terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Controle a Ira com a Consciência







As  Emoções Básicas - Ira e arrogância

Ira  - Aqui o iam-rim afirma:

Ira é sentir-se vingativo com relação aos seres sencientes,
 à frustração e a coisas que aborrecem a pessoa, como armas e espinhos.
 E a mente feroz que intenta permanecer em pé de igualdade com tudo isso.

A ira não permite que a pessoa usufrua os prazeres desta vida e produz frustrações imensuráveis na outra vida.

Bodhicaryavatara, diz que

“Quando se está mentalmente febril devido ao ódio,
A mente não pode experimentar a paz.
Sendo incapaz de obter felicidade ou alegria
Perde-se o sono e fica-se muito instável.

Aquele que com qualquer riqueza ou honra
Pratica a bondade tomar-se-á estável.
Elas são os assaltantes que matam
Aquele soberano tirano, o ódio.

Pela ira os amigos se cansam, e mesmo que se os atraia Através de presentes, não se pode fazer com que fiquem.
Em resumo, a ira não oferece A mínima oportunidade de se ser feliz.


O skyes-rabs (Jãtakamãlã) afirma:

Se a face da pessoa está retorcida pelo fogo da ira,
Nem os adornos a farão parecer bela.
Mesmo que se durma numa cama confortável,
A mente ardente de ira será miserável.

A pessoa esquece o bem que lhe foi feito,
E atormentada pela ira anda por caminhos maus.
Ela não consegue fama e realizações
E mesmo sua prosperidade diminui como a lua minguante.

Mesmo sendo apoiada por amigos, a pessoa raivosa
Tomará caminhos não apropriados a ser um humano.
 Enquanto apenas pensa em “Como posso conseguir alguma coisa”,

ou “Como posso prejudicar alguém”,
 sua inteligência entra em colapso e,
Geralmente, ela viola a norma moral e toma-se cada vez mais enfatuada.

Quando através da ira ela se acostumou à prática de atos maus,
Por cem anos irá sofrer más formas de vida.
Mesmo um inimigo perseguindo o maldoso
Não poderia ser pior do que isso! (30b)

A ira é resumida nos seguintes termos:
O que é ira?  É uma atitude vingativa com relação aos seres sencientes, às frustrações, e ao que dá origem às frustrações da pessoa. Sua função é servir de base para criticar, e para o fato de nunca encontrar um momento sequer de felicidade.

A ira é uma atitude vingativa incapaz de aceitar as três situações que podem dar origem à ira e que inflige sofrimento às três situações.

As três situações de ira são os seres sencientes, as frustrações pessoais do indivíduo e a situação de onde essas frustrações provêm.

O motivo de se dizer que o fundamento de uma atitude vingativa é nônuplo está de acordo com o rin-chen ‘phreng-ba (Ratnamala), que afirma:

A mente vingativa provém de nove causas
Que são vingança voltada contra si mesmo,
Contra os amigos e contra os inimigos nos três
Aspectos do tempos (Os três aspectos do tempo são o presente, o futuro e o passado) e outros medos infundados.

O mngon-pa kun-btus  explica a arrogância deste modo:

Que é arrogância? É uma mente inflada em relação ao que é perecível e sua função é servir de base ao desrespeito e às frustrações.

A arrogância é um fato mental que é uma espécie de mente inflada que faz de tudo o que é apropriado, como riqueza ou conhecimento, o fundamento do orgulho. A esse respeito o iam-rim afirma:

A arrogância baseia-se numa perspectiva niilista e infla-se em relação ao alto e ao baixo, ao bom e ao mau do dentro e do fora, e ostenta superioridade.

A afirmação “baseia-se numa perspectiva nilista” é feita porque todas as formas de arrogância são simultaneamente acompanhadas pela crença em si mesmo e por uma supervalorização de si mesmo.

A arrogância é sétupla:
1. Arrogância
2. Arrogância excessiva
3. Orgulho de arrogância excessiva
4. Egoísmo
5. Arrogância de ostentação
6. Arrogância de pensar pequeno
7. Arrogância pervertida

A primeira é uma mente inflada em que se pensa “Veja como sou superior em comparação àquelas baixas criaturas.”

Arrogância excessiva é uma mente inflada em que se pensa
 “Sou melhor do que meus pares.”

Orgulho de arrogância excessiva é uma mente inflada em que se pensa “Eu sou mais elevado do que os outros elevados.”

Egoísmo é uma mente inflada em que se pensa “Eu sou tudo aquilo de que se constitui minha existência.”
Arrogância

Arrogância de ostentação, é uma mente inflada em que se pensa “Eu tenho realizações”, mesmo quando não se realizou nada.
Arrogância de pensar pequeno é uma mente inflada em que se pensa “Eu sou tão pequeno e inferior comparado àqueles que estão tão elevados e em posição tão alta.” A implicação aqui é a idéia de “O mestre sem dúvida é grande! Eu nunca poderia chegar à sua altura, mas veja como sou importante por ter esse grande mestre”

Arrogância pervertida é pensar que é virtude cometer erros como alguém que é tão orgulhoso com relação a suas realizações quando na verdade é atraído por um duende. E precisamente como o ‘dul-ba lung (Vinayãgamõttaravisesãgamaprasnavrtti) afirma:

Sentir-se orgulhoso com relação ao que na verdade é uma questão de vergonha, é como sentir orgulho a respeito do que se fez aos inquilinos e duendes no apego à honra e às riquezas depois de malograr e rejeitar todas as regras disciplinares.

Enquanto essa exposição está de acordo com o Abhidharmakosa, o rin-chen ‘phreng-ba (Ratnamala) classifica a arrogância deste modo:

A arrogância é de sete espécies.
Explicá-las-ei distinguindo-as.
Relativamente a elas, a pessoa que se vangloria abertamente
De ser igual ou maior do que seu igual
Por ter feito o baixo baixo e
O igual igual ou mais baixo.

Deve ser conhecida como tendo arrogância de igualdade.
Aquele que é vil, e, no entanto, venera-se e
Vangloria-se de ser particularmente grande
Pensando que é verdadeiramente ambicioso por ser engrandecido,
Esse tem o orgulho da arrogância excessiva.

Aquele que se vangloria das cinco coisas sem sentido
Chamadas “constituintes da personalidade”51,
Que são maléficas como o surgimento
de erupções de pus, os rebentos do karma,

É chamado de egoísta
Quando de fato não alcançou nada mas pensa que
Alcançou alguma coisa, a pessoa é abertamente arrogante.
Enaltecer o desempenho de ações más é,
Pelo sábio, (31b) entendido como arrogância pervertida.
Dizer “Eu sou inútil”,
É depreciar-se.
Isto é conhecido como arrogância de auto-aviltamento.
Isso é dito para pôr a questão de modo conciso.

A arrogância é a causa do nascer numa existência má numa vida posterior e, mesmo nascendo numa existência humana, ela é causa do nascer numa casta inferior e como um servo. 

Através do desrespeito por quantos possuem qualidades (virtuosas), a pessoa perde a oportunidade de receber instruções e de compreendê-las. Assim, a arrogância cria o desprazer tanto aqui quanto acolá. O rin-chen ‘phreng-ba (Ratnamala) afirma:

A arrogância leva a um estado mau,
A inveja leva a uma compleição pálida,
A ira a uma aparência má, e
A falta de consulta a pessoas de conhecimento à estupidez —
O resultado entre os seres humanos é,
Antes de tudo, um modo de vida infernal.

O Iam-rim afirma:
Visto que a arrogância nesta vida é o maior dos empecilhos ao desenvolvimento das potencialidades e na vida seguinte é causa de tornar-se servo, ela deve ser abandonada.
"Psicologia  budista

Postado por Dharmadhanna
Psicoterapeuta Transpessoal

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