A natureza da
intuição e do impulsos.
Os impulsos
podem ser descritos como incentivos a felicidade, às razões do coração. Essa alegria
ou forte intuição vem da interseção da sua realidade interna, a integração da
personalidade, com o eu profundo. Você pode ou não estremecer de entusiasmo,
mas você sentirá algo, de um leve desejo até um grande impulso de agir.
Este clarão divino surge na mente quando estamos em harmonia com o Grande Espirito com a Unidade. A harmonia é o tom que ilumina para o contato com planos superiores do Espírito.
Em geral, os impulsos vêm em pequenas doses,
simplesmente como idéias prazerosas que acontecem com você. Vêm com o
sentimento de que você quer fazer algo que é adequado e certo.
Os impulsos
podem parecer-lhe espontâneos e arbitrários, mas você precisa entender que você
tem constantemente processado, esgotado e escolhido as possibilidades, porém de
maneiras que você não reconhece. No sono, por exemplo, os seus sonhos estão
trabalhando mais através de enredos, de ações possíveis e de resultados.
São rápidos e
imediatos — não precisam esperar pelo difícil mundo material para conformar-se
lentamente às escolhas que você está fazendo. Dormindo, você é um
supercomputador, tabulando probabilidades exponenciais.
Como dissemos,
um impulso é um meteoro psíquico, luz no caminho, um ascender dos fogos da
intuição, contato com o Divino chamando momentaneamente a sua atenção com o seu
brilho. Ele traz a consciência da ação adequada da miríade de ações possíveis.
O impulso
prático
O filósofo
moderno Morris Berman, argumenta eloquentemente sobre uma visão de mundo aberta
à sua natureza mística e encantada. Para evitar a credulidade tola, ele propôs
o desenvolvimento de regras sonoras do coração, que rotulou como “algoritmos
cardíacos”.
Deveriam complementar
as regras da cabeça. Você não abandona os instrumentos intelectuais de
Aristóteles de 2.300 anos atrás, mas usa-os juntamente com o coração.
Assim, não
estamos sugerindo que você aja irracionalmente ou destrutivamente. Você poderia
perguntar:
“E se eu
sentisse o impulso de agredir o meu patrão? Seguir os meus impulsos significa
que eu deveria bater nele?” É claro que não. Pelo fato de os impulsos não serem
governados por regras verdadeiras ou falsas, você não tem que segui-los ao pé
da letra.
Mas o impulso
poderia significar que você deveria planejar mudar de emprego ou conversar com
o seu patrão, ou considerar várias outras alternativas.
O tamanho dos
seus impulsos será o de desejos pequenos e espontâneos que você pode
simplesmente notar e seguir sem adaptação. É uma boa idéia ter ou adquirir o
hábito de segui-los para ganhar experiência com a natureza dos impulsos.
Então, quando um impulso que possa envolver
risco ocorrer, você terá um banco de experiências para consultar. A idéia é não
prescindir do pensamento. Você quer avaliar os seus impulsos, mas também quer
integrar esse pensamento com o seu coração – expressão
da Alma que se comunica o Espírito (Divina Presença) nos planos mentais
superiores. O impulso pode sinalizar para o instinto espiritual de direção, ou
um instinto natural que pode ser um alerta do nosso animal xamânico de perigo.
Como explorar
os impulsos
Quando um desejo
“o atacar”, acolha-o e analise-o. Há emoção por trás disso? Reconheça essa
emoção e entenda que ela é sua. Por exemplo, suponha que você sinta o impulso
de atirar algo no seu companheiro (a).
Obviamente, esse é outro impulso que você não
deve levar à ação, mas não o ignore. Investigue o impulso. Qual o sentimento
que está por trás dele? Irritação? Ódio? Medo? Sinta essa emoção e encontre a
sua origem e significado. Você descobrir mais a respeito de si mesmo.
Por que sente
tanta raiva, como anda sua intuição, será vítima de uma traição?
Quando, com o
impulso há relativamente pouco em jogo, siga
em frente e transforme-o em ação. Por exemplo, se você está dirigindo
por algum lugar sem pressa e tem o impulso de pegar um caminho diferente,
experimente. Perceba o resultado de seguir o se impulso.
Não aconteceu
nada como resultado? Talvez você tenha perdido ou descoberto uma paisagem
bonita. Havia significado pessoal no resultado? O que poderia tirá-lo do
caminho, ou provoca uma mudança surpreendente, tem que ver com a sua vida em
geral?
Mesmo quando
um impulso parece surgir do nada, seus pensamentos e sentimentos são parte da
sua experiência. Os impulsos carregam uma carga emocional. Pratique essa
sensação quando perceber um impulso.
Às vezes, isso
se torna engraçado. Você se programa para prestar atenção aos impulsos do mesmo
modo que pode sugerir si mesmo que se lembrará dos sonhos. Então, quando sentir
um impulso, preste atenção. Siga as duas regra de:
1) explorar
seu impulso, emocional e intelectualmente;
2) seguir seu
impulso, se for possível. Aproveite sua experiência e reforce-a, sugerindo a
você mesmo que ela tomará a acontecer.
Mais
diretrizes e práticas.
Seja gentil
consigo mesmo e com os seus impulsos. Não os ignore e preocupe-se com eles como
um cachorrinho que não larga um pedaço de pau, ou se censure quando pensar que
está deixando algum impulso fugir.
Se você está inseguro sobre o que é um impulso
“verdadeiro”, tudo bem. Experimente algo que poderia ser um impulso. Siga
alguns, opte por não seguir outros, mas revise sempre os resultados. Desse
modo, você vai construir um banco de experiências e tornar-se mais apto a
reconhecer os “verdadeiros” impulsos.
Lembre-se de
que a vida não é uma questão de esperteza. O objetivo aqui é simplesmente
prestar atenção aos seus impulsos. Às vezes, esse “prestar atenção” o deixará
informado sobre a sua natureza e utilidade. Você terá experiência suficiente
com que contar.
Há, é claro,
muitos outros meios de descobrir o seu eu mais amplo. Pode ser que você
registre os seus sonhos e descubra neles traços curiosos e espantosos da
consciência. Pode ser que você se torne mais sensível, mais paranormal, mais
expandido através da meditação. Mas os impulsos são a demonstração mais
imediata e acessível da sua interseção com o eu profundo.
Práticas de impulsos
Você poderia
ver um meteoro de repente, por acaso, mas mais provavelmente verá um se armar
uma espreguiçadeira e passar algum tempo contemplando o céu à noite.
Assim, veja as sugestões para que você se tome consciente dos
seus impulsos quando acontecerem — para armar figurativamente a sua
espreguiçadeira:
1) Tenha um
“Dia do Impulso”. Por um dia, preste atenção a cada impulso e siga-os o quanto
puder.
2) Pegue um
tipo de impulso que você sente que é seguro e siga-o. Por exemplo, decida que,
a qualquer hora que você sentir o impulso de telefonar para um amigo, você o
fará. Esta é uma boa abordagem para quem acha os impulsos algo assustador.
3) Pegue o seu
impulso mais assustador da semana e faça um apanhado geral das muitas formas
diferentes de que você dispõe para agir no impulso ou parte dele com segurança.
Tenha os seus amigos por perto, se preferir.
4) Opte por
não seguir um impulso e, então, veja o que acontece. Observe se aparecem
algumas conexões entre eventos posteriores, prazeres ou desprazeres, e o seu
impulso.
5) Siga um
impulso que pareça não fazer sentido, mas que não comporte um risco
significativo. Siga-o ao pé da letra. Por exemplo, suponha que você sinta o
impulso de comprar numa loja onde você nunca esteve porque os preços eram muito
extravagantes. Tente!
Você pode
achar um item em oferta, cujo preço baixou; ou que alguma coisa muito preciosa
se ajusta ao seu orçamento; ou que o funcionário o coloca em contato com uma
sensação de prosperidade; ou que você realmente não se preocupa com essas
extravagâncias.
Você verá como
se tomará mais hábil em reconhecer e interpretar os impulsos que você pode
seguir e, assim, divertir-se- á cada vez mais com isso.
Mas, como reagir diante dos impulsos.
Impulsos,
aqueles desejos espontâneos de sair para um passeio a pé ou tomar um caminho
diferente para casa, são os mais simples e prazerosos instrumentos do
paranormal prático.
Um impulso é
um meteoro psíquico, uma explosão de luz em que o seu eu profundo encontra o eu
consciente. Quando você aprender a seguir seus impulsos, descobrirá o seu
poder, a sua criatividade e a sua alegria mais autêntica — o que Mestre chamava
de “graça natural”.
Porém, os
impulsos podem parecer assustadores porque funcionam numa lógica diferente e
têm objetivos diferentes daqueles que você geralmente pensa que são
importantes. Apesar disso, vale a pena enfrentar o medo, porque, ao seguir seus
impulsos, você será levado a um modo completamente diferente e mais abrangente
de pensar e de usar o seu intelecto.
Convenções da
realidade.
A civilização
ocidental em três parágrafos.
Desde o século
XVI, temos usado o intelecto de modo cada vez mais limitados e estruturados —
modos de grande poder, mas de nenhum coração. Começando com Galileu, Descartes
e Francis Bacon, modelos oficiais de pensamento foram baseados em provas
físicas.
A função oficial do intelecto no Ocidente tornou-se
dividir e conquistar para retalhar e controlar. Essa aplicação limitada do intelecto
na verdade teve o seu início muito antes.1
Um fundamento
do pensamento ocidental é ø Princípio do Meio Excluído, de Aristóteles, que
primeiro afirmou que uma coisa era verdadeira ou falsa. Desde então, os
procedimentos de um interrogatório para obter e validar o conhecimento têm sido
fundamentados nas regras de lógica, que insistem que uma coisa deve ser certa
ou errada.
A Revolução Científica
simplesmente aplicou esse critério de verdadeiro ou falso a cada pequena porção
da realidade. Dividir a natureza para estudá-la, e então imaginar como
controlá-la, tornou- se a base do progresso ocidental.
A investigação
científica ocidental procura excluir valores e emoções. A exclusão do valor e
da emoção permite o estudo imparcial dos fenômenos como coisas discretas, sem
vida, separadas do seu contexto holístico.
Mas, no mundo
prático, há mais do que o que pode ser dividido, estudado e produzido. Há
valores e emoções que são tão verdadeiros quanto falsos, valores e emoções que
mudam constantemente, sem seguir leis evidentes.
Você pode dedicar um momento para encontrar
vários exemplos na sua própria vida. Por exemplo, perguntas como “Você gosta do
seu trabalho?” ou “Seu casamento é satisfatório?” provocarão sempre uma
resposta do tipo sim-E-não.
Incluindo o
meio.
Os impulsos
integram espontaneamente valores e emoções com o pensamento intelectual. É isto
que pode parecer assustador nos impulsos: eles não são deveres conduzidos ou
dominados com su cesso.
Trabalham para
o prazer e para a criatividade. 2 Os impulsos têm direção automática própria
voltada para um maior sucesso global, pois sem alguma medida de sucesso você
não pode ser criativo e experimentar o prazer. Mas os sucessos são secundários.
Seu amor (e
engajamento) com a vida vem em primeiro lugar. Os impulsos as vezes podem
levá-lo para longe do que você pensava ser o seu objetivo. Mas lhe apresentam
um caminho natural, o caminho que surge para que você se firme.
“O coração tem
razões que a própria razão desconhece”, disse Pascal, matemático do século
XVII. Essa sua percepção eloquente foi importante para contrabalançar a
excessiva dependência do racionalismo e da lógica. Pela mesma razão, as razões
dos nossos impulsos não podem ser seguidas pela simples “razão” ou pelo
intelecto.
1. Não estamos
afirmando que os gregos ou os filósofos dos séculos XVI e XVII eram maus,
estúpidos, ou estavam errados; apenas que essas abordagens não funcionam para o
paranormal prático. Estamos necessariamente simplificando as questões. Para um
entendimento mais completo, veja os livros sobre ciência
2. Às vezes um
impulso terá aspectos muito desagradáveis; por exemplo, quando o impulso está
dizendo a você para evitar tomar o avião para o qual já comprou passagem. Mas o
impulso está lhe dizendo onde reside o seu prazer:
cm não tomar o
avião.
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