelho, ela tinha um objetivo e

mente: ela queria caçar o Coelho Branco. Ao procurar por ele, foi levada questionar todas as suas idéias básicas sobre a realidade e a desenvolver coragem, compaixão e humildade. Mas com isso ela também colheu alegria. Sua meta não importava: o que importava era a viagem. O desejo de Alice — encontrar o Coelho Branco — foi apenas uma desculpa para suas aventuras no País das Maravilhas.

Todos precisamos de um Coelho Branco. Todos precisamos ter Sonhos que nos inspirem a alcançar as estrelas, a ultrapassar o nosso medo, a explorar o nosso potencial, a sermos mais do que já somos. Quando caçamos nossos Sonhos, estamos sempre crescendo e mudando, simplesmente porque o nosso desejo nos motiva a continuar tentando.

O que teria acontecido se Alice tivesse hesitado em entrar na toca do coelho, imaginando que caçar o Coelho Branco seria uma tolice ou algo impossível? O que teria acontecido se Alice imaginasse que havia algo mais importante ou mais valioso que teria de ser feito?

 Ou se outra pessoa ta1vez  fosse melhor ao caçar Coelhos Brancos? O que teria acontecido se Alice tive pensado que estava sendo pouco convencional e, em vez de caçar coelho começasse a costurar? Ou se se declarasse satisfeita com sua vida e deixasse lado a idéia de caçar Coelhos Brancos? Se tivesse feito isso, agora Alice estaria esquecida — e que aventura ela teria perdido!

 No entanto, quantas vezes damos a nós mesmos desculpas semelhantes para não seguir nossos Sonhos?

Estamos aqui para aprender, para crescer e conhecer o gosto de viver. A vida é uma aventura na consciência — e nossos Coelhos Brancos oferecem um caminho encantador a nos indicar o futuro. Seguindo o nosso coração e seguindo a nossa felicidade, estamos escolhendo o crescimento através da alegria. Haverá muitos desafios ao longo do caminho — desde Chapeleiros Loucos até Falsas Tartarugas Marítimas — mas podemos encarar cada acontecimento como uma oportunidade, como uma parte da aventura que escolhemos.

Se ignorarmos nossos Coelhos Brancos, fingindo que não os vimos, ou preocupando-nos pelo fato de não sabermos em que toca de coelho devemos entrar, poderemos acreditar que “estamos correndo riscos” — mas, efetivamente, o contrário é que é verdadeiro. Nosso Eu Superior, que nos ama incondicional- mente, torce para que aprendamos e cresçamos — e, se nos recusarmos a crescer através da alegria, ele, a contragosto, nos enviará à luta. Doenças, sofrimento, traumas emocionais, acidentes e ferimentos são dicas para crescer; se ignorarmos a “cenoura” dos nossos Sonhos, estamos chamando o “bastão” da luta.

Naturalmente, isso não significa que todos devemos ser extraordinariamente aventureiros. Os Coelhos Brancos aparecem de várias formas — quer na abertura de um negócio, quer na formação de um filho, quer na entrega de nós mesmos a um relacionamento, quer na corrida de uma maratona.

Tudo o que importa é ter um Sonho, e empenhar o coração e a alma para sair em busca desse sonho. Algumas pessoas, como Alice, têm um Coelho Branco que orienta a maior parte da sua jornada pela vida. Outras têm uma criação de coelhos que as guiam através de diferentes tocas. Não importa. O que importa realmente é ter um Sonho.

 Postado por Dharmadhannya

Continua no proximo texto 

Postado por dharmadhannyael