terça-feira, 25 de julho de 2017

Meditação - BenevoLência.



Quando praticamos a benevolência nosso coração abre para amar e ser amado, para perdoar e ser perdoado, para  seguir com as asas da paz em direção a felicidade.

Nossa Divina Presença ou Buda Interior ilumina nossa aura com o dharma e nos libera, nos protege dos ataques da escuridão do egoísmo.
A semente do Buda interior cresce... espande... 

A compaixão liberta o carma, é um antídodo contra o mal, nos protege das vibraçoes negativas e nos envolve com a luz da Fonte de todas as Graças da Unidade.

Faça esta meditação agora, se você estiver sendo perseguido no trabalho ou por um adversário.
O Espirito da Paz é soberano e invencível.

Eu sou  a Fonte.
Eu sou Um-a só consciência.
Dharmadhannya

Meditação : PRÁTICA
Metta Bhavana: a Benevolência

Nesta prática você desenvolve mettabenevolência e amizade solícita. Deve ser feita durante vinte a trinta minutos, com cinco ou dez minutos de permanência em cada estágio.

Sente-se numa posição confortável, quer numa cadeira, quer numa almofada no chão. Feche os olhos, respire fundo e solte a respiração, sentindo a quietude e o relaxamento em você.

                     Comece concentrando-se em sua respiração, ao mesmo tempo que dirige a atenção para o coração, para o espaço do coração no centro do peito.
                      
                     Nesse momento, repita seu nome ou visualize a si mesmo no coração, de modo a sentir sua presença ali. Abrace a si mesmo como uma mãe abraçaria o filhocom suavidade e ternura. Cada vez que expirar, abandone toda e qualquer tensão; quando inspirar, inspire suavidade e abertura.
                      
                     Repita consigo em silêncio:
                     Que eu me sinta bem, que eu seja feliz, que tudo dê certo para mim, que eu tenha paz.
            
          
                     Continue con­centrado no coração e não se limite a repetir as palavras como um exercício mental, mas sinta ressoar em seu ser o profundo significado delas.
                      
                     Preste atenção a qualquer resistênciaqualquer razão para você não estar bem, ou para não merecer a felicidade. Admita a pre­sença desses sentimentos e então renuncie a eles.
                      
                     Que eu me sinta bem: sinta-o no corpo, levando metta em especial para a região que não estiver bem.
                      
                     Que eu seja feliz. Leve para den­tro do coração todos os sentimentos de infelicidade, solidão, raiva, desamparo, injustiça, carência abrace-os terna­mente, aceite-os e ame-os.
                      
                     Que tudo dê certo para mim: leve para dentro do coração todas aquelas áreas que não estiverem bem e deixe a benevolência transformá-las e elevá-las.


                     Que eu tenha paz.
                     Leve para dentro do coração toda a inquietação e sinta-a se abrandar, e se dis­solver, e se transformar.

Agora leve sua benevolência para junto das pessoas mais próximas e queridassua família e amigos. Traga-as para dentro do coração, uma de cada vez, enquanto as visualiza e repete os nomes delas.

Dirija-lhes sua benevolência, enquanto repete em silêncio: Que você se sinta bem, que você seja feliz, que tudo dê certo para você, que você tenha paz.

 Dirija metta para seus corpos físicos, seus sen­timentos, seus problemas. Ao expirar, expulse qualquer conflito ou dis­córdia que possa ter, e inspire alegria e felicidade (se achar mais fácil, pode fazer uma pessoa apenas, cada vez que praticar).

Agora leve sua benevolência para alguém que não conhece ou que lhe seja indiferente: uma pessoa neutra. Abra seu coração para essa pessoa desconhecida enquanto repete:

Que você se sinta bem, que você seja feliz, que tudo dê certo para você, que você tenha paz.

Enquanto o faz, comece a ver que a personalidade não é aquilo que você está amando, mas sim a própria essência da condição de ser, e isso vocês compartilham: vocês caminham sobre o mesmo planeta, vocês respiram o mesmo ar.

*                    Agora dirija sua benevolência a alguém com quem está tendo proble­mas: um colega de trabalho, um desafeto, um parente. Qualquer um cuja comunicação não esteja fluida ou com quem haja mal-entendido ou conflito.
*                     
*                     Continue a expirar toda e qualquer resistência e inspirar suavidade e abertura, enquanto retém essa pessoa em seu coração: Que você se sinta bem, que você seja feliz, que tudo dê certo para você, que você tenha paz.
*                     
*                     Não se deixe envolver na recordação da história e outros detalhes. Os problemas surgem quando os egos en­tram em choque e se debatem entre si, quando alguém toca num pon­to sensível dentro de nós.
*                     
*                     Abrace a área com delicadeza, enquanto se concentra neste outro. Ele também está sofrendo. Abrace-o com deli­cadeza e ternura, desejando a ele bem-estar e felicidade.
*                     
                     Agora procure expandir sua benevolência, na direção de todos os seres, em todos os quadrantes. Abra seu coração a todos os seres, sejam quais forem, repetindo em silêncio:

                     Que todos os seres se sintam bem,
                     e a felicidade, você manterá aberto seu coração, mesmo que as palavras não reflitam, a princípio, seus sentimentos.

              

Devemos ampliar o círculo de nosso amor , Benevolência até vê-lo englobar a aldeia inteira; a aldeia, por sua vez, deve receberem seu âmago o município; o município deve englobar a província, e assim por diante, até o escopo de nosso amor abranger o mundo inteiro.

 MAHATMA GANDHI

Para compartilhar metta com todos

Se você pode estender metta em direção a si mesmo, aos entes queridos, a pessoas neutras e até a seus inimigos, então estendê-lo na dire ção de todos os seres, sejam estes quais forem e estejam onde estiverem, é naturalmente o próximo passo, e, em termos teóricos, parece muito fácil. 

Mas isto pode enfatizar questões de preconceito e resistências. Você consegue realmente estender metta aos terroristas, assassinos ou ditadores, na mesma medida em que consegue fazê-lo na direção de cuidadores, agentes filantrópicos ou mestres espirituais?

 Você é capaz de dar um passo além da personalidade e chegar à essência da condi ção compartilhada de ser? Você consegue enxergar através do ego mascarado de fanfarrão e ver a pessoa interior, pessoa confusa ou traumatizada? Você consegue estender metta a todos os seres de modo a que em seu coração eles sejam iguais?

O preconceito pode ser muito profundo e, muitas vezes, ex­tremamente sutil. Na esteira do 11 de setembro, o mundo teste munhou uma circunstância marcada por muito preconceito; e, no entanto, o que se logrou com essa atitude? A erradicação do ini­migo torna a vida mais feliz?

 A pergunta vale para os dois lados envolvidos no conflito. A única forma de curar o antagonismo consiste em pôr fim à guerra dentro de nós, para termos a coragem de abrir o coração aos que são diferentes de nós, que diferem nas cren ças adotadas, na cor da pele, na forma de vida, e estender a bonda de na direção deles. 

Quando você abre a si próprio seu coração, então consegue abri-lo para todos, vendo neles aquela humanidade compartilhada.

Isso realmente corresponde a oferecer a outra face, a ver a parcela de Deus em cada homem, a estar disposto a se abrir, a aprender, a ver que a experiência humana compartilhada está repleta de sofrimento, mas que um pouquinho de bondade faz milagres no alívio do sofrimento.

Em seu coração, o desejo mais intenso é o da felicidade para todos os seres.

A metta se iniciará no exato momento em que você pensar em benevolência, em afabilidade, em conexão.

Se pensar bastante na­quelas, começará a sentir um calor no coração, uma crescente percepção, e isso se converte em algo que lhe influencia as relações, as interações com os outros e seu próprio comportamento.

Posteriormente você se transforma na benevolência mesma, ela será simples­mente quem você é. Naquele estágio, não há estranhos, não há inimigos, não há separação — todos são iguais.

  


Ou despertarmos a verdadeira compaixão por todos, ou não teremos compaixão por ninguém, nem mesmo por nossos entes queridos... Porque o amor é o amor: não dá para abri-lo e fechá-lo como se fosse uma torneira.
— BO LOZOFF




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