domingo, 10 de setembro de 2017

A Invocação dos anjos dos milagres





      

“A invocação dos Anjos dos Milagres".

Esta cerimônia sagrada pode ser realizada como um ri­tual de ação de graças ou de intercessão para algo de grande importância. Prepare um local onde trabalhar sem interrupções, com tranquilidade de corpo e espíri­to.

Assegure-se de que o local esteja limpo e harmonioso. Ornamente-o com flores frescas para representar a beleza da Terra. Queime um incenso agradável (o de igreja é ideal) para criar uma atmosfera propícia aos poderes sagrados.

No centro do espaço erga um altar, que pode ser uma mesa simples ou qualquer móvel de tampo sobre o qual você possa trabalhar livremente.


 Cubra o altar com uma toalha branca e lim­pa. Coloque sobre ele uma lâmpada (uma vela em bulbo de vidro transparente) para simbolizar a Imanência, a Luz do Um entronizada no coração de todas as criaturas humanas, sete velas brancas (uma para cada membro dos Elohoim, os “Sete Espíritos que estão diante do Trono”);

 um pavio para acender as velas e uma taça ou copo contendo vinho tinto ou suco de uva. Nos trabalhos avançados dessa cerimônia, as sete velas são individualmente coloridas para formar o Arco-íris da Paz.

Quando tudo estiver preparado, tome um banho lustral; po­nha um pouco de sal na água e mergulhe nela com a intenção de purificar o coração, a mente e o corpo.

 Vista um manto ou roupas limpas. Pingue algumas gotas de seu perfume favorito na palma das mãos e sola dos pés, pois você vai tocar coisas sagradas e caminhar em solo sagrado.


Entre no espaço preparado e medite em silêncio, concentran­do-se para o ritual. Acenda a lâmpada do altar e, observando o brilho da chama, conscientize-se dê que ela é uma manifestação exterior da Luz que fulge nem sua Alma ou Presença Divina - no âmago de seu ser.

 Aprofunde esse pensamento calmamente, tentando firmar a convicção de que sua identidade mais íntima é o Um-no-Todo.
Eu sou  tudo aquilo que é. Eu sou Luz!

 A partir desse núcleo interior de conhecimento, dê sequência à cerimônia.
Segure a lâmpada sobre a cabeça com ambas as mãos e diga:
Eis que a Luz brilhou nas Trevas e as Trevas não a puderam
sufocar. Fiat Lux.



Ajoelhe-se e pouse reverentemente a lâmpada no chão, dizen­do:
Ao Um pertence a Terra e a sua plenitude.
Somos  Servidores da Unidade e por ela lutamos sempre para o bem de todos.
Eu juro servir à Unidade com Justiça, honestidade, integridade,
 amor e Boa vontade.

Levante-se e, mantendo a lâmpada à sua frente, caminhe rumo ao leste. Com a lâmpada, trace um círculo e cante em qualquer melodia que lhe ocorrer: “RAFAEL”.

 Agora, dirija-se diretamen­te para oeste, faça um crescente com a lâmpada (os dois cornos para cima) e cante: “GABRIEL”. Volte ao altar, no centro.

 En­caminhe-se então para o sul, trace com a lâmpada um triângulo equilátero com o vértice para cima e cante: “MIKAEL”. Vá para o norte, trace um quadrado e entoe: “URIEL. Retorne nova­mente para junto do altar. Apanhe o vaso de incenso em combus­tão e faça três vezes o giro do espaço sagrado, em sentido horário, dizendo:

Que este incenso suba até Vós, O Altíssimo e Profundíssimo, qual sacrifício oloroso. Mandai Vossos santos anjos para nos envolver e soprai sobre nós o espírito de Vossa bênção.

Você acabou de selar as sete direções: Em cima, Embaixo, Les­te, Oeste, Sul, Norte e Dentro com a luz do Santíssimo. Nada que não seja da Luz poderá adentrar esse espaço, ou sem sua expressa autorização.

Encoste o pavio na chama' da lâmpada e acenda as sete velas, dizendo ao mesmo tempo:


Acendo as sele lâmpadas diante do Trono — glória dos Elobim — para que absorvam a Luz Suprema, iluminem meu ser e apontem o caminho da paz que devo palmilhar. Selah.

Por alguns instantes, concentre suas energias num raio dirigi­do cie intenção pura e em seguida profira a Prece de Invocação:

Ó Supremo Mistério, Fonte de todo o ser: ouvi o meu chamado. Mandai Vossos formosos anjos do Milagres (faça seu pedido), os santos anjos de Vossa Luz, para que preencham os espaços vazios do meu coração com o Vosso orvalho, ó Fonte da Vida!

Agora chamo as Vossas hostes brilhantes para que me acompa­nhem neste lugar sagrado.

Antes do nascimento do tempo, fostes feitos de fogo eterno, imor­tais e resplandecentes, fulgurantes como estrelas e terríveis como o raio, ternos como um beijo de mãe e assustadores na onipo­tência do Nome.

Anjos da luz dos Milagres inefável, espíritos puros da beleza: Veni ad me (Vinde a mim).
Arcanjos da Presença, regentes cia criação: Veni ad me. Vinde a mim.
Tronos do Eterno, altares da Shekinah: Veni ad me.
 Misericordiosas Dominações, governantes de tudo: Veni ad me.

Grandes Principados, guardiães das nações: Veni ad me.
Poderes do Criador, atributos do Imanente: Veni ad me.
Temíveis Serafins, guerreiros alados da Lua: Veni ad me.

Reais Malakim, monarcas luminosos dos Elementais: Veni ad me.
Formidáveis Querubins, construtores do universo: Veni adl me.
Faiscantes Ashim, rede da vida orvalhada de graça: Veni ad me.


Juntos, vivendo pelo Um; juntos, amando através do Um; jun­tos, dizemos ao Um: santo sois Vós, ó Piedosíssimo, e todos os mundos estão repletos de Vossa glória.

 Sois a maravilha que ve­mos por toda parte, a canção que cantam nossos espíritos. Ergo minhas palavras até Vós e descanso meu coração no Vosso. Peço [afirme aqui seu pedido] ou dou graças [agradeça a bênção especial recebida]. Colocai-me em Vossas mãos, escutai minha voz e ajudai-me.

Agora você está entre os poderes celestes, no centro do mun­do. Abra-se para eles e deixe que a força mágica emanada das entidades angélicas flua através do seu ser, permeando a sua vida.

 Não se alvoroce, apenas fique com elas; deixe que as asas delas o curem, que os pensamentos delas o toquem, que o amor delas o envolva.

Erga o copo de vinho e diga:
Fonte do Tetragrama, vertei no cálice da minha alma a graça de Vosso Graal.
,
Com este símbolo de comunicação entre eu, Seu filho, e o Cora­ção de Toda Luz, recorro dos meus luminosos companheiros, os anjos brilhantes. À sombra de Vossas asas possa eu caminhar em paz e beleza. Amém, Selah, Amém.

Beba um gole de vinho sabendo que, por ele, a Divina influên­cia penetra alquimicamente no seu corpo. Essa taça é também um símbolo de amor entre você e as hostes angélicas. Deixe um pou­co de vinho como oferenda aos poderes. Agora, apague as sete velas sobre o altar, dizendo:

Ó gloriosas hostes do céu, volvei aos reinos dos dias sem fim; e pela divina Fagulha do Eterno, que habita em mim para todo o sempre, sede abençoados.


Olhando para o norte, diga:
Haja paz no norte e seja Uriel abençoado.
Olhando para o sul, diga:
Haja paz no sul e seja Miguel abençoado.

Olhando para o oeste, diga:
Haja paz no oeste e seja Gabriel abençoado.
Olhando para o leste, diga:
Haja paz no leste e seja Rafael abençoado.

Erga a lâmpada à altura do coração e diga:
Em cima, Embaixo e Dentro brilha a glória do Um.
Adonai-Shalom.
O milagre acontece agora em minha vida. Eu agradeço os anjos do Milagre em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, deMaria e do Espirito Santo. 
amem!

O espaço sagrado volta agora à sua realidade comum, mas foi abençoado pelos passos das Hostes do Céu. Após o ritual, despeje o resto do vinho sobre a boa terra, como dom a ser partilhado por todas as formas de vida. Para essa libação, o mantra sagrado “Paz a todos os seres” é adequado".
Seja feito a Vontade de Deus.
Amem



“Ao olharmos ao nosso redor, no universo material, vemos miríades de formas. Todas têm certa configuração e emitem um som definido; na verdade todas o fazem, pois há som mesmo na chamada natureza inanimada. O vento na copa das árvores, o murmúrio do regato, o marulho do oceano, são contribuições definidas para a harmonia da Natureza...


“Somente quando nos colocamos atrás dos bastidores do visível e compreendemos que o homem é um ser composto de Espírito, Alma e corpo, é que entendemos por que somos tão diversamente afetados pelas três artes”... (Max Heindel). ['Mistérios das Grandes Óperas'. O 'Parsifal' de Wagner].


'A Linguagem dos Anjos' - (Geoffrey Hodson). 


“As formas angélicas são construídas de luz, ou antes, de um tênue material auto luminoso: para cada átomo de seus corpos, como também dos mundos em que vivem, há uma partícula radiante de luz”...


A sua forma aparente é semelhante à nossa e de fato construída no mesmo modelo do corpo físico humano. Como se disse antes e se mostram nas ilustrações, assim as fadas e Anjos geralmente aparecem como lindos seres etéreos, de contornos semelhantes às formas humanas. 


Seus rostos, entretanto, apresentam uma expressão que é definidamente diferente da humana, porque estão marcados com uma impressão de energia dinâmica, de vivacidade de consciência e vida, com uma certa beleza celestial e uma expressão que raramente se encontra entre os humanos.


A aparência dos Anjos é também notável à visão humana, devido à atuação da energia dentro e através de seus corpos e suas auras brilhantes. Eles podem ser considerados tanto agentes como artífices das forças fundamentais da Natureza. As forças que eles controlam e manipulam estão continuamente passando através deles e irradiando, produzindo, enquanto fluem, um efeito que se assemelha um tanto à aurora...


“Distintos centros de força, vórtices e certas linhas de força claramente definidas, são visíveis em seus corpos. Na descarga áurica são produzidas formas definidas, as quais, algumas vezes, dão a impressão de uma coroa sobre a cabeça e de asas estendidas, de cores brilhantes e cambiantes”... 


Os filamentos áuricos, entretanto, não são usados para o voo, porque os Anjos se movem rapidamente através do ar, à vontade, com movimentos graciosos, flutuantes, e não necessitam apoios para voar.


Os antigos pintores e escritores, alguns dos quais parecem ter tido vislumbres dos seres angélicos, aparentemente tomaram essas forças fluentes como sendo seus vestuários e asas, e assim os pintaram como vestidos com roupas humanas e puseram até penas em suas asas...

“Como os corpos dos Anjos são formados de luz, cada variação no fluxo da força produz a mudança de cor. A mudança de consciência é instantaneamente visível, como o é uma alteração na forma e cor de suas auras. 

Um transbordamento de Amor, por exemplo, as cobre de um fulgor carmesim, enquanto que, como complemento, uma brilhante corrente de força amorosa, rosada, se projeta ao encontro do objeto de sua afeição”... 


A atividade mental aparece como um jato de luz e força de cor amarela, saído da cabeça, de maneira que, frequentemente, eles aparentam como que coroados de um brilhante halo de luz — uma coroa de ouro que é o seu pensamento, engastada de muitas jóias, cada joia uma ideia. Talvez seja esta a origem de um de seus títulos no Hinduísmo, Chifra Shikhandina, "Crista Resplandecente".


“Todos os fenômenos de emoção e pensamento, que denominamos subjetivos, são objetivos para os Anjos, como também para os homens dotados de visão supra física”... 


Os Anjos veem, pois, os processos do pensamento, emoções e aspirações, como fenômenos externos materiais; porque vivem nos mundos do sentimento, pensamento, intuição, e vontade espirituais. Sua linguagem ou “conversas” produzem mais cores do que sons. 


Um sistema de simbologia é incluído em seu sistema de comunicação, símbolos e lampejos de cores sempre aparecem nos mundos supra físicos, como naturais expressões do pensamento, tanto humano como angélico... 


“O senso de unidade da Vida dos Anjos é tão intenso, que cada pensamento seu expressa um aspecto da verdade fundamental da unidade. Isto dá às suas conversações coloridas uma profundidade e beleza que não se encontram na troca comum dos pensamentos humanos”... 


São incapazes de um conceito sem propósito ou inverídico ou que falhe de algum modo em expressar aquela inerente divindade, de que nunca perdem a consciência, e que ilumina e inspira a todos os seus pensamentos e necessidades. A este respeito, sua linguagem colorida se assemelha um tanto ao antigo senzar, no qual cada letra e sílaba é a expressão de uma verdade básica.


Todavia, ao contrário da antiga língua senzar sacerdotal — produto de mentes profundamente inspiradas — a linguagem mental dos anjos é instintiva e natural, não necessitando esforço consciente de sua parte na escolha e manifestação da cor, forma ou símbolo...

“Um Anjo que na ocasião me instruiu mentalmente quanto ao seu reino, também forneceu exemplos de comunicação angélica e da operação da lei, segundo a qual a matéria supra física assume forma e cor apropriadas, em resposta ao impacto do pensamento”. 


Duas dessas instruções são aqui transcritas, de notas então tomadas. Necessito, entretanto, primeiro explicar que os arupa devas* são no mais alto grau impessoais, impassíveis, desprendidos. Sua consciência é universal e exclusivamente devotada às suas tarefas. Não estão normalmente acostumados a sentir qualquer ligação pessoal. 


Os rupa devas* associados com a evolucionante vida da Natureza, tanto quanto sei, usualmente não experimentam nem expressam a emoção do amor pessoal. Suas mentes são universais e seus “corações” pertencem à Vida Una, da qual são corporificações impessoais. 


Alguns rupa-devas, entretanto, podem ser encarados como encarnações das qualidades de amor, compaixão e ternura divinos por todas essas vidas, e estes sentem, de uma maneira sublimada e impessoal, um senso de unidade entre si e com o homem... 


Como indicam as descrições seguintes, sua força de amor pode temporariamente ser dirigida a pessoas, mas sem o mais leve traço de personalismo e posse. 

“Certos espíritos da natureza no limiar de sua individualização no reino angélico, principalmente os associados com os elementos do ar - fadas e silfos — podem sentir-se atraídos pelo homem que possui o poder de entrar conscientemente no seu reino e de comunicar-se com eles”... 


Sua submissão a esta atração raramente é completa, e mesmo procurando atrair o objeto de suas afeições, usualmente não concebem relações permanentes. Tais associações estreitas, mentais e emocionais, com seres humanos, podem-lhes ser úteis, mesmo que sejam prejudiciais ao seu parceiro humano. Para eles a consecução da individualização pode ser acelerada pela fusão de sua natureza mental e emocional com a de um ser humano individualizado, mas para o homem, tal aventura poderia conduzi-lo à insanidade.


As lendas medievais, em que silfos e outros espíritos da natureza, em seu proveito próprio procuram, e mesmo alcançam, uniões com seres humanos, são provavelmente mais alegóricas que históricas.

“A união física demandaria materialização da parte do silfo, o que é muitíssimo improvável, e se conseguida, muito rara. Parece ser mais provável tratar-se de uma referência velada feita ao valor evolucionário para tais espíritos da natureza de estreita associação física e colaboração com membros da família humana”...


Existe uma tradição oculta de que, como uma exceção a essa impessoalidade, que é característica dos devas altamente evoluídos, íntimas ligações egoicas foram formadas com seres humanos, as quais se tornaram mesmo tão fortes que fizeram o deva procurar e obter admissão no reino humano, a fim de ficar perto do amado ser humano. 


Segue-se então o nascimento em corpo humano, e quando ocorre o encontro físico com o amado, em ambos se desperta um amor muito profundo. Tão forte é esta emoção, que, no caso de existirem barreiras convencionais, elas são ignoradas.


Uma conversação colorida

“Enquanto descansava no jardim de meu chalé, em Gloucestershire, observei o instrutor angélico que passava a grande altura no espaço, e lancei-lhe uma saudação e um apelo mental por mais conhecimentos relacionados às Hostes Angélicas. Prontamente ele interrompeu o seu 'voo' e desceu a pique no jardim”.


Enquanto descia, enviava uma corrente de amor, como resposta, irradiada da região de seu coração, em forma de raios de cintilante rosa e luz carmesim. Este efluxo de amor assemelhava-se a uma flor, pois os lados da forma funicular que ele produzia, eram divididas em pétalas, e no centro havia uma brilhante “rosa” dourada, que ia-se abrindo toda, gradualmente, à medida que o anjo se aproximava. 


Esta “flor” pulsava ritmicamente, e as linhas de forças que a compunham, tremulavam como se ele vertesse sua afeição e força-vida.


Assemelha-se a um glorioso Deus grego, em cujo peito havia uma rosa desabrochada. As radiações, semelhantes a pétalas, estendiam-se até mim, sendo o diâmetro máximo da flor cerca de oito pés. Um contínuo jogo de forças, brilhantemente coloridas em faixas de tamanhos e graus de luminosidade variados, também brilhava acima da cabeça do Anjo.

“Um outro Anjo, de cor principalmente azul, logo apareceu, e os dois entraram na 'conversa'. Enquanto 'falavam', suas auras se dilatavam reciprocamente, tocavam-se e afastavam-se, como asas de borboletas celestiais”.



Estavam distantes cerca de 22m um do outro, e pouco acima das árvores frutíferas do pomar. A natureza fluídica de suas auras se demonstrava na facilidade com que eles as expandiam para cobrir o espaço intermediário.


'Falavam' com seus corações e suas mentes, pois na matéria emocional e mental apareciam cores e símbolos, a maioria das vezes acima de suas cabeças, mas também reluzindo entre si com brilho e rapidez muito além de minha capacidade de observar plenamente e anotar com exatidão. 


0 principal tema do primeiro Anjo encontrava sua natural expressão através do verde suave e pálido, às vezes observado no pôr-do-sol de verão, aparecendo continuamente este matiz nas faixas de cor acima de suas cabeças, e no símbolo formado. Também tingia a maior parte de sua aura, sugerindo as qualidades de simpatia e compreensão. 


Três lindas formas, semelhantes a conchas verticais e alongadas, apareciam em seguida e pairavam no ar, acima de sua cabeça, tremulando de vida e luz. Suas cores eram rosa, amarelo e azul escuro, tendendo para o púrpura. No momento se expandiam sob a forma e aparência de grandes leques, uniam-se e entrelaçavam-se em uma grande radiação. Alternadamente se dilatando e contraindo, o simples fluxo de força se esticava pelo ar e depois desaparecia...

“Isto provocava de seu irmão Anjo, em resposta, uma perfeita labareda, semelhante a uma exibição pirotécnica. Sua primeira resposta transformou a parte superior de sua aura em três faixas coloridas, dos mesmos matizes das conchas; em seguida alongou-se e envolveu o primeiro Anjo, mantendo-o assim por dois/ três segundos e depois retraindo-se”. 



Três símbolos grandemente ampliados sob a forma de leques apareceram em seguida, sucessivamente acima dele, desaparecendo cada símbolo no ar acima, num relâmpago colorido. Um sorriso radiante iluminou a sua face, e era evidente que a observação do primeiro anjo tinha tocado alguma corda sensível de sua natureza.


O primeiro Anjo me explicou então o sentido desta comunicação. O Anjo azul que fora o segundo a aparecer, possuía em si algo das forças e qualidades fundamentais do caráter inerente ao segundo, quinto e sétimo Raios. Sua vida era a expressão do mais profundo Amor e do mais alto intelecto, ao passo que em sua obra revelava perfeita precisão na ação...
“Essas qualidades representavam o seu ideal de perfeição, e ele estava conscientemente ligado a um Arcanjo Superior no qual elas estavam plenamente desenvolvidas. Em toda a Natureza ele percebia predominantemente estes três poderes, seguia os efeitos da operação desses poderes nos membros da raça humana e as expressava em todas as suas atividades”...


A fim de auxiliar os seres humanos, por exemplo, ele se unificaria com a natureza amorosa deles, aumentando o poder humano de amar adicionando-lhe sua própria afeição impessoal e universal. Ele auxiliaria os cientistas estimulando-lhes os poderes mentais pelo aumento de sua capacidade de abstração profunda, e se esforçaria por iluminar suas mentes com a solução de quaisquer problemas que estivessem procurando resolver.


Ajudaria artistas, atores, dançarinos e cerimonialistas a atingirem maior perfeição, graça e beleza de execução e de mais acurada expressão de ideia inspiradora de sua arte. Da mesma maneira auxiliaria seus irmãos Anjos e a vida evolucionante nos reinos sub humanos da Natureza. Em todas as suas atividades estas três características predominariam, constituindo o fundamento de sua vida e a fonte de sua inspiração.


O primeiro Anjo, com profunda e intuitiva simpatia, discerniu este fato e mentalmente expressou os ideais de seu irmão Anjo com toda a perfeição e plenitude de que foi capaz, e por esse meio produziu as três formas semelhantes a conchas nas cores típicas dos três Raios. O segundo Anjo respondeu fazendo brilhar sucessivamente em forma de leque, muito ampliadas, as três qualidades altamente evoluídas de sua natureza...
“Ainda que extenso, este relato é uma descrição muito incompleta do intercâmbio de pensamentos e sentimentos entre os Anjos, o qual, provavelmente, não durou mais que um minuto”... 


O uso da palavra 'Raio', não exprime devidamente o conceito na mente do Anjo; ele provavelmente o denominaria um aspecto da Vida e Consciência Divinas, que é projetado como uma língua de fogo do ígneo coração central de todas as coisas, ou uma corrente de energia vital especialmente sintonizada e que interpenetra o universo.


Estas concepções estavam incluídas em cada um dos símbolos em forma de concha, que — é preciso notar — são representações adequadas da ideia fundamental. A ponta da concha estaria na fonte principal da força, que à medida que fluía, se ampliava na forma de leque.


Cada um destes símbolos era formado de linhas radiantes de força, cujo número não pude contar, embora, sem dúvida, isto também tivesse a sua significação. À medida que todo o símbolo tomava formato, as linhas de força se entrecruzavam e entrelaçavam até formar uma ampla e espraiante corrente dos três tipos de energia.


Cada corrente, entretanto, podia ainda ser notada, porque mantinha sua própria forma e cor, a despeito do entrançamento. O efeito combinado destes três aspectos da Vida operando em e através do segundo Anjo e da Natureza, era, com muito maior propriedade, retratada por esta forma semelhante a uma concha.


A seguir explicou o anjo que, além desta linguagem colorida, há um intercâmbio direto de ideias nos níveis mentais. As cores e símbolos são largamente produzidos por este intercâmbio, embora possam ser usadas como ilustrações e elucidações da ideia central”... (Geoffrey Hodson).


(*) Rupa/Arupa: Em sânscrito, refere-se aos níveis abaixo e acima do quarto sub plano do plano mental, respectivamente, na forma ou sem forma. No primeiro nível (rupa), a tendência para assumir forma prepondera sobre o ritmo, e no segundo (arupa) prepondera o ritmo ou livre fluxo de vida. Os Anjos dos planos rupa apresentam mais definidamente à consciência humana a ideia de forma corpórea do que os dos níveis arupa.(Geoffrey Hodson). 
[*] Sobre Geoffrey Hodson e 'O Reino dos Deuses': “A tradição religiosa da existência de Anjos e Arcanjos, no cristianismo, judaísmo e islamismo, ou no jainismo, budismo, e no hinduísmo, com a denominação de Devas e Mahadevas, é realmente muito antiga. Uma vasta literatura a respeito fala de inúmeras e variadas hostes angélicas, as quais, hierarquicamente, desempenham as funções mais diversificadas em benefício de todos os seres viventes”.... 


Inglês de nascimento, o Autor, que é médico, ocultista e teósofo dotado de faculdades hipersensíveis, desde a juventude sentiu forte inclinação para aquelas linhas de estudo, tendo produzido numerosas obras de peso e realizado conferências públicas na Austrália, na Nova Zelândia, na Índia, na Europa e na América, bem como promovido cursos e pesquisas em diversos centros culturais.


Nesta obra notável ['O Reino dos Deuses'], ilustrada por dezenas de lâminas coloridas, numa linguagem simples e objetiva, Geoffrey Hodson nos oferece um estudo rico e penetrante de muitas hostes angélicas, classificando e descrevendo-lhe as funções construtivas e humanitárias. Apresenta um quadro vivo da Cabala, de que, com lucidez, revela o real sentido das "Emanações angélicas", mais conhecidas por 'Os Dez Sephiroth', e o seu desempenho na hierarquia espiritual e interna do mundo. 


“Trata, por fim, de temas práticos e relevantes, tais como: o cerimonial como um dos meios de cooperação entre anjos e homens, a cooperação angélica nas religiões dos maias, hindus e judeus, os três anjos curadores, o milagre do nascimento e a excelsa Mãe do Mundo, a compassiva protetora dos aflitos”... (Extratos de 'O Reino dos Deuses', na apresentação da obra, pela Pensamento). 



Fontes: 'O Reino dos Deuses' – Geoffrey Hodson. Editora Pensamento - São Paulo. Título do original: 'The Kingdom of the Gods' - Theosophical Publishing House, Adyar, Madras 6000 20, 

Índia/http://encontrocomanatureza.blogspot.com.br/2017/04/a-linguagem-colorida-dos-anjos.html/Repassado por https://anjosensinosluz.blogspot.com/].


3 comentários:

  1. Linda matéria amiga Dharma...adoro os Anjos e Arcanjos

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  2. Namasté Dharma, moro em São Paulo e desejo participar de um grupo de meditação. Você tem indicação?
    Grato,
    Rafael

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  3. Grata Regina e RAfael que bom que gostaram, a alegria nos une com os anjos. Graãs dharmadhannya

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