sexta-feira, 9 de outubro de 2015

ENCONTRO DO HOMEM COM O SEU EU CENTRAL






ENCONTRO DO HOMEM COM O SEU EU

“O amor é a mais alta racionalidade” (Albert Schweitzer).
E esta suprema racionalidade do amor pede cometer a mais estupenda irracionalidade — escravizando-se por amor...
É este o mais profundo mistério dos avagares, e, sobre­tudo, do Cristo. “Quem quiser ser grande seja o servidor de todos.”

“Eu sou senhor de tudo que sei, mas eu sou escravo de tudo que ignoro” (Spinoza).

O mundo do homem é um grandioso cosmos, no qual o Eu central habita e governa como soberana Essência, a cujo serviço devem estar todas as Existências, assim como os planetas giram em torno do sol.

“Elevados são os sentidos; mais alta que os sentidos é a inteligência; acima da inteligência está a razão — mas acima de todos está o Eu (puruska) ” (cf. Bhagavad Gita, UI, 42 s.).

Se acordaste para o Eu central, e se integraste todos os teus egos periféricos nessa centralidade divina — então po­derás viver no meio do mundo sem ser derrotado, porque o teu mundo interno é mais poderoso que todos os mundos externos.

Esse Eu é a silenciosa Fonte de luz e força.
“O homem que disciplinou o seu mundo interior e está consolidado no Eu, totalmente livre do desejo de objetos dese­jáveis — esse é um homem liberto.

Como uma chama colo­cada num lugar abrigado não bruxuleia, assim é o yogui que disciplinou o seu mundo interno e se firmou no Eu” (cf. Bha­gavad Gita, VI, 18 ss.).

Enquanto o homem não rompe caminho rumo ao seu Eu central, vive ele perturbado e a sua força é dispersa.
 
 A irredenção do seu Ego se revela, em sua vida externa, de modos vários: como entraves, descontentamentos, tristezas, irritação; porque o Eu é hostil ao homem, enquanto o homem não o reconhece e aceita como soberano da sua vida;

 mas o Eu é fiel amigo e aliado do homem quando ele lhe permite que aja sobre ele com a sua inesgotável plenitude de luz e força.

Entretanto, não há nenhum caminho que conduza ao Eu senão o próprio. Eu — é este o estranho paradoxo da vida.

Não é nenhum objeto que, como de fora, possa ser contem­plado e invocado — ele tem de evocar o seu próprio sujeito, o seu verdadeiro EU SOU, a sua Onipotência dormente.

Quem quer contemplar esse Ser deve sê-lo. O homem que quer che­gar ao seu Ser deve realizar em si sua potencialidade central.

“É com o próprio Eu que se apreende o Eu. O Eu é amigo do Ego, mas o Ego é inimigo do Eu. O homem que não des­cobre o Eu considera este Eu seu inimigo e o hostiliza” (ef. Bhagavad Gita, VI, 5 s.).

A amizade vem da sapiência, a inimizade vem da igno­rância. Enquanto a ignorância do Ego continua a eclipsar a sapiência do Eu, nada está resolvido; mas, quando a sapiência do Eu ilumina a ignorância do Ego, tudo está resolvido, ou em vias de solução.
 Somente a verdade total sobre o homem pode libertá-lo de todos os males, de que o Ego é a raiz. A experiência do Eu exerce sobre toda a vida humana uma ação libertadora e beatífica.

Quem não atinge o Eu na sua pro­fundeza cósmica deixa-se iludir pelo caráter mental ou emo­cional dos pensamentos ou sentimentos, que partem do Ego e mantém o homem ligado ao Ego ignorante e escravizam-te.

Quem rompe caminho até à pro­fundeza cósmica do Eu, do Espírito Universal no homem, até ao mais profundo Ser ultra empírico e ali descobre a Rea­lidade, que é ele mesmo em sua

essência — esse é atraído para aquela luminosa e silenciosa comunidade da qual irra­diam tranquilidade e segurança, plena libertação da escravi­dão das coisas provisórias e imediatas.

E então esse homem enxerga não só a si mesmo, mas o Todo, porque o seu Ser humano radica nesse Todo, que é a Realidade Cósmica da Essência e da Existência, do mundo Causante e do mundo Causado.

 E por isto é ele permeado por uma grande clareza e liberdade, que solve todos os com­plexos, desperta as forças dormentes, dinamiza a coragem, purifica os desejos, amplia o poder da vontade e dá inefável felicidade em todas as situações da vida.
 A visão do Eu esta­belece contato de profundidade entre o homem e as potên­cias criadoras do Universo, porquanto o Eu é a presença dessa potência eterna do Cosmos Universal dentro do homem in­dividual.

Assim é que o Eu, uma vez descoberto e realizado, produz aquela última e absoluta entrega do homem à Vontade Uni­versal; e, a partir daí a serenidade dinâmica da Divindade penetra e pervade toda a existência e atividade do homem.

Onde esta experiência é realizada em toda a sua pro­fundeza e plenitude não há mais desperdício de forças, por­que todas as forças estão a serviço da Vida Cósmica.

O homem, assim nascido em Deus, sente despertar em si todas as forças para agir no meio do mundo e da huma­nidade; liberto de todas as algemas do ego humano, expande a onipotência do Eu divino.

“Para o homem que encontra a sua alegria no Eu, que repousa satisfeito no Eu e nele encontra a sua suficiência, para esse não existe mais o “dever” que o impila a agir.

 Não mais procura um “para que”, nem no agir nem no desistir; ne­nhuma criatura lhe serve de meio para atingir o seu fim.

 O homem que age sem nenhum interesse atinge a meta e alcança o mais alto” (cf. Bhagavad Gita, III, 17 ss.).

Segundo a Bhagavad Gita, é na realização do Eu divino que o homem encontra definitiva libertação da lei férrea da causalidade mecânica escravizam-te, porque se coloca numa

zona supra causal, onde cessa o auto determinismo passivo, e impera soberana a autodeterminação ativa, que é o livre-arbítrio do Eu.

Mas, se o homem se desescravizou deste mundo de es­cravidão causal, por que continua a agir no meio desse am­biente de escravidão universal?

 Aqui estamos diante do maior enigma do livre-arbítrio, que, em face da exultante liberdade que goza plenamente, pode querer voltar externamente ao mundo dos escravos, que ainda não conhecem essa liberdade.

“O amor é a mais alta racionalidade” (Albert Schweitzer).
E esta suprema racionalidade do amor pede cometer a mais estupenda irracionalidade — escravizando-se por amor...

É este o mais profundo mistério dos avagares, e, sobre­tudo, do Cristo. “Quem quiser ser grande seja o servidor de todos.”

Postado por Dharmadhannya
Psicoterapeuta Transpessoal







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