sábado, 13 de junho de 2015

Eu sou o primeiro lugar?







Uma vida de castigo
Alberto Goldin – Revista O Globo.

“Tenho 27 anos e um bom emprego. Sou bonita, inteligente, divertida, amiga, mas muito ciumenta. Fico chata, amarga e agressiva.

 Nesses anos todos, só tive três namorados. Se tivesse sido menos ciumenta, poderia ter dado certo. É incontrolável, acho que sempre poderei ser trocada.

Não acredito nos meus encantos e qualidades. Sempre sou abandonada. Meu ex-namorado terminou, depois continuamos nos encontrando apenas para sexo. Quando descobri que estava procurando outras, briguei e falei que nunca mais queria encontrá-lo. Estou desanimada, me sinto velha.

 Tenho medo da solidão, que já me consome. Acordo e não tenho vontade de levantar, parece que este mundo não foi feito para mim. Ninguém nunca será capaz de me amar, jamais serei a primeira opção na vida de ninguém. Não consigo ver um futuro, só consigo olhar para o passado e me lamentar.

Foram duas cartas recebidas no mesmo dia, e suas leituras, quase simultâneas, favoreceram a elaboração de uma hipótese que pretende decifrar o sintoma de Marta.

 A primeira carta, enviada por Luís, profissional autônomo de meia-idade, relata uma curiosa repetição. Trabalhador talentoso, alcança razoável sucesso financeiro rapidamente, mas mal consegue seu objetivo.


 Por alguma razão desconhecida, torna-se irresponsável, gastando compulsivamente ou embarcando em investimentos duvidosos que o levam rapidamente à falência. É então que reinicia outro ciclo semelhante, com desfecho idêntico.

A outra carta foi de Marta, uma mulher bonita, bem empregada, que acabara de perder seu terceiro pretendente.

 Quando se apaixona, transforma-se numa pessoa radicalmente ciumenta, convencida de que seu namorado a trocará por outra mais bonita, sensual e inteligente.

 Esta certeza a obriga a controlar e perseguir seu namorado, um assédio que termina quando o homem desiste da relação.

 Não existia nenhum vínculo formal entre as duas histórias, mesmo assim, tive a impressão de que as duas apresentavam um mesmo fator inconsciente que, uma vez identificado, poderia esclarecer a origem desses transtornos.

No caso do Luís, mudei o tom do seu relato — ao melhorar suas finanças, não se torna apenas gastador e irresponsável, mas também obedece a uma ordem superior, um mandato que o faz perder tudo e cumprir um voto de pobreza.

Ter dinheiro equivale a cometer um delito, motivo pelo qual cai sempre em exigência e perde tudo. Algo semelhante acontecia com um antigo paciente que tinha uma rivalidade infantil com seu pai, um empresário rico. Para não mudar essa condição de superioridade de seu pai, seu recurso neurótico era viver atolado em dívidas.

Vejamos agora a situação da Marta. Quando estabelece uma boa relação, ela a perde imediatamente, convencida de que outra mulher ocupará seu lugar.

 Uma frase de sua carta chama a atenção: “Jamais serei a primeira opção para ninguém',' o que revela sua melhor síntese.
 Quando namora, é, de fato, a “primeira opção" de seu pretendente.

 A partir desse instante, ela também entra em exigência, motivo pelo qual fabrica uma rival que a empurra para a "segunda opção”.

 Toda mulher ciumenta sem motivos, quando imagina a traição, perde o primeiro lugar para cair na "segunda opção',' deslocada pela "outra" que ocupará o primeiro lugar.

Para Luís, é proibido ser rico. Para Marta, é impossível ser a "primeira” e quando é, rapidamente corrige a situação inventando uma rival. Não sabemos por que Marta precisa deixar a primeira opção vaga.

 Seria o espaço de sua mãe ou de sua irmã? Por isso, transformamos o relato de Marta numa lei que a impede de ser amada. Precisa obedecer a uma ordem inconsciente, um mandato que não pode ser ignorado. 

Ganhar dinheiro ou ser amada somente são possíveis quando não contradizem as leis secretas ou pactos históricos que governam o mundo interno de cada indivíduo.

 Por isso, meu conselho para Marta e Luís é não confundir relatos com mandatos. Os relatos são apenas descritivos, os mandatos, no entanto, são severos e punitivos; castigos antigos, fora de moda que já prescreveram. No momento atual, eles são irrelevantes e não precisam ser obedecidos. ©

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