Alimentação infantil e obesidade.
Reuni vários textos da Revista globo Crescer sobre alimentação infantil e obesidade infantil, a família precisa saber.
Seu filho não toma
água?
Veja como ajudá-lo a
ter esse hábito tão importante para a saúde
Por Jéssica Zava -
atualizada em 17/06/2013 17h14
Segundo Claudia Hallal Alves Gazal, do Departamento de Nutrologia da
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a água deve ser incluída no dia a dia
dos pequenos a partir dos 6 meses.
O que acontece é que muitos são acostumados, precocemente, a consumir
líquidos doces, como sucos artificiais, achocolatados e chás. Em geral, porque
a família também tem esse hábito. Com isso, tornam-se resistentes a tomar um
líquido sem sabor. Mas é possível (e preciso!) reverter essa situação.
Para isso, você será o exemplo. Além de explicar a importância da água pura, incentive, tomando-a junto com o seu filho e oferecendo a bebida em um copo de que ele goste muito.
Para isso, você será o exemplo. Além de explicar a importância da água pura, incentive, tomando-a junto com o seu filho e oferecendo a bebida em um copo de que ele goste muito.
Durante o dia, ainda, tanto você
quanto quem fica com a criança, deve dar o líquido em pequenas quantidades, e
sempre longe das refeições. Isso porque a água pode criar uma falsa impressão
de saciedade e impedir que a criança se alimente corretamente.
Durante o período de adaptação da criança à água, é preciso paciência e persistência. Caso ela resista no começo, uma alternativa é oferecer, eventualmente (e de forma provisória), sucos naturais, sem adição de açúcar. Jamais use como estratégia adicionar um sabor à água para que a criança a aceite.
Durante o período de adaptação da criança à água, é preciso paciência e persistência. Caso ela resista no começo, uma alternativa é oferecer, eventualmente (e de forma provisória), sucos naturais, sem adição de açúcar. Jamais use como estratégia adicionar um sabor à água para que a criança a aceite.
“Não se deve espremer limão ou
laranja. O importante é o líquido puro. Água é água. Suco é suco”, diz Alessandra
Cavalcante, pediatra do Hospital e Maternidade Rede D’Or São Luiz (SP). Frutas
com grande quantidade de líquido também são ótimas opções de hidratação, como
melancia, melão e abacaxi.
Necessidade de líquido varia com a idade
0-6 meses: necessitam de 700 ml diários de líquido. Bebês que se alimentam exclusivamente de leite materno nessa idade não precisam tomar água, pois a amamentação já cumpre o papel da hidratação.
6-12 meses: 800 ml de líquidos diários, incluindo nessa conta água, leite e alimentação complementar.
1-3 anos: precisam diariamente de 1.300 ml, contando alimentos sólidos e líquidos.
4-8 anos: 1.700 ml, sendo 1.200 ml somente de líquidos.
. Revista
globo/crianças
10 alimentos que
parecem saudáveis, mas não são
Alerta a
nutricionista Elaine Pádua, autora do livro O Que Tem no Prato do Seu Filho? –
Um Guia Prático de Nutrição Para os Pais (Ed. Alles Trade).
Barrinha de cereais,
leite de soja e peito de peru são apenas algumas opções que você compra
pensando na saúde do seu filho. Apesar da cara de nutritivos, cuidado: é
preciso consumi-los com moderação
Por Fernanda
Carpegiani - atualizada em 03/04/2013 11h13
1 - Barrinha de cereais
Elas prometem ser uma ótima opção para o lanche das crianças porque são práticas de armazenar e contêm fibras – nutrientes que aumentam a sensação de saciedade, dão energia e ajudam no funcionamento do intestino e na absorção de gorduras. Pelo menos na teoria.
Especialistas alertam que muitas das barrinhas
de cereais que existem no mercado são, na verdade, ricas em açúcar e sódio.
Para saber se a que você compra é assim, compare os ingredientes que estão no
rótulo. O que vem primeiro é o que está em maior quantidade, então procure
marcas em que a fibra esteja no começo da lista.
Prefira as de fruta,
que são menos gordurosas, e as que contêm flocos de milho, mel, aveia e castanhas.
“Também fique de olho porque a lecitina de soja, substância usada para dar liga
no alimento, pode causar alergia nas crianças”,
Você pode fazer uma
barrinha mais natural em casa ou substituí-la pela bananada (doce de banana em
massa) sem açúcar, que também tem fibra e mais vitaminas. Nesse caso, a banana
não é desidratada, como na barrinha, mantendo seus nutrientes.
2 - Suco de caixinha
Algumas dessas bebidas, também chamadas de néctar de fruta, têm tanto quanto ou até mais açúcar do que os refrigerantes.
Algumas dessas bebidas, também chamadas de néctar de fruta, têm tanto quanto ou até mais açúcar do que os refrigerantes.
São até duas colheres de sopa a cada 200 ml,
além de uma quantidade grande de sódio, substância que, em excesso, pode
sobrecarregar os rins e aumentar as chances de a criança ter pressão alta no
futuro.
Os corantes e aromas
também aparecem no suco de caixinha (inclusive nos de soja), ou seja, mais
química ainda. A saída é alterná-lo com o suco natural (ou água mesmo!). Você
pode dar o industrializado no lanche, por exemplo, e o caseiro, no jantar.
Na lancheira térmica, o suco natural dura até
três horas sem estragar. Para aumentar a duração da bebida, misture-a com água
de coco, que retarda o processo de oxidação, é um hidratante natural e não tem
muito sódio nem na versão das prateleiras.
Outra alternativa são os sucos prontos
integrais, que não têm açúcar e só precisam ser dissolvidos em água. Mas não
abuse. Qualquer tipo de suco deve ser consumido no máximo duas vezes ao dia,
pois são calóricos – pense que, para fazer apenas um copo do de laranja, é
preciso três frutas!
3 - Peito de peru
Apesar de ser visto como uma alternativa melhor do que o presunto, os dois têm a mesma quantidade de sódio e gordura porque são uma mistura de carne e pele (eca!) do animal.
Apesar de ser visto como uma alternativa melhor do que o presunto, os dois têm a mesma quantidade de sódio e gordura porque são uma mistura de carne e pele (eca!) do animal.
Para conservar o produto, as indústrias usam
nitritos e nitratos, substâncias químicas que, segundo algumas pesquisas, podem
causar câncer se consumidas por muito tempo. Por isso, libere esses alimentos
embutidos ou processados (e, nessa categoria, entra também a salsicha e a
mortadela) apenas uma vez por semana, de preferência a versão sem capa de
gordura.
4 - Sobremesa láctea
As sobremesas lácteas (como o queijo petit suisse ou aquelas sabor chocolate, baunilha...), fazem sucesso com as crianças porque são bem docinhas e saborosas.
As sobremesas lácteas (como o queijo petit suisse ou aquelas sabor chocolate, baunilha...), fazem sucesso com as crianças porque são bem docinhas e saborosas.
Mas não se engane pela aparência de iogurte,
pois elas têm bem menos quantidade de cálcio – um mineral essencial para o
crescimento e fortalecimento dos ossos, dentes e cabelos. Além disso, esses
produtos são gordurosos e têm pouca proteína.
“No lugar da fruta, mais nutritiva, muitos
contêm aromas e corantes artificiais, que devem ser evitados nos primeiros anos
de vida pois estão relacionados a uma série de problemas – de alergia à
hiperatividade”, afirma Elaine Pádua. Ela explica que os corantes amarelos e
vermelhos são os mais perigosos.
É claro que seu filho vai querer comer essas
guloseimas de vez em quando. Porém, sempre que possível, substitua por uma
mistura de iogurte natural com a fruta que ele mais gosta. Basta bater essa
combinação no liquidificador ou amassá-la com um garfo.
Se o seu filho quiser
algo mais doce, coloque açúcar mascavo. Essa preparação deve ser consumida
entre 30 minutos e 1 hora.
5 - Leite de soja
A soja é classificada como um alimento saudável, mas nem sempre é uma boa ideia oferecê-la para as crianças. Isso porque pode ser tão alergênica quanto a lactose, presente no leite de vaca.
A soja é classificada como um alimento saudável, mas nem sempre é uma boa ideia oferecê-la para as crianças. Isso porque pode ser tão alergênica quanto a lactose, presente no leite de vaca.
“A soja é uma
proteína de difícil digestão, por isso, pode causar alergias alimentares em
crianças menores de dois anos, que têm um sistema digestivo imaturo”, afirma a
nutricionista Santhi Karavias, do projeto Lancheira Saudável, em São Paulo.
Alguns especialistas até questionam o nome “leite”, já que ele não oferece os
mesmos nutrientes, como os aminoácidos e o cálcio. Se o seu filho tem
intolerância à lactose, você já encontra bebidas com adição de cálcio. Também
vale substituir por leite de arroz, amêndoa e de cabra.
6 - Bisnaguinha
Ela é molinha e fofinha graças a muuuita gordura hidrogenada! Esse tipo de pão é feito de farinha branca e açúcar, ou seja, tem poucos nutrientes e nada de fibras. Não faz mal oferecê-lo uma vez por semana, mas, nos outros dias, opte pela versão integral ou de fôrma, recheando com requeijão ou até geleia, contanto que seja sem açúcar.
Ela é molinha e fofinha graças a muuuita gordura hidrogenada! Esse tipo de pão é feito de farinha branca e açúcar, ou seja, tem poucos nutrientes e nada de fibras. Não faz mal oferecê-lo uma vez por semana, mas, nos outros dias, opte pela versão integral ou de fôrma, recheando com requeijão ou até geleia, contanto que seja sem açúcar.
Os pães de padaria ou feitos em casa, naquelas
panificadoras portáteis, também são ótimos substitutos, pois têm menos
conservantes. Outra opção rápida e saudável: minipizza de pão sírio!
Chame seu filho para ajudar você a montar essa
delícia com muçarela de búfala, queijo prato ou queijo branco, tomate – pode
ser o cereja, que as crianças adoram – e algumas folhinhas de manjericão
fresco. Aí, é só colocar no forno em fogo baixo por 15 minutos e se deliciar.
7 - Frozen yogurt
Eles parecem saudáveis por conta do iogurte, que tem pouca gordura e é fonte de cálcio. Realmente são uma boa opção, mas só se a marca de frozen usar iogurte de verdade em sua formulação.
Eles parecem saudáveis por conta do iogurte, que tem pouca gordura e é fonte de cálcio. Realmente são uma boa opção, mas só se a marca de frozen usar iogurte de verdade em sua formulação.
“Esse ingrediente é
bom porque é natural e não tem aromatizante”, explica Santhi Karavias, do
projeto Lancheira Saudável (SP). Em 2011, o Proteste analisou oito lojas e
constatou que apenas uma usava mesmo a bebida láctea, enquanto as outras
misturavam sorvete comum ou à base de iogurte.
“Esses últimos têm gordura saturada e trans,
que aumentam o colesterol ruim e ainda diminuem o bom”, completa Santhi. Para
se proteger dos “falsos”, analise o rótulo (quando tiver) e pergunte a
porcentagem de gordura (quanto mais próxima de zero, melhor). Ah, e controle as
coberturas escolhidas pelo seu filho, que costumam ser uma bomba calórica.
8 - Cereal matinal
Já reparou no que sobra no saquinho quando acaba o cereal do seu filho? Açúcar puro. Pode ser uma boa fonte de energia, já que cada grão do cereal é um grão de milho, mas só. “É possível conseguir a mesma quantidade de carboidratos em outros alimentos, como pão integral e mingau”, explica a nutricionista Priscila Maximino, da Nutrociência, que presta assessoria nutricional, em São Paulo.
Já reparou no que sobra no saquinho quando acaba o cereal do seu filho? Açúcar puro. Pode ser uma boa fonte de energia, já que cada grão do cereal é um grão de milho, mas só. “É possível conseguir a mesma quantidade de carboidratos em outros alimentos, como pão integral e mingau”, explica a nutricionista Priscila Maximino, da Nutrociência, que presta assessoria nutricional, em São Paulo.
Há, no entanto, opções sem açúcar (em geral,
destinadas aos adultos). Você pode adicionar uma fruta, como banana ou morango,
para deixar a mistura mais docinha. Depois que seu filho tiver um ano, também
dá para usar mel. Se quiser usar açúcar mesmo, prefira o cristal (uma colher de
chá basta), que é menos processado do que o refinado.
9 - Empanados de
frango
Parece carne de frango, mas o empanado é o que os nutricionistas chamam de compensado, uma mistura de ingredientes nada nutritivos, como partes de frango, pele, farinha e leite em pó.
Parece carne de frango, mas o empanado é o que os nutricionistas chamam de compensado, uma mistura de ingredientes nada nutritivos, como partes de frango, pele, farinha e leite em pó.
Então, mesmo que você
faça assado em vez de frito, ele não é saudável. Para piorar, o que dá gosto à
mistura é o glutamato monossódico. “A substância realça o sabor e interfere no
paladar da criança, deixando a papila gustativa acostumada a esse tipo de
alimento”, conta a nutricionista funcional Gabriela Maia, do Rio de Janeiro.
Muitas vezes o
empanado industrializado é usado como substituto da carne de boi ou de frango,
que são proteínas completas. Só que eles não são equivalentes. Uma opção é
fazê-lo em casa. Não tem tempo? Então, para suprir a quantidade de proteínas da
carne, que tal cozinhar cerca de quatro ovos de codorna? O preparo vai levar os
mesmos cinco a dez minutos.
10 - Produtos light e
diet
Se você tinha a impressão de que poderia consumi-los sem restrições, esqueça! Para crianças, os diet e os light são indicados apenas em casos de doenças como obesidade e diabetes. Achar que eles podem ser servidos à vontade, já que têm menos açúcar e gordura, é um erro.
Se você tinha a impressão de que poderia consumi-los sem restrições, esqueça! Para crianças, os diet e os light são indicados apenas em casos de doenças como obesidade e diabetes. Achar que eles podem ser servidos à vontade, já que têm menos açúcar e gordura, é um erro.
“Isso porque o fabricante adiciona sódio para
manter o sabor. Então, melhor ingerir uma quantidade menor da versão
tradicional do que o dobro da light”, orienta Virginia Weffort, nutróloga do
Departamento Científico de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP).
E a criança precisa de energia para crescer,
então não é indicado tirar totalmente o açúcar da dieta – lembrando que ele é
encontrado em vários alimentos, como frutas e massas.
Eles são saudáveis,
quem diria
Atum enlatado
A versão conservada em água em vez de óleo é fonte de ômega 3 e tem gordura boa. Bom substituto para os embutidos.
Atum enlatado
A versão conservada em água em vez de óleo é fonte de ômega 3 e tem gordura boa. Bom substituto para os embutidos.
Legumes congelados
São práticos e têm boa conservação de nutrientes e fibras. O congelamento faz com que percam apenas um pouco de vitamina C.
São práticos e têm boa conservação de nutrientes e fibras. O congelamento faz com que percam apenas um pouco de vitamina C.
Pipoca
É rica em fibras e substâncias antioxidantes, que podem prevenir até câncer. Mas preste atenção no preparo: de micro-ondas não vale. Faça na panela com um fio de óleo vegetal. E não exagere no sal! Revista crescer Globo
É rica em fibras e substâncias antioxidantes, que podem prevenir até câncer. Mas preste atenção no preparo: de micro-ondas não vale. Faça na panela com um fio de óleo vegetal. E não exagere no sal! Revista crescer Globo
Copo de transição
pode levar ao sobrepeso, diz pesquisa
Problema está no
consumo exagerado de líquidos calóricos, como leite e sucos
Por Pâmela Reis -
atualizada em 21/11/2013 18h16
Fazer a migração da
mamadeira para o copo não é um processo tão fácil para algumas crianças, mas
fundamental. Isso porque, segundo os médicos, o uso prolongado do acessório
pode acarretar em problemas de peso já que ele faz com que a criança tenha uma
ingestão acentuada de calorias de maneira passiva.
Nessa hora,
muitos pais recorrem ao copo de transição, recipiente com tampa e bico achatado
furadinho, que atua como intermediário até que a criança se acostume ao copo
convencional. Mas atenção: um estudo publicado recentemente no The Journal
of Pediatrics mostrou que essa troca não elimina o risco de sobrepeso.
Ao longo de um ano, pesquisadores do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, acompanharam cerca de 100 crianças de 12 meses, que consumiam, a princípio, mais de duas mamadeiras de leite ou suco por dia. As crianças foram divididas em dois grupos e apenas um deles recebeu copos de transição para auxiliar no processo de deixar a mamadeira.
Ao final do estudo, o grupo que recebeu os copinhos havia reduzido o uso da mamadeira e a quantidade de calorias ingeridas por dia, mas não houve queda no risco de sobrepeso. O motivo? Justamente o aumento do uso do copo de transição para oferecer líquidos à criança em substituição ao bico.
Ao longo de um ano, pesquisadores do Albert Einstein College of Medicine, em Nova York, acompanharam cerca de 100 crianças de 12 meses, que consumiam, a princípio, mais de duas mamadeiras de leite ou suco por dia. As crianças foram divididas em dois grupos e apenas um deles recebeu copos de transição para auxiliar no processo de deixar a mamadeira.
Ao final do estudo, o grupo que recebeu os copinhos havia reduzido o uso da mamadeira e a quantidade de calorias ingeridas por dia, mas não houve queda no risco de sobrepeso. O motivo? Justamente o aumento do uso do copo de transição para oferecer líquidos à criança em substituição ao bico.
8 erros comuns que
podem levar seu filho à obesidade, já no primeiro ano de vida
As consequências
podem demorar a aparecer, mas o problema é, desde cedo, motivo de preocupação
entre os médicos
As consequências
podem demorar a aparecer, mas o problema é, desde cedo, motivo de preocupação
entre os médicos
Por Nathalia Bianco
Louro - atualizada em 17/10/2013 18h53
A simples troca da
mamadeira pelo copinho não muda muito o volume de líquidos ingeridos, e o risco
está justamente no consumo exagerado de proteínas – presentes no leite – e de
água quando acompanhada de nutrientes – caso dos sucos, que podem ser bastante açucarados
e calóricos.
É o que explica Rubens Feferbaum, nutrólogo e
professor livre docente em pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade
de São Paulo.
“A mamadeira é um dispositivo perigoso em relação à obesidade porque a criança toma e não sente a saciedade. Mas usar um dispositivo de transição também não protege da obesidade, porque é apenas outra forma passiva de a criança receber líquido”, diz o médico.
“A mamadeira é um dispositivo perigoso em relação à obesidade porque a criança toma e não sente a saciedade. Mas usar um dispositivo de transição também não protege da obesidade, porque é apenas outra forma passiva de a criança receber líquido”, diz o médico.
O que fazer, então?
A recomendação ideal,
segundo Rubens, é ir da mamadeira direto para o copo comum, em tamanho infantil
e com bordas arredondadas.
“O copo comum normalmente é menor que o copo
de transição. Além disso, a criança tem uma maneira de segurar e de engolir
muito mais ativa do que quando o líquido escorre passivamente através de uma
mamadeira ou copo de transição”, alerta.
Caso a criança sinta
muita dificuldade no processo, deixe o copinho de transição como exceção, e
para ela tomar água apenas.
Outra dica do
especialista para estimular o seu filho é usar um copo plástico pequeno, daqueles
usados para servir café. O médico reforça ainda que não há idade certa para
fazer a migração, mas o ideal é que a partir de 1 ano a criança já esteja
usando copos.
Outro ponto importante é controlar o que vai ser oferecido à criança, independentemente do recipiente usado. “Como a criança nessa idade ingere muito líquido, é preciso cuidado não apenas com o que ela come, mas também com o que bebe”, diz.
Outro ponto importante é controlar o que vai ser oferecido à criança, independentemente do recipiente usado. “Como a criança nessa idade ingere muito líquido, é preciso cuidado não apenas com o que ela come, mas também com o que bebe”, diz.
“Oferecer muito suco e leite nessa fase é um
passo para a obesidade, pois ela está recebendo nutrientes, não só líquidos,
que podem ser exagerados. Para se hidratar ela precisa beber água.”
O especialista lembra que a obesidade é um problema complexo e que está ligado a um conjunto de fatores que não podem ser negligenciados, entre eles, a genética, os hábitos alimentares da casa e o gasto energético da criança.
O especialista lembra que a obesidade é um problema complexo e que está ligado a um conjunto de fatores que não podem ser negligenciados, entre eles, a genética, os hábitos alimentares da casa e o gasto energético da criança.
Revista globo.com
Considerada uma
epidemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade atinge 42
milhões de crianças com menos de 5 anos pelo mundo. No Brasil, segundo
dados do Ministério da Saúde, a incidência de meninos de 5 a 9 anos acima do peso chega
a 15%.
Dois fatores
contribuem com o sobrepeso infantil: a genética e, principalmente, os maus
hábitos alimentares, que muitas vezes refletem os da família. Um dos principais
vilões nessa guerra é o açúcar, introduzido precocemente na alimentação da
criança.
Um estudo do Jornal de Pediatria, do Brasil,
revelou que, a partir dos 6 meses, 79,3% das crianças já comiam bolachas e
20,7% consumiam sucos artificiais.
É motivo de sobra
para se preocupar, já que a obesidade infantil acarreta problemas que impactam
na adolescência e na vida adulta, como diabetes e hipertensão. Para manter o
distúrbio bem longe do seu filho, conheça outros 7 erros comuns na dieta das
crianças e evite-os:
1 - Abrir mão de
amamentar
Até os seis meses de vida, os pediatras recomendam o aleitamento materno exclusivo, por livre demanda.
Até os seis meses de vida, os pediatras recomendam o aleitamento materno exclusivo, por livre demanda.
Não se engane com
crenças equivocadas de que seu leite é fraco ou de que o de vaca é mais
nutritivo, fazendo a substituição. Dentre inúmeros benefícios, estudos provam
que os bebês alimentados apenas com leite materno têm menos chances de se
tornarem obesos na adolescência e na vida adulta.
“Nós nascemos com a saciedade regulada, então,
é muito difícil um bebê mamar mais do que precisa, a ponto de ganhar peso
excessivo”, conta Renata Maria de Noronha, endocrinologista infantil do
Hospital São Luiz (SP).
2 - Negligenciar as
recomendações do pediatra
Se você não amamenta, mas usa fórmula, é preciso tomar alguns cuidados: siga exatamente as instruções de seu pediatra e nem pense em engrossar a bebida com amido de milho, por exemplo, que contém muito carboidrato e favorece o ganho de peso.
Se você não amamenta, mas usa fórmula, é preciso tomar alguns cuidados: siga exatamente as instruções de seu pediatra e nem pense em engrossar a bebida com amido de milho, por exemplo, que contém muito carboidrato e favorece o ganho de peso.
3 - Culpar a genética
Ela é responsável por 50% da propensão à obesidade. Se um dos pais é obeso, a chance da criança ser também é de 40%. Se ambos forem, esse número pode chegar a 80%. Mas é preciso levar em consideração que os outros 50% envolvem fatores ambientais, como o mau hábito alimentar, e que este, sim, é passível de mudanças.
Ela é responsável por 50% da propensão à obesidade. Se um dos pais é obeso, a chance da criança ser também é de 40%. Se ambos forem, esse número pode chegar a 80%. Mas é preciso levar em consideração que os outros 50% envolvem fatores ambientais, como o mau hábito alimentar, e que este, sim, é passível de mudanças.
4 - Não estabelecer
uma rotina
Depois dos primeiros 6 meses, começa a introdução de alimentos na dieta das crianças. As papinhas salgadas são as mais difíceis de ser aceitas, por causarem estranheza inicialmente. Nesse momento, é preciso criar uma rotina com os horários de alimentação.
Depois dos primeiros 6 meses, começa a introdução de alimentos na dieta das crianças. As papinhas salgadas são as mais difíceis de ser aceitas, por causarem estranheza inicialmente. Nesse momento, é preciso criar uma rotina com os horários de alimentação.
A partir do 7º mês, a dieta passa a ter
pedaços de comida e é muito importante respeitar o tempo de mastigação da
criança. Como sobremesa, invista nas frutas, estimulando seu filho a comer bem
desde cedo.
Além disso, a família é o espelho da criança,
portanto, procure ter uma alimentação saudável na frente de seu filho e o incentive
a experimentar novos alimentos. Vale ressaltar que é preciso tomar muito
cuidado com a adição de sal na comida das crianças, já que o sódio pode causar
hipertensão arterial na vida adulta.
5 - Viciar o paladar
Nos primeiros dois anos, as crianças começam a desenvolver o paladar. Os alimentos naturais devem ter prioridade.
Nos primeiros dois anos, as crianças começam a desenvolver o paladar. Os alimentos naturais devem ter prioridade.
Evite sucos industrializados, que contêm uma
quantidade muito grande de açúcar, e dê preferência a frutas naturais. Além
disso, essas bebidas podem boicotar a formação do paladar: a criança conhece um
gosto diferente do real, e pode acabar não comendo a fruta in natura,
futuramente.
O mesmo ocorre com os
doces: “Muitas vezes, a criança ainda não aprendeu a comer todos os tipos de
alimentos saudáveis e a mãe já oferece um iogurte petit suisse de sobremesa,
incluindo o açúcar, desde muito cedo, na dieta da criança”, explica Renata.
Inclua os mais diversos tipos de frutas, legumes e vegetais no cardápio dos
pequenos.
6 - Barganhar na hora
da refeição
Os pais devem respeitar a fome das crianças, por isso, nada de forçá-las a comer alimentos saudáveis para conseguir um doce ou chocolate. Assim ela vai entender que um alimento nada saudável é uma recompensa por comer bem.
Os pais devem respeitar a fome das crianças, por isso, nada de forçá-las a comer alimentos saudáveis para conseguir um doce ou chocolate. Assim ela vai entender que um alimento nada saudável é uma recompensa por comer bem.
A mania de beliscar também deve ser evitada.
“Muitas vezes, os pais acham que a criança não comeu nada e oferecem pedaços de
bolacha e outras guloseimas, nos intervalos das refeições”, reprova Renata.
7 - Permitir a TV em
excesso
Depois de comer, a criança só tem um jeito de queimar toda a energia: se exercitando. Pode ser com brincadeiras ou com esporte, respeitando a vontade dela.
Depois de comer, a criança só tem um jeito de queimar toda a energia: se exercitando. Pode ser com brincadeiras ou com esporte, respeitando a vontade dela.
“As crianças não devem ficar mais de 2 horas
na frente de uma tela. Elas precisam se movimentar”, conclui Renata. Além de
gastar mais energia, as brincadeiras são fundamentais para o aprendizado cognitivo.
8 - Comer por dois
quando grávida
Um estudo revelou que a alimentação da mulher durante a gravidez é muito importante para a saúde do bebê. A dieta deve ser bem variada, rica em vitaminas e minerais, mas nada daquela história de comer por dois.
Um estudo revelou que a alimentação da mulher durante a gravidez é muito importante para a saúde do bebê. A dieta deve ser bem variada, rica em vitaminas e minerais, mas nada daquela história de comer por dois.
O feto, quando dentro da barriga da mulher,
precisa de determinada quantidade de nutrientes para se desenvolver. O que
passar da conta leva ao peso excedente da grávida e pode acarretar ao diabetes
gestacional, elevando as chances de o bebê nascer muito grande, o que pode
causar um padrão metabólico de acúmulo.
Outra fonte: Artur
Delgado, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo.
OMS alerta
sobre problemas com obesidade infantil em países em desenvolvimento
Regiões
onde a subnutrição infantil ainda é um problema grave devem se organizar para
barrar o aumento de casos de crianças acima do peso.
Por Marcela Bourroul -
atualizada em 06/06/2013 15h48
Muitos países
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento estão ignorando sobrepeso e obesidade
como problemas de saúde pública.
Esse foi o alerta
dado nesta semana pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Esses países têm
políticas para diminuir os casos de subnutrição, mas deixam a desejar quando o
assunto é frear o aumento de doenças relacionadas ao sobrepeso.
De acordo com a OMS,
mais de 75% das crianças acima do peso moram em países em desenvolvimento. Na
África, esses casos dobraram nos últimos 20 anos. Aobesidade infantil é um
problema sério, pois ela aumenta a chance de o indivíduo se tornar um adulto
obeso e de apresentar doenças, como diabetes.
“Cada vez mais, encontramos crianças com
sobrepeso vivendo em países onde a subnutrição ainda é um problema”, afirmou
Francesco Branca, diretor do Departamento de Nutrição para a Saúde e
Desenvolvimento da OMS.
Para ajudar os
governos a fechar o cerco contra esse problema, a organização lançou um guia
com 24 ações essenciais relacionadas à nutrição, consolidando as maneiras mais
eficientes para combater problemas nutricionais – tanto de sobrepeso quanto de
subnutrição.
O interessante é que
essas ações não estão relacionadas apenas às crianças. Elas começam na
gravidez, passam pelos cuidados com os recém-nascidos e visam também as
crianças mais velhas.
“Para evitar uma
explosão de problemas nutricionais na próxima geração, os governantes precisam
dar mais atenção às mulheres grávidas e às adolescentes que se tornarão as mães
da próxima geração”, disse Branca.
Entre as sugestões
estão melhorar a nutrição de mulheres grávidas e as que estão amamentando,
encorajar a amamentação exclusiva até os 6 meses, promover a introdução correta
de alimentos sólidos para as crianças e oferecer suplementação nutricional para
quem precisa.
leia também
Um dos problemas,
segundo a OMS, é que algumas políticas implementadas a nível nacional não são
colocadas em prática nos diferentes estados ou cidades. O Brasil é citado como
um caso de sucesso no que se refere à publicidade de alimentos para crianças e medidas
para restringir o teor de sal ou gordura trans nos produtos infantis.
Estima-se que no
mundo haja 100 milhões de crianças com menos de 5 anos abaixo do peso adequado.
Ao mesmo tempo, 43 milhões de crianças da mesma idade estão com sobrepeso ou
obesas. Confira abaixo outras ações recentemente incluídas pela OMS na lista do
eLENA (biblioteca para ações nutricionais):
- Programas de
transferência de renda (limitados a famílias que seguem regras
pré-estabelecidas, como manter a carteira de vacinação em dia e colocar a
criança na escola)
- Dar leite no copo a bebês nascidos com baixo peso
- Suplementação de ferro e ácido fólico durante a gravidez
- Amamentar bebês de baixo peso sob livre demanda
- Dar leite materno coletado por meio de doação para bebês de baixo peso
- Dar leite no copo a bebês nascidos com baixo peso
- Suplementação de ferro e ácido fólico durante a gravidez
- Amamentar bebês de baixo peso sob livre demanda
- Dar leite materno coletado por meio de doação para bebês de baixo peso
- Oferecer fórmula
aos bebês de baixo peso logo após a alta do hospital
- Suplementação de vitamina A para crianças de6 a 59 meses infectadas com HIV
- Suplementação de vitamina A para crianças de
Como ajudar seu filho
a perder peso
Saiba como falar de
peso com as crianças sem acabar com a autoestima delas
Por Fernanda
Carpegiani - atualizada em 15/05/2013 11h43
Seu filho está
precisando perder peso e você não sabe como ajudá-lo? Comece a entrar em forma
junto com ele! Você já deve ter cansado de ouvir que os pais são os principaismodelos dos
filhos. Essa máxima também vale quando o assunto é alimentação.
“A família tem que estar ao lado da criança
para oferecer apoio e caminhar junto com ela. Alguns pais questionam por que
vão mudar a sua alimentação e a dos outros filhos quando só um deles está
obeso. Mas, se família toda come mal, todos precisam mudar, mesmo que não
tenham problema de peso”, explica Claudia Lobo, nutricionista e autora do livro
Comida de Criança (MG Editores).
Se o seu filho está
com alguns quilinhos a mais, você vai precisar mudar os hábitos e a
rotina da família toda, além de conversar com ele sobre o assunto – o que nem
sempre é tão simples assim.
Um estudo norte-americano mostrou que, para
alguns pais, é mais difícil falar de obesidade e sobrepeso do que sobre álcool
e drogas com os filhos. “Não é uma tarefa fácil, mas só com o apoio e
o incentivo dos pais é que as crianças conseguem melhorar sua saúde”, diz
Claudia Lobo. Para facilitar a sua vida, reunimos 8 dicas de como lidar com
essa situação na sua casa:
Assuma a
responsabilidade: “É comum receber no consultório pais que falam que a criança
não coopera, não come o que eles compram e não querem fazer dieta.
Ou seja, eles
transferem para o filho uma responsabilidade que é deles, de fazer escolhas
saudáveis e ter uma alimentação mais regrada”, afirma Claudia. É por isso que
vocês precisam estar juntos nessa empreitada.
Aposte na autoestima
do seu filho: crianças que estão acima do peso têm mais problemas sociais e
sofrem mais bullying, de acordo com estudos. Aproveite para falar das coisas
positivas, como o sorriso lindo que ele tem.
Comece com pequenos
ajustes: A infância não é idade para se fazer regime, segundo os especialistas.
Como as crianças estão em fase de crescimento e desenvolvimento, não podem
deixar de receber os nutrientes e calorias necessários.
A ideia, então, é reorganizar a alimentaçã. Ou
seja, regular os horários, estipular dias específicos para comer as chamadas
“bobagens” (por exemplo, doces e refrigerantes só aos finais de semana, ou duas
vezes por semana) e diminuir a quantidade de alimento ingerida.
Aprecie a comida: Um
estudo mostrou que, quando os pais comem vegetais e sorriem, as crianças ficam
mais estimuladas a comê-los também. Quando estiverem almoçando juntos, por
exemplo, elogie os alimentos saudáveis e faça cara de quem está gostando muito.
Vale até dizer: “hummmm!”
Fale sobre o que ele
vai comer a mais: Em vez de dizer que seu filho não vai poder comer isso e
aquilo, mostre a enorme quantidade de alimentos novos (e saudáveis) que estarão
à disposição dele.
Mostre que ele vai comer tudo o que comia
antes, mas de um outro jeito, em horários e dias diferentes. Inclua legumes,
frutas e verduras que até então ele não conhecia e comece um trabalho para
deixar esses alimentos em evidência, colocando os outros, menos saudáveis, em segundo
plano.
Nunca fale que ele
está gordinho: A criança sabe quando está acima do peso, principalmente se já
vai à escola, porque percebe que é diferente dos colegas e pode até já ter
ouvido alguma piadinha sobre seus quilos a mais.
Em casa, puxe a conversa para o lado positivo
e diga que vocês estão fazendo mudanças para cuidar da saúde, ter mais energia.
Proponha atividades
físicas divertidas: Nada de obrigar seu filho a fazer um exercício só porque
ele precisa perder peso. Opte por atividades mais lúdicas e que você possa
fazer junto com ele.
“O ideal é que a criança se movimente 30
minutos por dia, e pode ser brincando, jogando bola, correndo, pulando corda,
subindo e descendo escada, dançando na frente da televisão. Tem que ser algo de
que a criança goste e, de preferência, que os pais estejam presentes, nem que
seja ao lado, incentivando a atividade”, conta Claudia Lobo.
Não proíba os doces e
salgadinhos: Se ele vai à uma festa de criança, por exemplo, dê algo saudável
para ele comer antes de saírem, sem falar nada sobre a restrição. Com o
estômago cheio, ele vai ter menos apetite. Você também pode oferecer
alternativas menos gordurosas, como os salgados assados no lugar dos fritos.
Texto da Revista
globo/criança.
Pesquisado por dharmaDhannya_el
Postado por Dharmadhanna
Psicoterapeuta Transpessoal
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