quinta-feira, 26 de março de 2015

Sexto Chakra e o coronário - parte 1




                                                                 
                                           


 A PASSAGEM DO FRONTAL AO CORONÁRIO 
 Postado por DharmadhannyaEL 

No Frontal há o domínio de três mundos. Como na Árvore da Vida esse centro corresponde ao mundo de Briah, atingi-lo subentende um domínio dos mundos de Yetzirah e Assiah.

 O centro Frontal mantém uma relação com o universal, pois ele se abre para os níveis integrais de conhecimento da criação, penetra numa espécie de memória universal, possibilitando experiências e imagens que retrocedem no tempo dezenas de milhares de anos, até a era secundária ou terciária. Como são nesses níveis que o karma está enraizado, ao penetrá-lo é possível obter conhecimento das causas e efeitos.

Pode-se dizer, então, que na passagem do centro Frontal (situado no mundo de Briah) para o centro Coronário (situado no mundo de Atziluth) ocorrerá a interiorização de tudo aquilo que se encontra exteriorizado em Briah.

 Por exemplo, em Briah, a unidade Divina diferencia-se em princípio, como se os níveis de pura energia, embora informais, estivessem de certo modo ainda exteriorizados’. Na passagem em direção ao centro Coronário, essas energias se unificam totalmente, interiorizando-se e colocando-se em repouso.

Nessa passagem, a intuição intelectual, denominada Buddhi (ligada ao Frontal), estabelecerá uma comunicação com a personalidade transcendente, isto é, com o Verbo Divino, que os hindus chamam de Atman ou de Sol espiritual.

 Em outras palavras, pode-se dizer que, nesse nível, o ser sai da multiplicidade. 

Gostaria agora de abordar um ponto que raramente é mencionado. Trata-se da passagem entre os centros Frontal e Coronário. Quando acontece a abertura do centro Frontal, a pessoa descobre uma consciência independente do suporte corporal ou físico e vive a experiência de liberdade em relação às formas físicas e psicológicas.

Nesse nível não há mais separações, uma vez que todos os níveis inferiores foram necessariamente integrados. A única dualidade que persiste, se é que se pode falar assim, é em relação a Deus.

No chakra Frontal a iniciação denomina-se “sem forma”. É uma expressão ligada a Buddhi. A mestria do Frontal corresponde à liberação do desejo e não ter desejo significa tornar-se uno consigo mesmo, sem distinção ou diferenciação alguma.


 Esse conhecimento de si, que em sânscrito chama-se Ananda, pode ser considerado como beatitude e paz. E se a beatitude é vivida, o ser está em paz consigo mesmo e o desejo está extinto. A plenitude do ser encontra-se então num estado supraindividual.

 Nos símbolos bíblicos essa passagem refere-se à decapitação de João Batista. Não é um determinado aspecto do psíquico que foi extinto, mas todo o psíquico, o que significa um estado propriamente espiritual.

Nesse estado informal há a rememoração de todo um conjunto de conhecimentos e como as formas da manifestação individual não são destruídas, o ser continua vivo em sua dimensão psico-corporal.

 Nesse nível, o ser exprime-se de um modo primordial ou unificado, quer dizer, o mental não faz mais distinções. Esse estado de consciência é qualificado de informal porque está ligado a todo um conjunto de possibilidades, enquanto que, no funcionamento psíquico normal, o ser permanece identificado a determinadas formas.

Para exemplificar, posso dizer que antes eu tratava dos pacientes identificado às técnicas. Ao utilizar meu título de acupunturista, tentava diagnosticar as doenças, compreender o ponto a ser tratado sentir o pulso, em termos de energética e acupuntura.

 Ao utilizar meu título de médico alopata adotava medidas e remédios de acordo com essa visão. Tudo era baseado num saber, numa cultura e em formas pré-inscritas assimiladas durante o tempo dos estudos. Quer tenhamos ou não, consciência estamos identificados a certos funcionamentos.

Quando o centro Frontal abre, não temos mais um determinado título ou etiqueta. Isso quer dizer que, para a individualidade humana que sou, ocorre a possibilidade da experiência direta com o paciente.

Trata-se de uma experiência de ignorância, ou seja, quando estou diante de um paciente, ao refletir sobre qual atitude tomar, reconheço honestamente que não sei e permito-me ficar no informal, mantendo uma espécie de estado de Vazio, até que após algum tempo algo apareça.

À medida que o paciente relata suas experiências, sem tentarmos fixar ou compartimentar coisa alguma, de repente surge algo no nível de Buddhi, isto é, uma intuição intelectual, conhecimento supra-individual e supra-racional.

Às vezes captamos uma imagem ou um pensamento, pois sem dúvida é preciso transcrever na forma o que pertence à natureza informal. Porém, estranhamos de onde isso provém, pois não se trata de um processo de reflexão, de análise, mas de real intuição. Eis como a energia funciona no centro Frontal.

O taoísmo utiliza a expressão “escapar da corrente das formas”, isto é, da alternância dos ciclos de renascimentos, passar da roda cósmica ao seu centro vazio. As experiências, nesse nível, permitem a entrada num estado de repouso, pois como a união é muito mais essencial, o desejo foi extinto e o ser fica em repouso.

A palavra repouso não exclui uma intensa atividade e significa não ter idéias particulares sobre o que quer que seja, permanecendo no estado de simplicidade e colocando- se verdadeiramente à serviço, sem qualquer desejo particular de fazer ou de querer.

O repouso também pode ser chamado de Vazio ou ser traduzido pela conhecida expressão “agir sem agir” ou melhor dizendo, “agir sem querer agir”.

Nesse estado de repouso, de Vazio, há uma união informal com o princípio que permitirá o conhecimento de níveis superiores aos que podem ser experimentados na vida habitual. Trata-se, portanto, de algo invisível, impalpável, indefinível, indeterminável. E como se houvesse a possibilidade de perceber e captar potencialidades para, em seguida, fazer descê-las às formas.

O taoísmo denomina essa qualidade de vacuidade e, a Tradição ocidental, de simplicidade ou pobreza. “Bem aventurados os pobres de espírito porque deles é o reino de Deus” (Mateus 5.3).

 Pode-se dizer que a simplicidade essencial, a vacuidade, caracteriza o retomo ao estado primordial, isto é, ao mundo de Briah ou como é dito na Bíblia, ao Paraíso terrestre. Aí os três corpos são reunificados num só, o que explica a diferença entre o conhecimento verdadeiro, que é o acesso ao nível de experiência primordial, ao mesmo tempo simples e global, e o saber normal que, ao contrário, está ligado ao múltiplo e ao complexo.

Essa simplicidade muitas vezes é designada como infância, o que deve ser compreendido num sentido espiritual. Por exemplo, é dito que “quem não receber o reino de Deus como uma criança não entrará Nele” ou então “bem aventurados os pobres de espírito porque deles é o reino do Céu”. É curioso que nas experiências interiores ligadas ao mundo de Briah encontram-se, de fato, crianças.

A pobreza espiritual, o voto de pobreza deve ser compreendido como o estado alcançado pelo indivíduo existencial que colocou na condição de total dependência de sua dimensão Divina.

 A pobreza, no sentido dos textos citados, consiste no fato de o indivíduo terrestre nada saber, estar totalmente despojado, como por exemplo no relato da experiência terapêutica que citei há pouco. E exatamente por se encontrar no estado de pobreza que, como todo pobre, poderemos estender a mão e receber de nossa dimensão Celeste.

Enquanto acreditamos ser ricos é evidente que nada receberemos.
Se compreendermos bem esse sentido, a pobreza induzirá o desapego das coisas manifestadas, pois o ser experimentará muito concretamente que as verdadeiras riquezas não são deste mundo.

Essa pobreza está intimamente associada a extinção do eu, que os hindus chamam de Nirvana. O Nirvana, portanto, não é propriamente um estado de êxtase mas o reencontro da outra dimensão de si próprio. Quando o ser atinge o estado primordial, integra a dualidade e, a partir dai, sua vida não é mais conflitiva.

Eventualmente, os outros poderão ter conflito com ele, mas nunca o contrário.

Paradoxalmente, como é no estado de simplicidade que os maiores mistérios se revelam, à medida que o ser não mais se opõe a coisa alguma, poderá comunicar-se com estados superiores de si mesmo, ligados às iniciações dos centros Frontal e Coronário.

Para finalizar esses comentários sobre o centro Frontal e o Coronário, gostaria de quebrar certas ilusões. A imagem que temos de um ser realizado é a de alguém cheio de poderes. Caso alguém se apresentar com poderes tem-se a impressão de que ele é muito espiritual.

Encontramos seres poderosos, mas são pessoas que apenas desenvolveram poderes psíquicos, nada além disso. Os poderes psíquicos nada têm a ver com a realização espiritual. E preciso ter olhos para ver, pois se vocês encontrarem na rua um ser realizado, nunca o reconhecerão, uma vez que sua atitude é extremamente simples.

Intercâmbio
Aluno: Pelo que você acaba de dizer, é por isso que eles são chamados “os invisíveis”?
Patrick: É possível.
A: O karma se inscreve no Frontal?
P: O conhecimento do karma.
A: Cada ato de uma pessoa com o Frontal aberto tem efeito direto sobre o karma?
P: O ser que tem o Frontal aberto está liberto do karma. É por isso que ele tem uma consciência clara sobre esse assunto.

A: Então ele não pode ter atos equivocados?
P: Ele não terá atos cármicos ou equivocados. Enquanto ser individual, nada o impediria de apanhar uma faca e matar uma pessoa mas, como no centro Frontal ele tem uma consciência ética e moral muito aguda, a própria abertura desse centro evidencia que o ser está verdadeiramente à serviço e em estado de obediência a sua própria dimensão superior.

 Com a abertura do centro Frontal o ser fica além do bem e do mal. Seus atos são de serviço e não de dualidade e, desse modo, mesmo que aos olhos de alguns eles possam parecer maus, aos
olhos de Deus certamente são bons, portanto, desprovidos de karma.

Há fatos muito estranhos em relação à visão habitual.
A: Até dá para entender, mas é difícil achar que alguém que abriu o Frontal viverá cem por cento nesse estado.
B. Qual é a diferença da ação entre alguém que integrou o centro Frontal e alguém que integrou o Coronário?

P: Quando o centro Frontal está aberto ou quando o ser obteve algumas experiências ligadas ao centro Coronário não significa que ele viverá vinte quatro horas por dia, trezentos sessenta e cinco dias por ano nesse estado.

 Há, simplesmente uma presença, ou seja, um princípio diretor desperto, mesmo que o estado não se mantenha de maneira permanente. Com a consciência desperta, mesmo funcionando em outros níveis, como por exemplo no mental, essa presença estará subjacente.

Neste momento, por exemplo, não estou num funcionamento estritamente centrado no Frontal. Se fosse determinar um centro específico para o trabalho que estou realizando aqui, seria mais o do Laríngeo.

Todavia, o que estou propondo agora através de uma aparente expressão do Laríngeo, pertence ao nível do Frontal. Enquanto falo, não estou numa consciência do Frontal, mas é como se ela tivesse sido adquirida e estivesse potencialmente presente. Num certo momento, sem que se procure, essa potencialidade se atualiza na vida.

A. Se o ser libertar-se do karma, como fica o karma coletivo? Pelo que entendi, o ser carrega não apenas o karma pessoal, mas também o coletivo. Então, quem realizou a abertura do chakra Frontal liberou-se de seu karma individual, mas como fica o coletivo ?

P: Uma passagem dos Evangelhos responde sua questão. Trata- se do “sacrifício do cordeiro”, a encarnação do Verbo. Jesus veio para tirar os pecados do mundo, pois sendo Ele puro certamente não veio para redimir-se de seus pecados, mas sim para carregar o karma coletivo.

 E nesse sentido que se deve compreender a noção de sacrifício: um ser que encontrou a pureza, em vez de permanecer tranqiiilamente nessa qualidade, toma a confrontar-se com as impurezas do mundo. Talvez seja essa a última etapa entre o centro Frontal e o Coronário. O que se passa aí não pertence mais ao nível individual, mas ao da unidade, de Adão Kadmon.

Há um mistério aí, pois tais seres sabem que, numa certa medida, não pode haver liberação apenas para si. Sua alegria consiste tanto em ter se liberado como em ajudar outros a se liberarem.

A partir desse ponto, o que se passa é muito sutil, pois mesmo havendo um certo nível de sofrimento ao se carregar certas coisas do coletivo, esse sofrimento é diferente do anterior, pois é perfeitamente compreendido, integrado e diria até mesmo dominado e controlado.

A: Então seria um sofrimento sem sofrimento?

P: De certo modo, sim. Nessa etapa o sofrimento moral não mais existe. Por outro lado, a ação toma-se paradoxal, porque a partir daí o verdadeiro poder do ser é seu sacerdócio espiritual. A maioria das pessoas não percebe a ação desses seres, pois estão muito identificadas às formas.

Por exemplo, as curas de Jesus não significam o que as pessoas acreditam ser. Quando Jesus cura um paralítico, essa cura diz respeito a alguém que é como você ou eu, mas que espiritualmente falando está bloqueado em sua ação.

Ao curar um cego, cura alguém que não vê o Divino; ao curar um surdo, cura alguém que não ouve a Palavra de Deus. Trata-se, na verdade, de uma ação muito sutil, que sempre subentende uma relação com a Fé:
“Vai, tua fé te curou.”

As curas espirituais podem ocorrer, pois o poder espiritual é muito real, mas em função de sua qualidade ética, jamais se impõem. Deus deixa o homem livre e o ser realizado também faz a mesma coisa: se alguém não quer ouvi-lo, ele nunca se imporá.

 Só pode haver cura espiritual se o doente, pela sua fé, percorrer parte do caminho. E por ter cumprido sua parte que o ser realizado pode completar a outra.

A: É no centro Frontal que termina o livre-arbítrio?
P: De certo modo sim. Há algo muito estranho aí. Devido à retração do Divino, a condição do indivíduo terrestre é de aprisionamento, de condicionamento à serpente, mas de liberdade em relação a Deus.
No ser realizado dá-se o inverso, ele é livre e tem poder sobre a serpente, mas não é livre em relação a Deus, uma vez que está em obediência e à serviço Dele.

A: Qual o significado de Jesus curar o leproso?
P: Seria necessário estudar a etimologia de lepra. Não me lembro exatamente, mas trabalhei sobre esse tema há alguns anos. De maneira geral está ligado à pele, portanto, à feiúra ou à beleza do ser.

A cura do leproso é similar à cura da ferrugem ou da lepra dos metais. Falaremos disso mais adiante.
A: E a cura do possesso?
P: Tradicionalmente o possesso é alguém possuído pelo diabo e como o ser realizado tem poder sobre as forças diabólicas, é possível dominá-las.

A: Se eu fechar os olhos e num funcionamento mais lento do ritmo cerebral imaginar a serpente se desenrolando, isso pode me ajudar nesse caminho ou ele terá que ser real?

P: A meditação é uma experiência vivida.
A: Pratiquei alguns exercícios propostos, mas tive dificuldade em harmonizar os movimentos. Então, se eu fechar os olhos e conseguir me imaginar muito mais harmonioso nesses exercícios o resultado dessa meditação será real?

P: Sim. É muito interessante trabalhar assim. Nas práticas interiores a percepção e a visão precedem o gesto. E como se o corpo Sutil estivesse adiante do gesto real e, por haver essa antecipação, o domínio do corpo é muito maior.

É como se o corpo fosse guiado, enquanto que num gesto comum não se sabe muito bem aonde deve ir. Realizar um gesto sem a antecipação do corpo Sutil é muito diferente do gesto no qual antecipo o movimento da energia e sigo algo que precede meu gesto.

No plano das práticas interiores, o verdadeiro trabalho é sobre a integração do espaço, não o corporal, mas o interior. Na meditação ou visualização, trabalha-se o espaço interior.

A: Talvez seja por isso que as orações nas quais pedimos respostas, orientações de caminhos e até mesmo sonhos, antes de dormir tenham um efeito real.
P: Sim. Isso também é verdadeiro no nível psíquico. Cria-se uma indução que pode gerar uma resposta exatamente como no nível corpóreo.

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