domingo, 13 de abril de 2014

Sonhos Lúcidos - Imagens e símbolos que curam



Sonhos lúcidos - Imagens e símbolos que curam...

Comunicamo-nos com a mente interior através de imagens e de símbolos, num processo que transita em ambas as direções: instruindo (passando dados) para nosso computador interno e também extraindo informações da mente interior sobre nossas crenças, por exemplo.


Denise havia vivenciado muitos relacionamentos complicados em sua vida. Resolvi conduzi-la através de uma viagem imaginária, tentando descobrir como ela lidava com seus problemas.

 Ela se viu andando a passos largos num caminho, sentindo-se alegre. Ao encontrar uma árvore caída, transformou-se em criança e viu-se rastejando, agitada e ferida, esforçando-se muito para ultrapassar esse obstáculo.

Após ter ultrapassado a árvore, ela cresceu de novo e andou novamente a passos largos e decidida, até que encontrou um corredor de arbustos espinhosos.

 Mais uma vez, ela se transformou em criança e atravessou seu caminho tomada de pânico. Nessa jornada interior, ela transformava-se em criança sempre que encontrava algum obstáculo.

Quando eu pedi que ela permanecesse adulta quando estivesse diante dos obstáculos, conseguiu lidar com calma e facilidade com todos eles. Como resultado da sessão de regressão, ela viu claramente que enfrentava seus problemas de vida ao nível da criança interior.

Pudemos então discutir maneiras pelas quais ela poderia abordar seus problemas como adulto, enfrentando-os com percepção e recursos amadurecidos.

Armazenados em nossas mentes, possuímos tesouros em termos de recursos, frequentemente subutilizados.

Algumas vezes, nem mesmo abrimos as portas de que dispomos. Como resultado de sua nova percepção das coisas, Denise se tornou mais calma e mais objetiva ao lidar com seus problemas.

 Obteve então acesso a muitos recursos interiores, que nem sonhava possuir. Para a consciência da Denise adulta, as mesmas coisas que se pareciam antes com enormes montanhas começaram a parecer-se com pequenas colinas.


Maureen tinha muitas dúvidas sobre a possibilidade de salvar seu casamento. Ela estava tão confusa que nada parecia claro.

Numa jornada interior, descendo um rio, pensou ver uma enorme árvore caída atravessada no rio. Essa cena assemelhava-se ao estado de seu casamento, perante o rio de sua vida. Ela tentou ver se ainda haviam raízes para sustentar a árvore, caso fosse levantada.

Sua confusão mental, que havia paralisado sua capacidade de ver claramente na vida, refletiu-se em sua jornada interior.

No início tudo estava muito nebuloso, impedindo a
visão das raízes da árvore. Pedi a ela que deixasse penetrar raios de sol naquele local, para limpar a névoa. Então apareceu outro obstáculo, bloqueando sua visão.

Nós o removemos. Ela disse que as raízes estavam muito distantes. Mesmo chegando perto ela se desculpava, dizendo que não conseguia enxergar com nitidez.

Tentamos muitos outros métodos, até que finalmente
ela se imaginou usando poderosos binóculos. Assim,
conseguiu ver claramente que ainda restava bastante
raiz para salvar a árvore.

Ela percebeu que precisaria de ajuda para levantar a árvore, o que obteve facilmente em sua imaginação. Com ajuda, logo conseguiu erguer a árvore e enraizá-la firmemente ao solo.

Seu computador interior estava revelando que, com trabalho e ajuda, ela poderia salvar seu casamento.

Sabendo que tinha possibilidade de salvar seu casamento, conseguiu reunir a coragem e o entusiasmo para começar o trabalho necessário.

O relacionamento de Ken com sua mulher estava desagradável e distante. Ele não sabia mais o que fazer.

Numa jornada interior, Ken viu que ele e sua mulher estavam andando em pistas opostas de uma estrada congestionada. Quando havia alguma oportunidade de
atravessar, nenhum dos dois o fazia, porque ambos esperavam que o outro tomasse a iniciativa.

Ele percebeu que algum deles precisava tomar a decisão. Como ele era o único a estar consciente, atravessou a estrada na primeira oportunidade. Sua esposa o recebeu de braços abertos e contente.

Então andaram de mãos dadas, atravessando caminhos bonitos e tranquilos.

Muitas pessoas andam literalmente pela vida do lado
oposto da estrada, em relação a seus companheiros. Somente o medo, que pode ser de. rejeição, de perda de poder ou de controle, impede que fiquem juntos e unidos.

A visualização de Ken lhe havia mostrado que precisava tomar a iniciativa para que sua mulher correspondesse.

Ele decidiu se interessar pelo trabalho dela, em vez de esperar que ela se interessasse pelo dele. Ao tornar-se realmente interessado no que ela fazia, a reação dela foi de ser mais calorosa e amigável. e assim começaram uma linda jornada por caminhos de paz e amor.

Lucy veio a mim porque estava muito gorda; e achava
que sua vida era caótica. Quando pedi que se visualizasse magra, ela sentiu dor de cabeça.

Perguntei quando ela havia sentido aquela dor a primeira vez, e ela se viu com quatorze anos, com sua cabeça sendo esmagada por um peso, de tal modo que seus olhos haviam ficado estrábicos e seu corpo deformado.

Ao remover esse peso da cabeça. seu corpo ficou ereto
e seus olhos se corrigiram. Ela dançou de alegria. Quando colocou o peso no chão, apareceu um porco espinho. Sugeri que ela lhe perguntasse o que ele representava. a dor", ela disse.

 Ela queria golpeá-lo. Quando tentou fazer isso os espinhos se tornaram macios, e apareceu uma enorme fileira de porcos-espinhos deformados. Eles representavam pessoas que ela conhecia, mas aleijadas, deformadas e distorcidas. Expliquei que eram todos perfeitos, mas que sua visão era distorcida.

Ela abriu seu coração, aceitando as pessoas exatamente como eram. Ao fazer isso, todas se transformaram em pessoas inteiras, sorridentes e bonitas. Ao aceitar-se exatamente como era, conseguiria curar-se.

Suas dores de cabeça refletiam o peso do julgamento que fazia de si mesma.

Tudo o que vemos na vida é modulado pela nossa percepção interior. A realidade é perfeita.

"Se vemos alguém ou alguma coisa como imperfeita,
a imperfeição está apenas dentro de nós. O Plano é perfeito. Mas nossa compreensão não é".

Martin contou-me que seu principal problema era deixar seu trabalho acumulado e fora de controle. Pedi
que ele visualizasse o que acontecia.

Ele se viu descendo vagarosamente um rio muito fundo. Logo apareceu uma pilha de escombros, obstruindo o percurso. Ele tentou dar a volta de todas as maneiras, mas finalmente percebeu que a única alternativa razoável era desobstruir o caminho.

Organizando metodicamente a tarefa, conseguiu limpar tudo com rapidez, para continuar seu caminho.
"Que estúpido", disse ele ao abrir os olhos. "Eu sabia disso o tempo todo. Gasto horas tentando evitar arrumar os papéis, mas no final preciso fazer isso de qualquer modo. Acontece a mesma coisa com tu do em minha vida".

Discutimos então como ele poderia se organizar melhor em sua vida. Ele foi para casa, sentou -se à escrivaninha e arrumou seus papéis. Então examinou metódica e honestamente a situação das pessoas que viviam às suas custas. Tomou algumas decisões. Examinou o modo como deixava as pessoas atravancarem sua vida emocional.

Deu alguns telefonemas e limpou sua agenda. Ele pertencia a vários tipos de associações e organizações, porque achava que isto estava certo. Escreveu cartas, desligando-se de várias delas.
"E uma coisa engraçada", disse ele na sessão seguinte. "Eu me sinto tão melhor que nunca mais fiquei constipado".

Não é de admirar. Ele estava enviando a si mesmo mensagens simbólicas, permitindo-se libertar em todos os níveis.

Pessoas que acumulam coisas tendem a acumular também elementos emocionais, armazenando tanto entulho que seus corpos reagem sob forma de armazenamento.

Se você sofre de constipação, arrume a bagunça dos seus armários, estantes, etc, desobstruindo sua vida
e seu corpo.

Quando nossa casa está suja, com as janelas imundas,
os quartos bagunçados e o jardim descuidado, estamos contando a todo mundo sobre nosso estado interior de negatividade e confusão.

Se por outro lado limpamos nossa casa, aparamos e embelezamos o jardim e o conservamos bonito, nossas mentes se iluminam e se esclarecem.

Houve um tempo em que eu fazia questão de conservar o jardim da frente sempre em ordem. Quando não dispunha de tempo para cuidar dos dois, o jardim dos fundos era negligenciado. Eu precisava apresentar uma fachada perfeita para o mundo, deixando abandonadas as partes não visíveis em mim.

Agora sinto-me bem, mesmo com algumas ervas daninhas à vista. Não preciso colocar toda a minha energia em parecer perfeita.

Estou mais disposta a me aceitar como sou. Assim tenho mais tempo para cultivar meu jardim interior.
Nossa mente interior traduz gestos simbólicos, ativando-os. Ao limpar as janelas, posso dizer a mim mesma que  minha visão está se tornando mais clara, e que  consigo saber com mais exatidão o caminho que preciso percorrer na vida.

Kit reclamava que não podia se livrar da desordem em sua vida. Ele apresentava ao mundo uma bela fachada, mesmo sentindo-se confuso.

Pedi que ele se imaginasse num jardim. Ele se viu num enorme jardim, inclinado e sem limites, recoberto de ervas daninhas e entulho. Trabalhou duro na imaginação para limpá-lo e criar um lugar bonito nessa encosta.

Quando o jardim estava limpo e bem cuidado, ele viu com desânimo uma horda de insetos, que espalhavam ervas e entulho por todo lado. Ao pedir-lhes para sair, eles responderam que o jardim não pertencia a ele.

Isto correspondia à sua crença de autodesvalorização. Num nível profundo, ele não acreditava ter direito a nada. Achava que na verdade não deveria estar na terra.

Eu lhe disse para aguentar firme, dizendo aos bichos que o jardim era seu por Direito Divino. Quando ele fez isso, todos os bichos sumiram.

Conscientizou-se de que tinha o direito de ficar em seu jardim bem cuidado e bonito. Percebeu que não precisava justificar sua existência, tendo direito de se descontrair e de harmonizar sua vida. Depois daquele momento, toda vez em que limpava o jardim recordava e reforçava essa verdade.

A maneira através da qual nos relacionamos com a comida simboliza como nos permitimos ser alimentados. A comida representa nutrição, tanto emocional e espiritual quanto física.

Ao ingerirmos uma comida preparada com má vontade
e mal apresentada, ou enquanto vemos algum filme violento ou enquanto brigamos com a família, estamos absorvendo ressentimentos, raiva, violência ou angústia.

Não é surpreendente que muitas pessoas apresentem problemas digestivos ou emocionais, pois seus alimentos não contêm amor. As emoções ácidas tornam ácidos os estômagos.

Em uma família onde a comida é preparada e cozida com amor e cuidado, as pessoas absorvem esses sentimentos.

 Quando todos se sentam juntos por alguns momentos antes de comer, suas ondas cerebrais sincronizadas e harmoniosas permitem tanto o fluxo dos sucos digestivos quanto a preparação do corpo, da mente e do espírito para receber tal alimento.

Se a refeição é acompanhada de conversa agradável ou boa música, o alimento é absorvido em paz e bem digerido. A família fica alimentada de todos os modos.

Precisamos observar não só o que comemos, mas como comemos. Nossas mentes têm arquivadas toda a sabedoria e informações de que precisamos para responder aos dilemas da vida. Quando aprendemos a ouvir nossa voz interior, as respostas certas nos são constantemente apresentadas.

Sara não sabia o que fazer quanto a seu relacionamento. Sentia que seu namorado se esquivava dela. Pedi a ela que respirasse profundamente e relaxasse, visualizando-se sentada sob uma árvore no campo, para ver o que acontecia. Ela relaxou imediatamente, e em seguida viu sua avó aparecer. Sua avó trazia um espelho, que segurava diante de Sara. Ao olhar para o espelho, viu-se com o namorado, ambos vestidos com roupas de casamento.
"Isto deve ser sua inspiração quando você fica em dúvidas", disse a velha senhora. "Neste momento ele precisa de seu amor e compreensão, mas não necessariamente a quer. Ele se sente sufocado, com você construindo sua vida ao redor dele. Procure alguns interesses próprios".

Seus amigos a haviam aconselhado da mesma forma, mas ela não os ouvia, até que sua mente interior transmitiu a mesma mensagem com muita clareza.

Judith estava casada e feliz. Era uma executiva muito prestigiada, que adorava seu trabalho. Mas ela não sabia se devia ter filhos. Não queria destruir sua carreira, mas tinha que tomar essa decisão antes que fosse tarde demais.

Pedi que se imaginasse numa colina, vendo embaixo o caminho rumo à sua vida. Ela percorreu o trajeto até chegar ao tempo presente, onde o caminho se bifurcava.

Resolveu prosseguir pelo lado direito. Mais adiante, no topo de uma colina, havia um resplandecente castelo
como os da Disneylandia, mas o caminho que levava até ele passava por árvores escuras e assustadoras.

Pedi que uma sábia mulher a acompanhasse, e elas seguiram juntas rumo ao castelo. Em frente ao castelo havia um belíssimo príncipe num cavalo branco. Judith reconheceu o príncipe como seu marido, e percebeu que também estava por perto, mas separada dele.

Sugeri que ela examinasse o interior do castelo. Ela tremeu, dizendo que tudo parecia gelado e cheio de ouro empilhado.

Resolveu voltar, e tomou o lado esquerdo do caminho,
que percorreu acompanhada da mulher sábia. Este caminho levava a uma belíssima cachoeira e a uma caverna, cujo interior era espaçoso, aquecido e confortável.

Judith disse: "A mulher sábia está me mostrando a
foto de um bebê. Ela diz que eu posso tê-lo, se quiser.
Depende do que eu escolher. Ela está assinalando que a caverna é aquecida e confortável".

Judith estava muito pensativa ao abrir os olhos. Sabia
que precisava discutir muitas coisas com seu marido.

Em nossas vidas, muitas vezes chegamos a alguma bifurcação e precisamos tomar decisões. Examinando nosso interior, podemos nos ajudar a fazer a melhor escolha.

Judith me escreveu alguns meses depois, contando que após nossa sessão havia decidido ter um filho, e que já estava grávida. Acrescentou que tanto ela quanto seu marido estavam muito felizes, e que não entendia como tinham demorado tanto para tomar essa decisão.

Beleza é harmonia. Quando nos cercamos com objetos, quadros e jardins bonitos, estamos fazendo uma declaração simbólica sobre nossa beleza interior.

As coisas belas harmonizam tanto nossos pensamentos quanto nossas vidas. Tudo o que nos rodeia simboliza nosso interior. Nosso carro, nossa casa, nosso jardim, nossos animais de estimação, nossos amigos, todos refletem partes de nós.


Ao descrever qualquer aspecto deles, estamos descrevendo também aspectos de nós mesmos."

Pesquisado por Dharmadhannya.

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