quinta-feira, 2 de março de 2017

a educação infantil - limites e psicopedagogia




A família não é uma democracia.

 Nem todas as opiniões têm o mesmo valor e nem todos os membros têm direito a voto.

Uma boa estrutura familiar envolve um ou dois (outros números também são aceitáveis, mas dois é a quantidade mais comum nos países ocidentais) adultos, em geral com poderes iguais.

 Há também uma nítida linha divisória, deixando bem claro que são eles que detêm o poder, o controle, o saber e a experiência que os fazem capazes de cuidar do bem- -estar e da educação dos demais.
Em uma boa estrutura familiar, os filhos também têm mais ou menos o mesmo poder, e suas necessidades, com o tempo, serão atendidas igualmente.

Pai ou mãe que criam os filhos sozinhos costumam ter muito mais trabalho para manter os limites entre pais e filhos. Questões de disciplina podem ser muito desgastantes para quem precisa estar vinte e quatro horas em atividade, sem um momento de descanso.

 Fico surpresa ao ver como a maioria dos pais ou mães que criam os filhos sozinhos consegue administrar uma tarefa contínua, tão difícil e exaustiva.


Em certas famílias, às vezes parece que uma das crianças assume o comando. Frequentemente, um dos membros consegue dominar toda a família, seja por meio de cenas, desobediência, agressão aos irmãos, chan­tagem ou simplesmente má vontade no cumprimento de tarefas.

Os outros filhos detêm menos poder do que o mais turbulento. Os pais, não raro, pedem a eles que cedam, em nome da paz ou para que se avance no que precisa ser feito.

O limite entre a esfera adulta e a esfera jovem perde a nitidez, e tudo piora quando há pais ausentes, restando apenas “o poder de um”, para manter a família funcionando.
Em tal tipo de estrutura familiar, todos são meio infelizes.


Essa estrutura não serve para a família'como um todo, mas... e quanto à criança que é o “pivô” de tudo? Sempre pensei que, no mínimo, a criança dominadora se sentisse feliz, mas frequentemente é ela a mais infeliz.


Quando os pais me consultam acerca do descontrole no comporta­mento dos filhos, começamos pelos aspectos básicos. Nada de bater nem ameaçar. A criança tem de fazer o que os pais mandam. Estabelecemos estratégias para que os pais assumam o comando e a criança obedeça.

Sempre fico um tanto surpresa quando os pais retornam dali a quinze dias e dizem que a criança está, sim, mais bem-comportada e cooperativa. E eles sempre acrescentam meio confusos:
-                      Ela parece muito mais feliz!

Nossos filhos precisam de amor e apoio. Precisam também de limites, em nome de seu bem-estar e de sua felicidade.



A criança insegura

A criança que, de maneira inadequada, domina a família, muitas vezes demonstra insegurança, confundindo os pais, que não conseguem encontrar motivos para isso.

As primeiras perguntas que faço parecem surpreendentes: “Como e ela, em termos de obediência? Qual o nível de boa vontade com que exe­cuta tarefas domésticas simples? Ela acorda de manhã e se arruma com facilidade? Reclama por ter tarefas escolares a fazer em casa?


Com as respostas obtidas, traçamos o perfil da pequena tirana que frequentemente não obedece, ainda que adulada ou lisonjeada.

Quando a criança ocupa tal espaço na família, não é de se admirar que olhe em volta e pense: “Se sou a pessoa mais poderosa aqui, quem vai cuidar de mim quando eu estiver em apuros?” Assim, a insegurança é um sentimento normal.

Os pais sempre se surpreendem ao me ouvir dizer:
-                      Primeiro, vamos trabalhar a obediência. Estou certa de que isso vai torná-la mais segura.
Os limites dão segurança às criança.

Estabelecendo limites

A desobediência se manifesta de muitas formas. Quantos de nós temos filhos que saem correndo cegamente por estacionamentos de car­ros, ignorando o tráfego? Quantos temos filhos que se afastam demais de nós em parquinhos, sem a menor atenção aos perigos?

 Quantos temos filhos que, solicitados a sair do carro, fazem o contrário, trancando-se lá dentro?

A princípio, pode-se julgar que tudo não passa de brincadeira, mas, se pensarmos um pouco mais, veremos que se trata de desrespeito aos limites estabelecidos pelos pais; quando em locais públicos, onde o controle fica mais difícil, essas crianças sabem que podem explorar a situação ao máximo. 

Elas precisam de limites, para garantir seu bem-estar e felicidade.
Não é fácil perceber as fugas como forma de desobediência. Mas imagine a sua criança ouvindo a pergunta: “Se a mamãe disser para você ficar de mãos dadas com ela para atravessar o estacionamento, você vai fugir?” A resposta provavelmente seria não.

 Portanto, o problema não está necessariamente na fuga, mas na falta de respeito aos limites estabelecidos por você para garantir a segurança dela.

Não se surpreenda se o próximo passo for trabalhar a obediência. Depois que ela passar a obedecer mais em casa, aumentarão as chances de que venha a obedecer fora de casa, abandonando as atitudes que ela sabe serem inadequadas.

Ao tornar os limites mais claros e sólidos, colocando-se como a pes­soa mais poderosa da casa na vida diária, você terá dominado o compor­tamento indesejado, passando a conviver com uma criança mais feliz.

Quando os pais discordam

Então o que acontece para que uma família que funciona bem, com os pais no comando e os filhos cuidados, orientados e protegidos, transfor­me-se em outra, na qual uma ou mais crianças dominam e os limites são fracos ou inexistentes?

 E, mais importante: quando não existem limites e um ou mais filhos “mandam na casa”, como fazer para reverter a situação, deixando todos muito mais felizes? A chave é um fenômeno conhecido como triângulo de Karpman.

O triângulo de Karpman
Ainda no início da minha carreira de consultora, aprendi a reco­nhecer as posições do perseguidor, da vítima e do salvador.

 A troca rápida de uma para outra caracteriza o triângulo de Karpman, em uma alusão ao nome de Stephen Karpman, autor do primeiro artigo sobre o tema, publicado no Journal of Transactional Analysis.

O triângulo de Karpman descreve uma interação em que um indi­víduo assume determinada posição (perseguidor, vítima ou salvador), deixando para o outro uma das posições restantes.

Quando a família toma o caminho desse tipo de interação, perde-se uma estrutura poderosa, desaparece o limite entre pais e filhos e vem a
infelicidade. A recuperação do poder da estrutura familiar depende de esforço próprio.



Imagine a cena

Foi um longo dia. Mamãe prepara o jantar, os filhos fizeram as tarefas escolares e estão diante da televisão. Papai chega e cumprimenta todos. Pouco depois, mamãe chama a família para jantar. Faltam cinco minutos para terminar o programa a que as crianças assistem.
Papai, tentando ajudar, desliga a TV.

-                     Crianças, já para a mesa. Mamãe está chamando.
(Eu interpretaria a atitude do papai como uma tentativa de colabora­ção, mas os filhos se comportam como se estivessem diante de um grande perseguidor. Com isso, têm a oportunidade de agir como vítimas.)

As crianças (especialistas no papel de vítima) choramingam:
a.                  “Não é justo.”
b.                  “Só faltam cinco minutos para acabar o programa.”
c.                  “Vamos perder o fim.”
d.                  “Não estou com fome.”
e.                  Todas as respostas acima.

Mamãe, sentindo-se a salvadora das vítimas, persegue o papai.
-                     Olhe só o que você fez. Ficou todo mundo aborrecido, e ninguém vai jantar. Alguns minutinhos não fariam diferença. Assim que o programa terminasse, elas viriam para a mesa satisfeitos.

Papai, assumindo então inteiramente o papel de vítima, pergunta-se por que resolveu chegar em casa mais cedo. O escritório começa a lhe parecer muito mais atraente.

-                     Eu só quis ajudar - ele resmunga.

E, assumindo rapidamente o papel de perseguidor, continua:
-                     De qualquer modo, você permite que eles fiquem tempo demais diante da televisão.
Mamãe adota uma posição defensiva, de vítima:
-                     Estava tudo muito bem até você chegar.

Uma das crianças, tentando agir como salvadora, aproxima-se e diz:
-                     Eu amo você, papai.
Pai e mãe gritam em uníssono:
-                     Volte já para a mesa!
A criança (vítima) se senta e choraminga.
O clima à mesa fica pesado.

Eis aí uma típica cena familiar. Em um momento, tudo caminha às mil maravilhas; no momento seguinte, a atmosfera muda e todos se aborrecem.

Se analisarmos o que aconteceu, encontraremos alguns pontos em que a situação poderia ser evitada ou contornada.

A mudança de turno ou "eu só queria ajudar"

Nas famílias, há diferentes turnos com diferentes sistemas. Pre­sumindo-se que a mãe trabalhe em casa e o pai trabalhe fora, a família terá três turnos distintos: o da manhã, com pai e mãe presentes; o do dia, cumprido apenas pela mãe; e o posterior ao horário de trabalho, novamente com pai e mãe atuando juntos.

Na cena descrita anteriormente, o pai teve a sincera intenção de ser útil. Ao ouvir a mãe chamar os filhos para jantar, ele desligou a televisão, mas tudo desandou terrivelmente em seguida.

Vejamos: a mãe havia sido responsável pelo turno do dia, e tanto ela quanto os filhos sabiam ser permitido assistir aos programas até o fim; sabiam se “o jantar está pronto” significava atender ao chamado imedia­tamente ou esperar o programa terminar..

Portanto, um meio de não cair no triângulo de Karpman é 
procurar obter o máximo de informação. Quando assumir o turno, procure saber com o(a) chefe o que aconteceu na sua ausência.

 Ao chegar em casa, na hora da troca de turno, em vez de simplesmenteatropelar” e “ajudar” pergunte: “Posso ajudar em alguma coisa?” Quem quer que tenha cumprido o turno anterior saberá o que é preciso fazer.


Evitando o triângulo
Você talvez se pergunte quem começou o triângulo. Foram os filhos. O pai pediu-lhes que fizessem alguma coisa, e eles logo começaram a reclamar, colocando-se na posiçã
o de vítimas.

 O pai assumiu o papel de perseguidor, seguido 
então pela mãe, e tudo desandou a partir daí.

Uma alternativa seria o pai evitar se juntar aos filhos no triângulo. 
Ele poderia ter dito:
-                     Ei, vamos ver o que a mamãe acha.

E a mãe poderia ter explicado:
-                     Eu deixei que eles vissem o programa. O que parecia um chamado para o jantar era na verdade uma contagem regressiva. Por favor, cuide para que eles desliguem a televisão - ela conhece a relutância com que seus filhos se afastam de um aparelho tão sedutor - assim que o programa terminar.

Então, o pai recuaria:
-                     Sua bondosa mamãe nos concedeu uma prorrogação.
A partir de então, assistiria ao programa com os filhos e, assim que terminasse, cuidaria para que lavassem as mãos e fossem para a mesa.

Repare que, nessa versão, o pai recusa o convite para fazer parte do triângulo, estabelece um limite firme e se apresenta em unidade com a mãe. Opoder de dois adultos unidos é um ótimo exemplo para as crianças, além de restabelecer o equilíbrio familiar.

Existe ainda outra opção, que seria a mãe dizer:
-                     O jantar está pronto e servido. Eles devem vir para a mesa agora. Obrigada pela sua ajuda.

O pai, então, diria:
-                     Sua mãe preparou um jantar caprichado. Temos de ir agora.
Se um dos filhos insistisse na posição de vítima - “não é justo” é um lamento comum - tentando transformar os pais em perseguidores, estes poderiam mandá-lo para o quarto, voltando apenas quando estivesse mais calmo. Assim, evitariam a formação do triângulo.


Saindo do triângulo
De volta à cena 1. A mãe poderia ter notado que as reclamações pelo
da televisão eram um meio de incluir o pai no triângulo, na posição de  perseguidor. Ao assumir o papel de salvadora, ela fez toda a
familia entrar no triangulo.

Juntos, os pais poderíam sair do triângulo e recuperar o poder duplo. Para isso, a mãe precisaria estar lado a lado com pai, dizendo:
- Vocês ouviram o que o papai disse. Desliguem a televisão e venham jantar.

Na dúvida recupera a solidez da estrutura.

Deveríam as crianças ter feito o que a mãe mandou? Deveríam ter feito o que o pai mandou? Não seria razoável que assistissem aos últimos cinco minutos do programa? E quanto ao fato de o jantar estar pronto?

Todos esses pontos são válidos, mas existe um fator mais impor­tante: que os filhos estejam protegidos por limites sólidos criados pelos pais unidos.

É preciso lembrar que não adianta gritar de longe: “Crianças, obede­çam já à mamãe (ao papai)!”
 Mexa-se. Pai e mãe devem estar lado a lado.

Se houver necessidade de escolher entre a opinião individual e o con­senso, lembre que a união representa para os filhos muito mais segurança e proteção do que ter pai e mãe discutindo semeies devem ou não comer mais um biscoito de chocolate ou se precisam ou não calçar sapatos para- ir brincar lá fora.

Nunca é demais enfatizar o quanto é importante para a criança ter pais unidos e viver em uma família que não caia no triângulo mais fre­quentemente do que o necessário.

Essa é também uma boa mensagem para avós e outros parentes. Pense bem antes de discutir com o pai ou a mãe na frente da criança. Não importa se você tem razão; se a criança não corre perigo, é melhor que os adultos estejam de acordo.

Quando os pais discordam seriamente

Espere até que a criança durma. Isso vai acontecer em, no máximo, doze horas, e adultos amadurecidos devem ser capazes de aguentar até lá. Então, brigue e discuta quanto quiser. Seja vítima, perseguidor, salvador ou os três ao mesmo tempo. Só não faça isso de modo que a criança ouça ou veja.


É inevitável que, quando duas pessoas de temperamentos diferentes se casam, surjam visões diversas. A situação se revela um excelente exemplo de como os pais podem alcançar uma posição única acerca da educação dos filhos. Entretanto, os filhos não precisam ser testemunhas do processo.

Postado por Dharmadhannya
Psicoterapeuta Transpessoal
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por isto estou em oração permanente contra ataques.
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Agora.



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Eu sou, Eu Sou, Eu sou, a Divina Presença Vitoriosa  de Deus,
que chameja o Fogo da Chama  Violeta (TRÊS VEZES) através de
cada particula de meu ser, e  em meu mundo.

Selai-me num pilar de fogo Sagrado e transformai e renovai
minha energia, purificai-me com a pureza, harmonia, amor,
liberdade e perfeição da Graça da Chama Violeta
Haja luz para compartilhar para o bem de todos.

 Coloque a mão no seu coração
 e sinta o fogo do amor Divino da sua  Alma no seu coração.
Que ela ascenda a liberação do dharma no seu coração.

Eu mereço ser feliz.
eu mereço amar e ser amada.
Eu mereço ter milhões amigos.
Eu mereço a prosperidade da vida.

Eu mereço o trabalho que me dá sucesso e riqueza.
Envie este amor para o seu lar, para a sua vida,
 para tudo e para todos.
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