sábado, 17 de maio de 2014

Dons da Auto-estima









A autoestima está relacionada com a convicção  que somos abençoados por Deus – “a vida gosta de quem gosta dela”.

Num nível mais metafísico, um homem escreveu que, quando era adolescente, havia perdido o rumo de sua vida. Vivia num lar destruído e não tinha ninguém  para cuidar dele. Um dia, depois da escola, foi para a casa de um amigo, esperando que o convidassem para jantar, porque sabia que não teria comida esperando por ele em casa.

 “Esta família me convidou para jantar, ato pelo qual me senti profundamente agradecido. Mas o que realmente mudou minha vida foi que esta foi a primeira vez que vi uma família reunida rezando antes de comer. Eu não sabia como fazer isso, então eu apenas cruzei as mãos e fiquei com a cabeça baixa. Então, o pai do meu amigo disse:

“— Obrigado, Deus, por ter trazido Billy para nossa mesa e para junto de nossa família. Fazei com que ele saiba que nos sentiremos muito gratos se ele vier jantar conosco tantas vezes quantas quiser.


“Eu comecei a chorar. Nunca tinha me sentido tão respeitado. Senti uma força tocar meu estômago, que acredito ter sido a bênção divina, porque, a partir de então, passei a valorizar minha própria vida.”

Quando nossa família não nos valoriza e somos abandonados perdemos nossa referência com a vida, com o mundo. Nosso terceiro chakra fica abalado e perdemos a nossa autoestima, e “se ninguém me ama, a vida não me ama, não mereço ser feliz” - vivemos com a sensação de não merecer a Graça e nos concentramos na carência...

O terceiro chakra é o centro de energia do “EU” — do ser. É o centro do ego, a área de poder da sua intuição instintiva de sobrevivência. Apoiamo-nos mais neste centro de energia do que em qualquer outro dos seis chakras.

 Nossas percepções neste campo de energia oscilam entre a sensação de “como pertencemos” — as percepções tribais do primeiro chakra — e as trocas de relacionamento do segundo chakra — “a quem pertencemos” —, nosso sentido de identidade pessoal e individual. O terceiro chakra busca o reconhecimento do outro, e constrói sua identidade no mundo no espelho do outro.

Más a capacidade de construir a auto-estima de alguém, uma ação específica da energia do terceiro chakra, é menos visível e normalmente mais pessoal. Ajudar a estabelecer uma moradia cria uma troca do nosso tempo e da nossa energia, mas reconhecer alguém e ser reconhecido é mais transformador e poderá requerer muito mais energia.
“Não procure se beneficiar sozinho, mas pense também nas outras pessoas. Se tiver em abundância, não diga: “Os outros não me interessam, não preciso me preocupar com eles!" Se tiver sorte na vida, reparta com os outros.
Melhor, mostre-lhes os lugares onde há frutos em abundância. Se quiser tomar tudo para si, os outros se afastarão e ninguém irá fazer-lhe companhia. Se um dia adoecer, ninguém virá visitá-lo, porque, por sua vez, não se preocupou com os outros antes. Dê algo às outras pessoas também. Deus não gosta de pessoas que agem de forma egoísta”.

A certeza de que nossas percepções são precisas tem de vir de nós mesmos e não dos outros. A intuição não é o resultado de uma dieta, de rituais ou de sinos de vento. É a consequência natural da autoestima, o maior poder que temos. Com a autoestima, nossa vida pode se tornar uma aventura, porque sabemos dentro de nós que conseguiremos enfrentar o desconhecido. E poderemos enfrentar ajudando os outros sem medo, o que é a verdadeira libertação.

Poderemos ver a casa que ajudamos a construir, mas não po­deremos pesar ou medir a influência que exercemos sobre alguém ao aumentar sua auto-estima. Pode-se dizer, por exemplo: “Eu coloquei aquela janela na face sul da sala”, mas não poderemos justificar uma declaração como “Eu o ajudei a se tornar alguém na vida”.

Nosso ego deseja ser reconhecido por qualquer ajuda que prestamos e poderá influenciar como e quando decidimos ajudar, e se pedimos reconhecimento pelo que fizemos, ou se nos contentamos em permanecer anônimos.

Por outro lado, conheci uma pessoa em uma das minhas oficinas que era bastante consciente e direta sobre o que poderia ou não poderia dar. Ela dizia: “Sou péssima voluntária, porque preciso dar ordens, e voluntários não galgam postos de comando como eu gostaria.

 E, devo admitir, preciso de reconhecimento em relação ao que eu faço, porque o meu trabalho é bom.”

 A resposta dela, a propósito, não indica que ela não tenha um espírito generoso, mas que sabe dizer: “Chega”. As pessoas se queimam constantemente, porque não conseguem sentir compaixão, empatia, sentem impulsos para salvar os outros — e por vezes de tentar controlá-los.

Encontrar o equilíbrio em nossa ânsia de reconhecimento e nosso impulso generoso — e anônimo — é uma missão importante do nosso terceiro centro de energia.
Não há excesso na caridade.Sir Francis Bacon.

 A Bondade é a Bondade da Natureza
A generosidade não é um modo de vida, mas o modo de vida. Como Buda disse: “Pode-se fazer muitas guirlandas de um monte de flores. Muitas boas ações devem ser feitas por um ser mortal.”

 Muitos dos grandes mestres espirituais encorajam as pessoas a dar incondicionalmente — fazer o bem pelo bem.

 Muito antes de chegarmos a ser capazes de criar atos de poder invisível, mais elevados, temos de criar atos visíveis. Precisamos sentir prazer em ajudar alguém a se curar ou em criar surpresas maravilhosas para outras pessoas. Esses são os modos pelos quais descobrimos o encanto de dar, bem como a dádiva de receber.

Muitas pessoas compartilharam exemplos pessoais de presentes palpáveis de doadores anônimos. Uma mulher recebeu uma série de presentes de Natal deixados por um estranho à sua porta por 24 dias consecutivos; outra descobriu que um motorista à sua frente, em uma fila de carros, pagara seu pedágio.

 Nestas e em outras experiências de benfeitores anônimos, os recebedores disseram que por causa disso se sentiram em estado de graça e renovaram sua crença no poder da bondade alheia. Esses simples presentes físicos produziam efeitos transformadores de vida.

A consciência do terceiro chakra
O homem superior, quando repousa em segurança, não se esquece de que o perigo poderá surgir. Quando está em segurança, ele não se esquece da possibilidade de ruína. Quando tudo está em ordem, ele não se esquece que a desordem pode se instalar. Assim, esta pessoa não corre perigo, e seus Estados e todos os seus clãs são preservados. Confúcio

Em hindu, a denominação para este terceiro centro de energia significa “cidade da pedra brilhante”, uma metáfora para a beleza da auto-estima. De fato, o lema deste chakra poderia ser “respeite a si mesmo”. O sacramento cristão da crisma e o bar mitzvah judaico representam a energia deste chakra.

 Quando confirmamos nossa fé, incorporamos a Graça de Deus, aceitamos  conscientemente o poder e a maturidade do nosso ser individual. Declaramos nossa intenção de sermos membros conscientes da comunidade.

Este chakra também contém o poder da perseverança, a capacidade de resistir e de aceitar aquilo que o universo nos oferece ao longo de nossas vidas e ajudar os outros a suportar o que eles não podem mudar. No nível do primeiro chakra, aceitamos as circunstâncias do nosso nascimento, de nossa tribo e de nossa família - o pacote de vida que recebemos.

 Nesse terceiro chakra, aprendemos a aceitar o ser que somos — aparência, inteligência, capacidades —, características que compreendem o lado pessoal em oposição ao ego tribal, e as responsabilidades individuais que nos são apresentadas ao longo dos caminhos que seguimos na vida. Confirmamos e afirmamos quem somos.

A palavra-chave para o terceiro chakra é “eu”, uma pequena palavra em torno da qual construímos nosso mundo. A energia do eu pode ser usada de várias maneiras
- de “egoísta” a “autônomo” e “autoconfiante”.
 O eu reúne nossa persona externa e pública, e o interior da alma. Nossa missão espiritual é aprender a administrar esta energia complexa e nos movermos da “autoconsciência” para “consciência do eu”, de forma a conseguir colocar nosso ego e nosso espírito em equilíbrio; trans­formamo-nos em quem somos.

O terceiro chakra é o centro do nosso instinto, o nome mais familiar para o instinto de sobrevivência. Aqui podemos sentir fisicamente a orientação intuitiva pessoal. Nunca vi ninguém apontar para seu primeiro chakra ao expressar senti­mentos, mas, em geral, colocamos a mão sobre nosso plexo solar quando dizemos coisas como: “Senti a intuição de que eu deveria mudar de casa”, ou “Soube ime­diatamente que eu poderia confiar nessa pessoa, porque me senti seguro”.

 Nossa mente racional normalmente se choca com as ordens intuitivas do nosso terceiro chakra. A lógica pode nos dizer, por exemplo, que dar carona é perigoso, mas nossa intuição pode nos apontar com segurança que “precisamos” parar e que estaremos seguros.

 Muitos dos arrependimentos que as pessoas expressam em suas mensagens refletem exatamente esta luta entre as ordens frias e medrosas, comuns da nossa mente racional, e as indicações mais suaves, que emergem da nossa intuição.

As lições do nosso terceiro chakra, em geral, estão ligadas à auto-estima. Neste nível de maturidade espiritual, aprendemos a ouvir nosso eu interior acima das fortes influências do nosso meio externo, incluindo a família, os amigos e as pessoas do nosso ambiente social e profissional.

“Quando souberes quem és, nada te deterá”. Stedman Graham
Praticar um ato de caridade invisível para si mesmo é imensamente descon­fortável para as pessoas que estão habituadas a cuidar fisicamente de outras,  especialmente mães, donas de casa, filhos adultos com pais idosos ou doentes, e profissionais da área da saúde.

 Muitos se sacrificam por outros, exaurindo-se, can­sando-se ou adoecendo antes de aceitar a necessidade de cuidar de si mesmos e de fazer escolhas que possam salvá-los individualmente, como sair de um casamento mal sucedido ou escolher seguir uma tradição espiritual diferente.

Esperam reconhecimento do outro mas não sabem reconhecer o seu valor, a sua força e as suas qualidades e virtudes.
 Embora para evoluir para uma maturidade espiritual tenhamos de nos tornar conscientes em relação a quem somos e do que precisamos tanto espiritual quanto fisicamente, devemos unir a auto-estima e a intuição para usar nosso poder.

A maturidade envolve  a troca equilibrada, a empatia, a compaixão.
Para amadurecer até um ponto de onde podemos agir de modo “invisível”, passamos por importantes confrontações com o eu e nossas motivações pessoais. 

Em geral, em minhas oficinas lanço a pergunta:
                 Quantos de vocês reconhecem que agem em muitos aspectos de suas vidas e em seus relacionamentos como salvador ou servidor?
As mãos se levantam rapidamente com expressões confusas, que indicam sen­sação de dor, rejeição e falta de reconhecimento. 
Uma mulher comentou:
                 Quando vou finalmente aprender a não dar tudo a um homem que se im­porta tão pouco comigo? Estou cansada dos homens não reconhecerem o quanto faço por eles.
Homens e mulheres sentem a mesma angústia, é evidente, como consequência de se esforçarem tanto pelos outros. Como esta mulher aponta de forma tão con­tundente, dar pelos motivos errados é emocional e fisicamente exaustivo — e não faz bem a ninguém. Desenvolver o poder pessoal inclui aprender a não negociar seu valor pessoal por causa de alguém ou se vender barato por causa de trabalho.

Você fica esperando o reconhecimento do outro, para sentir o seu valor no mundo, e normalmente espera de um egoísta, ingrato e oportunista.
Após um dos meus seminários, quando mencionei a importância do auto respeito ao ser capaz de ajudar alguém, uma mulher se aproximou de mim e disse:
                 Sei do que você está falando. Sou modelo e trabalho num ramo compe­titivo. Havia uma garota que se juntou a nós durante uma sessão de fotos. Ela era belíssima, de uma beleza impactante. Estava muito nervosa e me perguntou se determinada roupa lhe ficara bem.
                  Estava estonteante, mas eu não consegui dizer isso a ela. Em vez disso, disse que a roupa não lhe assentava bem. Ela se sentiu arrasada. Imediatamente eu me senti culpada de fazê-la se sentir tão mal em relação a si mesma, embora não conseguisse fazer nada para reparar o mal que havia causado. Simplesmente eu não tinha um ego forte o suficiente para fazer isso por ela.”

O antigo filósofo grego Epíteto escreveu: “O universo não passa de uma grande cidade, cheia de pessoas que amamos, divinas e humanas por natureza, que se amam reciprocamente.”
Preocupar-se com os outros é uma obrigação cósmica compar­tilhada por todos. Cada um de nós é um fragmento de uma alma coletiva e somos convocados a nos ajudarmos mutuamente e a vivermos com uma consciência de compaixão por toda a humanidade.

Se dar e receber fosse simples, as pessoas não sofreriam de ansiedade, culpa e preocupação em relação a esses gestos. Como a mulher que citei anteriormente que se sentia preterida apesar de seus esforços como voluntária, todos devemos encarar o desafio de aprender a oferecer nossos serviços e deixar de lado o desejo de sermos reconhecidos.

Uma mulher resumiu as emoções de muitos: “Não é que eu esperasse que me agradecessem, mas certamente teria sido bom se tivessem me agradecido em algum momento.”
Verdade, mas temos de pôr de lado nossas condições e nossos desejos na estrada do serviço impessoal e espiritual. Temos a tarefa de infundir nossa ação com toda a fé e crença em nossa bondade e deixar que o universo faça seu trabalho invisível.

Entre as inúmeras mensagens que se referiam a presentes incondicionais, a de Ruth H. é uma das mais adoráveis: “Prestar serviço aos outros faz parte do modo como fui criada. Não que tivessem me obrigado a fazê-lo; foi um exemplo dado pelos meus pais, líderes escoteiros, voluntários em centros de atendimento de traumas, ajudando a vizinhos e colegas de trabalho.

 Por causa das histórias que meu pai costumava contar, sei que foi criado desta maneira também. Meu avô foi policial durante o período da Depressão, mas também tinha uma pequena fazenda. Com oito filhos, a fazenda era uma necessidade. Todo sábado de manhã, meu pai e seu irmão mais velho puxavam uma carroça pela estrada e deixavam ovos e legumes para os que não tinham o que comer.
 Sem estardalhaços, nem sequer uma batida na porta. A comida era apenas colocada na soleira da entrada. Recentemente, fiz um curso de liderança de prestadores de serviços. Tenho tentado aplicar os prin­cípios no trabalho desde então, perguntando-me em momentos difíceis:

‘Qual é a melhor coisa que posso fazer em relação a esta situação?’ Sinto-me motivada por um desejo de aliviar o peso das outras pessoas e fazer com que saibam que não estão lutando sozinhas.”
 Vivemos muitas vezes o dilema espiritual de como devemos aprender a amar a nós mes­mos — outro modo de dizer que devemos desenvolver nossa auto-estima — antes de verdadeiramente nos darmos de modo aberto ou anonimamente aos outros.
 Ele descreve, magnificamente, o desafio de descobrir que nos importarmos com nós mesmos tanto quanto nos importamos com os outros também é um modo de servir a eles. De fato, no fundo, não podemos nos importar realmente com alguém — incondicionalmente — a menos que nos sintamos no mesmo nível de igualdade e amor.

“Não podemos amar a nós mesmos a menos que amemos os outros, e não podemos amar os outros a menos que amemos a nós mesmos. Mas o amor egoísta por nós mesmos nos torna incapazes de amar os outros. A dificul­dade deste mandamento está no paradoxo em dizer que devemos amar a nós mesmos altruisticamente, porque até mesmo o amor por nós mesmos é algo que devemos aos outros.

O que significa amar a nós mesmos corretamente? Significa, antes de tudo, desejar viver, aceitando a vida como um grande presente e um grande bem, não por causa do que nos dá, mas por causa do que nos permite dar aos outros.

Mas se vivermos para os outros, descobriremos gradativamente que ninguém espera que sejamos “como deuses”. Descobriremos que somos humanos, como todo mundo, que temos fraquezas e defeitos, e que essas nossas limi­tações desempenham um papel muito importante em nossas vidas.

É por causa delas que precisamos dos outros e os outros precisam de nós. Não temos as mesmas fraquezas, e assim suplementamo-nos e completamo-nos, cada um oferecendo o que o outro não tem.

Apenas quando nos vemos em nosso verdadeiro contexto humano, como parte de uma raça que deve pretender ser um único organismo e “um corpo”, começaremos a entender a importância positiva não apenas dos sucessos, mas dos fracassos e dos acidentes em nossas vidas.

Apesar de nunca ter encontrado alguém que tivesse uma doença terminal por excesso de doação de si mesmo, muitas pessoas sofrem de raiva, ressentimento e ciúme quando seus esforços passam despercebidos.

Os estresses do terceiro chakra são imediatamente palpáveis; não há nada sutil em relação às respostas de um ego ferido e rejeitado. Nosso plexo solar é uma área de energia extremamente sensível, elevada ao quadrado, porque também é o centro da nossa intuição de sobrevivência.

Podemos perder energia ao nos darmos em demasia ou pelos mo­tivos errados. Sintomas como depressão, exaustão emocional, ou dores crônicas podem surgir como resultado de fadiga de alguém que atua como salvador da pátria. Tornar-se consciente de si mesmo, de quem somos, e do que podemos e não podemos fazer, é uma das tarefas importantes da maturidade espiritual e da saga do herói.

A bênção de si mesmo
Costumamos não acreditar em nós mesmos, até alguém nos revelar que den­tro de nós existe algo valioso, digno de ser ouvido, digno de nossa confiança, sagrado, para ser tocado. Uma vez que acreditemos em nós mesmos, pode­remos arriscar nossa curiosidade, o deslumbramento, o prazer espontâneo ou qualquer experiência que revele o espírito humano.

Dar à luz ao próprio ser é uma luta arquetípica pela qual cada um deve passar. Devemos seguir sozinhos em nossa própria saga do herói para descobrirmos nossas fontes espirituais individuais. Mas, por vezes, precisamos de inspiração e apoio — especialmente no começo de nossa jornada. Em muitas das mensagens que recebi, pessoas escreveram sobre as experiências do terceiro chakra em que se sentiram reconhecidas.

 Algumas dessas experiências ocorreram há muitos anos e, mesmo assim, seus efeitos curativos e transformadores continuavam sendo pro­fundos. Essas mensagens são belíssimos testemunhos do quão pouco é necessário para reconhecer o espírito de outra pessoa.

Lisa M. co.ntoçi: “Minha parceira de quarto é uma ‘princesa’ completa e assumi­da. Se ela precisa de alguma coisa, em geral sou eu que tenho de providenciar. Ela é distraída, autocentrada, e esquece tudo o que acontece em minha vida. Mas eu a amo de coração e é minha melhor amiga. E, quando realmente preciso, ela está sempre à minha disposição. No começo do ano, eu estava muito triste e deprimida
por ter terminado um relacionamento. Eu tinha colocado todas as minhas coisas num guarda-móveis e estava morando com minha amiga até decidir o que fazer. Foi o pior inverno de todos os tempos, com toneladas de neve por toda a parte.

Eu tinha sete rodinhos de neve, mas estavam todos no guarda-móveis e estava deprimida demais para ir buscar um. Usava os braços para tirar a neve do carro. Então, certo dia, quando estava muito deprimida, saí para pegar o carro e a neve tinha sumido — inteiramente.

 Foi a princesa! Todos os dias, ela limpava meu carro antes de eu sair para o trabalho. Esse sentimento teve um efeito milagroso e estranho ao mesmo tempo sobre mim. Ela me convenceu a consultar o analista dela e a passar a tomar antidepressivos.

 Bem, eu fui. Não precisei tomar remédios — este terapeuta me deu algo simples, um modo de olhar para as coisas que alterou completamente como eu me sentia em relação a mim mesma e à minha situação.

Eu ria, chamando-a de Princesa Marilyn das Neves, ao que ela me respondeu: ‘Bem, quando você voltar a encontrar neve em cima do seu carro pela manhã, é possível que você já esteja melhor. E com certeza, à medida que as semanas passavam, a princesa simplesmente deixou o rodinho de neve no carro, depois deixou-o encostado e depois o guardou. Eu estava curada. Esta foi a melhor coisa que alguém já fez por mim.”

Às vezes, reconhecer a força de outra pessoa exige um tipo de amor mais duro. Quando o desejo de ajudar é autêntico, escolhas difíceis servem tanto para quem dá quanto para quem recebe, como Cris descreveu sucintamente em sua men­sagem: “Quando tinha vinte e poucos anos, e estava vivendo outro relacionamento com um homem irascível, me vi — novamente — atormentada e ligando para minha amiga mais íntima e, sem dúvida, a mais sábia, Lina.

Ela sempre me consolou. Desta vez, ela disse: ‘Estou ocupada. Tenho muita coisa para fazer. Estou sem tempo para ajudá-la’. Ela levantara uma barreira. Chorei muito naquela noite. Onde estavam as respostas? Onde estava o conselho de que eu precisava?

Hoje me sinto um tanto ridícula em relação a toda a história sobre aquele homem. As respostas sobre quem eu era e o consolo de que eu precisava estavam dentro de mim. Lina não poderia ter demonstrado mais amor por mim de nenhum outro modo. Foi o maior empurrão que já recebi para aprender como ouvir e compreender a mim mesma.”

Deixe-me acrescentar que os homens, certamente, não foram poupados de dar além da conta, pelas razões erradas, para as mulheres erradas. Este é um compor­tamento comum que vem do medo de ficar sozinho — um medo central do nosso terceiro chakra.

 Outro duro presente de amor é narrado nesta mensagem de Kath, uma enfermeira, que diz: “Eu estava passando o momento mais depressivo de minha vida. Meu casamento de dezessete anos havia terminado, meu filho de dezessete anos havia morrido num desastre de carro, e eu estava a ponto de ser demitida.

Fui chamada a comparecer no escritório da diretora da enfermaria. Ela não tinha nenhum motivo para me apoiar ou fazer qualquer outra coisa senão me demitir. Eu merecia ser demitida e poderia ter perdido a minha licença de enfermagem naquele dia, que, no meu ponto de vista, acabaria de completar meu fracasse como ser humano.

Foram apresentadas todas as provas contra mim e eu não tinha como me defender. Eu me sentia culpada, totalmente humilhada, e sentia quiehavia falhado em minha profissão e para mim mesma. Ela me lançou um olha de compaixão e disse:

“— Kath, vou acreditar em você até o dia em que você passar a acredita em si mesma.
“Ela me deixou continuar no emprego. Ela me deu apoio e recursos. Ela se transformou em minha mentora e amiga. Nunca compreendi como, ou por quê, ou o que a motivou naquele dia, mas acredito que, naquele momento, ela mudou meu caminho. Ela me colocou de volta na direção para acreditar em mim mesma.”

Ninguém consegue desprezá-lo sem seu consentimento. Eleanor Roosevelt
Depois de ler todas as doces histórias que me mandaram, jamais acredita que nada possa ser feito. Há sempre algo que podemos fazer por outra pessoa abandonarmos a ideia fixa de que tamanho, quantidade e resultado determinai valor do que temos para dar à outra pessoa.

 Isto é bem verdade, eu acredito, que do decorre de aumentar a auto-estima de alguém. Curar as feridas emocionai; alguém pode exigir anos de esforços e conselhos psicológicos, muito embora uma simples gentileza possa surtir mais efeito sobre o bem-estar de uma pessoa do meses e meses de terapia.

Talvez seja porque as interações entre as pessoas sua fonte de poder. A experiência descrita nesta mensagem é crítica para o terceiro chakra: segurança pessoal e auto-estima.

“Eu  me curo curando você.” A maturidade emocional está relacionada com o altruísmo, desapego e imaturidade com o egoísmo e a carência.

Marie L. escreveu: “Há nove anos, eu estava trabalhando em uma loja alimentos naturais e estudando administração e medicina natural. Uma das minhas clientes entrou e me entregou um envelope grande, e disse que alguém que havia pedido que o entregasse a mim.

Eu, evidentemente, não estava ganhando muito dinheiro e dependia de uma bolsa de estudos para pagar minhas contas. A mulher me entregou o envelope e saiu em seguida.

 Eu o abri e dentro havia um belo cartão me dizendo que eu estava me saindo muito bem. Era claro que eu estava aproveitando meus estudos, que eu tinha muito a oferecer e que a ajudara em inúmeras ocasiões.

 Ela escreveu dizendo que sentia orgulho de mim e queria  que eu soubesse que todo o meu empenho não passava despercebido. Na época, eu realmente precisava saber disso. Dentro do envelope com o cartão estava uma nota de cem dólares novinha. Eu fiquei chocada. Eu estava apenas fazendo o que  eu sei fazer e sendo eu mesma, mas o efeito de seu elogio foi muito maior do que as conseguem expressar. Foi o impulso de que meu ego, minha mente e meu coração precisavam.”
Postado por DharmaDhannya


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