quinta-feira, 21 de maio de 2015

Psicopedagogia da criança - Motivação, Inteligência e Criatividade




Motivação, Inteligência e Criatividade 

O impulso interior - 

Estrangeira em nosso planeta, toda criança nasce curiosa. Ela interage livremente com aquilo que descobre à sua volta, sem a influência de idéias preconcebidas. Manipula, experimenta e explora. A criança, cuja curiosidade é aceita como válida, recebe a luz verde para aprender.

Aos três ou quatro anos a criança normal é praticamente uma caixa de perguntas ambulante. “Por que a grama é verde’?”, “O que prende as nuvens?”, “Por que o fogo é quente?”, “Você vê quando está morto?”, “Para onde vai o vento quando pára de ventar?”, Deus é casado?”, “Por quê?” Aos cinco anos, a maioria das crianças já adotou as atitudes básicas ditadas pelo aprendizado — atitudes condicionadas pela reação dos pais para com as suas primeiras explorações.

As crianças aprendem se é seguro aprender.
Infelizmente algumas crianças aprendem muito cedo a não aprender.

Como isso acontece?
Tommy vira seu novo carrinho de cabeça para baixo e torce-lhe as rodas. Ouve: “Não, Tommy, os carrinhos andam assim.” Ele se sente fascinado pelas embalagens coloridas e vistosas dos produtos da mercearia. ‘Pare com isso, Tommy, tire as mãos daí!”

 Estende a mão para uma estranha criatura do jardim. “Não Tommy! Isso é uma lagarta, não ponha a mão nela!” Repetidamente Tompï é desestimulado a investigar e/ou usar de maneira diferente as coisas que encontra. As dúvidas lhe criam problemas; ele aprende que não é muito seguro explorar.

Por uma questão de segurança, as investigações de Tommy devem ser, em certos casos, limitadas; mas a frequência  excessiva dessas limitações são desnecessárias. Sua necessidade de descobrir não encontra apoio e ele elimina a curiosidade para evitar a desaprovação.


O que há de errado se Tommy resolve experimentar o carrinho de cabeça pra baixo? Ele não pode fazer o que quer na mercearia, mas será que seus pais não podem lhe dar coisas para tocar e cheirar? Não poderão deixar que ele pegue a lagarta para descobrir pessoalmente como é, e lavar as mãos depois?

As perguntas de Tommy são muitas vezes respondidas com um aborrecido Vá lá para fora brincar e não me amole.” Ele é, literalmente, estimulado a não perguntar. Recebe aprovação quando é passivo, conformado e quieto. Aprende a colocar de lado as suas indagações.

Pela manhã a mãe lhe diz: Deixe-me amarrar o cordão do seu sapato, eu faço isso mais depressa.” (Temos de correr todas as manhãs?) Se fizerem tudo para ele, Tommy pode perder a confiança em si mesmo.

Sempre que é forçado a escolher entre a autoconfiança e a aprovação, a criança pode preferir abrir mão de seus recursos pessoais. O amor tem prioridade para os pequeninos.

Quando as crianças entram para a escola, já têm atrás de si cinco ou seis anos de aprendizado — aprendizado esse que influencia, fundamentalmente, toda a sua atitude para com o estudo. Quando a curiosidade é tabu, o entusiasmo pelo aprendizado morre.

A indagação e a experimentação do desconhecido forma a base do progresso em todos os campos. Se essas qualidades, que existem em todas as crianças recém-nascidas normais, forem eliminadas, o progresso da raça humana literalmente cessará.

 Cada pai e cada professor é responsável pela manutenção da curiosidade na criança. Todas as crianças devem saber que perguntar compensa. Ela não deve se sentir diminuída porque deseja saber.

O que estimula o aprendizado

As crianças não só precisam de uma atmosfera que estimule curiosidade e a exploração, como também precisam de amplos contatos com uma grande variedade de experiências. Há muitas evidências que um estímulo variado, nos primeiros anos dc vida, afeta o desenvolvimento intelectual.

 Toda criança precisa do máximo de experiência direta possível. Só dessa maneira ela pode chegar a conhecer o seu ambiente pessoalmente.

Nós, mulheres, gostamos de ler ou de ouvir falar sobre um novo tecido no mercado, mas nada equivale a ver, pegar e usar realmente o produto. A experiência direta nos diz muito mais do que a informação de segunda mão. Quanto mais experiências diretas a criança tiver, melhor conhecerá o seu mundo, o que lhe dará maior confiança e segurança.
O progresso escolar está relacionado com os contatos diretos. Quando Bobby, nascido e criado na cidade, viu a palavra vaca” em seu livro de leitura, não tinha associações anteriores para relacionar com os símbolos negros das letras na página.

 Disseram-lhe que era um animal que tinha determinada aparência e mostraram-lhe uma foto da vaca. Seu cérebro recebeu a impressão da vaca por meio da experiência de outras pessoas e olhando uma ilustração numa página.

Quando Nelson, nascido e criado numa fazenda, viu os símbolos que representavam vaca”, associou-os a muitas coisas que já conhecia. Havia tocado, sentido o cheiro e ouvido as vacas. Sabia como comiam e como sacudiam a cauda tinha visto vacas dando leite e amamentando os bezerros. Seu cérebro havia recebido impressões sobre as vacas diretamente através de seus próprios olhos, ouvidos, nariz e mãos. Muitas conexões neurais haviam sido estabelecidas para dar ao menino significado pessoal ao símbolo impresso.

Um ambiente pobre na primeira infância resulta em diferentes graus de retardamento mental. O estímulo exercido desde cedo cria uma rede mais ampla de associações que irão ter relação com os símbolos abstratos utilizados nas escolas com tanta intensidade.

Juntamente com o contato direto e amplo, a criança precisa praticar a tradução de sua experiência em palavras. O menino pode ter muito estímulo e ser incapaz de verbalizar suas reações. As escolas dão, evidentemente, muita ênfase à palavra falada e à escrita. Uma boa prática no lar desenvolve uma habilidade muito valorizada na escola.

Um ambiente linguístico  pobre prejudica o progresso escolar.

Podemos estimular a criança a falar através dos nossos exemplos e do nosso respeito às suas idéias e sentimentos. A comunicação realmente aberta só floresce num clima de segurança.

Além disso, a criança precisa praticar desde cedo a solução de problemas. As experiências com animais demonstraram que os que estiveram desde os primeiros anos de vida, em contato com ambientes que solucionavam adequadamente os problemas eram mais capazes de enfrentar, e de resolver problemas, do que os que não tiveram a mesma oportunidade.

........ Qual o significado que isso tem para você e seu filho? Significa que você estimula o crescimento intelectual dele quando lhe transmite ricas experiências em primeira mão no princípio da vida e quando o incentivo a falar sobre o que viu e fez, e sobre o que sentiu.

Ajude-o a encontrar respostas e significados para as perguntas que faz. Deixe-o enfrentar os problemas sozinho, ficando ao seu lado, pronto para lhe dar apoio; e ainda estimule-o a encontrar as suas próprias soluções.

A mãe de Buddy estava preparando uma salada para o jantar enquanto o filho a observava.
“Que é isso?”, perguntou o menino de três anos de idade.
“E um abacate”, disse a mãe, lentamente. “Você consegue dizer abacate?”
Buddy tentou: “A-ba-ca-do”.

“Olhe para minha boca, Buddy. A-ba-ca-te”. e repetiram juntos a palavra, até que Buddy aprendeu.

“Pra que serve?”, perguntou ele novamente.
(A mãe poderia ter pensado, “Que burro! Eu não colocaria na salada se não fosse para comer!”. Mas a pergunta não é burra. Ele já tinha visto canudinhos em milkshakes e não eram para ser comidos. Tinha visto salsa usada apenas como enfeite.)

 A mãe apoia a curiosidade de Buddy, dizendo: “Serve para comer. Não comemos este pedaço”, mostrou a casca, “nem este”, mostrou o caroço. “Você sabe por que não comemos a casca nem o caroço?”
Buddy pegou um pedaço da casca e mordeu; pegou o caroço e apalpou. “Muito duro”, disse.
“Sim. Agora, experimente esta parte”, disse a mãe, dando-lhe um pedaço da polpa do abacate.
“Ah, é mole!”, disse ele com desprezo.

“Quer provar? Que tal cheirar um pouquinho? Experimente espremê-lo com os dedos.”
“Gosto do macio, mas não do gosto”, disse Buddy. “Não tem cheiro.”
“Não, não tem cheiro como o abacaxi ou o limão. Antes eu também não gostava, mas agora gosto. As vezes colocamos abacate na salada, quando gostamos.

Da próxima vez que formos à casa de Tia Mary eu vou te mostrar a árvore do abacate. Os abacates nascem em árvores, assim como as laranjas do nosso quintal. Agora vamos colocar o caroço num vaso com água para ver o que acontece.”

A mãe de Buddy estimulou diretamente a atitude do filho em direção ao aprendizado. Sua reação aceitou a curiosidade da criança; ela ajudou-a a conhecer diretamente um objeto estranho através de  todos os seus sentidos. Estimulou a conversa sobre esse objeto e respeitou as reações pessoais do filho. Juntos, os dois partilharam de uma experiência de aprendizado.

Certo dia Warren deu um grito de frustração quando seu carro ficou preso numa pedra. Não conseguia tirá-lo puxando para a frente. A mãe poderia ter levantado o carro e removido a pedra, mas teria perdido uma excelente oportunidade de deixar o filho provar a sua capacidade de resolver problemas. Mas não o abandonou.

Disse-lhe: “Parece que o carro está preso e não sai ao ser empurrado. Como você poderia tirá-lo daí?

O menino de cinco anos examinou a situação, espiou por baixo do carro e saiu correndo em busca de sua pá. Cavou em volta da pedra e puxou-a debaixo da roda. O carro foi libertado.

“Foi interessante”, disse a mãe mais tarde. “Eu teria levantado o carro ou puxado para trás, mas ele pensou em cavar para tirar a pedra. Achei que a minha solução era mais fácil, mas pareceu-me importante deixar que ele usasse sua própria imaginação para resolver o problema.”

Ambas as mães estimularam o aprendizado de seus filhos. Se for constante, o seu apoio se refletirá no desenvolvimento intelectual.
Dentro dos limites da segurança, as crianças precisam da interação com as coisas do seu ambiente, sem interferência.

Os princípios básicos são: respeite a curiosidade da criança e o seu desejo de explorar; procure saídas aceitáveis para a sua vontade de conhecer. A auto-estima é fortalecida quando a sua atitude e o seu comportamento dizem à criança: “A sua curiosidade é importante. Eu ajudarei você a conhecer e a compreender.”

O que é a inteligência?
“Meu Deus, como Bill é inteligente!” Essas palavras soam como música para os ouvidos dos pais orgulhosos. Geralmente quando dizemos isso, referimo-nos à facilidade que a criança tem de aprender. E em geral pensamos em termos da capacidade de aprendizado abstrato, exigida pela escola. Há, porém, muitas formas de inteligência.

Bill pode ser rápido no uso de símbolos matemáticos, e ter apenas uma habilidade média na leitura. Marta pode ter pouca capacidade de aprender nos livros, mas sua sensibilidade em lidar com os outros torna-a socialmente capaz.

 Ted pode sair-se mal na escola e ser musicalmente bem dotado. Mesmo um QI (quociente de inteligência) tem diferentes significados para diferentes crianças.

Libby, Jean, Harry e Mack têm, todos, um QI de 126, e apesar disso suas capacidades são diferentes. A boa memória de Libby aumenta o seu QI: ela se sai bem nas matérias em que a memória é uma vantagem.

 A sua capacidade de raciocínio, porém, não passa da média, e ela precisa se empenhar mais nas matérias que exigem tal capacidade. Ao contrário de Libby, o QI de Jean é influenciado pela sua grande capacidade de raciocínio e compreensão.

 Ela, no entanto, não tem muito talento para o trabalho que exige memória. Harry, por sua vez, é excepcionalmente dotado e seu potencial é muito superior ao das duas meninas. Seu QI é reduzido pelos seus bloqueios emocionais. Mack, ao contrário dos outros três, vem de um ambiente culturalmente deficiente. Seu QI tem, portanto, um significado diferente do QI das outras crianças.

O QI, apenas, não deve servir de base, pois o crescimento mental é mais rápido em determinados períodos do que em outros. Muitos fatores como a saúde física, o grau de amizade entre a criança e o examinador, os contatos culturais, influem no desempenho do teste.

Richards estudou o desenvolvimento de um menino durante um período de sete anos para ver se havia uma relação entre seu QI e as suas experiências de vida. Sem dúvida, quando o ambiente, tanto no lar do menino, como na escola era mais tranquilizador (emitia reflexos positivos), seu QI aumentava para 140; quando era menos estimulante, o QI baixava para 117. O clima psicológico que cerca qualquer criança exerce uma forte influência sobre o seu funcionamento mental.

Um QI nada mais é do que um índice da capacidade geral existente, naquele momento, para enfrentar abstrações mentais (palavras, números, conceitos). Como as escolas se concentram na manipulação de abstrações, o QI é necessariamente útil aos seus objetivos.

 Em si mesmo, porém, ele pouco revela sobre a capacidade de lidar com abstrações. E necessário examinar cada subteste para se saber onde estão os pontos fortes e os pontos fracos da pessoa. E preciso examinar o desempenho como um todo para determinar se os pontos registrados refletem a verdadeira capacidade ou se o potencial do examinado está sendo subestimado.

Os pais, particularmente os de alta classe média, mencionam quase sempre os QIs de seus filhos como se tivessem algum significado inato. Infelizmente, em certas comunidades, esses pontos são uma marca de status para os pais.

(Em termos da adaptação e da felicidade de seus filhos, esses pais seriam muito mais realistas se se preocupassem com os quocientes de auto-estima! Não se deve desprezar a capacidade de lidar com abstrações, mas isso não assegura que a criança funcionará plenamente como um ser humano completo.)

Um QI elevado não significa, necessariamente, um desempenho ou uma motivação elevados. As notas escolares são, com mais frequência, um reflexo da motivação, e não da capacidade inata. Como disse um orientador escolar:

“ Não se trata tanto de uma questão de inteligência da criança, mas daquilo que ela faz com a inteligência que tem.”

Com um QI de 120, Olga passa à frente de Perry, que tem 165 de QI. A grande curiosidade e o desejo de aprender levam-na a usar sua capacidade, ao passo que Perry devaneia e se preocupa com o que os outros pensam dele. A autoconfiança possibilita à criança um bom desempenho; e crianças brilhantes têm, às vezes, problemas de auto- estima insuficiente.

Os testes de QI não medem a capacidade criativa, a liderança, a motivação, a imaginação, o talento artístico ou musical. Isso não significa que sejam inúteis, mas apenas que devem ser vistos pelo que realmente são.

A inteligência é fixa?

Acreditava-se, antigamente, que a inteligência era fixa e não podia ser modificada. Hoje sabemos que não é assim.

O QI das crianças adotadas está mais próximo do QI de seus pais adotivos do que de seus pais naturais. Em bairros culturalmente adiantados, cerca de 25% a 30% das crianças registram 125 ou mais em seus testes de QI. Em áreas onde as crianças estão em desvantagem cultural, apenas 6% delas alcançam esse índice.

 (Esses resultados devem-se em parte ao fato de que os testes de QI refletem os contatos com livros, conversas, e certos tipos de aparelhos.) quando as crianças que estavam em desvantagem passam a contar com experiências enriquecedoras, seus índices de QI sobem acentuadamente.

Um estudo a longo prazo, feito com 300 crianças pelo Fels Research Institute, do Antioch College, mostrou que os Qis flutuavam consideravelmente. Muitos desses QIs diminuíram de maneira constante durante os primeiros anos de vida das crianças, quando estas ainda dependiam dos pais. E mais da metade das crianças começaram a ter índices mais altos ao chegarem à escola e ao enfrentarem o desafio de contar consigo mesmas.

Há muitas evidências de que a inteligência, tal como é medida pelos testes de QI, não é fixa. Os pais podem contribuir muito para aumentar a capacidade mental dos filhos, uma vez que influem marcadamente sobre o desejo que eles têm de aprender.

Obstáculos ao aprendizado
Até mesmo quando a curiosidade é estimulada num ambiente também estimulante, muitas crianças não usam a capacidade que têm. As causas podem estar numa fonte, ou numa combinação de fontes.

Deficiências físicas podem dificultar o aprendizado: dificuldade de audição ou visão, problemas neurológicos, desequilíbrios hormonais ou lento amadurecimento físico, afetam a eficiência ou a rapidez do aprendizado da criança.
Sempre que existe um problema com a capacidade de aprender, a possibilidade de defeitos físicos deve ser a primeira coisa a ser verificada. Muitas vezes descobre-se que uma criança, considerada como de aprendizado lento, sofre, na verdade, de uma anormalidade física.

Muitos problemas de aprendizado são conseqüência de problemas emocionais. O crescimento intelectual não ocorre em separado do
crescimento emocional; os dois estão interligados.

A criança, cujas necessidades emocionais não são satisfeitas, tem menos probabilidade de conseguir êxito na escola. O homem com fome não tem motivação para aprender nos livros. Ele tem, primeiro, que matar sua fome para depois concentrar-se no estudo.

Como já dissemos, a criança que está convencida de ser um fracasso tem pouca motivação para tentar. E a criança com um acúmulo de repressão não tem muita energia para enfrentar os desafios da escola.

Os pais dizem, frequentemente: “Gostaria de saber como motivar meu filho.” Lembre-se: uma auto-estima elevada é a principal mola da motivação. A convicção da criança, “Eu tenho capacidade! Eu posso fazer! Eu tenho alguma coisa a oferecer!” depende de seu vigor.

Os desafios são interessantes quando você acha que pode enfrentá-los. Quando não pode, o interesse desaparece rapidamente. Como disse Emerson, “A autoconfiança é o primeiro segredo do sucesso.”

Observe constantemente as expectativas que você tem em relação ao seu filho. A causa mais comum do bloqueio ao aprendizado, particularmente em crianças de famílias da classe média, vem da pressão indevida que sofrem para atingir certas metas que estão além de sua capacidade. Essas crianças aprendem a falhar.

“Por que você tirou oito e não dez em estudos sociais?”, é uma acusação enfrentada por muitas crianças de classe média. Um dos valores mais firmes dessa classe é o desejo de progresso rápido. Desde o Sputnik, as pressões acadêmicas nos Estados Unidos aumentaram, prolongando-se até os níveis iniciais de aprendizagem.

 A ordem é melhorar, melhorar, melhorar! Impensadamente e de forma não proposital, muitos pais bem intencionados comunicam aos filhos que eles serão mais amados e mais dignos se forem os primeiros da classe.

Lembre-se: o excesso de ambição é recebido pela criança como uma falta de aceitação. Expectativas muito altas significam decepções grandes. E as decepções prejudicam a auto-estima. Elas acabam com a energia e a criança nem mesmo procura ligar o seu interesse.

Outro obstáculo ao crescimento intelectual é uma disciplina tolerante, protetora ou rígida demais. Os pais dominadores aumentam a hostilidade, a dependência e a inadequação — sentimentos que bloqueiam o funcionamento intelectual.

 Pais excessivamente protetores, ou pais que se recusam a estabelecer limitações, fazem com que as crianças se sintam inadequadas e não amadas. Essas atitudes são negativas para a auto-estima, que por sua vez afeta a motivação de aprender.

A disciplina democrática desenvolve o crescimento intelectual, estimulando a participação, o raciocínio, o pensamento criativo e a responsabilidade. A divisão do poder no estabelecimento de regras tem um papel importante no estímulo à competência mental.

 O estudo de Coleman mostrou que o maior fator para motivar a criança a aprender é o seu sentimento de que “Eu tenho um certo controle do meu destino.” A disciplina democrática permite à criança fazer essa afirmação.

A pesquisa do Fels Research Institute mostrou que as crianças cujos QIs continuavam a aumentar com o tempo, também intensificaram a sua autoconfiança. Elas tinham confiança, e certeza de serem amadas, estavam à vontade com os outros, não viviam assustadas com medo de serem punidas, eram menos excitáveis e pensavam de maneira mais original. Em suma, apresentavam as características de uma elevada auto-estima.

 As crianças que eram dependentes, menos seguras de serem amadas, menos capazes de participar de projetos próprios, e que precisavam de muita atenção, apresentaram QIs mais baixos. Eram crianças que fugiam da responsabilidade, cujas características descrevem a baixa auto-estima.

Uma auto-estima elevada afeta acentuadamente o modo pelo qual a criança utiliza as habilidades de que dispõe.

Outro obstáculo ao aprendizado surge quando as linhas de comunicação estão obstruídas, ou fechadas. As pesquisas mostram que as crianças que se saem bem em testes mentais e nos trabalhos escolares, vêm, em geral, de famílias onde há muita comunicação.

Quando pais e filhos interessam-se carinhosamente pelas atividades mútuas, e quando os filhos se sentem seguros em partilhar suas idéias e seus sentimentos, o crescimento intelectual é estimulado.

Nas famílias onde a comunicação é reservada, tensa e codificada não há estímulo recíproco de opinião e reflexão. A capacidade mental diminui, deforma-se ou não se desenvolve nessa atmosfera.

Ao examinar os obstáculos do aprendizado, não devemos desconhecer a importância das boas escolas, dos professores influentes e dos currículos flexíveis, ligados aos interesses das crianças.

As crianças auto confiantes e motivadas podem perder o estímulo de aprender quando se vêem em salas de aula muito cheias, com maus professores que usam técnicas inadequadas.

 Além disso, quando as crianças têm uma participação ativa no planejamento do currículo, de acordo com seus interesses, elas reagem de maneira muito diferente do que quando são tratadas como simples recipientes vazios onde se despeja o conhecimento velho dos manuais.

Aula de estudos sociais do sr. S. ocupava-se especialmente de uma questão específica da comunidade. Os alunos planejaram pessoalmente a abordagem a ser adotada na coleta de dados e entrevistaram as pessoas adequadas em sua cidade.

As sessões para discutir os dados recolhidos resultaram numa série de recomendações que foram apresentadas à câmara municipal. E muitas de suas sugestões foram colocadas em prática. “A taxa de ausências em minha classe caiu para zero quando experimentamos essa abordagem”, disse o sr. S.

 “E os estudantes que antes não manifestavam muita habilidade, passaram a ler como nunca. Toda a classe pareceu reviver.” Na verdade, quando os professores examinam um material que tem importância pessoal para os alunos é quase impossível afastá-los dele. A experiência direta e o aprendizado participativo são muito mais eficientes do que o conhecimento fornecido apenas pelos livros. ...

E o que é muito mais importante: esse tipo de experiência educacional diz ao aluno: “Seus interesses são importantes. Vamos examiná-los na sala de aula e trabalhar com eles. Acreditamos que você está interessado em aprender e tem competência para enfrentar os problemas verdadeiros.

Queremos que você participe ativamente na solução desses problemas.” Que impulso nos sentimentos de valor próprio!

Trabalho em equipe, ensino em grupo, aulas abertas, aprendizado programado, projetos e pesquisas independentes na área de interesse da criança, estão se impondo ao ensino formal que predominou nas salas de aula durante gerações.

Apesar desse progresso, ainda temos muito a avançar na educaçâo, até superarmos a abordagem do tipo “Agora, ouçam” no qual os professores decidem o que, quando e como as crianças aprenderão. Talvez não esteja longe o dia em que os professores terão liberdade de ser pessoas de imaginação, que estimulem a curiosidade natural das crianças". Briggs D.C

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que chameja o FOGO VIOLETA DA LIBERDADE(TRÊS VEZES) através de cada particula de meu ser, e  em meu mundo.
Selai-me num pilar de fogo Sagrado e transformai e renovai minha energia, purificai-me com a pureza, liberdade e perfeição da Graça da Chama Violeta
Haja luz para compartilhar para o bem de todos.
Pesquisado por Dharmadhannya.

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2 comentários:

  1. bom dia Augusto Crowley, a criança é o futuro ... muito grata. seguimos na luz.
    haja luz para compartilhar para o bem de todos.

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