A GULA – No eneagrama corresponde ao ENEATIPO VII:
A gula está
relacionada com uma fome insaciável, com a ingratidão, com o egoísmo. Aquele
que não conhece a gratidão não reconhece o que tem, “está” faminto, carente e
precisa se alimentar daquilo que carece, tem fome de felicidade. A criança é estimulada a comer para crescer e ficar forte, é ensinada a comer sem fome, sem horário e quando engorda, sente que está mais forte e poderoso do que os outros. Dharmadhannya
Maitri diz que a gula tem uma qualidade oral, bucal. No sentido
rotineiro, a palavra gula significa a ingestão demasiada de alimentos; mas, no
caso do no eneagrama, esse exagero não se restringe ao comer.
Pode ter ele um apetite voraz por
ideias, histórias, livros, drogas, comida, bebida ou qualquer outra coisa que o
faça sentir-se bem. Também pode ser um apetite de atenção, uma vez que, para
alguns, essa é uma coisa que os deixa “nas nuvens”.
Quando a pessoa pratica o trabalho espiritual, sua gula pode ser uma
gula de experiências contemplativas e estados místicos, de novas e diferentes
impressões da Verdadeira Natureza.
A gula é, na verdade, um apego ao consumo. É a necessidade de estar
constantemente ingerindo alguma coisa, mastigando e sentindo o gosto das
coisas, mas não necessariamente digerindo-as.
A falta de estímulos provoca ansiedade
essa que é um sinal de que sua fome interior está ameaçando chegar à tona da
consciência. Por trás da fome estão a dor e a angustia da árida esterilidade
interior, a sensação de deficiências vazia no âmago de sua personalidade.