Agora
concentre-se em sua respiração. Inspire harmonia expire harmonia.
Agora
estou em profunda harmonia com a minha Divina Presença.
Eu
sou Harmonia, Luz e equilíbrio.
Eu
inspiro harmonia. Eu expiro harmonia.
Eu
respiro harmonia da Unidade, da vida, da natureza.
Eu
estou em profunda harmonia com tudo e com todos.
Eis
como delimitar e purificar a aura.
Ancore-se e entre no espaço em sua cabeça.
Fique de pé e visualize uma bolha grande e ovoide envolvendo-o completamente.
Ilumine as bordas dessa bolha com uma cor brilhante, reluzente, como se fosse
néon.
Veja o traçado dessas bordas passando acima de
sua cabeça, abaixo dos pés e nas áreas anterior, posterior e laterais do seu corpo
(ver figura 3)
A
distância entre seu corpo e as bordas iluminadas da bolha deve ser de sessenta
a setenta e cinco centímetros (um critério mais prático é o do comprimento do
braço).
Fique
na cabeça e visualize seu cabo de ancoragem. Veja-o sair do primeiro chakra e
fluir constante e calmamente para baixo. Com a aura iluminada, você pode perceber que
seu cabo de ancoragem e os limites de sua aura se entrelaçam.
Eles
se entrecruzam abaixo dos seus pés, à distância do comprimento de um braço. Troque
a cor de seu cabo de ancoragem, fazendo-a coincidir com a cor da bolha da aura;
fique atento ao resultado.
Você pode sentir um tremor ou uma
sensação de liberação, o que significa que sua aura está usando seu cabo de
ancoragem para eliminar parte da energia indesejada dela. Ótimo!
Permaneça
em sua cabeça e estude sua aura. Você acaba de delimitar a área dela e de lhe
atribuir uma cor brilhante, mas ela está se avolumando ou mudando de cor?
Ela está se aproximando de você ou se
desfazendo em manchas? Ela apresenta buracos ou fendas? Alguma parte do seu
corpo sente algum desconforto?
Se isso acontecer, alegre-se; sua aura está se
comunicando com você! Se não perceber nenhuma alteração, alegre-se assim mesmo:
sua aura quer ficar no presente com você.
Em qualquer dos casos, não se preocupe com o
que você vê. Estudaremos a aura mais detalhadamente um pouco adiante. Neste
momento, estamos preparados para efetuar um trabalho de limpeza da aura.
LIMPEZA
DA AURA
Para
limpar a aura, sente-se numa cadeira de encosto reto, pés bem apoiados no chão,
braços soltos, mãos descansando confortavelmente sobre os joelhos. Ancore-se,
entre em sua cabeça e ilumine sua bolha da aura. Faça coincidir as cores do
cabo de ancoragem e da aura.
Em seguida,
crie outro cabo de ancoragem - desta vez, um tubo ou duto de grandes dimensões
- com a abertura assentada no solo e envolvendo os limites da aura.
Figura
numero 4
A cor e a circunferência desse tubo devem
coincidir com as da aura. Veja as bordas desse cabo de ancoragem da aura
rodeando e envolvendo sua aura no nível do solo (ver figura 4), e em seguida
solte esse cabo rapidamente para o centro do planeta.
Continue na cabeça e conserve seu cabo normal
do primeiro chakra. Saiba que esse cabo principal ficará exatamente no lugar
que lhe é devido, independentemente do número de outros cabos que você possa
criar.
Visualize seu
duto de ancoragem da aura no nível do chão e deixe que a energia presa em sua
aura escorra e se escoe, do mesmo modo que a energia presa em seu corpo flui e
se escoa pelo cabo do seu primeiro chakra.
Deixe a energia embaraçada descer e sair de
sua aura. Você pode sentir escorrimentos de stress desprendendo-se da
cabeça, dos ombros ou do estômago; seus ouvidos podem estalar ou zumbir;
talvez você tenha calafrios ou sinta áreas
quentes e frias dentro e fora do corpo; é até possível você ver pessoas e eventos
saindo de sua aura.
O que quer que aconteça, fique na cabeça e
mantenha ambos os cabos de ancoragem ativos.
Leia
atentamente o passo seguinte antes de prosseguir. Ele não é complicado, mas é
um tanto difícil de explicar, motivo que me levou a incluir ilustrações.
Lentamente,
leve as bordas da aura em direção ao corpo. Ao fazer isso, veja a velha energia
contida na aura sendo espremida e escoando-se através do duto de ancoragem da
aura.
O encolhimento da aura acarreta a diminuição
da circunferência do duto e, obviamente, a redução dos limites da aura. O resultado
final deve lhe dar a sensação de ficar bem envolvido em seu campo áurico
colorido e reluzente.
Imagine
a sensação de sua aura envolvendo toda sua pele. Sinta os limites da aura
acima da cabeça, atrás das costas, sob os pés, junto ao peito e ao abdômen, em
torno dos braços, atrás dos joelhos, e assim por diante.
Continue no espaço em sua cabeça e sinta essa
cor brilhante tocando e envolvendo seu corpo. Saiba que não há espaço ou
abertura para energias ou informações velhas, porque você expurgou tudo. Fique
alguns instantes em contato com sua aura limpa e brilhante.
Depois
de sentir a aura sobre a pele durante uns trinta segundos, agradeça a seu duto
de ancoragem da aura, solte-o e livre-se dele. Fique em sua cabeça e mantenha
seu cabo do primeiro chakra.
Seu
cabo de ancoragem do primeiro chakra conserva a mesma cor da bolha da aura? Se
isso não acontecer, mude-a, para que ambas possam coincidir.
O cabo do primeiro chakra pode ter mudado de
cor para fazer alguma outra coisa enquanto você ancorava a aura com o duto
maior.
Isso é ótimo, mas agora você precisa do seu
cabo de ancoragem do corpo para prestar atenção a algumas orientações durante
alguns minutos.
Depois
de se sentir completamente envolvido em sua aura, torne a expandi-la até sua
dimensão normal.
Você pode insuflá-la, enchê-la como um balão,
afastá-la de você com as mãos ou simplesmente imaginá-la em seu tamanho
normal.
Ao expandir a aura, encha-a com um jato pastel
da cor que você escolheu para os limites dela. Por exemplo, se você escolheu um
amarelo-néon para os limites da aura, aplique um jato claro desse amarelo em
toda a aura.
O amarelo-claro tocará sua pele e se irradiará
para todas as direções do seu corpo - para cima, para baixo, para trás, para a
frente e para os lados.
Em 1 bora os limites limpos e redimensionados de sua
aura não toquem sua pele, esse leve resíduo da energia da aura a tocará.
Essa conexão lhe tornará mais fácil tomar
consciência das muitas maneiras com que sua aura o protege e o envolve.
Conectar-se com os limites de sua aura desse modo ajudá-lo-á a conhecer as
funções, reações e flutuações de sua aura.
Quando
a aura estiver limpa e tiver reassumido seu tamanho normal, levante-se e ande
pela sala. A aura deve acompanhá-lo com facilidade e manter-se, quer você
fique de pé, se incline, sente ou pule.
Se ela não o seguir ou não se movimentar com
facilidade, sente-se, ancore-se e entre novamente em sua cabeça. Mude ou
intensifique a cor dos limites dela e veja se isso a torna mais maleável. Se
isso não acontecer, limpe-a novamente para que ela se torne mais fluida e
flexível.
Durante alguns minutos, movimente-se com ela,
sente-se dentro dela e sinta a energia dela envolvendo-o e protegendo-o totalmente.
Familiarize-se com sua aura. Se você não a sentir de forma alguma, não se
preocupe.
Você acabará sentindo-a. No próximo texto “meditando com a luz dourada”
poderá ajudá-lo a criar a luminosidade
da sua aura.
Limpar
a aura e manter com ela uma relação consciente e presente é tão importante
quanto limpar o corpo através da ancoragem. A energia que você armazena no
corpo tem a ver com os sentimentos e ideias que você alimenta sobre si mesmo.
Ser capaz de ancorar-se, examinar e renovar
essa energia interior ajuda-o a redefinir a visão que você tem de si mesmo.
Com
a ancoragem, você pode efetivamente remover velhas atitudes e sistemas de
crença de sua vida interior para que deixem de persegui-lo.
A
energia que você armazena em sua aura, por outro lado, tem a ver com seus
sentimentos sobre seu lugar no mundo exterior e sobre como os outros o veem.
Comunicando-se com sua aura, você pode começar
a identificar mensagens externas. Você pode ver como aprendeu a agir e reagir
no mundo ao seu redor.
Seus
corpos energéticos interno e externo se beneficiam muito com esses atos
simples de limpeza consciente de energia.
Quando seu corpo e sua aura se livram de
mensagens, pensamentos, palavras negativas, do ódio, da inveja, de atitudes, ideias
e lembranças que não lhes servem, ambos começam a recuperar-se.
Se
não se sentir à vontade com os limites recém-definidos de sua aura, abandone-os
e crie limites mais apropriados. Sente-se dentro de sua nova aura e, se lhe
parecer proveitoso, diga seu nome completo em voz alta ou veja seu nome escrito
no tecido da aura.
Examine
sua aura periodicamente ao longo do dia. Os limites de sua aura precisam ser
brilhantes e regularmente ovoides, sem saliências, buracos ou fendas.
As bordas devem ficar a aproximadamente um
braço de distância do corpo em todos os pontos.
Com
a ajuda dessas informações dadas por você, sua aura tem condições de cuidar-se
bem de si mesma. Se estiver recebendo comunicações de sua aura neste momento
(significando que ela lhe mostra cores, formas ou distâncias
diferentes daquelas que você criou para ela), relaxe. Você chegará ao tema da
leitura da aura em breve.
Em essência, a esta
altura, você está dizendo à sua aura a aparência que ela deve ter; você não
está lhe perguntando como ela se sente.
Se lhe comunicar isso, é muito provável que
sua aura se acalme e o deixe ficar no controle. Se ela continuar a bombardeá-lo
com imagens, mesmo depois de você deixar claro que no momento é principiante em
leitura da aura.
Trabalhar com a energia
da aura não é como criar um cabo de ancoragem ou um espaço em sua cabeça a
partir de um esboço.
Sua aura esteve sempre presente, apesar de ter
sido totalmente ignorada. Aqui, agora, você está voltando a entrar em contato
com sua aura; está relembrando a ela a aparência que ela deve ter e a sensação
que deve apresentar.
Se você começar a
manter e a tratar sua aura, ela se tornará mais real para você, e você poderá
começar a lê-la. Se ela ficar muito grande, isso pode significar que você está
tentando demais, assumindo projetos externos em excesso ou muita
responsabilidade, ou não mantendo sua distância dos outros.
Se ela se aproximar muito de você,
encolhendo-se, isso pode significar que você se sente ameaçado ou deslocado. Se
ela apresentar buracos ou lacunas, isso pode significar que você está perdendo
seus limites ou transferindo-os a outros.
Se perceber que sua
aura está mudando, você pode simplesmente iluminá-la e vê-la inteira, vital e
capaz de definir fronteiras. Essa rápida iluminação da aura (feita em menos de
um segundo) geralmente a desperta, levando-a a fixar-se imediatamente.
Quando está em contato
com a aura, você pode perceber como passa muito tempo fora do corpo e sem
âncoras. Ótimo. Congratule-se por perceber, e continue fazendo seu trabalho de
limpeza. Você se torna mais limpo a cada momento que passa, mesmo não se
sentindo muito limpo nesse momento. Tenha paciência consigo mesmo, ria um pouco
e continue trabalhando.
Cada um desses
instrumentos de energia ajuda os outros. Por exemplo, é mais fácil ancorar-se
se você está no espaço em sua cabeça; é mais fácil entrar em sua cabeça se sua
aura está delimitada;
é mais fácil delimitar sua aura se você está
ancorado, e assim por diante. Talvez lhe seja impossível usar um ou mais desses
instrumentos energéticos neste momento, mas continue trabalhando com calma, tranquilidade
e simplicidade.
Não queira ser
perfeito. A perfeição é para parasitas tristes que não têm imaginação. Todo
este trabalho, por outro lado, é voltado para a imaginação, que possibilita o
crescimento e a mudança.
O crescimento e a
mudança não são perfeitos. As vezes este trabalho dará a impressão de ser
terrível; outras vezes você será o ser mais competente e gracioso sobre o
planeta. Continue respirando, rindo e ancorando-se; tudo se acomodará
Um aparte:
Se já leu alguma coisa sobre a aura, talvez você esteja esperando que eu entre
em longas descrições de cores e camadas. Sinto muito, mas não vejo motivo para
isso.
As
auras são coisas vivas que estão em constante estado de mudança, de fluxo e de
delimitação, não somente na cor, mas também na forma, no tamanho, na inteireza
e na vibração.
Aprendi
a confiar em minha própria aura. Como sua proprietária dedicada, eu a limpo,
redefino sua forma e a trato quando ela está ferida. Eu não me preocupo com
seus milhares de flutuações nem me imiscuo em todas as suas camadas.
Acredito nela e espero que ela trabalhe. Uma
aura abandonada precisa de mais trabalho no início, mas ela se recompõe rapidamente.
Sem dúvida, este é um texto sobre leitura da aura.
Mas ele é muito mais
simples que a maioria dos volumes sobre trabalho com aura que já consultei.
Descobri que o simples ato de ouvir intuitivamente o que minha aura me diz pode
ser a melhor leitura/cura de todas, não importa o que todas as suas camadas e
cores estejam fazendo no momento.
Sua
meditação nesta fase deve ser algo assim:
Agora,
em nome de Deus Pai/Mãe, Filho, Espírito Santo - Divina Presença, eu estou iluminada com as
Graças da Vida, de Deus.
Sente-se, ancore-se e diga seu nome completo,
fazendo-o percorrer toda a extensão do seu cabo de ancoragem. Entre em sua
cabeça e assegure-se de que seu santuário de meditação esteja silencioso. Se
não conseguir localizar seu espaço, visualize um novo espaço no estilo que
preferir.
Quando
estiver ancorado e no espaço em sua cabeça, ilumine sua aura com uma cor
brilhante e veja seu cabo de ancoragem entrecruzar-se com ela.
Nesse ponto, você pode visualizar os limites
de sua aura e o seu cabo de ancoragem em cores diferentes, se quiser, mas, se
sua aura estiver imprecisa ou trêmula, intensifique o brilho e atribua a mesma
cor ao seu cabo de ancoragem.
Ao fazer isso, seu cabo de ancoragem ajudará
naturalmente sua aura a centrar- se e a eliminar o excesso de energia. Além
disso, cores mais brilhantes definem limites mais adequadamente.
Não
se preocupe em sobrecarregar de trabalho seu cabo de ancoragem regular. A
energia do primeiro chakra é inesgotável. Ela pode fazer centenas de coisas ao
mesmo tempo e ainda preparar uma refeição perfeita para vinte pessoas. Seu
cabo de ancoragem pode dar conta de tudo o que você lhe pedir.
Uma
vez que você desenvolva suas habilidades, sua avaliação de cura diária pode
ser feita em menos de trinta segundos. Sente-se, ancore-se, entre em seu espaço
em sua cabeça, ilumine sua aura e dedique sua atenção às dificuldades ou aos
aspectos inacabados que surgirem.
Limites e espaço da Aura
'Você
dispõe de um sistema de limites dado por Deus e já instalado - a aura. Apesar
de ter recebido certas conotações metafísicas inadequadas, a aura é simplesmente
a fronteira energética do seu território pessoal.
Se,
sem ver, você já sentiu alguém olhando para você ou seguindo-o, você teve uma
experiência física da fronteira energética da sua aura.
Em sua forma mais simples, os sensores
energéticos da aura podem alertá-lo quando pessoas entram em seu território
físico quer você as tenha detectado visualmente ou não.
Com um pouco de prática e atenção, sua aura
também pode ajudá-lo a tornar-se consciente do seu território físico, emocional,
mental e espiritual.
Quando você tem essa consciência, o
estabelecimento de fronteiras adequadas não será mais um mistério. Você será
efetivamente capaz de ver e de sentir seus limites como uma entidade real,
útil e prática.
A
percepção de sua aura e do seu sistema de fronteiras pessoal tende a crescer,
acompanhando-o, à medida que você passa pela infância e pela adolescência e se
distancia da proteção familiar.
Essa percepção geralmente se aguça quando
você passa pela experiência da perda e em seguida da reconquista de seus
limites nos relacionamentos, nas atividades profissionais, na educação superior
e no contato sexual saudável.
À
medida que amadurecemos, defrontamo-nos continuamente com novas experiências
que nos levam a reduzir (ou mesmo a desfazer) nossos limites.
Nós avaliamos se uma nova pessoa, ideia ou
experiência merece mudança de nossa parte ou de nosso ponto de vista.
Com
uma rede de apoio apropriada, inteligente quase todos podemos enfrentar esses
momentos provocantes e estimulantes com um senso mais aguçado de quem somos e
com um conhecimento mais sólido de como nossos limites recém-examinados e
restabelecidos se ajustam ao mundo que nos cerca.
Praticamente
todos, porém, tendemos a perder o contato com nossos limites, provavelmente
porque eles não são um tema comum na vida ou na conversação (“Diga, como vai
essa aura? ”)
A
maioria das técnicas de educação familiar e escolar tende a exercer algum tipo
de controle externo sobre as crianças, o que as deixa com um sentimento de
insegurança com relação ao seu sistema de limites pessoal.
O governo de si mesmo, a individuação e
as necessidades pessoais tendem a ser desvalorizadas, em nossa sociedade
dominada pelos meios de comunicação de massa e centrada no grupo.
Há
um investimento em nossa sociedade para massificar nossos desejos, e motivações
e procuram exercer o controle da nossa vontade e iniciativa para o consumo e
alienação.
Expresso ou não, o imperativo de ajustar-se é
intenso. Isso cria uma sociedade de pessoas que conhece as coisas certas a
possuir, as roupas certas a vestir, as palavras certas a dizer, as informações
certas a obter, e assim por diante. Isso faz com que as pessoas tenham pouca
ligação consigo mesmas.
Quando
retoma o relacionamento com sua aura, você volta para sua própria vida, para o
seu centro, para o seu dharma, que é onde está o centro da cura, a verdade, a
espiritualidade e a sua relação com Deus.
Sua
aura reflete seus pensamentos, palavras, emoções, crenças, conduta e apegos.; reflete o ambiente que frequenta, sua casa, a energia de todos aqueles que você convive.
A
cor da aura revela sua energia
Delimitação
da Aura
O
estabelecimento de fronteiras apropriadas é a premissa maior de todos os
métodos psicológicos e importante ponto de controvérsia e discussão em todos os
relacionamentos.
Os
métodos psicológicos e importante ponto de controvérsia e discussão em todos os
relacionamentos. No entanto, os procedimentos para definir limites são pouco
seguros, nada científicos e em geral ineficazes.
A
vida das pessoas sem limites razoáveis não flui adequadamente. A vida interior
dessas pessoas é geralmente uma babel de necessidades não-atendidas e de sonhos
não-realizados, enquanto sua vida exterior é preenchida com trabalho em
excesso ou com causas sociais desesperadoramente importantes.
Como não sabem por onde começar e por onde
terminar, essas pessoas assumem responsabilidade pessoal por quase tudo, desde
os estados emocionais dos amigos até as condições do meio ambiente.
Elas encontram delimitação no grau de
influência sobre os outros, não no grau de eficácia de sua própria vida.
Pessoas
sem limites frequentemente usam o peso para criar limites: excesso de peso,
para abranger um espaço maior e proteger-se, ou deficiência de peso, para
poder provar seu autocontrole e desaparecer no nada.
Essas pessoas podem também usar a segurança
física ou o asseio para exercer controle e criar limites. Nenhuma dessas falsas
fronteiras funciona.
Pessoas
sem limites são geralmente muito ativas no que se refere à saúde, ao meio
ambiente, à política, aos negócios ou às finanças. Essas atividades não são más
em si e por si mesmas.
Uma atenção exagerada voltada a essas atividades
externas, porém, ajuda a definir pessoas hiperativas e com limites inadequados.
Eu as chamo de curadores fujões.
Os
curadores fujões diferem dos curadores regulares de formas muito importantes.
Os curadores fujões são em geral fenomenalmente bons no que fazem. Uma
observação atenta da vida interior dessas pessoas, porém, revela vazio e caos.
Elas ficam exauridas de toda a energia que
têm, transferindo-a para as coisas e pessoas que elas tratam; não reservam
tempo para si mesmas.
Um
bom teste para identificar curadores fujões é perguntar-lhes o que fazem para
si mesmos - como descansam e cuidam de si mesmos.
35Depois
de certa hesitação, curadores regulares recitam toda uma lista de cuidados,
enquanto curadores fujões ficam sem ter o que dizer ou começam a discursar
sobre sua abnegada missão.
Abnegado
é exatamente a palavra certa. Curadores fujões procuram lidar com sua dor
“despersonalizando-se”, tornando-se notas de pé de página sem importância na
própria vida.
Tratando
constantemente os outros e ignorando suas próprias necessidades, essas pessoas
estão tentando afastar-se de seu caos interior, mesmo que adoeçam ou morram
durante o processo.
Ao tratar os outros ou ao levantar-se contra
as injustiças sociais, essas pessoas estão pelo menos tentando manter o fluxo
de sua energia de cura, mas, como não têm ou não compreendem os limites (e
provavelmente elas mesmas estão a caminho da doença física ou mental), sua
intenção de cura pode ser prejudicial aos outros.
Curadores
fujões não conseguem deixar os outros sossegados em sua dor. Se deixassem, eles
mesmos teriam de recolher-se em seu próprio sofrimento; Deus não permita. Eles
frequentemente eliminam bloqueios e dificuldades antes que seus “curandos” aprendam
as lições relacionadas com seu desconforto pessoal.
Curadores fujões têm boas intenções, mas em
geral criam dependências difíceis de abordar porque eles precisam curar, eles
têm de curar, e não conseguem deixar que os outros ou o mundo simplesmente sejam.
Eles
estão sempre em busca de novas missões e de novas injustiças, geralmente
começando com a sua vida, não com a deles, e com todas as dificuldades
nela envolvidas.
A
força básica que impele o curador fujão é, aparentemente, uma compulsão para
livrar o mundo do sofrimento; na verdade, porém, trata-se de uma compulsão para
livrar-se da lembrança da própria dor.
Por causa disso, o trabalhador de cura do
curador fujão tende a surgir ele um lugar muito urgente e estressante, onde a
própria autoimagem de curador está inextricavelmente ligada à habilidade de
cura dele.
Esquece as necessidades, a saúde, o lar, as
finanças dele; ele está numa missão! Essa missão é algo triste de se ver. Como
os curadores fujões sempre acabam perdendo as forças e adoecendo, mental ou
fisicamente, mais cedo ou mais tarde eles são obrigados a parar de tratar.
Nesse momento inevitável, eles ficam
consternados. Sem sua missão, o que lhes resta? O que podem fazer? Como podem
sobreviver?
Se
um curador fujão consegue deter-se antes de seu inevitável colapso e canalizar
suas incríveis energias para sua própria vida, ele pode reverter a situação
rapidamente.
Quando
descobre seus limites e começa a trabalhar com sua dor, ele geralmente consegue
aceitar a dor dos outros; nesse momento, ele pode parar de interferir - quero
dizer, de curar.
O primeiro
passo é fazer com que ele pare de tratar os outros - detê-lo completamente -
porque é praticamente certo que ele é incapaz de dizer não, incapaz de
descansar e incapaz de aceitar atenção e cuidados.
A paz de espírito dos curadores fujões virá
não de um mundo justo e sem dor, mas da capacidade de abordar os temas
interiores que os levam a consumir toda sua energia vital com tudo, menos
consigo mesmos.
Antes de mais nada, esses curadores precisam
ter condições de criar justiça interior e alívio pessoal do sofrimento. Eles
precisam curar a si mesmos e estar diariamente integrados com seu próprio
equilíbrio e bem-estar antes de poder ajudar a manifestar a paz e a justiça no
mundo em geral.
Pessoas
com um forte sentido de território pessoal não buscam auto aprovação por meio
da capacidade de tratar os outros ou de criar justiça externa.
Antes de mais nada, elas avaliam se estão
suficientemente bem para oferecer ajuda competente. As pessoas que sabem onde
começam e onde terminam não usam o peso ou a falta dele para obter segurança
física.
Seus limites físicos e emocionais não
comprometem sua saúde. Elas não são compulsivas ou descuidadas com o que lhes
pertence, e não acreditam que seu mundo precisa ser resguardado ou defendido
contra intrusos.
As
pessoas com limites só tratam os outros se forem solicitadas a isso, porque se
ocupam em viver sua própria vida; elas não têm necessidade de se prender à
vida das outras pessoas, co-dependentemente.
As pessoas com limites tratam as outras
naturalmente, pelo exemplo. Elas são fisicamente seguras porque cuidam de si
mesmas, porque se livram da própria tristeza e porque frequentam ambientes que
as apoiam. Pessoas com limites têm um lugar confortável, espaçoso e
espiritualmente defensável que chamam, de lar.
agradeço a minha amiga Cris o envio da mensagem.
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Postado por Dharmadhannya
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