domingo, 12 de julho de 2015

Eu posso amar infinitamente




Olhe pra este simbolo da Chama Trina e do coração e mergulhe dentro do seu coração , e encontre com a beleza da sua  Alma. 
Tenha consciência da Chama Trina que queima no seu coração.
A chama do Amor, da Sabedoria que realiza a Vontade de Deus.

Assuma a luz do amor do seu coração e siga em frente.

Meditando
Todos os outros ensinamentos espirituais são inúteis se não conseguimos amar. Mesmo os estados mais exaltados e as mais excepcionais conquistas espirituais não têm a menor importância,
 se não conseguimos ser felizes nos caminhos mais básicos e comuns e se não conseguimos tocar, com o coração, nossos semelhantes e a vida que nos foi concedida.

O que importa é como vivemos. E por isso que é tão difícil e tão importante perguntarmos a nós mesmos: “Estou vivendo o meu caminho ple­namente, estou vivendo sem remorsos?” — para que, quando se aproximar o fim da nossa vida, possamos afirmar: “Sim, eu vivi o meu caminho com o coração”.

A qualidade da bondade e  a manifestação da Luz da Alma, é o solo fértil no qual pode crescer uma vida espiritual integrada.

 Com um coração amoroso como pano de fundo, tudo que tentamos, tudo o que encontramos se abrirá e fluirá com mais facilidade. Embora, em muitas cir­cunstâncias, a bondade possa emergir naturalmente em nós, ela também pode ser cultivada.

Esta meditação é uma prática de 2.500 anos de idade que usa a repetição de frases, imagens e sensações para evocar a bondade e a generosidade em relação a nós mesmos e aos outros.

Você pode experimentar esta prática para ver se ela lhe é útil. É melhor começar pela repetição contínua por 15 ou 20 minutos, uma ou duas vezes por dia, em um local calmo, durante vários meses.

De início, esta me­ditação poderá parecer mecânica ou ineficaz, ou até mesmo fazer surgir o seu oposto: a sensação de irritação e raiva.

 Se isso acontecer, é importante que você seja paciente e gentil consigo mesmo e deixe que qualquer coisa que aflore seja recebida dentro de um espírito de generosidade e bondosa afeição.

 Em seu tempo, mesmo diante de dificuldades interiores, a bondade se desenvolverá.
Sente-se numa posição confortável. Deixe seu corpo relaxar e ficar em repouso.

Na medida do possível, deixe sua mente aquietar-se e desapegue-se de projetos e preocupações. Então, comece a recitar para si mesmo estas frases dirigidas a você. 

Comece com você mesmo, pois, sem amar a si mesmo, é praticamente impossível amar os outros.

Que eu possa ser envolvido e abençoado(a) pela bondade de Deus, do Universo, da Vida.

Que eu possa me sentir bem, em harmonia com tudo e com todos.

Que eu possa estar em paz e tranquilidade com a Unidade
Que eu possa estar feliz, ser  amado, próspero e saudável.

Que eu tenha muitos amigos que sejam o meu  dharma - a graça da bondade.
Que eu seja o dharma da bondade para todos.

Ao pronunciar essas frases, talvez você também queira usar a imagem contida nas instruções de Buda: imagine-se como uma criancinha muito amada (ou sinta-se como é agora) envolvida por um coração de bondade.
Deixe as sensações aflorarem com as palavras. 

Ajuste as palavras e as imagens para encontrar as frases exatas que melhor irão abrir a bondade do seu coração.

 Repita muitas vezes as frases, dei­xando que os sentimentos impregnem seu corpo e sua mente.

Pratique esta meditação repetidamente durante várias semanas, até que cresça o sentimento de bondade por você mesmo.
Quando se sentir pronto, na mesma meditação você poderá gradualmente ex­pandir o foco da sua bondade para incluir os outros.

Eu Sou a Ponte da Bondade Divina.
 Depois de si mesmo, escolha um benfeitor, alguém na sua vida que realmente cuidou de você.

Visualize essa  pessoa e cuidadosamente recite as mesmas frases, Que ele (ela) possa ser envolvido(a) pela bondade e assim por diante. 

Quando a bondade pelo seu benfeitor se desen­volver, comece a incluir na meditação outras pessoas que você ama, visualizando-as e recitando as mesmas frases, evocando um sentimento de bondade por elas.

Depois disso, você pode gradualmente começar a incluir outros amigos, membros da sua comunidade, vizinhos, pessoas de toda parte, animais, toda a Terra e todos os seres. 

Então você poderá experimentar incluir as pessoas mais difíceis da sua vida, desejando que também elas sejam envolvidas pela bondade e pela paz.
 Com alguma prática, um firme sentimento de bondade poderá se desenvolver e, no decorrer de 15 ou 20 minutos, você será capaz de incluir muitos seres na sua meditação, partindo de você para um benfeitor, para as pessoas amadas e para todos os seres em toda a parte.

Então você poderá aprender a praticar a bondade em qualquer lugar. Você pode usar esta meditação em engarrafamentos de trânsito, em ônibus e aviões, na sala de espera do médico e em mil outras circunstâncias. 
Ao praticar silenciosamente esta meditação da bondade entre as pessoas, você irá sentir de imediato uma maravilhosa conexão com elas — o poder da bondade. Ela trará calma à sua vida e o manterá ligado com o seu coração.

Eu  posso amar infinitamente
Mesmo os estados mais exaltados e as mais excepcionais conquis­tas espirituais não têm a menor importância se não conseguimos ser felizes nos caminhos mais básicos e comuns e se não conseguimos tocar, com o coração, nossos semelhantes e a vida que nos foi concedida.

Ao nos dedicarmos à vida espiritual, o que importa é simples: precisamos ter certeza de que nosso caminho está conectado ao nosso coração. Muitos outros pontos de vista nos são oferecidos no mercado espiritual do mundo moderno.

As grandes tradições espirituais oferecem histórias de iluminação, bem-aventurança, conhecimen­to, êxtase divino e as mais elevadas possibilidades do espírito humano.

Ao iniciar uma jornada espiritual genuína, precisamos permanecer muito próximos de nós mesmos, focalizar diretamente aquilo que está diante de nós nesse exato instante, ter certeza de que nosso caminho está conectado ao nosso amor mais profundo. Don Juan, em seus ensinamentos a Carlos Castaneda, assim o expressou:

Olhe cada caminho de perto, deliberadamente. Experimente-o tantas vezes quantas julgar necessário. Então faça a si mesmo, e só a si mesmo, uma pergunta. Essa pergunta define o seu dharma ou o karma.
”Esse caminho tem um coração? ”

Se tiver é um caminho bom. Se não tiver é um caminho inútil - pode ser corrupto sem ética, escuro, egoísta, sem solidariedade, sem união... Esse caminho nos leva para a decadência moral e espiritual.

Os ensinamentos deste texto falam do encontro de um caminho com o coração, de experimentar um caminho que nos transforma e nos toca no centro do nosso ser. Fazê-lo é encontrar um caminho de prática que nos permite viver no mundo, total e plenamente, a partir do nosso coração.

Ao perguntar, “Estou seguindo um caminho com o coração?”, descobrimos que ninguém pode definir para nós exatamente qual deveria ser o nosso caminho. Pelo contrário, devemos deixar que o mistério e a beleza da harmonia  dessa pergunta ressoem dentro do nosso ser.

Então, em algum lugar dentro de nós, surgirá uma resposta e a com­preensão irá aflorar. Se nos aquietarmos e ouvirmos profundamente, mesmo que por um só momento, saberemos se estamos seguindo um caminho com o coração.

É possível falar diretamente com o nosso coração. Muitas culturas antigas sabem disso. Podemos realmente conversar com o nosso coração, como se ele fosse um bom amigo.

Quando fechamos o nosso coração por medo de ser ferido, decepcionados com tantas desilusões, ficamos presos lá dentro. Isolados e sem comunicação. O coração revela luz magnética que nos une com tudo e com todos 

Na vida moderna, estamos tão ocupados com os nossos pensamentos e afazeres cotidianos que esquecemos essa arte essencial de fazer uma pausa e conversar com o nosso coração, ou com a nossa  Alma ou Eu  Superior.

Quando lhe perguntamos sobre o nosso caminho atual, preci­samos observar os valores pelos quais escolhemos viver. Onde empregamos o nosso tempo, a nossa força, a nossa criatividade, o nosso amor? 

Precisamos olhar nossa vida sem sentimentalismos, exageros ou idealismo. Aquilo que estamos escolhendo reflete aquilo que valorizamos mais profundamente?

A tradição budista ensina seus seguidores a verem toda a vida como preciosa. Os astronautas que deixam a Terra também redescobriram essa verdade. Um grupo de cosmonautas russos assim a descreveu:

“Trouxemos alguns peixinhos para a es­tação espacial a fim de realizar certas experiências. Devíamos ficar aqui por três meses. Depois de três semanas, os peixinhos começaram a morrer. Quanta pena sen­timos deles! O que não fizemos para tentar salvá-los!

Na Terra, sentimos prazer em pescar, mas, quando estamos sós e longe de tudo 0 que é terrestre, qualquer forma de vida é muito bem-vinda. Percebe-se o quanto a vida é preciosa”.

Nesse mesmo estado de espírito, um astronauta, quando sua cápsula pousou, abriu a escotilha para aspirar o ar úmido da Terra. “Eu me inclinei e encostei um punhado de terra no rosto. Abaixei-me e beijei o chão.”

Para ver a preciosidade de todas as coisas, precisamos desenvolver a nossa atenção plena. A prática espiritual pode levar-nos a essa percepção consciente, sem "a ajuda de qualquer viagem espacial.

À medida que as qualidades da presença e da simplicidade começam a permear mais e mais a nossa vida, nosso amor mais profundo pela Terra e por todos os seres começa a expressar-se e a trazer vida para o nosso caminho.

Para compreender mais profundamente o que esse sentimento de preciosidade evoca e como ele dá significado a um caminho seguido com o coração, trabalhemos com a seguinte meditação. Na prática budista, pede-se que a pessoa reflita sobre a morte para compreender o significado da vida.

A meditação tradicional para esse propósito consiste em sentar-se tranquilamente e sentir o estado passageiro da vida. Após ler este parágrafo, feche os olhos e sinta a mortalidade desse corpo humano que lhe foi concedido.

A morte é para nós uma certeza — só a hora da morte ainda está por ser descoberta. Imagine que você está no fim da sua vida — na próxima semana, no ano que vem ou na próxima década, em qualquer momento no futuro.

Agora acompanhe sua memória através de toda a sua vida e traga à mente duas boas ações que você praticou, duas coisas que você fez e que foram boas.

Não é necessário que sejam grandiosas; deixe que aquilo que queira emergir aflore naturalmente. Ao visualizar e relembrar essas boas ações, conscientize-se também da maneira como essas lembranças afetam sua consciência, como elas transformam os sentimentos e o estado do coração e da mente, conforme você os vê.

Quando tiver concluído essa reflexão, olhe com muito cuidado para a qualidade dessas situações, olhe aquilo que está compreendido em um momento de bondade colhido em toda uma vida de palavras e atos.

A maioria das pessoas capazes de lembrar essas boas ações nessa meditação descobre que elas são espantosamente sim­ples. Raramente trata-se de ações que colocaríamos no nosso curriculum vitae.

Para algumas pessoas, um momento de bondade foi apenas aquele em que disseram ao pai, em seu leito de morte, que o amavam;
 ou quando atravessaram o país, num período sobrecarregado de trabalho, para cuidar dos sobrinhos enquanto a irmã se recuperava de um acidente de automóvel.

Uma professora do primeiro grau teve a simples visão das manhãs em que abraçou crianças que choravam ou passavam por uma fase difícil.

 Em resposta a essa meditação, certa vez, uma mulher levantou a mão, sorriu e disse; “Nas ruas congestionadas, quando chegamos a uma vaga ao mesmo tempo, eu sempre a cedo a outra pessoa”. Essa era a boa ação da sua vida.

Outra mulher, uma enfermeira de seus 60 anos que havia criado filhos e netos e vivido uma vida plena, teve esta lembrança: ela tinha seis anos de idade quando um carro quebrou diante de sua casa, nuvens de vapor escapando do capô.

Dois senhores idosos desceram do carro, olharam, e um deles foi até a cabine telefônica da esquina chamar uma oficina. Voltaram a sentar-se no carro para esperar o guincho.

Criança curiosa, ela foi falar com eles e, depois de vê-los esperar por um longo tempo no carro aquecido, entrou em casa. Sem sequer lhes perguntar, preparou uma bandeja com chá gelado e sanduíches e levou-os para eles na calçada.

As coisas que mais importam na nossa vida não são extraordinárias ou grandiosas. São os momentos em que tocamos o outro, quando estamos presentes da maneira mais atenta ou cuidadosa. Essa simples e profunda intimidade é o amor pelo qual todos nós ansiamos*.

Esses momentos de tocar e ser tocados podem tornar-se a base para um caminho com o coração e ocorrem da maneira mais imediata e direta. Madre Teresa de Calcutá assim o expressou:

 “Nesta vida, não podemos fazer grandes coisas. Podemos apenas fazer pequenas coisas com grande amor”.

Algumas pessoas acham este exercício muito difícil. Nenhuma boa ação lhes vem à mente ou poucas surgem, apenas para serem rejeitadas de imediato por serem julgadas superficiais, pequenas, impuras ou imperfeitas.

Isso significaria que não exis­tem sequer dois bons momentos em toda uma vida com milhares de ações? É difícil de acreditar! Todos nós tivemos muitos deles. E isso tem ainda um outro significado profundo.
É um reflexo de como somos implacáveis com nós mesmos.

 Julgamos a nós mesmos com tanta severidade que só um Idi Amin Dada ou um Stalin iriam nos escolher para presidir seus tribunais. É difícil admitir que a bondade e o amor genuínos podem brilhar livremente a partir de nossos corações. No entanto, isso acontece.

Viver um caminho com o coração significa viver do modo que nos é mostrado nessa meditação, significa permitir que o sabor da bondade impregne a nossa vida. Quando damos plena atenção aos nossos atos, quando expressamos nosso amor e vemos a preciosidade da vida, a bondade cresce em nós.

Uma simples presença cui­dadosa pode começar a permear mais momentos da nossa vida. Temos de perguntar continuamente ao nosso coração: O que significaria viver assim? O caminho, o modo que escolhemos para viver a nossa vida, está levando a isso?

Em meio à tensão e à complexidade das nossas vidas, talvez esqueçamos nossas intenções mais profundas. Porém, quando as pessoas chegam ao fim da vida e olham para trás, as perguntas que elas geralmente fazem não são:

“Quanto tenho na minha conta corrente?”, “Quantos livros escrevi?”, “O que construí?” ou coisas semelhantes. Se você tiver o privilégio de estar ao lado de uma pessoa que está consciente do momento da sua morte, verá que as perguntas que ela faz são muito simples:

 “Eu amei plenamente? ”, “Vivi plenamente? ”, “Aprendi a me desapegar?”

Essas simples perguntas atingem o próprio âmago da vida espiritual. Quando consideramos o ato de amar bem e de viver plenamente, podemos ver o modo como nossos apegos e medos nos limitaram e podemos ver abrirem-se as muitas oportu­nidades para os nossos corações.
Permitimos a nós mesmos amar as pessoas à nossa volta, nossa família, nossa comunidade, a Terra sobre a qual vivemos?

 E teríamos também aprendido o desapego? Teríamos aprendido a viver através das mudanças da vida com graça, sabedoria e compaixão? Teríamos aprendido a perdoar e a viver a partir da influência do coração, e não a partir da influência do julgamento? /

O desapego é um tema central na prática espiritual, à medida que vemos a pre­ciosidade e a brevidade da vida. Quando o desapego é exigido, se não tivermos apren­dido a nos desapegar, sofreremos imensamente, e, ao chegar ao fim da vida, talvez tenhamos aquilo que é chamado de “rota de colisão”.

Mais cedo ou mais tarde, pre­cisamos aprender a nos desapegar e permitir que o mistério passageiro da vida se mova através de nós sem que o temamos, sem nos prender e sem manter-nos apegados.

Conheci uma moça que ficou ao lado da mãe durante o longo tempo em que ela esteve doente de um câncer. Parte desse tempo a mãe esteve em um hospital, ligada a um grande número de tubos e aparelhos.

Ambas concordaram que seria terrível morrer daquela maneira e, quando a doença se agravou, a mãe foi finalmente desligada de toda a parafernália médica e lhe permitiram que fosse para casa.

Seu câncer progrediu mais ainda. No entanto, a mãe tinha dificuldade em aceitar sua doença. Ela tentava dirigir a casa do seu leito, pagar as contas, e supervisionar todos os assuntos rotineiros da vida. Ela lutava contra a dor física, porém lutava ainda mais contra sua incapacidade de se desapegar.

Um dia, em meio a essa luta, muito mais doente e um tanto confusa, ela chamou a filha e disse: “Filha querida, por favor, agora desligue os tubos”. E a filha delicadamente mostrou: “Mãe, você não está ligada aos tubos”.

Alguns de nós temos muito a aprender a respeito do desapego. Desapegar-se e mover-se através da vida, de uma mudança para outra, amadurecimento ao nosso ser espiritual.

No final, descobrimos que amor e desapego po­dem ser a mesma coisa. Em ambos os casos, não buscamos possuir. Ambos nos permitem tocar cada momento dessa vida passageira e nos permitem estar plenamente presentes em tudo o que vier acontecer.

Existe uma antiga história sobre um famoso rabino que vivia na Europa e um dia foi visitado por um homem que viajou de navio desde Nova York para vê-lo. O homem chegou à casa do grande rabino, uma casa espaçosa numa cidade européia, e foi levado aos aposentos do rabino, que ficavam no sótão.

Ele entrou e descobriu que o mestre vivia em um quarto com uma cama, uma cadeira e alguns livros. O homem esperava muito mais. Depois dos cumprimentos, perguntou:

Rabino, onde estão suas coisas? O rabino replicou: Bem, onde estão as suas? O visitante sur­preendeu-se: Mas, rabino, eu estou só de passagem! E o mestre respondeu: Eu também, eu também.

Amar plenamente e viver bem exige de nós o reconhecimento final de que não temos nem possuímos coisa alguma nem a casa, nem o carro, nem as pessoas que amamos, nem sequer o nosso próprio corpo.
 A alegria e a sabedoria espirituais não vêm através da posse mas, sim, através da nossa capacidade de abertura, de amor mais pleno, de mudança e liberdade na vida.

Essa não é uma lição a ser adiada. Um grande mestre assim o explicou: Seu problema é que você pensa que tem tempo.

 Não sabemos quanto tempo temos. O que seria viver com o conhecimento de que este talvez seja o nosso último ano, a nossa última semana, o nosso último dia? À luz dessa pergunta, podemos escolher um caminho com o coração.

Às vezes é necessário um choque para nos despertar, para nos conectar com o nosso caminho. Há muitos anos, uma mulher me pediu para visitar seu irmão em um hospital de San Francisco. Ele ainda não chegara aos quarenta anos e já estava rico.

Era dono de uma empresa construtora, de um barco, de uma fazenda, de uma casa na cidade, de mil coisas. Certo dia, dirigindo sua BMW, ele ficou temporaria­mente cego. Os testes mostraram que ele tinha um tumor no cérebro, um melanoma, um tipo de câncer de crescimento rápido. O médico lhe disse:

Queremos operá-lo, mas tenho de lhe avisar que o tumor está localizado no centro da fala e da com­preensão. Se removermos o tumor, você poderá perder toda a capacidade de ler, de escrever, de falar, de compreender qualquer língua.

 Se não o operarmos, você talvez tenha seis semanas de vida. Pense bem nisso. Queremos operá-lo amanhã de manhã. Comunique-nos sua decisão até lá.

Visitei esse homem naquela noite. Ele estava muito quieto e pensativo. Como se pode imaginar, estava em um extraordinário estado de consciência. Esse tipo de despertar, por vezes, vem da prática espiritual, mas, para ele, veio através daquelas circunstâncias excepcionais.
Quando conversamos, esse homem não falou da sua fa­zenda, nem do seu barco, nem do seu dinheiro. No lugar para onde ele ia, não aceitam a moeda bancária ou BMWs.
 Tudo o que tem valor nos momentos de grande mudança é a moeda corrente do nosso coração: a capacidade e a compreensão do coração que cresceram em nós.

Vinte anos antes, no final dos anos sessenta, esse homem havia feito um pouco íe meditação zen, havia lido um pouco de Alan Watts e agora, ao enfrentar aquele momento, foi isso que ele trouxe à tona e era disso que ele queria falar: da sua vida espiritual e da compreensão a respeito do nascimento e da morte.

Depois de uma conversa que brotou do fundo do coração, ele calou-se para ficar em silêncio por um instante e refletir. Então virou-se para mim e disse: Já falei demais. Talvez eu tenha dito palavras demais.
Esta noite, o que me parece precioso é tomar um gole d’água ou ver os pombos levantar voo do parapeito da janela.

 Eles me parecem lindos. É encantador ver um pássaro cruzar os ares. Esta minha vida ainda não terminou. Talvez eu apenas a viva mais em silêncio. E assim ele concordou em ser operado.

Depois de 14 horas de cirurgia feita por um cirurgião extraordinário, sua irmã o visitou na sala de recuperação. Ele olhou para ela e disse: Bom-dia. Os médicos foram capazes de remover o tumor sem que ele perdesse a fala.

Quando deixou o hospital e se recuperou do câncer, toda a sua vida mudou. Continuou a cumprir responsavelmente suas obrigações profissionais, mas deixou de ser viciado no trabalho.

Dedicou-se mais à família e tomou-se conselheiro para outras pessoas com diagnóstico de câncer e doenças graves. Passava grande parte de seu tempo junto à natureza e também tocando com amor, as pessoas à sua volta.

Se eu o tivesse conhecido antes daquela noite, talvez o tivesse considerado um fracasso espiritual por ele ter feito um pouco de prática espiritual e tê-la abandonado por completo para tomar-se um homem de negócios. Ele parecia ter esquecido todos esses valores espirituais.

Mas quando chegou a hora, quando parou para refletir nesses momentos entre a vida e a morte, mesmo a pouca prática espiritual que havia expe­rimentado, tomou-se muito importante para ele.

Nunca sabemos o que os outros estão aprendendo e não podemos julgar de imediato ou com leviandade a prática espiritual de ninguém. Tudo o que podemos fazer é olhar dentro do nosso coração e perguntar o que é importante no caminho que estamos vivendo.

O que podería levar-me a maior abertura, a maior honestidade e a uma capacidade
mais profunda de amar?
Um caminho com o coração também incluirá nossos dons únicos e nossa cria­tividade. A expressão exterior do nosso coração talvez seja escrever livros, construir edifícios, abrir caminhos para as pessoas servirem umas às outras.

Talvez seja ensinar, cuidar do jardim, servir alimentos ou tocar música. O que quer que escolhamos, as criações da nossa vida precisam estar enraizadas no nosso coração. Nosso amor é a fonte de toda a energia para criar e para nos ligar às pessoas.

Se agirmos sem uma conexão com o coração, até mesmo as maiores coisas da nossa vida se tomarão res­sequidas, sem sentido ou estéreis.

Pois é, a coisa simplesmente não funciona. A verdade é que o de que realmente precisamos não é de ganhadores do Nobel, mas de amor. Como é que você acha que alguém chega a ganhar o Nobel? Querendo amor, é isso. Querendo tanto, tanto, que trabalha o tempo todo e termina ganhando o Nobel. É um prêmio de consolação.

O que importa é o amor. 

Assim, apenas pratique o amor. Ame um russo. Você ficaria surpresa de ver como é fácil e como isso vai iluminar as suas manhãs. Ame um iraniano, um vietnamita, pessoas que não estão apenas aqui mas em toda parte. E então, quando tiver se tomado perita nisso, tente alguma coisa difícil, como amar os políticos na capital do nosso país.

O anseio por amor e o movimento do amor estão por trás de todas as nossas atividades: A felicidade que descobrimos na vida não está relacionada com o ter ou o possuir ou mesmo o compreender.

Pelo contrário, ela é a descoberta dessa capa­cidade de amar, de ter um relacionamento amoroso, livre e sábio com toda a vida. Esse tipo de amor não é possessivo; ele surge do senso de nosso próprio bem-estar e conexão com todas as coisas. Portanto, ele é generoso e desperto, e ama a liberdade de todas as coisas.

A partir do amor, nosso caminho pode levar-nos a aprender a usar os nossos dons para curar e servir, para criar a paz à nossa volta, para honrar o sagrado da vida, para abençoar tudo aquilo que encontramos e para desejar o bem de todos os seres.

A vida espiritual pode parecer complexa, mas, em essência, não tem comple­xidade alguma. Podemos encontrar clareza e simplicidade mesmo em meio a esse mundo complexo, quando descobrimos que a qualidade que fazemos nascer do coração é o que mais importa.

 O amado poeta zen Ryokan sintetizou tudo isso ao dizer:
A chuva cessou, as nuvens se afastaram e o céu voltou a ser límpido.
Se o teu coração é puro, então tudo no teu mundo é puro...
E a lua e as flores te guiarão ao longo do Caminho.

Este texto é resultado de uma pesquisa inspirado em vários mestres do assunto.

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Repassando à Chama  Trina da Purificação e da Liberação
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