A liberdade e o talento da Águia.
Eu fiz alguns comentários com a letra azul
Ensina-nos a Teologia
que o homem sem Deus não é nada e é isso uma grande verdade. Mas Deus ou o Puro
e Infinito Espírito do Bem encontra-se em toda parte e nós já possuímos o
glorioso poder, por enquanto menosprezado e desconhecido,
- de atrair para nós os elementos dessa
divindade, tomando-a carne de nossa carne e espírito do nosso espírito. Deus,
ou antes, o Espírito Infinito do Bem, age em nós por nosso próprio intermédio.
Todos
somos partes de Deus e, a harmonia interior nos ilumina a consciência com a Luz
da Presença Divina e como tais, incessantemente glorificamos a Deus, à medida
que formos adquirindo mentalmente planos superiores de consciência.
Assim,
vamos cotidianamente incorporando uma porção da sua divindade e absorvendo
maior quantidade de elementos para a ação, tendo, porém, bem firme em nossa
mente a ideia de que já hoje possuímos muito maior poder do que ontem e que
amanhã o possuiremos em maior grau e vamos seguindo em frente com a inteligência, intuição e pura vontade de Deus.
Eu e o Pai somos UM-a
só consciência.
O
silencio da meditação, da mente, a harmonia nos leva a sentir a Presença
Divina em nosso coração e então mergulhados na Paz, nada e nem ninguém poderá
nos vencer, nos atacar, invadir - a Paz é a essência da Luz de Deus. Aquieta a
tua mente no centro da Paz, e a Força da Luz da Unidade irá te abençoar com a
Luz de milhões de Almas ou Mônadas...
O poder e o talento
são duas coisas que só crescem no meio da mais profunda calma, e harmonia e do
mais absoluto repouso.
A solução mineral que
tem de produzir uma boa cristalização, necessita de ser mantida em absoluta
quietação, enquanto se está formando a nova combinação de cristais.
Os melhores frutos da
mente, sejam de ordem científica ou de ordem sentimental, carecem de idênticas
condições para se elaborarem e desabrochar.
O pensador desenvolve
melhor as suas concepções enquanto se encontra aparentemente ocioso.
Todos os homens e
todas as mulheres têm talentos ou elementos embrionários de confiança em si
próprios. Toda individualidade deveria basear-se na natureza do seu próprio
espírito, devendo dizer cada um de nós, intimamente, a cada instante:
"Hoje tenho o necessário poder para fazer triunfar
os meus desígnios; sei, porém, que esta minha faculdade muito há de aumentar.
Hoje a minha aspiração constante é tornar-me independente, autônomo o mais cedo
possível”.
Agora, minha mente
superior, minha alma dissolve e limpa as
nuvens metafóricas e deixando de lado os pensamentos e sentimentos negativos do
passado.
O primeiro passo em direção ao meu
verdadeiro Eu está acontecendo agora; o céu está claro e límpido - a alegria e meu
propósito definido está configurado para o meu destino.
Pensar que a vossa
dependência com relação a alguém ou alguma coisa terá de prevalecer sempre, é
um dos maiores e inconscientes erros da atualidade.
A isto responderemos
apenas que a lei infalível da natureza que, com quanto maior sabedoria
tratarmos de nos ajudar a nós próprios,
e assim conquistar a autonomia e
a independência tanto mais e melhor
poderemos ajudar aos outros e, por conseguinte, ser igualmente ajudados por
eles.
A melhor sabedoria
consiste em nos esforçarmos por adquirir uma saúde perfeita e uma mente bem
equilibrada. A mera posse destas qualidades é já um benefício para todos
aqueles que nos rodeiam e até para muitos outros.
Se o nosso Eu está iluminado com a Força do Espírito, será robusto,
são e poderoso, ele enviará as suas boas forças vigorizadoras às pessoas com
quem está relacionado, embora elas estejam nos mais longínquos lugares.
A Luz do Espírito ilumina aquele que adquiriu a plena e firme
convicção de que, mediante as leis da prece ou petição mental, atrairá a si as
energias que constantemente emanam da inesgotável Fonte de toda Força e Luz
para a consciência, sem nunca perder um só átomo das energias assim adquiridas,
constitui um benéfico elemento para melhorar a sorte das pessoas cuja maioria
nunca verá talvez com os seus olhos físicos.
Aquele que está
conectado com o Espírito ou Divina Presença envia uma parte dás suas energias à
pessoa ou pessoas em quem pensa fixamente, só pelo fato de nelas pensar.
É semelhante a um sol que alenta e vivifica
com o seu magno calor tudo quanto ilumina, tal e qual o sol que brilha no firmamento
cerúleo, o qual dá vida e faz progredir tudo aquilo em que batem os seus
esplêndidos raios, até mesmo a árida e dura rocha.
À medida que cresce a
nossa paciência, a nossa decisão, o nosso método, o domínio de nós próprios em
todas essas coisas que hão de fazer de nós um ser harmônico e bem organizado,
evolar-se-ão constantemente do nosso espírito os elementos dessas qualidades,
para irem vigorar o espírito dos que nos cercam, dando estes, por sua vez, Luz
e Força a muitos outros.
Quando nos integramos
ao nosso Eu Superior estamos nos unindo com o Poder da Unidade, de todas as
Mônadas, ou Almas no corpo de Deus ou Logos.
E se lhes enviarmos os elementos dessas
qualidades, movidas por um amoroso impulso de simpatia ou pelo benévolo desejo
de lhes ser úteis, pode-se ficar certo de que, a seu tempo, eles nos devolverão
os seus próprios elementos, movidos por um reconhecido impulso de gratidão.
Ninguém pode auxiliar
os outros, se não se ajudar a si próprio. Ninguém pode enviar aos outros a
coadjuvação do seu pensamento, se eles não lhe devolverem este auxílio até onde
puderem. Ninguém pode prejudicar aos outros sem se prejudicar a si próprio, ao
mesmo tempo.
Ninguém enviará aos outros nem sequer a sombra
de um mau pensamento, sem ser igualmente prejudicado por esse mesmo
pensamento.
Veremos, então, que enorme injustiça é permitir
que alguém viva em absoluta e completa submissão, pois dessa forma lhe
destruímos a sua natural capacidade para a independência;
ou pelo menos retardamos essa sua faculdade,
por intermédio da qual poderíamos indubitavelmente atrair para nós alguma das
qualidades que continuamente emanam da Força Infinita. É como se oferecêssemos
muitas pernas a uma pessoa que as tem perfeitamente sadias.
Animar, seja em que
for, o espírito de dependência ou timidez, é a mesma coisa que robustecer lhe
a crença na sua própria debilidade. É fazer dessa pessoa um mendigo até
daquilo que exuberantemente ela própria possui.
É razoável e natural
esperarmos sempre o retorno do que dermos, porque isso é realmente uma
necessidade para nós.
Se, de contínuo, estivermos dando aos outros
uma parte das riquezas produzidas por nossa mentalidade superior; se estivermos
trabalhando sempre, física ou mentalmente, para a diversão ou bem-estar de
qualquer pessoa que se aproveita de tudo quanto lhe damos;
mas, em troca do que recebe, nada pode devolver-nos,
sempre estão reclamando, e não podem nos
oferecer uma palavra amiga... podemos ficar certos de que nos prejudicamos
deveras, tanto a nós como a tal pessoa.
É tal e qual como se,
em troca do pão que de nós tirássemos para dar a outrem, só pedras recebêssemos
ensinando e animando, deste modo, a essa pessoa a dar unicamente pedras,
vivendo uma existência exclusivamente de estupidez e egoísmo.
De mais a mais,
procedendo assim, nada mais fazemos do que impedir o desenvolvimento dessa
personalidade, tomando- -nos ainda, além disso, seus escravos, perdendo também,
sob essa influência, as nossas energias;
e caindo numa banalidade e achatamento, que de
forma alguma não nos são peculiares, inclinando-nos até a—dizer e a fazer o
que, libertos da sua nefasta influência, nunca teríamos, decerto, dito nem
feito.
Assim, até os próprios projetos e planos que
fizermos para o nosso adiantamento e bem-estar, para melhorar, enfim, a nossa
situação, hão de ver-se retardados ou inteiramente destruídos, unicamente por termos
mesclado os elementos de nossas próprias energias e ambições com os elementos
sugadores da mentalidade, cujo jugo nos escraviza.
Quando penso
em talento, penso em grandes asas que nos dão liberdade de ir e vir, como a
águia. Muitos talentos foram sabotados na infância e muitos vivem como “eternas”
aves que
não voam
não crescem – estão simbioticamente ligados em um processo de limitação e
escrevem sua estória a dois como mãe e filho ou pai e filho, dois irmãos, e
muitos não conseguem crescer para viver a vida afetiva, e assumir sua independência
financeira e um limita o outro.
Essa escravidão ou
simbiose mental existe, e pode ser um karma de vida passadas, uma programação
de vítima, algoz e de submissão, que se repete e de fato, em toda dependência exclusiva de uma
ou mais pessoas, e traz sempre encerrada em si mesma todos os elementos da
covardia e do egoísmo.
E quando o escravo é justamente o possuidor da
mentalidade mais elevada, isto é, o mais sábio, é ele, por certo, quem comete maior dano faz a si próprio. Dependência ou
submissão é o mesmo que cegueira.
Deve ensinar-se aos homens o modo de não
dependerem senão de si, para que trabalhem em prol da sua própria salvação. A
cultura da própria independência e da confiança em si mesmo há de começar em
nossa própria mente, mediante o nosso próprio esforço pessoal.
Pode acontecer
queixarmo-nos a alguns amigos, em cuja estima confiamos, de uma grande
injustiça cometida para conosco, por alguém. Se, porém, receamos que essa
pessoa ou algum dos seus afeiçoados nos possa ouvir, calamo-nos imediatamente.
Por que motivo o fazemos? — Porque temos medo de falar.
Recolhamo-nos a nossa
casa e, no silêncio e retiro do nosso quarto, afirmemos energicamente que
nenhum medo temos de tal pessoa. Ponhamos em nossa mente a ideia de que,
diante dela, estamos expondo, calma e friamente, todos os agravos que dela
recebemos;
façamos tudo isso sem
nos afastarmos um só momento da mais estrita justiça e imparcialidade da nossa
parte, como se o caso se não tivesse dado conosco.
Representemo-nos em imagem como uma pessoa que só deseja o que é justo, somente o justo e nada mais, tanto para nós como para a pessoa de quem se trata.
Representemo-nos em imagem como uma pessoa que só deseja o que é justo, somente o justo e nada mais, tanto para nós como para a pessoa de quem se trata.
Procedendo assim, não
só cumprimos o nosso dever, mas trabalhamos também para o nosso bem, pois o
nosso pensamento, como uma coisa invisível que é, atravessa o espaço e vai
influir sobre a mentalidade da dita pessoa em nosso favor.
Se mentalmente
formularmos o nosso caso com toda justiça e equidade, de igual modo estaremos
aptos a fazê-lo diante da pessoa em questão. Mas o que é importante é que, em
nossa discussão, nos inspiremos unicamente em pensamentos da mais absoluta
justiça e retidão, os quais são e hão de sempre ser os mais poderosos elementos
mentais.
O justo não deseja
vingar-se do mal que lhe fizeram, mas unicamente a reparação do dano sofrido.
Pode dar-se o caso de que muitas pessoas não se atrevam a lançar em rosto de
alguém, francamente, de cara a cara, os motivos de queixa ou as ofensas que
delas receberam;
mas, apesar disso, sentem-se animadas do
espírito de vingança, nutrindo um forte desejo de os prejudicar, seja no que for,
ou de os fazer sofrer de acordo e mais ou menos na medida da sua má ação.
É positivamente este
o processo por meio do qual enviamos os elementos mentais de alguma forma de
maldade à pessoa na qual pensamos. É este um sinal evidente da nossa dependência,
da nossa covarde escravidão mental, relativamente à tal pessoa, pois não tendo
coragem para nos atrevermos a dizer-lhe, face a face, o que a seu respeito
pensamos, dirigimos-lhe os elementos mentais do nosso ódio, que finalmente a
atingem, irritando-a, desgostando-a, sem ela mesma saber por quê;
Se, quando pensamos nessa pessoa, formulamos
mentalmente o medo que dela temos, indubitavelmente ela sentirá que nós estamos
cheios de medo, e isto acabará por nos tornar desprezíveis a seus olhos, isto
é, por agir contra o nosso próprio interesse.
Se, porém, mentalmente nos colocarmos na
situação do homem que não teme a pessoa por quem foi ofendido, sem animarmos em
nós o menor desejo de vingança, sendo até capazes, uma vez obtida a justiça
devida, de auxiliar e socorrer o nosso ofensor, então projetamos, para fora de
nós, forças que deverão ser de grande proveito. O sentido de espirito de
justiça não é uma simples metáfora.
Ê uma qualidade que existe em todas as pessoas
e é tão positiva como a terra que nos sustenta ou o ar que respiramos, com a
diferença de que em alguns homens é mais viva e mais ativa do que em outros.
Quando nos conduzimos
calma e tranquilamente, quando exprimimos as nossas mágoas; sem exagero e
comedidamente, faz-se sentir a ação sobre os outros homens da mesma forma que a
luz atua sobre os nossos olhos.
É desta maneira que os outros nos escutam com
prazer e como os obrigamos mesmo a escutar-nos. Se, mentalmente, procuramos
pôr-nos em concordância e harmonia com o mais puro e elevado ideal do homem ou
da mulher forte, em idêntica situação nos sentirá a pessoa em que
estamos pensando, e, procedendo assim, exteriorizamos o mais forte poder
mental, que há de operar verdadeiras maravilhas no mundo.
Uma vida independente
implica sempre uma mentalidade livre e forte. A mente verdadeiramente livre é
aquela que nunca pensa no que pode molestá-la ou torturá-la; só formula e
exterioriza pensamentos que lhe hão de causar prazer não só a ela, mas também
às pessoas a quem se possa referir.
A mente que gera e
exterioriza tais pensamentos está por si própria constituindo a base da sua
independência — cujos materiais (o bem-estar terrestre) lhe são proporcionados
de bom grado pelos outros homens, os quais, ao receber os pensamentos bondosos
que ela lhes envia, lhe reenviam também a ela, em maior ou menor escala, algo
dos talentos especiais que possuem.
Os nossos progressos
em música, pintura ou qualquer outra arte ou ciência, serão mais rápidos e mais
seguros se pessoas nossas amigas, profundamente conhecedoras dessas matérias,
nos enviarem frequentemente os seus pensamentos cheios de simpatia e boa
vontade.
Porque, como o pensamento é um elemento real
e verdadeiro, com ele nos enviam as qualidades do seu talento especial, quando
pensam benevolamente em nós, as quais absorvemos, apropriando-nos na medida da
nossa capacidade para as receber.
Nossa maior ou menor capacidade para a
recepção de tais elementos depende de termos sabido ou não libertar-nos mais ou
menos completamente de toda espécie de maus pensamentos, e de estar em
concordância com o grau da nossa bondade e generosidade.
O egoísmo impedir-nos-á de absorver esses
benéficos pensamentos, ao passo que a benevolência e a generosidade nos
abrirão, de par em par, as portas para recebê-los.
O pensar em coisas
repletas de vida e saúde traz-nos elementos vitais e salutares, e melhor será,
ainda, sempre que isso nos possa convir, termos diante dos olhos, em sua forma
física, essas mesmas coisas, tais como crianças alegres e robustas, árvores e
flores, pássaros e outros animais;
mas em liberdade, no seu estado natural e
selvagem, e não escravizados e prisioneiros em gaiolas e jaulas, bem como o
embate e marulhar das ondas de encontro aos rochedos da praia, a corrente de um
rio ou o rápido e tumultuoso escachoar das águas de uma catarata.
Quer se trate de
coisas imaginadas, quer de coisas materialmente vistas, o que é certo e
positivo é que as ideias sugeridas à nossa mente por todas essas coisas nos
atraem uma corrente mental de vida e saúde, a qual, atuando sobre o nosso
corpo, lhe traz novos materiais, sãos e vigorosos...
Toda descrição
poética de qualquer desses grandes espetáculos da natureza, incontestavelmente
há de ser-nos de salutar e poderosíssimo auxílio, e se esses vivificantes e
vigorosos espetáculos ocorrem à nossa memória, ainda melhor será, pois é isso
um sinal da nossa robustez mental.
Cada vez que os recordarmos, isso nos trará
elementos positivos de um bem duradouro, tanto para o corpo, como para o
espírito.
Estes saudáveis
pensamentos não só repousam a mente, tornando-a mais robusta e mais lúcida,
fortalecendo ao mesmo tempo o corpo, mas também a forte e potentíssima
corrente mental com que nos pomos em comunicação;
mediante aqueles pensamentos, e que penetra
em nossa mente, arremessa para fora e bem longe dela toda espécie de ideias
deprimentes e imagens de decadência e morte;
limpando-a de insalubres preconceitos e, à
medida que essa fortificante corrente mental ganhar mais fácil acesso em nosso
cérebro, expelirá de uma vez para sempre dele, também, toda escória espiritual
que possamos ter adquirido através dos tempos, causando-nos toda espécie de
dores e misérias.
E, à proporção que em
nós se robusteça o estado mental resultante de tal processo, sentiremos
muito mais profunda e cabalmente a vida encerrada em muitas das expressões
naturais que nos rodeiam e são ainda consideradas por nós como coisas
inteiramente mortas.
Prentice Mulford
Vamos nos unir para compartilhar a luz, agradeço se voce citar a fonte ao divulgar o texto.
dharma dhannya
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