segunda-feira, 7 de agosto de 2017

O mito do heroi - Guerra nas estrelas.


                             

'STAR WARS' (GUERRA NAS ESTRELAS) & 'MENSAGEM

AO MUNDO'. ('O Poder do Mito' - Joseph Campbell).

“Quando levei meus dois filhos para ver 'Star Wars', eles reagiram com entusiasmo, quando, no clímax da última luta, Ben Kenobi diz a Skywalker: “Desligue o seu computador, desligue a máquina e seja você mesmo, siga seus sentimentos, confie em seus sentimentos”... Ao fazê-lo, é bem sucedido, e a platéia prorrompe em aplausos”. (Bill Moyers).


(*) ACORDE! Caminhante das Estrelas:



(*) "Antes de reencarnar na Terra, você fez um plano do que pretendia alcançar... Fez contratos com todas as pessoas de sua vida: pais, irmãos, irmãs, parentes e amigos. Eles o ajudam a passar por tudo o que planejou realizar nesta vida"... (Dolores Cannon. Hipnoterapeuta).

'Guerra nas Estrelas' & Sua 'Mensagem ao Mundo'


CAMPBELL: “Aqui estou, na casa dos oitenta, escrevendo um livro que deverá ter vários volumes. Desejo intensamente viver até concluir o trabalho. Quero essa criança. Isso instila em mim o temor da morte. Se eu não desejasse terminar esse livro, não me importaria morrer”...


Ora, tanto o Buda quanto Cristo encontraram a salvação para além da morte e retornaram do isolamento para escolher e instruir discípulos que levassem sua mensagem ao mundo. As mensagens dos grandes mestres – Moisés, o Buda, Cristo, Maomé – diferem em muitos pontos. Mas suas jornadas visionárias em grande parte se assemelham.

No tempo em que foi escolhido, Maomé era um guia de caravana de camelos, iletrado. Mas todos os dias ele deixava sua casa em Meca e ia meditar numa caverna na montanha. Um dia, uma voz o chamou: “Escreva!”, ele ouviu, e daí surgiu o Alcorão. É uma história muito, muito velha...





MOYERS: Em cada caso, os beneficiários da dádiva introduziram desvios grotescos, com a interpretação que deram à mensagem do herói.

CAMPBELL: Alguns mestres decidem não ensinar nada, com receio do mau uso que a sociedade fará do que eles descobriram.

MOYERS: E se o herói retorna da provação e o mundo recusa aquilo que ele traz para oferecer?
CAMPBELL: Esta, é claro, é uma experiência comum. Não que o mundo recuse sempre a dádiva, mas ele simplesmente não sabe como recebê-la, como institucionalizá-la...

MOYERS: ...como conservá-la, como renová-la.


CAMPBELL: Sim, como ajudar a mantê-la em movimento.

MOYERS: Sempre gostei daquela imagem da vida sendo insuflada de volta nos ossos secos, em meio às ruínas e às relíquias.

CAMPBELL: Existe uma espécie de herói secundário, que revitaliza a tradição. Esse herói reinterpreta a tradição e a torna válida, experiência viva, hoje, em vez de um amontoado de clichês anacrônicos. Isso tem de ser feito com todas as tradições.

MOYERS: Muitas religiões começaram com as suas próprias histórias de heróis. Todo o Oriente foi abençoado pelo ensinamento da boa lei trazida pelo Buda, e o Ocidente, pelas leis que Moisés trouxe do monte Sinai. Os heróis tribais ou locais realizam suas proezas diante de um único indivíduo, mas os heróis universais, como Maomé, Jesus ou o Buda, trazem uma mensagem de muito longe. Esses heróis religiosos voltam com a maravilha de Deus e não com um projeto de Deus.
CAMPBELL: Bem, há uma espantosa quantidade de leis no Velho Testamento.

MOYERS: Mas isso é a transformação da religião em teologia. A religião começa com a sensação de maravilhamento, espanto e a tentativa de contar histórias que nos ligarão a Deus. Depois se transforma num conjunto de obras teológicas, em que tudo é reduzido a um código, a um credo.

CAMPBELL: Isso é a redução da mitologia à teologia. A mitologia é muito fluida. Muitos mitos se contradizem a si mesmos. É possível, até, encontrar quatro ou cinco mitos, numa dada cultura, que fornecem diferentes versões do mesmo mistério. Então a teologia se intromete e diz que a coisa deve ser entendida dessa ou daquela maneira.

Mitologia é poesia, e a linguagem poética é muito flexível. A religião transforma a poesia em prosa. Qualquer coisa como: Deus está literalmente lá em cima; ou seja, literalmente, é o que ele pensa; esta é a maneira como você deve se comportar para se relacionar adequadamente com aquele deus lá em cima.

MOYERS: Não é necessário acreditar que houve um rei Artur para apreender o significado das histórias da Távola Redonda, mas os cristãos dizem que precisamos acreditar que houve um Cristo, senão os milagres não têm sentido...


CAMPBELL: São os mesmos milagres realizados por Elias. Há todo um manancial de milagres que flutuam, como partículas, no ar; um homem de certos predicados se aproxima e tudo se aglutina ao redor dele.

Essas histórias de milagres simplesmente nos facultam saber que esse homem notável pregou sobre uma ordem espiritual, que não deve ser identificada com a ordem meramente física, e pôde, assim, realizar uma espécie de mágica espiritual. Isso não quer dizer que ele tenha efetivamente realizado tais coisas, embora, é claro, haja essa possibilidade.

Três ou quatro vezes eu vi ocorrerem o que parecem ser efeitos mágicos; homens e mulheres dotados de poder são capazes de realizar coisas que você não julgaria possíveis. Nós, na verdade, não conhecemos os limites do possível. Mas os milagres da lenda não precisam necessariamente ter acontecido. O Buda caminhou sobre as águas, como Jesus. O Buda subiu aos céus, e retornou...


MOYERS: Lembro me de uma conferência em que você desenhou um círculo e disse: “Esta é a sua alma”...
CAMPBELL: Bem, isso foi apenas um expediente pedagógico. Platão disse, em alguma parte, que a alma é um círculo. Tomei essa ideia para sugerir, no quadro negro, a esfera total da psique.

 Depois desenhei uma linha horizontal, atravessando o círculo, para representar a linha divisória entre o consciente e o inconsciente. O centro, de onde provém toda a nossa energia, eu o representei por um ponto, no centro do círculo, abaixo da linha horizontal.

Todos os propósitos de uma criança provêm das exigências do seu pequeno corpo. E assim que a vida começa. Uma criança é, em larga medida, o impulso da vida. Depois entra a mente, tendo que imaginar: O que vem a ser isso tudo? O que eu desejo? Como consegui-lo? 

Pois bem, acima da linha horizontal está o ego, que eu representei por um quadrado: é o aspecto da nossa consciência que identificamos como O nosso centro. Mas, como você vê, ele está muito distante do centro. Pensamos que isso é que está comandando o espetáculo, mas não está...

MOYERS: O que comanda o espetáculo?


CAMPBELL: O que comanda o espetáculo é o que brota de baixo para cima. O período em que se começa a perceber que o ego não está comandando o espetáculo é a adolescência, quando todo um novo sistema de exigências começa a se anunciar, através do corpo.

O adolescente não tem a mínima ideia de como manipular tudo isso, e não pode senão especular sobre o que o está puxando – ou, mais misteriosamente ainda, o que a está puxando.

MOYERS: Parece muito evidente que chegamos aqui, como crianças, com uma espécie de receptáculo de memória, lá embaixo.
CAMPBELL: Bem, é surpreendente constatar quanta memória exi
ste lá embaixo. O bebê sabe o que fazer quando lhe põem um bico de seio na boca. Há todo um sistema de ação embutido que, quando o vemos nos animais, chamamos instinto. Esta é a base biológica. Mas então acontecem certas coisas que tornam repulsivo, difícil, ameaçador ou pecaminoso fazer algumas das coisas que somos compelidos a fazer, e é quando começamos a enfrentar nossos problemas psicológicos mais perturbadores...


“Os mitos servem, primariamente, para fornecer instruções fundamentais nessa área. A sociedade atual não nos dá a instrução mítica adequada, dessa espécie, e por isso os jovens têm dificuldade de encontrar o seu caminho. Minha teoria é que, se você descobrir o que bloqueia uma pessoa, poderá achar também a contraparte mitológica para essa dificuldade de passagem de uma etapa para outra”...
MOYERS: Ouvimos pessoas dizerem: "Entre em contato com você mesmo". Na sua opinião, o que significa isso?

CAMPBELL: É perfeitamente possível alguém ser influenciado pelos ideais e pela autoridade dos outros, a ponto de ignorar o que desejaria e poderia ser. Quem cresce num ambiente extremamente restritivo e autoritário dificilmente chegará a atingir o conhecimento de si mesmo.
MOYERS: Porque lhe dizem o que você deve fazer.

CAMPBELL: Dizem-lhe exatamente o que fazer, a todo instante. No exército, você faz o que se espera que você faça, lá. Quando criança, na escola, você está sempre fazendo o que lhe mandam fazer, por isso conta os dias que faltam para as férias, pois é quando você poderá ser você mesmo...

MOYERS: O que diz a mitologia a respeito de entrar em contato com esse outro Eu, esse Eu verdadeiro?


CAMPBELL: O primeiro ensinamento seria seguir as sugestões do próprio mito e do seu guru, o seu mestre, alguém que saiba das coisas. É como um atleta, na sua relação com o treinador. Este lhe diz como pôr em ação as suas próprias energias. Um bom treinador não diz a um corredor exatamente em que posição manter os braços ou coisas desse tipo. Ele o observa correr e depois o ajuda a corrigir sua maneira natural e própria de o fazer.

Um bom professor está ali para identificar possibilidades e potencialidades, e em seguida dar conselhos, não ordens. A ordem seria: “Este é o modo como eu faço, você deve fazer do mesmo modo”... Alguns artistas ensinam dessa maneira. Mas, em qualquer caso, o professor deve exteriorizar o que pensa, dar algumas indicações gerais.

Se não houver ninguém que o ajude nisso, você precisará fazer tudo a partir do zero; é como reinventar a roda. Uma boa maneira de aprender é encontrar um livro que pareça tratar dos problemas em que você esteja envolvido, no momento. Isso certamente lhe dará algumas pistas.

Em minha vida, aprendi muito lendo Thomas Mann e James Joyce, que aplicaram temas mitológicos básicos à interpretação dos problemas, questões, realizações e preocupações do jovem em estágio de crescimento, no mundo moderno. Você pode descobrir os seus próprios motivos de orientação mitológica nos livros de um bom romancista que, por sua vez, compreenda essas coisas...
MOYERS: Isso é que me intriga. Somos felizes quando os deuses e as musas nos dão atenção, e a cada geração aparece sempre alguém servindo de fonte inspiradora para a jornada que cada um de nós empreende. No seu tempo, era Joyce, Thomas Mann. No nosso, muitas vezes parece que é o cinema. Os filmes criam mitos heroicos? Você acha, por exemplo, que um filme como 'Guerra nas Estrelas' corresponde a algo daquela necessidade de um modelo de herói?
CAMPBELL: Ouvi jovenzinhos usando alguns dos termos de George Lucas: “a Força” e “o lado negro”. Deve estar batendo com alguma coisa. E uma boa maneira de ensinar, eu diria.

MOYERS: Penso que isso em parte explica o sucesso deGuerra nas Estrelas. Não foi apenas a qualidade da produção que fez dele um filme tão atraente, é, também, que ele chegou num momento em que as pessoas tinham necessidade de ver, em imagens assimiláveis, o embate entre o bem e o mal. Todos precisavam que o idealismo lhes fosse lembrado, todos queriam ver uma história baseada em desprendimento, não em egoísmo.

CAMPBELL: O fato de o poder do mal não estar identificado com nenhuma nação específica, nesta terra, significa que você tem aí um poder abstrato, que representa um princípio, não uma situação histórica específica.

A história do filme tem a ver com uma operação de princípios, não com esta nação contra aquela. As máscaras de monstros, usadas pelos atores de Guerra nas Estrelas,representam a verdadeira força monstruosa, no mundo moderno.

Quando a máscara de Darth Vader é retirada, você vê um rosto informe, de alguém que não se desenvolveu como indivíduo humano. O que se vê é uma espécie de fase indiferenciada, estranha e digna de pena.
MOYERS: Qual é o significado disso?


CAMPBELL: Darth Vader não desenvolveu a própria humanidade. É um robô. É um burocrata, vive não nos seus próprios termos, mas nos termos de um sistema imposto. Este é o perigo que hoje enfrentamos, como ameaça às nossas vidas.
O sistema vai conseguir achatá-lo e negar a sua própria humanidade, ou você conseguirá utilizar se dele para atingir propósitos humanos? Como se relacionar com o sistema de modo a não o ficar servindo compulsivamente? Não adianta tentar mudá-lo em função das suas concepções ou das minhas.
O momento histórico subjacente a ele é grandioso demais para que algo realmente significativo resulte desse tipo de ação. O que é preciso é aprender a viver no tempo que nos coube viver, como verdadeiros seres humanos. Isso é o que vale, e pode ser feito...


MOYERS: Como?
CAMPBELL: Mantendo se fiel aos seus próprios ideais, como Luke Skywalker, rejeitando as exigências impessoais com que o sistema o pressiona.

MOYERS: Quando levei meus dois filhos para ver 'Guerra nas Estrelas', eles reagiram com entusiasmo, como toda a platéia, quando, no clímax da última luta, a voz de Ben Kenobi diz a Skywalker: “Desligue o seu computador, desligue a máquina e seja você mesmo, siga seus sentimentos, confie em seus sentimentos”. Ao fazê-lo, é bem sucedido, e a platéia prorrompe em aplausos.
CAMPBELL: Bem, como você vê, o filme comunica. É concebido numa linguagem que fala aos jovens, e isso é o que conta. Ele pergunta: Você será uma pessoa de coração, verdadeiramente humana – porque é daí que a vida provém, do coração , ou será aquilo que o chamado “poder intencional” parece exigir de você? Ao dizer: “Que a Força esteja com você”, Ben Kenobi está falando do poder e da energia da vida, não de intenções políticas programadas...


MOYERS: Fiquei intrigado com a definição da Força. Ben Kenobi diz: “A Força é um campo de energia criado por todas as coisas vivas. Ela nos circunda, nos penetra, mantém a galáxia unida”. E li descrições semelhantes em O herói de mil faces, falando do umbigo do mundo, do lugar sagrado, do poder que se irradia no momento da criação.
CAMPBELL: Sim, é claro, a Força brota de dentro. Mas a força do Império se baseia na intenção de conquistar e comandar. Guerra nas Estrelas não é apenas uma história de moralidade, o filme tem a ver com os poderes da vida, conforme sejam plenamente realizados ou cerceados e suprimidos pela ação do homem...


MOYERS: “Na primeira vez que vi 'Guerra nas Estrelas', pensei: “Esta é uma velha história numa roupagem nova”. A história do jovem chamado à aventura, o herói que parte em expedição para enfrentar tormentos e provações, e retorna, após a vitória, com uma bênção para a comunidade”...
[Fonte: Extratos de 'O Poder do Mito', p. 154/159. Joseph Campbell. Título original: 'The Power of Myth'. Copyright © 1988/
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