domingo, 18 de dezembro de 2016

Quarto Passo 1- A sombra





Quarto Passo 1 - A sombra

Fizemos minucioso e destemido inventário moral de nós mesmos.
Esquadrinhemos os nossos caminhos, examinemo-los; voltemos ao Senhor. (Lm 3,40)

Oração para o Quarto Passo

Querido Deus,
Fui eu que fiz uma confusão de minha vida. 
Fiz, mas não consigo desfazer.
 Os erros são meus e começarei um minucioso e destemido inventário. Anotarei meus desacertos, mas também incluirei o que é bom. Rogo-te a força para completar a tarefa.


Para entender o Quarto Passo

No Quarto Passo percebemos que há áreas de nossas vidas que precisam de atenção. Também percebemos que não conseguimos ver todas essas áreas. A negação manteve-nos cegos à sujeira em nossos cantos. 

A falta de amor-próprio fez-nos ignorar
 a beleza e o valor de nossas vidas.

 Neste passo, nosso Poder superior vem até nós como amigo zeloso. Deus abre nossos olhos para as fraquezas em nossas vidas que precisam mudar e nos ajuda a edificar nossas forças.

Para pôr em prática o Quarto Passo

Assim como uma empresa faz inventário de seu estoque, no Quarto Passo fazemos inventário de nossas vidas.
Com a prancheta na mão, percorremos os corredores de nossas vidas e anotamos áreas de fraqueza e de força.


 Quando chegamos aos relacionamen­tos, anotamos os ressentimentos e rancores, mas também examina­mos nossos relacionamentos amorosos e saudáveis.uando chega­mos a nossa comunicação, anotamos as mentiras, mas também re­lacionamos os caminhos positivos que partilhamos com os outros.

 Neste processo, devemos pedir para que Deus nos guie. Ele conhe­ce o que nosso armazém contém muito melhor do que nós.
Se morássemos sozinhos e fôssemos incapazes de ver, enfren­taríamos muitas necessidades especiais. Por exemplo, talvez achás­semos difícil limpar bem a casa sozinhos.

Talvez pedíssemos a um amigo com visão para vir ajudar. Esse amigo veria lugares que precisavam de limpeza e não tínhamos percebido. Nosso amigo indicaria esses problemas e então, esperamos, nos ajudaria a limpá-los.

Preparação para o Quarto Passo

Nós nos preparamos para o Quarto Passo reconhecendo o fato de que, até certo ponto, a negação 
tem sido operante em nossa vida.

Pedimos a Deus a coragem para encarar essas áreas que têm sido protegidas pela negação. E nos preparamos para o Quarto Passo planejando nutrir-nos durante e após o processo de inventário.

O quarto passo inicia os passos de crescimento de nossa viagem. Aqui, examinamos nosso comportamento e ex­pandimos nossa compreensão de nós mesmos. A aventura da des­coberta de si mesmo começa neste momento e continua até o Sé­timo Passo.

Durante estes quatro próximos passos, prepararemos um inventário pessoal, discutiremos esse inventário com outros par­ticipantes do programa e convidaremos Deus para eliminar nossos defeitos.

Ser totalmente sinceros ao preparar nosso inventário é essencial para a autodescoberta que forma a base de nossa recupe­ração.

 Essa sinceridade permite-nos remover os obstáculos que nos impediram de conhecer a nós mesmos e de reconhecer honesta­mente nossos sentimentos mais profundos sobre a vida.

O Quarto Passo ajuda-nos a entrar em contato com nossa “som­bra”, aquela parte de nós que escondemos durante tanto tempo, aquela parte de nós que não reconhecemos como nossa e projetamos no outro. “ Ele  que é cruel, vingativo” — nossa natureza reprimida.

 No processo de fazer nosso inventário, desenvolveremos e ampliaremos a compreensão que temos de nos­so comportamento. Veremos que nossa “sombra” é parte integral de nossa natureza e deve ser aceita e reconhecida por nós.

 Essa parte de nossa natu­reza é universal e esconde nossos ressentimentos, medos e outros sentimentos reprimidos.

 Ao começar a ver a nós mesmos, aprenderemos a acei­tar todo o nosso caráter — com o que tem de bom e mau e não somos diferentes, nem melhores do que o outro.

Assim, fazer o bem é se conformar à lei de Deus -fazer o mal é infringir essa lei. .... enquanto a moral absoluta é a ditada pela aspiração universal do bem.

Somos seres em evolução e alguns são “piores” e ou “melhores” que o outro. Muitos não controlam  seus impulsos e são inconscientes do seu bem, e da lei do Bem.

 Essa aceitação nos libertará para descobrir comportamentos de sobrevi­vência que se iniciaram na infância.

 No contexto de nossos turbu­lentos primeiros anos, esses comportamentos eram salvadores. En­tretanto, ao continuarem em nossa vida adulta, provocam uma disfunção.

A negação é importante habilidade de sobrevivência que apren­demos na infância. Tolheu nosso crescimento emocional, manten­do-nos em um mundo de fingimento.

 Muitas vezes fantasiamos estar em situação melhor do que a nossa realmente era. A negação nos protegia de nossos sentimentos e nos ajudava a reprimir a dor de nosso ambiente familiar.

 Nossa vergonha e nossa culpa nos fa­ziam ficar calados em vez de ser sinceros e encarar o medo de ser ridicularizados pelos outros.

 Esse retraimento nos impedia de nos desenvolvermos em adultos amadurecidos e emocionalmente sadios.

À medida que nossa autodescoberta se manifesta, começamos a reconhecer o papel que a negação representou em nossas vidas. Essa percepção é a base para nossa aceitação da verdade de nossa história pessoal.

O ressentimento e o medo são duas questões que precisam ser resolvidas antes de iniciarmos o processo de preparar nosso inven­tário.

 Nosso ressentimento para com pessoas, lugares e coisas que nos magoaram mantém-nos preocupados e limitam nossa capacida­de de viver o momento presente.

O ressentimento resulta de escon­der as dores amargas que empanaram nossas vidas. Evoca raiva, frustração e depressão. Quando nossos ressentimentos não se des­fazem, arriscamo-nos a ter graves doenças físicas e mentais.

O medo limita nossa capacidade de ser racionais. Quando o medo está presente, é difícil ver as situações em suas verdadeiras perspectivas.

 O medo é a raiz de outros sentimentos repressivos e dolorosos. Impede-nos de nos expressar com sinceridade e de reagir da maneira apropriada a situações ameaçadoras.

Assim, para mudar nosso comportamento, precisamos primeiro encarar e aceitar nos­sos medos.

Reconhecendo nossa natureza medrosa, podemos espe­rar uma perda temporária de amor-próprio.

Felizmente, nós o recu­peraremos à medida que ficarmos mais dispostos a confiar em Deus.

A preparação de nosso inventário exige que procuremos ser guiados por Deus. Renovamos o relacionamento com nosso Poder superior no Primeiro e no Segundo Passos e agora pedimos a ajuda de Deus.

Examinaremos rigorosamente nossas histórias pessoais e reconheceremos o que vemos nelas. À medida que o processo se desenvolver, reconheceremos a necessidade de mudança.

 Esta tarefa será muito mais fácil se nos lembrarmos que Deus está conosco. Com Sua ajuda, podemos corajosamente rever nossas forças e fraquezas.

O Quarto Passo nos dá a oportunidade de reconhecer que certas habilidades, adquiridas na infância, são impróprias para nos­sa vida adulta.

 Culpar os outros por nossas desventuras, negar a responsabilidade por comportamentos prejudiciais e resistir à ver­dade são padrões de comportamento que precisamos abandonar.

Esses comportamentos aprendidos desenvolveram-se no início da vida e se transformaram em defeitos de caráter. Olhamos para eles agora e nos sentimos incomodados. Lembranças dolorosas podem voltar.

Nossa disposição de ser honestos sobre o que descobrimos nos dará a clareza de mente que é imprescindível para nossa con­tínua recuperação.

Quando completamos o Quarto Passo, é valioso e necessário pôr nossos pensamentos no papel. O processo de escrever focaliza nossos pensamentos digressivos e nos permite concentrar no que realmente acontece.

 Muitas vezes faz com que pensamentos repri­midos venham à tona e nos dá um entendimento mais profundo de nós mesmos e de nosso comportamento.

Precisamos aceitar seja o que for que descobrirmos, sabendo que essa descoberta é apenas outro passo em direção a uma vida mais saudável.

Precisamos ser sinceros e meticulosos para completar o Quarto Passo com sucesso. Com a ajuda de Deus e nossa coragem pessoal, podemos esperar receber benefícios ilimitados.


CONFIANÇA NAS ESCRITURAS

A negação origina-se do ambiente de nossa infância, que éra­mos incapazes de controlar. Era nosso jeito de lidar com a confu­são, a instabilidade e a violência dos adultos a nossa volta. 
Racionalizávamos o que estava acontecendo e inventávamos razões acei­táveis para o comportamento inaceitável deles.

 Fazendo isso, ignorávamos o caos e rejeitávamos os problemas opressivos. Quando crescemos nossa negação continuou a nos proteger da necessidade de encarar a realidade.

“Os pensamentos são sinuosos, mais do que qualquer outra coisa, incorrigíveis, quem pode conhecê-los? 

Eu, o Senhor, que sondo os pensamentos, examino os sentimentos, e retribuo a cada um conforme sua conduta, de acordo com o fruto de seus atos.”

Muitas crianças não  conseguiram internalizar a lei do Pai, da Ordem, dos limites do “não pode”, a lei do Bem para si e para o outro.

Cresceram sem limites, sem consciência de não ter limites impõe a degradação e o isolamento social e das leis.
Jr 17,9-10

Tentar sobreviver ao caos, negando sua existência, 
fomenta o engano e a ilusão.

O poder da negação é exemplificado na Bíblia quando Pedro nega a Cristo. Por causa de seu grande amor por Cristo, Pedro achava inconcebível que pudesse negá-Lo.
 Entretanto, quando confrontou-se com a situação, foi mais fácil para ele negar Cristo do que admitir ser seu seguidor e enfrentar as consequências.

Quando Pedro percebeu o que fizera, ficou arrasado. Do mesmo modo, quando percebemos o que a negação fez por nós, sentimos ódio de nós mesmos, e esses sentimentos precisam ser reconhecidos e resolvidos.

Estando Pedro embaixo, no pátio, chega uma das criadas...
Vendo Pedro que se aquecia, ela... lhe diz: “Tu também estavas com o Nazareno, com Jesus!” Mas ele negou... E ele saiu em direção do vestíbulo.

 A criada o avistou e pôs-se a repetir aos que ali estavam: “Este aí é um deles!”... Mas ele se pôs a jurar  com imprecações... Logo, um galo cantou... E, saindo precipi­tadamente, chorava. Mc 14,66-72

Quando tememos as consequências de falar a verdade, inclinamo-nos a contar mentiras.

A negação tem muitas faces e pode ser facilmente dissimulada. Algumas formas reconhecíveis são:

Negação simples: Fingir que algo não existe, quando, na ver­dade, existe (p. ex., desprezar sintomas físicos que talvez indiquem a presença de problemas).

Menosprezar: Reconhecer a existência de um problema, mas recusar-se a ver sua gravidade (p. ex., admitir o uso excessivo de drogas receitadas, quando, de fato, o que existe é vício patente).

Culpar: Reconhecer o problema e depois culpar outra pessoa por causá-lo (p. ex., culpar os outros por sua tendência a se isolar).

Desculpar-se: Apresentar desculpas, álibis, justificativas e ou­tras explicações pelo nosso comportamento ou pelo dos outros (p. ex., dizer que o parceiro está doente, quando a causa real é bebedeira).

Generalizar: Lidar com problemas em níveis gerais, o que tipicamente evita a percepção pessoal e emocional da situação ou das condições (p. ex., condoer-se com o fato de um amigo estar desempregado, quando sabe que a causa fundamental é a irresponsabilidade).

Esquivar-se: Mudar de assunto para evitar argumentos amea­çadores (p. ex., falar do tempo, quando o cônjuge está discutindo saques a descoberto sobre a conta bancária).

Atacar: Encolerizar-se quando é feita referência à condição existente, evitando o assunto (p. ex., argumentar sobre condições de trabalho, quando o chefe aborda a falta de pontualidade).


Pois quem pensa ser melhor de todos,  
engana-se a si mesmo.

 Mas que cada um examine a própria obra, a que é sua; então, se nela achar motivo de ufania, será com relação a si mesmo e não por comparação com outro. Pois é o seu próprio fardo que cada um carregará. Gl 6,3-5

se puder  repasse...


Agora
Coloque a mão no seu coração e sinta o fogo do amor Divino da sua  Alma no seu coração.


Que seu coração ascenda a  Chama  Violeta 
da liberação e  do dharma;
Amem!

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