quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Dez hábitos que fazem mal à visão e cuidados com a lente de contato






Dez hábitos que fazem mal à visão e cuidados com a lente de contato
Luiza Toschi -

Dentro do carro em movimento, assistir TV de muito perto, dormir com lente de contato, não retirar a maquiagem antes de dormir, usar colírios sem prescrição médica e cutucar o olho sem lavar as mãos são hábitos comuns do dia a dia. A questão é que estas práticas podem prejudicar a saúde dos olhos e fazer mal à visão.

Este é um dos sentidos mais usados na rotina e mais suscetíveis a problemas produzidos pelo próprio indivíduo. Um bom exemplo é que quem precisa de óculos ou lentes de contato fica absolutamente dependente da correção, mas não presta atenção nos devidos cuidados de higiene e saúde até que algum problema ocorra.

— É comum que se force a vista, não se cuide da saúde dos olhos e não se faça o acompanhamento com o oftalmologista, mesmo que se sinta dores de cabeça ou enjôos, por exemplo — observa o oftalmologista clínico Richard Yudi Hida, colaborador e membro do Grupo de Estudo em Superfície Ocular do Departamento de Oftalmologia da USP.

O médico explica que quando se faz um exercício exagerado, a musculatura do corpo fica cansada. Com os olhos é a mesma coisa:

 ficar dez horas na frente do computador e forçar a vista para enxergar no escuro ou em movimento provocam a fadiga dos olhos. Ele oriente sobre a importância de preservar hábitos saudáveis como alimentação balanceada, higiene e exames preventivos para preservar a saúde ocular.

Sobre lentes de contato, Dr. Richard diz que elas devem ser higienizadas com produto adequado com a frequência indicados pelo oftalmologista, retiradas para tomar banho e para dormir. O médico reforça que os olhos devem relaxar e respirar para que não sejam mais um problema para a saúde.


Para garantir o relaxamento dos olhos, a recomendação é fechá-los levemente por algum tempo e depois olhar para longe, na paisagem, pelo menos seis metros a frente. Esta distância deixa o foco no infinito, por isso o olho não fica focando em nada e consegue relaxar.

Usar muito o celular faz mal?
Considerando que ver TV de muito perto, ler no escuro ou ler no carro ou no ônibus em movimento são hábitos listados como prejudiciais à saúde dos olhos, é quase automático imaginar que as horas que se passa na frente da tela do celular ou do tablet sejam a condenação dos olhos.

O oftalmologista Richard Yudi Hida explica que não existe nenhuma comprovação de que o uso dos celulares faça mal à vista. Sua principal observação sobre o assunto é a respeito da emissão da luz azul pela tela do aparelho.

— O corpo humano regula o ciclo do dia a partir da emissão de luz azul no ambiente. Por emitir essa cor nas telas, o uso exagerado dos celulares não causam um tipo de problema nos olhos, mas podem ajudar a bagunçar o sono — diz.

O médico explica que é como se o organismo perdesse a referência de quando é dia e noite e desregulasse o descanso. Por isso, reduzir o uso dos celulares à noite é bom para controlar o estresse e regular a vida social e também para tranquilizar o sono.

Não enxergo 3D, e agora?
O Dr. Richard Yudi Hida afirma que pessoas que não enxergam 3D na verdade têm baixa de visão em pelo menos um dos olhos. Ele explica que a noção de profundidade acontece com a integração da boa visão nos dois olhos. Por isso, ter o grau desregulado em um dos olhos ou mesmo um princípio de catarata podem prejudicar o entretenimento 3D.




Aqui temos outro artigo do jornal muito interessante

Lentes de contato exigem cuidado e bom senso para não prejudicarem a visão
Camilla Muniz

O caso da estudante taiwanesa Lian Kao, que ficou cega após usar um par de lentes descartáveis por seis meses, circulou o mundo pela internet e chamou a atenção para o quanto a utilização incorreta desses acessórios é perigosa para a saúde.

 Sem higienizá-los adequadamente, a moça, de 23 anos, acabou contraindo uma ameba, que devorou parte dos tecidos oculares. Segundo especialistas, casos de complicações causadas por lentes se tornaram comuns devido ao abuso do tempo de permanência com elas e à falta de cuidados dos usuários.
Em contato com os olhos, os acessórios têm água, umidade e material orgânico disponíveis para virar um meio de cultura para fungos, bactérias e também a ameba Acanthamoeba keratitis, que se alojou no globo ocular da taiwanesa.

— Usando corretamente, o risco é praticamente zero. Mas se a pessoa não limpa as lentes como deveria ou não faz a troca após a perda de validade, elas começam a reter um agregado de partículas e perdem a mobilidade. Com isso, passa a não haver oxigenação suficiente na parte da frente do olho, o que pode danificar a córnea — explica o oftalmologista Aldo Barcia, diretor médico da Clínica de Olhos São Francisco de Assis.

Pessoas com olhos secos são mais propensas a ter essa redução na oxigenação, o que as torna ainda mais vulneráveis a infecções. Dependendo da gravidade do problema, pode ser preciso um transplante de córnea. Por isso, a recomendação é que de, ao menor sinal de desconforto, o usuário de lentes de contato suspenda o uso e procure logo o médico.
— Quem usa lente tem baixa sensibilidade na córnea. Então, quando a dor surge, a situação já está mais séria do que parece — diz Barcia.

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menores são os riscos de sequelas. Além disso, ele alerta para a obrigatoriedade de consultar um especialista ao optar pelo uso de lentes de grau ou coloridas. Só um médico está apto a indicar o melhor tipo do produto (gelatinosas, rígidas ou semirrígidas) para cada paciente, de acordo com resultado de exames capazes de medir a curvatura da córnea e detectar o astigmatismo



Jornal Extra-globo Bem-viver





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