segunda-feira, 29 de abril de 2013

A natureza da intuição e do impulsos.




                         




A natureza da intuição e do impulsos.

Os impulsos podem ser descritos como incentivos a felicidade, às razões do coração. Essa alegria ou forte intuição vem da interseção da sua realidade interna, a integração da personalidade, com o eu profundo. Você pode ou não estremecer de entusiasmo, mas você sentirá algo, de um leve desejo até um grande impulso de agir. 

Este clarão divino surge na mente quando estamos em harmonia com o Grande Espirito com a Unidade. A harmonia é o tom que ilumina para o contato com planos superiores do Espírito.

 Em geral, os impulsos vêm em pequenas doses, simplesmente como idéias prazerosas que acontecem com você. Vêm com o sentimento de que você quer fazer algo que é adequado e certo.

Os impulsos podem parecer-lhe espontâneos e arbitrários, mas você precisa entender que você tem constantemente processado, esgotado e escolhido as possibilidades, porém de maneiras que você não reconhece. No sono, por exemplo, os seus sonhos estão trabalhando mais através de enredos, de ações possíveis e de resultados.

São rápidos e imediatos — não precisam esperar pelo difícil mundo material para conformar-se lentamente às escolhas que você está fazendo. Dormindo, você é um supercomputador, tabulando probabilidades exponenciais.

Como dissemos, um impulso é um meteoro psíquico, luz no caminho, um ascender dos fogos da intuição, contato com o Divino chamando momentaneamente a sua atenção com o seu brilho. Ele traz a consciência da ação adequada da miríade de ações possíveis.


O impulso prático

O filósofo moderno Morris Berman, argumenta eloquentemente sobre uma visão de mundo aberta à sua natureza mística e encantada. Para evitar a credulidade tola, ele propôs o desenvolvimento de regras sonoras do coração, que rotulou como “algoritmos cardíacos”.

Deveriam complementar as regras da cabeça. Você não abandona os instrumentos intelectuais de Aristóteles de 2.300 anos atrás, mas usa-os juntamente com o coração.

                                                               


Assim, não estamos sugerindo que você aja irracionalmente ou destrutivamente. Você poderia perguntar:

“E se eu sentisse o impulso de agredir o meu patrão? Seguir os meus impulsos significa que eu deveria bater nele?” É claro que não. Pelo fato de os impulsos não serem governados por regras verdadeiras ou falsas, você não tem que segui-los ao pé da letra.

Mas o impulso poderia significar que você deveria planejar mudar de emprego ou conversar com o seu patrão, ou considerar várias outras alternativas.

O tamanho dos seus impulsos será o de desejos pequenos e espontâneos que você pode simplesmente notar e seguir sem adaptação. É uma boa idéia ter ou adquirir o hábito de segui-los para ganhar experiência com a natureza dos impulsos.

 Então, quando um impulso que possa envolver risco ocorrer, você terá um banco de experiências para consultar. A idéia é não prescindir do pensamento. Você quer avaliar os seus impulsos, mas também quer integrar esse pensamento com o seu coração – expressão da Alma que se comunica o Espírito (Divina Presença) nos planos mentais superiores. O impulso pode sinalizar para o instinto espiritual de direção, ou um instinto natural que pode ser um alerta do nosso animal xamânico de perigo.

Como explorar os impulsos
Quando um desejo “o atacar”, acolha-o e analise-o. Há emoção por trás disso? Reconheça essa emoção e entenda que ela é sua. Por exemplo, suponha que você sinta o impulso de atirar algo no seu companheiro (a).

 Obviamente, esse é outro impulso que você não deve levar à ação, mas não o ignore. Investigue o impulso. Qual o sentimento que está por trás dele? Irritação? Ódio? Medo? Sinta essa emoção e encontre a sua origem e significado. Você descobrir mais a respeito de si mesmo.

Por que sente tanta raiva, como anda sua intuição, será vítima de uma traição?

Quando, com o impulso há relativamente pouco em jogo, siga  em frente e transforme-o em ação. Por exemplo, se você está dirigindo por algum lugar sem pressa e tem o impulso de pegar um caminho diferente, experimente. Perceba o resultado de seguir o se impulso.

Não aconteceu nada como resultado? Talvez você tenha perdido ou descoberto uma paisagem bonita. Havia significado pessoal no resultado? O que poderia tirá-lo do caminho, ou provoca uma mudança surpreendente, tem que ver com a sua vida em geral?

Mesmo quando um impulso parece surgir do nada, seus pensamentos e sentimentos são parte da sua experiência. Os impulsos carregam uma carga emocional. Pratique essa sensação quando perceber um impulso.

Às vezes, isso se torna engraçado. Você se programa para prestar atenção aos impulsos do mesmo modo que pode sugerir si mesmo que se lembrará dos sonhos. Então, quando sentir um impulso, preste atenção. Siga as duas regra de:

1) explorar seu impulso, emocional e intelectualmente;
2) seguir seu impulso, se for possível. Aproveite sua experiência e reforce-a, sugerindo a você mesmo que ela tomará a acontecer.



Mais diretrizes e práticas.

Seja gentil consigo mesmo e com os seus impulsos. Não os ignore e preocupe-se com eles como um cachorrinho que não larga um pedaço de pau, ou se censure quando pensar que está deixando algum impulso fugir.

 Se você está inseguro sobre o que é um impulso “verdadeiro”, tudo bem. Experimente algo que poderia ser um impulso. Siga alguns, opte por não seguir outros, mas revise sempre os resultados. Desse modo, você vai construir um banco de experiências e tornar-se mais apto a reconhecer os “verdadeiros” impulsos.

Lembre-se de que a vida não é uma questão de esperteza. O objetivo aqui é simplesmente prestar atenção aos seus impulsos. Às vezes, esse “prestar atenção” o deixará informado sobre a sua natureza e utilidade. Você terá experiência suficiente com que contar.

Há, é claro, muitos outros meios de descobrir o seu eu mais amplo. Pode ser que você registre os seus sonhos e descubra neles traços curiosos e espantosos da consciência. Pode ser que você se torne mais sensível, mais paranormal, mais expandido através da meditação. Mas os impulsos são a demonstração mais imediata e acessível da sua interseção com o eu profundo.

Práticas de impulsos
Você poderia ver um meteoro de repente, por acaso, mas mais provavelmente verá um se armar uma espreguiçadeira e passar algum tempo contemplando o céu à noite. Assim,  veja as  sugestões para que você se tome consciente dos seus impulsos quando acontecerem — para armar figurativamente a sua espreguiçadeira:

1) Tenha um “Dia do Impulso”. Por um dia, preste atenção a cada impulso e siga-os o quanto puder.

2) Pegue um tipo de impulso que você sente que é seguro e siga-o. Por exemplo, decida que, a qualquer hora que você sentir o impulso de telefonar para um amigo, você o fará. Esta é uma boa abordagem para quem acha os impulsos algo assustador.

3) Pegue o seu impulso mais assustador da semana e faça um apanhado geral das muitas formas diferentes de que você dispõe para agir no impulso ou parte dele com segurança. Tenha os seus amigos por perto, se preferir.

4) Opte por não seguir um impulso e, então, veja o que acontece. Observe se aparecem algumas conexões entre eventos posteriores, prazeres ou desprazeres, e o seu impulso.

5) Siga um impulso que pareça não fazer sentido, mas que não comporte um risco significativo. Siga-o ao pé da letra. Por exemplo, suponha que você sinta o impulso de comprar numa loja onde você nunca esteve porque os preços eram muito extravagantes. Tente!

Você pode achar um item em oferta, cujo preço baixou; ou que alguma coisa muito preciosa se ajusta ao seu orçamento; ou que o funcionário o coloca em contato com uma sensação de prosperidade; ou que você realmente não se preocupa com essas extravagâncias.

Você verá como se tomará mais hábil em reconhecer e interpretar os impulsos que você pode seguir e, assim, divertir-se- á cada vez mais com isso.

Mas, como  reagir diante dos impulsos.

Impulsos, aqueles desejos espontâneos de sair para um passeio a pé ou tomar um caminho diferente para casa, são os mais simples e prazerosos instrumentos do paranormal prático.

Um impulso é um meteoro psíquico, uma explosão de luz em que o seu eu profundo encontra o eu consciente. Quando você aprender a seguir seus impulsos, descobrirá o seu poder, a sua criatividade e a sua alegria mais autêntica — o que Mestre chamava de “graça natural”.

Porém, os impulsos podem parecer assustadores porque funcionam numa lógica diferente e têm objetivos diferentes daqueles que você geralmente pensa que são importantes. Apesar disso, vale a pena enfrentar o medo, porque, ao seguir seus impulsos, você será levado a um modo completamente diferente e mais abrangente de pensar e de usar o seu intelecto.

Convenções da realidade.
A civilização ocidental em três parágrafos.

Desde o século XVI, temos usado o intelecto de modo cada vez mais limitados e estruturados — modos de grande poder, mas de nenhum coração. Começando com Galileu, Descartes e Francis Bacon, modelos oficiais de pensamento foram baseados em provas físicas.

 A função oficial do intelecto no Ocidente tornou-se dividir e conquistar para retalhar e controlar. Essa aplicação limitada do intelecto na verdade teve o seu início muito antes.1

Um fundamento do pensamento ocidental é ø Princípio do Meio Excluído, de Aristóteles, que primeiro afirmou que uma coisa era verdadeira ou falsa. Desde então, os procedimentos de um interrogatório para obter e validar o conhecimento têm sido fundamentados nas regras de lógica, que insistem que uma coisa deve ser certa ou errada.

A Revolução Científica simplesmente aplicou esse critério de verdadeiro ou falso a cada pequena porção da realidade. Dividir a natureza para estudá-la, e então imaginar como controlá-la, tornou- se a base do progresso ocidental.
A investigação científica ocidental procura excluir valores e emoções. A exclusão do valor e da emoção permite o estudo imparcial dos fenômenos como coisas discretas, sem vida, separadas do seu contexto holístico.

Mas, no mundo prático, há mais do que o que pode ser dividido, estudado e produzido. Há valores e emoções que são tão verdadeiros quanto falsos, valores e emoções que mudam constantemente, sem seguir leis evidentes.

 Você pode dedicar um momento para encontrar vários exemplos na sua própria vida. Por exemplo, perguntas como “Você gosta do seu trabalho?” ou “Seu casamento é satisfatório?” provocarão sempre uma resposta do tipo sim-E-não.

Incluindo o meio.

Os impulsos integram espontaneamente valores e emoções com o pensamento intelectual. É isto que pode parecer assustador nos impulsos: eles não são deveres conduzidos ou dominados com su cesso.

Trabalham para o prazer e para a criatividade. 2 Os impulsos têm direção automática própria voltada para um maior sucesso global, pois sem alguma medida de sucesso você não pode ser criativo e experimentar o prazer. Mas os sucessos são secundários.

Seu amor (e engajamento) com a vida vem em primeiro lugar. Os impulsos as vezes podem levá-lo para longe do que você pensava ser o seu objetivo. Mas lhe apresentam um caminho natural, o caminho que surge para que você se firme.

“O coração tem razões que a própria razão desconhece”, disse Pascal, matemático do século XVII. Essa sua percepção eloquente foi importante para contrabalançar a excessiva dependência do racionalismo e da lógica. Pela mesma razão, as razões dos nossos impulsos não podem ser seguidas pela simples “razão” ou pelo intelecto.


1. Não estamos afirmando que os gregos ou os filósofos dos séculos XVI e XVII eram maus, estúpidos, ou estavam errados; apenas que essas abordagens não funcionam para o paranormal prático. Estamos necessariamente simplificando as questões. Para um entendimento mais completo, veja os livros sobre ciência

2. Às vezes um impulso terá aspectos muito desagradáveis; por exemplo, quando o impulso está dizendo a você para evitar tomar o avião para o qual já comprou passagem. Mas o impulso está lhe dizendo onde reside o seu prazer:
cm não tomar o avião.

Você poderá gostar de:




Nenhum comentário:

Postar um comentário