segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Dez razões por que seu filho precisa obedecer





 “Se meus pais não estabelecem uma hora para eu voltar para casa, é porque não se importam comigo. ”

 Essa curiosa frase de um adoles­cente deixa clara a necessidade que as crianças têm de que mostrem a elas o que podem e o que não podem fazer.

Se estabelecermos uma lista com as dez principais razões por que você precisa impor regras ao seu filho, e ele precisa cumpri-las, che­garíamos à esta lista:

NÚMERO UM - Porque, com as regras, ele aprenderá o que pode e o que não pode fazer. A pílula mágica não existe, e as crianças não nascem sabendo o que “é certo e o que não é.” Nascem com todo o potencial para aprender isso, desde que alguém lhes ensine.

A aprendizagem do adequado/inadequado não vem de fábrica, e é tarefa, principalmente dos pais, que esses conceitos sejam in­cluídos no dia a dia da educação das crianças para que, no futuro, elas venham a se beneficiar dele/.

 Como os carros, as crianças podem funcionar sem manutenção, mas, depois, passarão muito tempo na oficina.

Quando os pais estabelecem limites para seus filhos, dão a eles referências que os ajudam a ter claros determinados critérios sobre a vida.

 “Minha mãe disse que não devo fazer isso”, responde um me­nino de quatro anos a um amigo que insiste em que ele roube doces em uma loja.


 Quando se educa com regras, fica claro desde muito cedo que a criança estabelece a própria escala de valores e aprende a respeitar os outros.
Carla tem cinco anos e é alérgica a nozes. Desde pequena, seus pais lhe explicaram o que aconteceria se as comesse. Chegou a época em que Carla começou a ir à escola, e seus pais tiveram que confiar que a menina se encarregaria de evitar nozes.

 Na escola, Carla sem­pre pergunta se o que vai comer tem nozes e nunca as comeu, mesmo que apareçam em forma de doces atraentes.
 E o mais curioso é que Carla nunca sofreu as consequências de comer nozes, ela nunca teve a experiência de comê-las e passar mal.
 Esse exemplo é muito útil para se entender como uma regra, “Você não pode comer nozes”, é interiorizada e respeitada.

 Isto é, não é necessário ser alérgico a algo para se aprender a respeitar as regras, mas o caso de Carla mostra que as crianças são capazes de assimilar as regras e colocá-las em prática. Desde que alguém as guie na aprendizagem.

NÚMERO DOIS - Porque os limites fazem com que a criança se sinta segura e protegida. Elimina-se a incerteza de: “O que tenho que fazer agora, o que esperem que eu faça?”, e dão à criança a sensação de que, se não sabe como lidar com alguma situação, papai e mamãe irão ajudá-la a resolver.

“Eles são meus super-heróis favoritos porque podem tudo”, um menino falou quando lhe pediram que falasse dos pais.

Em outra ocasião a pergunta foi: “Por que você acha que seus pais amam você?” e uma menina de 7 anos foi muito clara ao responder:
 "Porque, por mais que eu grite e chute, eles não me expulsam de ca­sa” As crianças se sentem protegidas à medida que somos firmes e convincentes.
Sem incerteza, não há ansiedade; com segurança, a criança sente que obedecer as regras é o melhor para ela. Por isso é importante que as regras sejam justas.

NÚMERO TRÊS - Porque é a melhor vacina contra a agressivi­dade e a ansiedade. Colocar limites é dizer à criança: “Até aqui você pode ir, mas depois, NÃO.”

 Um NÃO maiúsculo, sem complexos e seguro de que estamos ensinando a criança a lidar com a frustração é um importante aliado na educação de seu filho.

 Aprender a renun­ciar aos seus desejos os ensina a tolerar a frustração: “É, não foi meu melhor jogo; tenho que me esforçar mais nos treinos se quiser me­lhorar”, diz uma criança que já experimentou o erro, desejou algo e ouviu um “não” como resposta.

 É dizer “Melhorar depende do meu esforço.” Por outro lado, “Esse time é uma porcaria, não vou mais voltar a jogar, o campo estava ruim, os jogadores do outro time fize­ram faltas, e o juiz não apitou.

 Não vou mais jogar com esse time!”, é o que diz uma criança que escutou poucos “nãos.” O que é o mesmo de dizer: “O treinador, o time, os jogadores e as condições estavam ruins”, logo, a culpa é sempre dos outros.

Nós, adultos, sabemos que as coisas não saem sempre como que­remos e que, na maioria das vezes, temos que nos esforçar muito para conseguir realizar nossos desejos.

 As crianças não sabem. Elas ainda não aprenderam isso. Se permitirmos que tenham experiências em que as coisas não saem como querem  (que se entediem em uma festa sem que possam ir embora, 

calcem sapatos em vez de tênis, esperem até depois do almoço para comer um doce, durmam na hora certa, só ganhem a bicicleta se cumprirem com seus horários de estudo, eco­nomizem para comprar as figurinhas da moda...), se as incentivamos  a superar as dificuldades 

(deixamos que lutem um pouco com o ca­saco antes de ajudá-las com os botões difíceis, lembramos a elas que estão correndo muito,

mas que devem continuar a jogar, elogiamos quando se esforçam nos estudos) e se estamos inclinados a comemo­rar cada um dos seus' sucessos, a criança aprenderá a lidar com sua ansiedade e agressividade.

Quando esse aprendizado não corre bem, a criança pode se tor­nar apática e passiva, ou, no outro extremo, impetuosa ou tirana; ati­tudes que revelam a insegurança que a criança experimenta.

NÚMERO QUATRO - Porque uma criança sem limites se transfor­mará em um adulto com as seguintes características:

                    Nunca estará satisfeito, seus sucessos parecerão pequenos, e, quando conseguir algo, já estará pensando no que poderá con­seguir depois.

.  Reagirá muito mal cada vez que ouvir um NÃO: começará com reclamações, depois jogará coisas longe, logo estará batendo portas, virão as ameaças e os insultos, porque vale tudo para conseguir o que se quer.

. Não vai saber esperar. Como sempre esteve acostumado a re­ceber tudo o que desejava, terá de receber o que quiser, na ho­ra em que desejar.

 Não saberá como lidar com a ansiedade da espera e desconhecerá o esforço necessário para obter êxito. Só saberá agredir para gerar medo, e gostará disso, embora no fundo tudo o assuste e o deixe ansioso.

                    Sua autoestima dependerá das coisas materiais que tem. É co­mo se medissem seu valor pelo que possui. Pensa “tenho tanto; valho tanto. ”
NUMERO CINCO - Porque facilita sua vida e melhora a convivência.   
“Ele é tão pequeno que não vai saber fazer isso” “Eu faço e termino mais rápido.

As crianças tem que brincar, e não se preocupar com os problemas dos adultos.

São as razões mais usadas para explicar por que as crianças não assumem responsabilidades em casa. Inclusive, já ouvimos um pai dizer: “Fazer com que meus filhos limpem a mesa e lavem os pratos me parece vergonhoso.

 No meu ca­so, acredito que essa responsabilidade é dos pais, e acho que, quando as crianças nos virem permitindo que desfrutem de sua infância, elas nos tratarão com respeito e cumprirão suas obrigações.”

 É certo que a imitação é uma das melhores formas de educar, mas imitar implica e que a criança faça o que vê e não só veja como se faz.
Manter essa filosofia de ensino tem consequências para as quais os pais deverão se preparar:

. Ter muito menos tempo para passar com os filhos, porque são muitas as tarefas e as responsabilidades em uma casa. Entre os numerosos afazeres, estão colocar e tirar a mesa, limpar o ba­nheiro, arrumar os quartos, arrumar a roupa e a mochila para o dia seguinte.

 O adulto em breve estará se sentindo mais cansa­do, com menos paciência e querendo que as crianças vão para a cama cada vez mais cedo.

. A autonomia das crianças demorará a se desenvolver, pois elas têm menos oportunidades de fazer coisas sozinhas: “Já vesti vo­cê, já lavei seus pratos, já arrumei a sua roupa de amanhã, já guardei seus livros na estante.”

. As crianças perdem a possibilidade de viver experiências que desenvolvam suas habilidades no que tange à atenção, à frus­tração e ao controle da impulsividade:

 “Não se preocupe, con­tinue com o que estava fazendo. Eu aviso quando o jantar es­tiver pronto.”

. A família perderá a oportunidade de aprender a trabalhar em equipe e o valor da colaboração: “Tiramos a mesa juntos e colo­camos os pratos na lava-louças, assim todos teremos um pouco de tempo de lazer depois do jantar.”

• Em situações novas não saberão como se comportar. Não aprenderam um código de conduta porque não têm um em ca­sa e se sentirão inseguros e desconfiados.

NUMERO SEIS - Porque seu filho deve ser ensinado a seguir as regras. Se a criança foi criada sob regras justas e claras, verá a vida desta forma. 

Os soluços dizendo que será a última vez que acontece, os choros pedindo os mesmos patins que todos os colegas de classe têm, as ba­tidas de porta acompanhadas de “Vocês são os piores pais do mun­do”, fazem com que as intenções mais firmes vacilem.

 Ter a certeza de que as regras são justas faz com os pais mantenham a constância, já que realmente é sempre mais fácil ceder aos desejos e exigências das crianças e evitar o conflito.

NÚMERO SETE - Porque seu filho deve aprender a esperar e esforçar-se para ter/conseguir sucesso. Essa frase não fala de sucesso econômico, mas do que fará a criança triunfar com um adulto no âm­bito social, emocional e pessoal.

 Esse êxito depende da constância e da tolerância à frustração nas diferentes situações que a criança enfrenta­rá em sua vida.

“Não vou deixar que você mude de escola. Seu professor só quer que se aplique mais aos estudos”; “Vá brincar no seu quarto; nós, adultos, estamos na sala conversando”;

“Não me interrompa, deixe-me conversar com meu amigo e depois eu falo com você”;

 “Já gastou sua mesada, espere até a próxima semana para comprar suas figu­rinhas”; “Entendo que você esteja zangado, mas não podemos con­versar até que você pare de espernear”;

 “Você caiu? Lembre-se que na descida é melhor ir freando a bicicleta”; “Hoje seus primos che­gam: escolha qual brinquedo não quer emprestar para eles, e vamos guardá-lo. Os outros você terá de compartilhar.”

Todas essas frases são limites impostos que favorecem o apareci­mento de habilidades necessárias para seu filho:

                     Alcançar objetivos, quando vierem precedidos de algum esforço.
. Fazer pedidos com assertividade e não com agressividade.

. Respeitar os outros, suas emoções, atos e opiniões, ainda que não esteja de acordo com eles.

                     Aprender a esperar o tempo necessário entre o que deseja e o resultado.

. Saber errar e saber encontrar uma solução quando isso acontecer.
. ser empático, se colocar no lugar do outro, em momentos de conflitos.

NÚMERO OITO - Porque se as regras e os hábitos não estiverem estabelecidos na vida de seu filho até os quatro anos, ele terá gran­des chances de desenvolver um transtorno de comportamento para transformar-se em uma criança TEA (que são crianças tiranas, exi­gentes, ou agressivas.

NÚMERO NOVE - Porque ele deve aprender a ter disciplina. A mesma disciplina nos faz ir ao trabalho todos os dias, cuidar dos que vivem conosco, economizar para comprar o que se quer, gastar em função do que se tem, praticar esportes ou nos alimentar de forma saudável.

 A habilidade de cumprir as regras necessárias para tornar coerentes nossos atos e nossos pensamentos, sem necessidade de que outros nos vigiem e garantam que estamos fazendo o que deveríamos.

 Se prestarmos atenção à definição que o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa dá à palavra disciplina “(obediência às regras, aos superiores, a regulamentos; conduta que assegura o bem-estar dos indivíduos, maturidade emocional ou o bom funcionamento), algumas coisas são cla­ras:

 que é necessário ser disciplinado para estruturar valores como o respeito, a igualdade, o gosto por compartilhar, a amizade, a justiça, a solidariedade.

 Que é necessário que a criança respeite os limites sem precisar que seus pais estejam o tempo todo vigiando cada um de seus atos.
 Por isso, o entendimento das regras acarreta também no entendimento das consequências de seu não cumprimento.

 Com isso, a criança gradualmente entenderá que precisa se comportar de acordo com as normas, esteja sob vigilância ou não.

NÚMERO DEZ - Porque ele aprende que pode errar, que errar é um direito e que deve avaliar seu erro com honestidade para tentar melhorar da próxima vez e, assim, superar-se.

E isso não vale somente para os filhos. Um pai chega tarde em ca­sa e percebe que seu filho passa quarenta minutos diante de um pra­to de vagens, recusando-se a prová-las enquanto chora, esperneia e grita sem parar que aquela é a pior casa do mundo.

Depois de alguns minutos vendo e escutando o espetáculo da criança, decide pegá-la pelo braço e, subindo o tom ainda mais, arrasta-o até a cama, en­quanto o castiga, dizendo que ficará sem brincar com seus carrinhos até “o dia do juízo final.”

 A cena, carregada de agressividade, não dei­xa de ser frequente. Esse pai sabe que está errado, mas se permite er­rar porque é um direito que todos nós temos.

 Assim, no dia seguinte retoma a questão e explica ao filho: “Ontem eu estava muito cansado e não tive calma suficiente para lidar com a situação. Perdoe-me por tratar você daquela forma. Acredito que é justo que eu devolva seus carrinhos, mas só quando você terminar de comer tudo o que está no seu prato hoje.”

Todos nós erramos; a perfeição nos levaria a viver em um estado de constante pavor do erro. Além de provocar ansiedade, a perfeição é um estado aborrecido de se viver.

 O pai que erra e se desculpa en­sina ao seu filho como pedir perdão e a reconhecer os próprios erros para poder corrigi-los.
Em cada casa deve haver limites. As crianças devem conhecê-los e saber as consequências de respeitá-los ou não.

Perguntamos o seguinte à mãe de dois adolescentes: Por que você acha que seus filhos obedecem às suas regras?

“Porque são regras justas. Sempre lidei assim com meus filhos. Isso não significa que, às vezes, eu não tenha usado o típico “É assim porque eu disse que é”, nem que eles sempre tenham me obedecido na primeira vez.

 Mas, exercitando a paciência e usando o bom senso, conseguimos estabelecer um bom relacionamento.

 Acredito que uma das chaves para isso foi entender que eu não deveria me sentir culpada ao dizer “não” e sustentar a negativa quando necessário.


 Hoje, já crescidos, vejo meus filhos maduros e equilibrados e sou grata pelo resultado de todo aquele esforço.”

Rocio  Ramos - Paul & Luis  Torres. 
Filhos desobedientes Pais desesperados.



Postado por Dharmadhannya
Psicoterapeuta Transpessoal
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