quinta-feira, 21 de julho de 2016

Alerta - Doenças dos Olhos




Doenças que os olhos denunciam. É só ver!
Fique atenta, pois a nossa vista acusa problemas sérios de saúde, como AVC, diabetes e até tumores

Patricia Gebara

Apesar de serem conhecidos como as “janelas da alma”, os olhos podem mostrar muito mais do que as nossas emoções. Câncer, problemas na tireoide e diabetes, por exemplo, têm sintomas oftalmológicos e, por isso, é sempre bom prestar atenção a qualquer coisa estranha na vista.

 Em frente ao espelho, analise a região e, se tiver algum dos sintomas citados nesta matéria, consulte um médico o quanto antes.

Olhos saltados

Sintoma de quem sofre de hipertireoidismo, que é quando a glândula tireoide produz mais hormônios do que deveria. A doença deixa as pálpebras retraídas e, por isso, os olhos parecem estar sempre arregalados.

O acúmulo de líquido atrás do globo ocular também acaba empurrando-o para frente. Em alguns casos, a doença pode até causar cegueira, mas se for tratada no início, o sintoma é reversível.

Estrabismo

Se você, repentinamente, ficar estrábica, corra para o médico. Pode ser sinal de AVC ou de algum problema neurológico.
  
Dor atrás dos olhos

Pode ser uma simples rinite alérgica, mas se o sintoma for persistente merece atenção, já que pode ser algo mais grave, como um tumor no cérebro. Neste caso, os nódulos acabam  empurrando o nervo óptico e causando a dor.
  
Pálpebra tremendo


Sintoma bem comum, principalmente nos dias de hoje. O tremor involuntário das pálpebras é sinal de estresse. Ele aparece porque liberamos hormônios ligados à fadiga que vão para o sistema nervoso e estimulam as pálpebras, que passam a se contrair sozinhas. A princípio, o sinal não indica nenhuma doença grave, mas é um alerta do corpo para você desacelerar.
  
Olhos vermelhos

Ficar muito tempo em frente ao computador e o tempo seco e muito poluído podem deixar os olhos vermelhos. Entretanto, apesar de parecer comum, esse sintoma pode indicar muitas doenças.

 A hipertensão, por exemplo, causa a dilatação da membrana externa dos olhos e, consequentemente, vermelhidão.

 A leptospirose, doença infecciosa, também tem como um dos sintomas os olhos vermelhos. Em alguns casos, o sinal também pode indicar algumas doenças reumatologias, que provocam o chamado olho seco e, consequentemente,  irritação e vermelhidão.

Pupilas dilatadas ou contraídas

Normalmente, as pupilas – “as bolinhas” de dentro das íris – dilatam em ambientes mais escuros e contraem com a luz. Se elas tiverem algum comportamento anormal, podem indicar aneurisma cerebral, tumor ou inchaço no cérebro.  Então, observe-a com atenção de tempos em tempos.

Inchaço

Olho inchado e caído pode ser muito mais do que cansaço. A condição pode significar conjuntivite, alergia, retenção de líquido e até sinal de hipotireoidismo, que é falta do hormônio da tireoide no organismo. O acúmulo de líquido na região causa a alteração e o incômodo. O inchaço também pode indicar problemas renais.
  
Olhos amarelados

A icterícia – aparência amarelada de tecidos e secreções orgânicas – é causada pelo acúmulo de bilirrubina, substância que indica problemas no fígado. Se você perceber que a área branca dos seus olhos está com uma cor estranha, pode estar com doenças como hepatite, cirrose e até câncer. Por isso, não vale a pena vacilar!
  
Visão turva

Pode ser sinal de que você está muito tempo sem comer ou então que a taxa de glicemia no sangue está alta. Neste último caso, indica diabetes. Quem tem a doença deve estar atento aos olhos: ela pode causar retinopatia diabética, que machuca a retina e, em alguns casos, leva à cegueira. A visão turva também pode indicar um AVC.

Não marque bobeira

❱❱ Exames regulares com um oftalmologista são essenciais. Eles podem apontar problemas sérios de saúde antes mesmo que os sintomas apareçam. O ideal é marcar uma consulta pelo menos uma vez ao ano.

❱❱ Nada de automedicação! Aquele colírio “inocente” pode causar danos irreparáveis nos seus olhos.

❱❱ Suspenda o uso de lentes de contato caso sinta qualquer incômodo.

Fontes: Carla Soares, oftalmologista do h. Olhos - hospital de olhos paulista;  Lindalva Carvalho de Morais, oftalmologista do banco de olhos de Sorocaba nas áreas de visão subnormal, lentes de contato e refração, especializada em visão subnormal e com mba em gestão em saúde pela Unifesp;  Paulo Olzon, clínico e infectologista da Unifesp; Thyarles Tomich Neiva, oftalmologista da corpo oftalmologia. Revista Anamaria
                                             
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Glaucoma – a doença silenciosa


O glaucoma é uma doença que pode levar à cegueira quando não devidamente diagnosticada e tratada. A doença comumente atinge ambos os olhos e suas lesões são irreversíveis. O glaucoma está geralmente ligado a alterações da pressão de um líquido transparente chamado humor aquoso, que é produzido dentro do olho.

O humor aquoso nutre as estruturas internas e é escoado por microcanais na região mais anterior dos olhos. Quando existe dificuldade no escoamento deste líquido, a pressão ocular aumenta de forma progressiva, e se o olho não suportar, há riscos de danos nas fibras nervosas.

 A obstrução dos microcanais de saída do humor aquoso pode se dar por uma variedade grande de doenças e por isso existem vários tipos de glaucoma dependendo do fator causal.

O glaucoma mais frequente é chamado glaucoma de ângulo aberto que pode ser herdado (hereditário), acometer pessoas acima de 40 anos, atingir mais comumente pessoas de raça negra (4 vezes mais) entre outros fatores de risco como miopia, uso de corticosteróides, diabetes, etc.

A pressão elevada atua na região mais fraca e suscetível do olho chamada papila óptica onde o nervo óptico deixa o olho em direção ao cérebro (lobo occipital).

O nervo óptico, que transporta as informações visuais, tem em média um milhão de fibras nervosas. Estas fibras, quando sob alta pressão, alteram seu fluxo interno e sua oxigenação, podendo levar à morte progressiva e em grandes quantidades.

A perda da visão inicia-se nas regiões periféricas do campo visual e vai se afunilando, até uma situação chamada visão tubular, estágio anterior à cegueira.

 O diagnóstico do glaucoma pode prevenir esta situação. Porém, o paciente geralmente não percebe a doença, uma vez que na maioria dos casos o desenvolvimento é tão lento que não chega a ocasionar sintomas (sem dor, olhos vermelhos ou conscientização da perda da visão).

É comum as pessoas procurarem o especialista em estágios muito avançados da doença, e levando-se em conta a simplicidade do tratamento baseado em colírios e eventualmente cirurgia, é de crucial importância a consulta periódica com o médico Oftalmologista, para avaliar a sua saúde ocular e, se necessário, na suspeita, realizar exames de última geração para elucidação diagnóstica e tratamento preciso.


http://hob.med.br/glaucoma-a-doenca-silenciosa/

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