Como Trabalhar os dois lados da depressão
Pesquisado por Dharmadhnnya_el
Trabalho
interior: mude o que você pensa e sente
Medite.
Reveja
suas crenças negativas.
Rejeite
reações autodestrutivas diante dos desafios da vida.
Quando
alguém pega uma gripe, não importa quanto esteja sofrendo, não diz “Sou
gripado”. Dizemos “Estou gripado”. Mas a linguística é diferente na depressão.
Podemos, sim, dizer “Sou depressivo”, o que significa que a pessoa se identifica
com a doença.
Não alimente o monstro da autodestruição dentro de você, imagine
como ele é e o que ele quer...
Por que você tem que
destruir o que tem e a si mesmo, não plantar, não colher, e se entregar ao
pessimismo e a desesperança?
Por que você tem que viver na escuridão do desespero que lhe rouba
forças para acreditar e plantar para o amanhã?
Por que tudo seu é inferior, menor, mais feio do que o outro tem?
Por que você ouve esta voz, interna que impõe a culpa, punição, o
medo, o despropósito e mina sua vontade de avançar de seguir?
Você já percebeu que os velhos amigos não convidam mais, não telefonam,
ninguém suporta mais, seus lamentos, sua inveja, sua depressão? Eles tem medo
do contágio, do seu mau humor.
Agora é o momento de você ser o seu melhor amigo, irmão, parceiro e
amparar a sua dor, sem incentivar o “humor negro” da depressão.
A medicina
o denomina de Distimia. Um distúrbio emocional que acarreta outros
inconvenientes como apetite descontrolado, agressividade, insônia, cansaço,
falta de interesse pela vida, baixa-estima.
E neste caso pode haver sintomas como náusea, vômito e dores de cabeça.
Aprenda
novas reações capazes de melhorar a vida.
Adote
uma visão superior para sua vida e viva de acordo com ela.
Reconheça
a autocrítica e a rejeite.
Pare
de acreditar que não há como não ter medo só porque ele é poderoso.
Não
confunda seus sentimentos com a realidade.
Trabalho
exterior: mude o seu comportamento
Reduza
as situações estressantes.
Encontre
um trabalho gratificante.
Não
se ligue a pessoas que aumentam sua depressão.
Encontre
pessoas com quem goste de estar.
Aprenda
a se doar. Tenha um espírito generoso.
Aprenda com a gratidão que valoriza o que tem, tudo que conquistou
é uma conquista na vida.
Não se compare com os outros, cada um tem o seu destino a sua
estória, a sua missão, o seu mapa astral, a sua estória no tempo e no espaço, seu
dharma, seu karma...
Hoje se pode andar, falar, ir e vir é uma Graça.
Muitos não podem ouvir, falar, andar.
Lembre-se a sua estória é uma continuação da sua família e cada um
escreve sua estória nesse tempo, nesse espaço e o final, você poderá escrever e
passar a sua estória o seu dharma para os seus filhos.
Você merece ser feliz! A
felicidade acontece agora, pense nisso, e encontrar a harmonia interna é um
estado de felicidade.
Adote
bons hábitos de sono e exercite-se moderadamente uma vez por dia.
Concentre-se
nos relacionamentos, e não nas distrações e no infinito consumismo.
Aprenda
a se reeducar conhecendo pessoas maduras e emocionalmente saudáveis, que saibam
amar e aceitar, em vez de criticar.
Todo
médico ou terapeuta conhece centenas de pessoas deprimidas que precisam desesperadamente
de ajuda, mas como tomar o caminho da recuperação? A maioria põe fé num
medicamento ou cai num estado de resignação. Em alguns casos, os medicamentos
podem aliviar os sintomas, mas uma depressão moderada não precisa ser tratada
como doença.
Recentes
descobertas revelaram que, em casos de depressão moderada, os antidepressivos
se equiparam ao placebo (que leva à melhora de 30 por cento dos pacientes em
média). Eles se tornam mais eficientes quando a depressão é mais grave.
Os
três elementos já citados – causas externas, reação depressiva e hábito de
estar deprimido – oferecem uma nova abordagem. Eles têm o poder de reverter as condições
subjacentes da depressão. Não estamos dizendo que a causa dessa condição tenha
sido descoberta, porque no fim a depressão está ligada a tudo o mais na vida,
inclusive a tudo o que acontece no corpo.
Por
causa disso, é preciso remodelar a vida em muitos níveis, o que se pode fazer conscientemente.
Às vezes, basta pouco para sair da depressão – se deixar um emprego ruim ou um
casamento nocivo pode ser visto como algo simples. Pelo menos é uma abordagem
direta.
Outras
vezes, a depressão é como uma neblina indissolúvel. Mas a neblina pode se
dissipar. A boa notícia é que o verdadeiro Eu (a Alma , o Eu Superior, o Espírito) não está deprimido e nunca esteve.
Tomando o caminho para encontrá-lo, você conquistará mais do que apenas a cura
da depressão.
Você
vai emergir na luz e ver a vida de uma nova maneira.
CRIANDO
A REALIDADE NOSSO
CÉREBRO, NOSSO MUNDO
Enquanto
lê este texto, você verá que mente, cérebro e corpo funcionam perfeitamente
juntos. A vida é um processo contínuo. Quanto mais dominarmos esse processo,
mais perto estaremos do objetivo de ter um supercérebro.
Um
pesquisador como Rudy, ao estudar a neuroplasticidade, maravilha-se com a
maneira como o cérebro cria novos caminhos. Mas o maior assombro é que a mente
pode criar
Matéria,
isso está de verdade ocorrendo no cérebro, e milhares de vezes por segundo.
Tanto a emoção que alguém sente ao ganhar na
loteria quanto o “descuidado deslumbramento” que o poeta Robert Browning sentia
com o canto de um melro são experiências que requerem do cérebro uma
representação física. O deslumbramento exige uma reação química, assim como
qualquer outro pensamento, sentimento ou sensação.
A neurociência demonstrou isso com segurança.
Queremos
levá-lo ao lugar onde reside o verdadeiro poder, onde o cérebro não
se acomoda em seu compartimento material, enquanto a mente flutua leve, acima.
A diferença entre eles é artificial e ilusória. Mente e cérebro estão fundidos,
e o ponto onde nasce o supercérebro está no mecanismo de comando que você pode
aprender a operar.
É
nas sutis regiões da consciência que reside o verdadeiro poder. Quando alguém recebe
um Oscar de melhor filme, geralmente exclama “É a realização de um sonho!”.
Sonhos são sutis, mas poderosos.
Sua visão pessoal coloca a vida em movimento.
Mas antes é preciso colocar o cérebro em movimento, depois vêm a ação, as
possibilidades, as oportunidades, o golpe de sorte e tudo o que é necessário para
que um sonho se torne realidade. Vamos chamar esse processo de “criação da realidade”.
Ele se desenrola continuamente, e, embora a
ciência preste atenção aos produtos do cérebro – sinapses, potenciais elétricos
e fatores neuroquímicos –, essas são expressões imperfeitas. A realidade começa
num nível muito mais sutil e invisível.
Como,
então, controlar a criação da realidade? Veja a seguir algumas regras do jogo.
As
regras da criação da realidade
•
Você não é o seu cérebro.
•
Você cria tudo o que sente e vê no mundo.
•
A percepção não é passiva. Você não recebe simplesmente uma realidade fixa.
Você
a molda.
•
O autoconhecimento muda a percepção.
•
Quanto mais consciente você for, maior será seu poder sobre a realidade.
•
A consciência tem o poder de transformar seu mundo.
•
Num nível sutil, sua mente se funde às forças criativas do universo.
Vamos
explicar essas regras passo a passo. Mas a criação da realidade é natural e fácil,
embora ao mesmo tempo esteja quase além da crença. Para criar uma estrela, o universo
vai ao mesmo lugar que você vai para imaginar uma figura com o olho da mente.
Cabe a você mostrar por que essa afirmação incrível é verdadeira.
VOCÊ
NÃO É O SEU CÉREBRO
O
primeiro princípio da criação da realidade é que você não é o seu cérebro. Já vimos
como isso é crucial para quem sofre de depressão (assim como para quem sofre de
qualquer outro transtorno de humor, como a ansiedade, tão comum quanto a depressão).
Quando alguém pega uma gripe, não importa
quanto esteja sofrendo, não diz “Sou gripado”. Dizemos “Estou gripado”. Mas a
linguística é diferente na depressão. Podemos, sim, dizer “Sou depressivo”, o
que significa que a pessoa se identifica com a doença.
Para
inúmeras pessoas que estão deprimidas ou ansiosas, a
expressão
“eu sou” se torna extremamente forte. O humor colore o mundo. Quando você se
identifica com o estado de depressão, o mundo reflete o que você sente.
Quando
você vê um limão, não pensa ”Eu sou verde”. O mesmo deveria ocorrer em relação
à depressão. A mente usa o cérebro para criar o verde da mesma forma que cria a
depressão. Existe uma íntima ligação no nível fisiológico, e, se você controla-la,
pode mudar qualquer coisa.
Se
o cérebro dominasse nossa identidade, faria sentido alguém dizer “Sou um limão
verde”, assim como diz “Sou deprimido”. Então, como saber a diferença?
Como
é que sabemos que não somos um limão verde, enquanto uma pessoa deprimida pode
se identificar tanto com a doença a ponto de cometer suicídio?
A
diferença é em parte emocional, mas a biologia tem o seu papel. O hipocampo
está intimamente ligado à amídala, que regula as lembranças emotivas e a reação
de medo.
Nos estudos de imagem, quando os sujeitos veem
um rosto assustador ao serem submetidos a uma ressonância magnética (o melhor
aparelho que mostra a atividade do cérebro em tempo real), a amídala se acende
como uma árvore de Natal.
A
reação de medo emana do cérebro racional, que leva um tempo para perceber que imagens
assustadoras não justificam essa sensação. Medos incontroláveis, que não têm
nenhuma causa real, podem gerar ansiedade e depressão crônicas.
Reações
biológicas podem contrabalançar esse efeito. Recentes estudos indicam que novas
células nervosas no hipocampo são capazes de inibir as emoções negativas
despertadas na amídala.
Atividades
capazes de aliviar o estresse, como praticar exercícios físicos ou aprender
coisas novas, provocam o surgimento de novas células nervosas, que, como vimos,
promovem a neuroplasticidade – novas sinapses e novos circuitos neurais.
A
neuroplasticidade pode regular o humor e prevenir a depressão. Portanto, o nascimento
de novas células nervosas no hipocampo adulto ajuda a superar desequilíbrios
neuroquímicos que provocam distúrbios de humor como a depressão.
Na
neurociência, essa é uma ideia nova, mas na vida real muita gente descobriu que
correr pode dissipar um estado de humor sombrio. Como um limão verde não pode
desencadear reações emocionais, enquanto a depressão pode, descobrimos uma importante
diferença no nível cerebral.
Alguns
estudos mostraram que antidepressivos como o Prozac podem funcionar pelo menos
parcialmente para aumentar a neurogênese (aparecimento de novas células
nervosas) no hipocampo.
Confirmando
essa ideia, camundongos que tomaram antidepressivos mostraram mudanças
positivas no comportamento, mudanças que podem ser impedidas de acontecer
bloqueando-se deliberadamente a neurogênese no hipocampo.
Um
leitor atento poderá observar que parecemos estar argumentando contra nós mesmos.
Se o Prozac faz alguém se sentir melhor, que mal faz tomar uma pílula para
provocar efeitos desejáveis ao cérebro? Antes de mais nada, as drogas não curam
distúrbios de humor, apenas os aliviam.
Quando o paciente deixa de tomar o antidepressivo
ou o tranquilizante, o transtorno retorna. Em segundo lugar, todas as drogas
têm efeitos colaterais.
Em terceiro lugar, os efeitos benéficos das
drogas se desgastam com o tempo, exigindo doses mais altas para obter o mesmo
benefício. (Com o tempo, pode não haver mais nenhum benefício.)
Finalmente,
estudos mostraram que os antidepressivos não são tão eficazes quanto alegam
seus fabricantes, e, nos casos mais comuns de depressão, a psicoterapia pode
alcançar os mesmos benefícios.
Nossa
cultura está viciada em ver nas pílulas uma solução
milagrosa,
mas na verdade encontrar um caminho para sair da depressão é uma atitude
curativa, enquanto as drogas não o são.
Quando
o cérebro muda, a realidade também muda. Pessoas deprimidas não vivem com humor
triste, mas num mundo triste. A luz do sol se tinge de cinza; as cores perdem
luminosidade. Mas aqueles que não têm distúrbios de humor permeiam o mundo de
energia. Um sinal de trânsito é vermelho porque o cérebro o torna vermelho,
enquanto uma pessoa daltônica vê o mesmo sinal como cinza.
O açúcar é doce porque o cérebro o faz doce,
mas quem perdeu as papilas gustativas não sente nenhuma doçura no açúcar.
Qualidades mais sutis também estão em ação.
Adicionamos
emoção ao gosto do açúcar se ele nos lembra que podemos ter predisposição ao
diabetes, da mesma forma que adicionamos emoção a um sinal vermelho se ele
evoca lembranças desagradáveis de um acidente automobilístico.
Aquilo
que é pessoal não pode ser separado dos “fatos” da vida cotidiana. Os fatos são, na verdade, pessoais. A parte radical é
que nada escapa ao processo de criação da
realidade.
Tudo
o que existe no mundo exterior existe porque você cria. Seu cérebro não é o criador,
mas uma ferramenta de tradução. O verdadeiro criador é a mente.
Não
é fácil se convencer de que você cria toda a realidade. Surgem dúvidas devido à
falta de conhecimento de como a mente interage com o mundo “lá de fora”.
Tudo
depende do sistema nervoso que está tendo a experiência. Como nós, humanos, não
temos asas, não temos a menor ideia de como é a experiência de um beija-flor.
Olhar pela janela de um avião não é o mesmo que voar. Um pássaro mergulha e se
equilibra no ar, olha em todas as direções e assim por diante.
O cérebro do beija-flor coordena a velocidade
da asa em até 80 batidas por segundo, e seu batimento cardíaco é de mais de
1000 pulsos por minuto. Um humano não pode viver essa experiência – em
essência, um beija-flor é um giroscópio vibrante equilibrado em meio a um
redemoinho de asas.
Se
consultar uma tabela de recordes mundiais de pássaros, você ficará surpreso. O
menor pássaro que existe, o beija-florabelha, de Cuba, pesa 1,8 grama , mas tem
praticamente a mesma fisiologia básica da maior ave do mundo, o avestruz
africano, que pesa cerca de 160 quilos.
Para
explorar a realidade, o sistema nervoso precisa monitorar a nova experiência e
controlar o resto do corpo. O sistema nervoso das aves explora a experiência no
horizonte distante do voo. As aves aquáticas, por exemplo, são programadas para
mergulhar. O pinguim-imperador chega a mergulhar a uma profundidade de 500 metros .
O mergulho mais veloz já medido pertence aos
falcões–peregrinos estudados na Alemanha – dependendo do ângulo do mergulho,
atingiram uma velocidade entre 250 e 340 quilômetros por
hora.
A
estrutura física das aves se adaptou para ultrapassar esses limites. Seu
sistema nervoso é a chave, e não suas asas ou seu coração.
Portanto, o cérebro das aves criou a realidade
do voo.
Esse
argumento pode ser estendido ao cérebro humano, porque nossa mente tem o livre-arbítrio,
enquanto a consciência de uma ave (até onde sabemos) funciona apenas por
instinto. Para os humanos, um imenso salto na criação da realidade é possível.
Mas,
primeiro, uma observação sobre algo pelo qual Deepak é especialmente apaixonado.
Não é correto dizer que o cérebro “cria” um pensamento, uma experiência ou uma
percepção, da mesma forma que não é correto dizer que um
rádio
cria Mozart.
O papel do cérebro é oferecer a estrutura
física para o pensamento, assim como os transístores de um rádio nos permitem
ouvir música.
Quando
vemos uma rosa, sentimos seu perfume e tocamos suas pétalas aveludadas, todos
os tipos de correlações ocorrem em nosso cérebro. Elas são visíveis num exame
de ressonância magnética, mas nosso cérebro não está vendo, cheirando ou tocando
a rosa.
Essas são experiências que só a pessoa pode
ter. Isso é essencial, porque nos faz maiores do que nosso cérebro.
Eis
um exemplo para mostrar a diferença: na década de 1930, um médico pioneiro em
cirurgias cerebrais, chamado Wilder Penfield, estimulou a área do cérebro
conhecida como “córtex motor” e descobriu que, aplicando uma minúscula carga
elétrica nele, provocava o movimento dos músculos.
(Uma pesquisa posterior expandiu essa
descoberta. Cargas elétricas aplicadas nos centros de memória podem fazer a
pessoa ter lembranças vívidas, e, se aplicadas aos centros emocionais, podem provocar
explosões de sentimentos.)
Penfield
percebeu, porém, que a distinção entre mente e cérebro era crucial. Como o
tecido cerebral não sente dor, a cirurgia de cérebro pode ser feita com o
paciente acordado. Penfield estimulou uma área do córtex motor, fazendo o braço
do paciente se elevar. Quando perguntou ao paciente o que tinha acontecido, ele
disse:
“Meu
braço se mexeu”. Então Penfield pediu que levantasse um braço. Quando lhe
perguntou o que tinha acontecido, o paciente disse: “Levantei meu braço”. Dessa
maneira simples e direta, Penfield mostrou algo que todo mundo sabia
instintivamente.
Existe
uma enorme diferença entre ter o braço levantado e levantá-lo por vontade
própria. A diferença reside na misteriosa lacuna entre mente e cérebro. Mover
um braço é uma ação da mente, enquanto o movimento involuntário é uma ação
desencadeada no cérebro – e não se trata da mesma coisa.
A
distinção pode parecer insignificante, mas no final será imensamente importante.
Por enquanto, lembre-se apenas de que você não é o seu cérebro.
A
mente, que dá ordens ao cérebro, é o único criador verdadeiro, assim como
Mozart é o verdadeiro criador da música que toca no rádio. Em vez de aceitar
passivamente qualquer coisa do mundo “lá de fora”, reivindique seu papel ativo
como criador.
Esse
é o começo para aprender a criar a realidade.
A
criatividade baseia-se em criar coisas novas. Pablo Picasso frequentemente colocava
dois olhos do mesmo lado do rosto, o que não guarda semelhança com a natureza
(a menos que estejamos falando de peixes como o linguado ou o halibute, cujos
girinos nascem com um olho de cada lado da cabeça mas, quando amadurecem, os
dois olhos ficam em um só lado).
Algumas
pessoas podem ter acusado Picasso de errar. Uma piada conta que uma professora
de escola primária levou seus alunos a um museu de arte moderna, parou diante
de uma pintura abstrata e disse: “Isso deveria ser um cavalo”. Do fundo do
grupo, um menininho perguntou:
“Então,
por que não é?”.
Mas
os pintores abstratos cometem “erros” para criar algo novo. Picasso via o rosto
humano de uma nova maneira. Como a percepção é infinitamente adaptável, se você
der a Picasso uma chance, vai permitir-se ver distorcido. Uma perturbação surge
e, de repente, você pode rir, tremer de nervoso ou apreciar o estilo abstrato.
A nova forma o estimula; você se torna parte
dela. O cérebro permite a qualquer pessoa criar coisas novas. Se o cérebro
fosse um computador, ele armazenaria informações, as classificaria de
diferentes maneiras e faria cálculos com extrema velocidade.
A
criatividade vai além disso. Ela transforma a matéria bruta da vida em algo inteiramente
novo, em algo nunca visto. Se você comer hambúrguer cinco dias seguidos, poderá
ficar enjoado, queixar-se e se perguntar por que a vida não muda.
Ou
poderá criar algo novo. Agora mesmo, neste exato momento, você está juntando as
partes de seu mundo como um quebra-cabeça, no qual cada peça está sob seu controle.
Criando
o novo
Como
transformar suas percepções
•
Assuma a responsabilidade por suas experiências.
•
Não acredite em reações imutáveis – suas ou de qualquer outra pessoa.
•
Confronte velhos condicionamentos. Eles podem levar a um comportamento inconsciente.
•
Tenha consciência de suas emoções e de onde elas nascem.
•
Reveja suas crenças fundamentais. Analise-as sob uma nova luz e descarte as que
o mantém paralisado.
•
Pergunte-se qual parte da realidade você está rejeitando.
Analise
livremente os pontos de vista das pessoas que o cercam. Respeite a opinião
delas.
•
Pratique a empatia de modo a experimentar o mundo pelos olhos dos outros.
Todos
esses pontos se baseiam na autoconsciência. Quando fazemos qualquer coisa –
tomamos o café da manhã, fazemos amor, pensamos sobre o universo, escrevemos
uma canção –, nossa mente pode estar em um dos três seguintes estados: inconsciente,
consciente ou autoconsciente.
Quando
estamos inconscientes, nossa mente está recebendo de forma passiva a corrente
constante de informações do mundo exterior, com reações mínimas e nenhuma
criatividade.
Quando estamos conscientes, prestamos atenção
a essa corrente de informações. Selecionamos, decidimos, classificamos,
processamos e assim por diante, escolhendo o que devemos aceitar ou rejeitar.
Quando
estamos autoconscientes, acessamos o que estamos fazendo e perguntamos “Como
isso é para mim?”. Em dado momento, os três estados coexistem. Não sabemos se
isso ocorre com criaturas como o beija-flor.
Quando
o coração dele acelera a mais de 1000 batimentos por minuto, será que está pensando
“Estou cansado”? Essa pergunta brota da autoconsciência. Estará ele pensando
“Meu coração bate muito, muito rápido”? Essa é uma afirmação de simples
consciência.
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