sexta-feira, 27 de março de 2015

Sexto Chakra – AJNA. Patrick Paul . Parte 2





 CENTRO FRONTAL – AJNA.  Parte 2

O centro Frontal em sânscrito denomina-se Ajna que etimologicamente significa comando, mandamento. Corresponde ao conhecimento verdadeiro e tem como função integrar e unificar. Está ligado ao crânio, que pode ser considerado como vértebras transformadas, e aos hemisférios direito e esquerdo do cérebro.

Em Ajna as correntes solilunar, Ida e Pingala, se unem. A partir desse centro há apenas um único canal energético, Sushumna, que sobe em direção ao centro Coronário. Com a abertura do sexto centro, o homem se reunifica. Há nele uma fusão do céu e da terra, uma reunificação de suas duas naturezas.

Se o éter mental é, de certo modo, uma quintessência ligada ao plano horizontal, a vida manifestada no Frontal constitui uma quintessência espiritual.

Na Tradição chinesa este centro está ligado ao “mundo dos deuses”. Ele está no ponto de entrada e saída da energia no corpo, na forma. Os planetas associados a ele são Sol e Lua e é representado pelo lótus de duas pétalas.

 Seu mantra é Om e sua cor clássica é a fulgurante chama branca. O Frontal, que corresponde ao éter do Som, está na raiz de todas as forças da natureza em sua expressão sutil.

O seu elemento cósmico é o Fogo criador, enquanto no centro precedente, o Laríngeo, o elemento cósmico é a Água criadora. No centro Frontal o sono toma-se consciente como se estivéssemos num estado subconsciente. Trata-se de uma condição semelhante a da insônia, quando, por momentos, não sabemos se estamos ou não dormindo.

 Não me refiro ao tipo de insônia na qual a mente e  os pensamentos não param de trabalhar, mas ao estado de passagem entre duas águas, onde há uma consciência de estar desperto e, ao mesmo tempo, uma espécie de sonolência.

À medida que os centros vão se abrindo, a consciência é impulsionada a campos que desconhecemos em nosso nível atual. Isso explica por que uma pessoa que evoluí, que desperta, precisa cada vez de menos sono.

Vive perfeitamente com algumas horas de sono por dia e, ainda assim, trata-se de um sono quase consciente.

No centro Frontal temos uma visão global e transcendente, que percebe os ciclos. E a região do urna, termo sânscrito que significa pedra frontal, terceiro olho, o olho de Shiva, cuja ação é como a do raio.


 Os hindus chamam esse centro de “Senhor de além do estado”, e a Tradição chinesa refere-se a ele como o “Selo do Nome”, “selo do comando da Pessoa Divina”. Ele é o centro da alma liberada, da consciência espiritual livre das formas e está muito ligado ao centro Coronário.

Esse centro desenvolve a atitude de concentração, a liberação dos apegos, isto é, o largar das formas ilusórias e de tudo que é transitório em nós. Favorece a meditação e a capacidade de contatar o que está além do espaço e do tempo, do passado e do futuro. Propicia a capacidade de obter informações e de emitir energias livres de qualquer forma espacial ou temporal.

A glândula tradicionalmente associada ao Frontal é a epífise.

Nesse centro também ocorre um nível de patologia pois, quando ele não está aberto, funcionará com escassez ou com excesso dessa energia. No caso de escassez haverá dificuldades de concentração, niilismo, cinismo, dissociação da personalidade.

Em excesso, predispõe à atitude utópica, imaginação fantasmagórica, isto é, níveis de imaginação não ligados a percepções justas. Liberado, esse centro dá consciência ética e moral, capacidade de clarividência e desenvolve também o sentido de realeza, de comando e de liberdade.

Esse centro permite a encarnação do Verbo e a descoberta do amor a Deus. A iniciação da Cavalaria, por exemplo, corresponde à subida até o Frontal. Uma vez aberto esse centro, a iniciação não é mais cavalheiresca, mas real. Trata-se da iniciação aos Grandes Mistérios, que é real e sacerdotal.

 Resumindo, esse centro convida-nos a ir em direção a unidade,
a não-dualidade. Por outro lado, tanto no centro Frontal como no
Coronário não mais há ação polarizada em masculino-feminino, neles
a ação é totalmente neutra.

As cartas do Tarô relacionadas ao centro Frontal são XVI - A Torre, XVII - A Estrela e XVIII - A Lua.
A frase do Pai Nosso correspondente ao centro Frontal é “Venha a nós o Vosso reino”. Ela traz a noção de realeza, de reino, pois quem reina é o rei e a abertura do centro Frontal assinala a verdadeira realeza do homem.

Prática
Dentre os exercícios propostos para o centro Frontal há a meditação essencialmente silenciosa, que no caso é o Som do silêncio, o éter do som.

Existem também práticas ligadas ao desenvolvimento da intuição, que são análogas às que foram enunciadas para o centro Cardíaco, diferindo apenas pelo modo de percepção. No centro Cardíaco a percepção é muito mais sensorial, enquanto no Frontal ela é muito mais fulgurante e intuitiva, sem qualquer ligação nem mesmo com o sensorial sutil.

Visualização. Visualize na parte esquerda do cérebro o número 1; na parte direita do cérebro a letra B. Em seguida, na esquerda o número 2 e, na direita a letra C, e assim por diante. Façam esse trabalho, cuja duração é de uma a duas horas, com todas as consoantes.

A visualização dos números e das letras são feitas sucessiva- mente. Quando a série dos números e letras terminar, imaginem o Sol se levantando na parte direita do cérebro, e a Lua, na esquerda. Em seguida, brinquem com as imagens do Sol se levantando à direita e se pondo à esquerda, e a da Lua se levantando à esquerda e se pondo à direita, até o momento em que Sol e Lua entram em conjunção.

Postura “Carregar o Céu”. Fiquem de pé, num eixo bem vertical, com os braços ao longo do corpo. Inspirando ergam os braços até o alto; abaixem-nos, em seguida, até a altura dos ombros. Expirando dirijam o olhar para cima e as duas mãos, com as palmas voltadas para cima, carregam o céu. Mantenham-se nessa postura e inspirem; ao expirarem desçam de novo os braços e recomecem o exercício.

 Quando os braços estiverem na altura do ombro e as mãos e os olhos voltados para cima, sintam que carregam algo.

Aproveitem sempre os exercícios simples para ajustar o trabalho ao máximo. Por exemplo, neste exercício, desçam os braços em função da força de gravidade e não a qualquer momento. E a anatomia corporal que dá o gesto preciso. E necessário sentir que quando estamos num campo energético o movimento é bem definido, Nas práticas corporais é muito importante sentir a relação dos movimentos com a gravidade.

Intercâmbio
Aluno.’ Nesse exercício senti energia na mão e um enraizamento, mas não senti nada no centro Frontal. Nas práticas sugeridas para os outros centros, ficou muito mais nítido que eles eram dinamizados.

Patrick: Trata-se de um centro muito mais difícil de ser percebido através de exercícios.

Uma das chaves para as práticas de postura é criar, no lugar do chakra trabalhado uma concentração de energia por dobradura ou extensão, para dirigi-la ao lugar contraído ou estendido. Se, por exemplo, contraio a garganta inclinando a cabeça para frente, a energia vai para o lugar contraído.

Se, ao contrário, contraio a nuca inclinado a cabeça para trás, disperso a energia na frente e concentro- a atrás. Desse modo toma-se mais fácil encontrar no corpo zonas possíveis de serem dobradas. Na fronte isso é mais difícil, o que toma a percepção corporal muito menor nesse ponto.

Por outro lado, a dificuldade que você mencionou é coerente, pois esse nível trata da iniciação ao sem forma. O principal modo de trabalhar nesse centro é através da meditação.

A: Qual seria então o objetivo da postura sugerida?
P: Na postura que praticamos, se atentarmos apenas para o eixo, perceberemos que já há um alinhamento entre calcanhar, cóccix, Frontal e olhar. E verdade que não estamos trabalhando diretamente sobre o centro Frontal, mas ainda assim a experiência do alinhamento é interessante, pois nessa postura o ponto mais alto do corpo é o Frontal. Abrir o centro Frontal é tomar a contatar o céu. Aliás, é o que o próprio nome sugere: “Carregar o céu”.


Pode-se encontrar outras posturas para esse chakra, mas meu intuito foi propor práticas simples e operativas.
A: Esses exercícios que fizemos permitem também uma maior abertura para sentir no nível sutil as práticas de Tai-Chi, Ioga, Karatê, que alguns aqui praticam há anos?

P: É o sentido fundamental de todos esses exercícios. Trata-se, na verdade, de possibilitar uma experiência com os corpos sutis e não a mera execução de gestos corporais perfeitos. Um gesto corporal perfeito é muito sedutor, mas a essência não está nele.

A: É interessante que durante vários anos praticamos Karatê num ritmo de luta, mas recentemente nosso instrutor foi para o Japão e quando voltou mudou completamente o ritmo.

 Começou a dar os exercícios em câmara lenta e isso desordenou tudo, como se não soubéssemos mais nada e tivéssemos desaprendido todos os movimentos. A quantidade de energia e o cansaço despendido no novo ritmo são muitos diferentes do anterior. Foi uma revolução e creio que isso esteja relacionado a esse outro treino que você menciona, mas que ainda não compreendemos.

P: Na prática de combate com espada ou em outras práticas corporais, a base do trabalho sempre é muito lenta, pois a lentidão permite colocar consciência e, portanto, domínio. Em seguida é possível, de maneira progressiva, irmos em direção à rapidez, porque já integramos a lentidão.

 O ponto de partida das práticas orientais de artes marciais é o Tai-Chi que, como vocês sabem, é muito lento. Só quando os gestos lentos foram dominados e completamente integrados, as práticas superiores de Tai-Chi dirigem-se ao combate com espada ou bastão.

Uma das grandes ilusões atuais nas práticas de artes marciais, de Ioga, e outras, é o fato de estarem completamente identificadas à forma e não à execução do gesto. Por exemplo, aprender apenas a colocar com justeza os pés pode levar muitos meses, mas no dia em que soubermos colocá-los estaremos bem enraizados no chão.

Em todas as práticas há sempre dois níveis, o exterior e o interior. Isso é verdade, tanto nas artes marciais, na alquimia, como nos chakras. Em geral, o que se conhece são as práticas exteriores. Poucos trabalham as práticas interiores, mas é nelas que a verdade se encontra.

A: Você mencionou que o centro Frontal, quando liberado, permite a encarnação do Verbo, O que isso quer dizer?

P: É preciso compreender que o verdadeiro Verbo Divino não está encarnado, mas sim adormecido. A encarnação da individualidade, que antecede a do Verbo, é apenas um raio, um reflexo desse Verbo. Quando as duas naturezas do homem, a celeste e a terrestre, voltam a se fundir — o que ocorre bem depois da encarnação do Verbo e corresponde ao caminho percorrido entre o centro Frontal e o Coronário — um outro nível da encarnação do Verbo torna-se possível. Trata-se da descida plena e total da expressão do Verbo no mundo manifestado da matéria.

A idéia do sacrifício do inocente pode ser compreendida nessa passagem, pois o Verbo é completamente inocente, sem pecado e, em seu processo de encarnação, irá para o mundo da matéria, permanecendo íntegro, mas em total confronto com o mundo da dualidade, exterior a ele.

 Este é o sentido profundo do sacrifício, pois o verdadeiro sacrifício não é o de nossa natureza terrestre, uma vez que ela tem todo o interesse de sacrifica-se para melhorar. A descida do Verbo na matéria, por outro lado, é um verdadeiro sacrifício, pois Ele não tem nisso nenhum interesse particular, muito pelo contrário.

Ocorre nessa descida uma situação muito estranha, ou seja, o contato da dimensão realmente Celeste ou Divina do ser com um mundo que está nas Trevas.

Trata-se, todavia, de um processo que tem um grande número de razões metafísicas, pois se compreendermos o que é dito no Gênesis a respeito da retração do Divino no sétimo dia, saberemos que, de certo modo, Deus não está na criação física, mas sim no mais íntimo do coração do físico, que não é reconhecido pelo físico.

Para fazer uma analogia, é como se num certo nível Deus não visse a criação física e não estivesse diretamente presente nela e, desse modo, a única maneira de comunicação entre o mundo Divino e o terrestre se desse através do ser humano.

O ser humano têm a aptidão de estabelecer a ligação entre o Divino e o terrestre através da reunificação de suas duas naturezas.

Os ensinamentos tradicionais afirmam que se não existissem Seres que a todo momento pudessem estabelecer o real contato com as forças Divinas sobre a terra, esta se destruiria.

Na verdade, esses Seres se sacrificam, pois para eles a vida em outros planos é muito mais agradável do que na terra. Vejam, por exemplo, o que ocorre com Cristo: trata-se de um Ser que permanentemente não é reconhecido, chegando ao extremo de não sê-lo nem mesmo pelos apóstolos aos quais está ligado.

Estes sempre dormem, desobedecem, não compreendem até mesmo quando Ele é julgado e condenado. Há um mistério muito real nesses Seres.

Não sei se expliquei bem, mas tentem sentir o que quis dizer.
A: Será que na crucificação de Jesus não havia um outro Ser, pertencente à tradição judaica que pudesse ir ao seu encontro e representasse uma liderança espiritual da época?

P: Não saberia responder, mas a primeira evidência é que, em geral, a maioria dos líderes religiosos não vivem o lado esotérico das Tradições, mas apenas o exotérico, o que, aliás, não é uma critica, pois o exoterismo também é necessário e constitui a função de todas as religiões. Porém, uma pessoa que está identificada às formas só reconhece a si mesma e aos outros nas formas com as quais se reveste. Outras formas dificilmente serão reconhecidas.

Existe também o mistério da solidão ontológica. Quando entramos de fato no campo do esoterismo podemos reconhecer a autenticidade do caminho de alguém porque o processo e as etapas são as mesmas, mas, ao mesmo tempo, há uma espécie de mistério ligado à solidão em relação a si próprio, uma vez que certas vivências são absolutamente incomunicáveis.

Certas experiências que vivemos no centro Coronário e no Frontal podem ser verbalizadas e transmitidas pelo centro Laríngeo. Porém, o Laríngeo só pode retransmitir o que pertence ao mundo das formas.

 E muito difícil comunicar a realidade de uma experiência interior sem forma. Em geral, quando uma pessoa é realizada, criará um grupo à sua volta, como é o caso, por exemplo, do Ashram no hinduísmo. Uma vez que o Ser tenha seguido um determinado caminho, que é o mesmo para todos, ele não pode ser considerado herético mas, ao mesmo tempo, sua realização é absolutamente única e, num certo nível, intransmissível.

 Porém, quando esse mestre entra em relação com um outro, há um reconhecimento recíproco e uma troca não-verbal de energia, de Luz e de amor, cuja experiência é muito clara.

Em última análise, qualquer que seja a realização de um ser, ele apenas se toma conhecedor de si próprio, do mistério Divino de sua pessoa. O outro, num certo nível, continua sempre sendo um mistério.

O que deixa de ser mistério é a decodificação das vestes, Ao atingirmos uma certa mestria interior, as vestes tomam-se perceptíveis, e é fácil percebermos os condicionamentos e os funcionamentos.

Se por um lado, num certo nível, há uma espécie de solidão ontológica do ser, de outro, paradoxalmente, há a capacidade real de comunhão e comunicação, uma vez que o ser está liberto de todas as formas.

Num Ashram ou em qualquer outra escola desse tipo, por exemplo, a relação entre mestre e discípulo nunca consiste em levar o discípulo a identificar-se com seu mestre mas, ao contrário, o trabalho do mestre é ajudar o discípulo a descondicionar-se.

Quando este atinge uma maturidade interior e está suficientemente descondicionado, é reconhecido pelo mestre como tendo atingido a mestria e enviado a um outro lugar para constituir seu próprio Ashram.

A: Voltando um pouco a questão anterior, por que João Batista, que pertencia a mesma Tradição de Jesus, foi decapitado?

P: Tentem compreender o que isso quer dizer. Há uma história horizontal e uma meta-história. Qual é a diferença essencial entre João Batista e Jesus?

A. A água e o fogo.
P: Sim, isso quer dizer que em nossas duas naturezas, num certo nível São João Batista é para o ser físico o que Jesus é para o ser espiritual. Assim sendo, a história de São João Batista é a do reconhecimento, pelo ser terrestre, da dimensão espiritual e a aceitação de morrer, de perder sua cabeça, para que a verdadeira cabeça cresça. São João Batista usa uma roupa de pele de animal, símbolo e referência clara de nossa dimensão terrestre.

A.   É até possível compreender dentro dessa grande parábola o mistério da rejeição dos judeus quando a crucificação ocorreu. A rejeição na época se deu para que o mistério fosse escrito, mas qual seria ainda hoje a função, em termos cósmicos, do não reconhecimento de Cristo por parte do povo judaico?

P: Nessas histórias todos tem razão, apenas é necessário compreender o que elas significam. No cristianismo, por exemplo, a maioria das pessoas não compreendem o ensinamento e tomam a crucificação de forma muito física, como sendo a de uma pessoa que realmente morreu e ressuscitou.

A.Costumo incomodar as pessoas que se dizem cristãs puras, mas duras no sentido desse condicionamento, dizendo que se o ensinamento cristão fala de morrer e ressuscitar, no sentido em que hoje o entendemos, e que se em dois mil anos apenas uma única pessoa realizou esse processo, trata-se de um ensinamento ineficaz.

 Pergunto então por que as pessoas o seguem? Se fosse um ensinamento de qualidade muitos deveriam ter realizado esse mistério. E claro que se trata de um ensinamento de qualidade, mas precisamos reconhecer que esses fatos representam, tal como no exemplo de João Batista e de Jesus, diferentes funções em nós mesmos.

Um outro detalhe muito importante na crucificação de Jesus é a afirmação de que seus ossos não foram quebrados. O que isso quer dizer e por que foi feita essa afirmação?

A. Significa que a sua essência não foi quebrada?
P: Pode-se interpretar assim, mas dizer que “os ossos não foram quebrados” é um modo simbólico de dizer que o corpo não foi destruído.

Trata-se portanto de uma morte interior, simbólica e não de uma morte exterior. Desse ponto de vista, tudo toma-se muito mais coerente, pois todos os seres, e foram muitos, que nesses últimos dois mil anos viveram o segundo nascimento, também viveram o que se chama de primeira ressurreição.

O mistério ainda não pára aí, pois quando o ser estiver totalmente descondicionado e purificado, ele morrerá e ressuscitará, entrando em contato com sua natureza celeste. Esse processo corresponde a uma morte-ressurreição, a um caminho de crucificação, que permitirá a encarnação do Verbo, o nascimento de Jesus em nós.

Na verdade, é o corpo Sutil que é crucificado e liberado e, nesse momento, começa um novo ciclo que pode perfeitamente retomar o mesmo simbolismo. Cito tudo isso para mostrar que os ensinamentos são eminentemente relativos, pois estão ligados ao nível de consciência de cada ser. Uma vez mais “Quem tem olhos para ver, veja, “quem tem ouvidos para ouvir, ouça”.

Retornando a pergunta do não reconhecimento de Cristo pelos judeus, eu diria que a relação entre o judaísmo e o cristianismo demonstra que, a seu modo, ambos têm razão. A Queda ocorreu na passagem do ciclo cósmico de Áries ao ciclo oposto de Libra.

Quando isso se deu, foi necessário demonstrar com um acontecimento essencial que havia a possibilidade de se quebrar o movimento de involução, ou de queda, para permitir à humanidade aspirar a liberação.

 Nesse nível, portanto, a realidade do cristianismo é evidente. Já na passagem de Áries para Peixes há o imperativo de uma contraposição ao movimento anterior de queda.

Num outro nível, os judeus tampouco estão errados, pois para eles o Princípio crístico, muito mais que um indivíduo, é uma espécie de consciência coletiva, que só poderá ser encontrada no final do ciclo. As previsões no judaísmo anunciam essa consciência crística para a Era de Aquário. A meu ver, ambos têm razão, apenas não falam exatamente da mesma coisa.

A: Eles só reconhecerão essa passagem quando ela ocorrer coletivamente?

P: Sim. Pode-se dizer que o cristianismo depositou uma espécie de germe que não está realizado no plano coletivo. Repito, é assim que compreendo esse mistério e posso estar equivocado. No contexto judaico, o Messias não parece ser o advento de um indivíduo, mas de um princípio.

Sugiro que vocês façam suas verificações para confirmar ou refutar essa interpretação.

A: É dito que o Messias virá quando todos os judeus colocarem uma vela em sua janela. A “vela” pode ser entendida como um movimento de consciência, e “todos” seria, de fato, o coletivo.
Pesquisado por Dharma dhannya



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