terça-feira, 26 de abril de 2011

4. A Ponte entre os três Aspectos da Mente . antakarana



4. "A Ponte entre os três Aspectos da Mente" texto pesquisado em
http://www.encontroespiritual.org/antahkarana/antahkarana-00-inicial.html

Há um ponto que gostaria de esclarecer, se puder, pois, sobre este ponto, há muita confusão na mente dos aspirantes, o que é bastante compreensível.
Vamos, pois, por um momento, considerar exatamente onde o aspirante fica, quando começa conscientemente a construir o antahkarana.

Atrás dele, estende-se uma longa série de existências e a experiência delas trouxe-o até o ponto em que ele é capaz de, conscientemente, avaliar sua condição e chegar a algum entendimento de seu ponto na evolução.

Ele pode, consequentemente, incumbir-se de - em cooperação com sua consciência que firmemente desperta e se focaliza - dar o próximo passo, que é o do discipulado aceito. No presente, ele está orientado para a alma; através da meditação e da experiência mística, ele, de fato, tem contato ocasional com sua alma, e isto acontece com crescente frequência.

Esta experiência intuitiva serve para ancorar "o primeiro tênue fio tecido pelo Tecelão em empreendimento fohatico", como está dito no Velho Comentário. É o primeiro cabo, projetado a partir da Tríade Espiritual em resposta à emanação da personalidade, e isto é o resultado da crescente potência magnética de ambos estes aspectos da Mônada em manifestação.

Será óbvio para vocês que, quando a personalidade se está tornando adequadamente magnetizada sob o ângulo espiritual, sua nota ou som soará e evocará a resposta da alma em seu próprio plano. Mais tarde, a nota da personalidade e a nota da alma, em uníssono, produzirão um efeito definitivamente atrativo sobre a Tríade Espiritual. Esta Tríade Espiritual, por sua vez, tem exercido um crescente efeito magnético sobre a personalidade.

Isto começa no momento do primeiro contato consciente com a alma. A resposta da Tríade é, necessariamente, nesta etapa inicial via o sutratma e produz, inevitavelmente, o despertar do centro da cabeça. Essa é a razão por que a doutrina do coração suplanta a doutrina do olho. A doutrina do coração governa o desenvolvimento ocultista; a doutrina do olho - que é a doutrina do olho da visão - governa a experiência mística; a doutrina do coração é baseada na natureza universal da alma, condicionada pela Mônada, o Uno, e envolve a realidade; a doutrina do olho é baseada na relação dual entre alma e personalidade.

Ela envolve os relacionamentos espirituais, mas a atitude de dualismo ou reconhecimento dos opostos polares está implícita nela. É importante lembrar estes pontos à medida que esta nova ciência se torna mais largamente conhecida.
O aspirante eventualmente chega ao ponto onde os três fios - o da vida, o da consciência e o da criatividade - estão sendo focalizados, reconhecidos como correntes de energia, e utilizados deliberadamente pelo discípulo aspirante no plano mental inferior. Lá, esotericamente falando, "ele toma sua posição, e olhando para cima, vê uma terra prometida de beleza, amor e futura visão".

Porém, existe uma lacuna na consciência, embora não de fato. O fio sutrátmico de energia transpõe a lacuna, e tenuemente relaciona mônada, alma e personalidade. Mas, o fio da consciência estende-se somente da alma à personalidade - sob o ângulo do sentido involutivo. Sob o ângulo evolutivo (usando uma frase paradoxal), há somente uma pequena percepção consciente existente entre a alma e a personalidade, sob o ponto de vista da personalidade no arco evolutivo do Caminho do Retorno.

Todo o esforço do homem é para tornar-se consciente da alma e transmutar sua consciência para a da alma, enquanto preservando ainda a consciência da personalidade. Na medida em que a fusão da alma e da personalidade é fortalecida, o fio criativo torna-se cada vez mais ativo, e assim os três fios firmemente fundem-se, mesclam-se e tornam-se dominantes e o aspirante está então pronto para transpor a lacuna e unir a Tríade Espiritual à personalidade por intermédio da alma.


Isto envolve um esforço direto de trabalho criativo divino. A chave para o entendimento reside talvez no pensamento de que até aqui a relação entre a alma e a personalidade tem sido levada adiante primariamente pela alma, enquanto ela estimulou a personalidade ao esforço, à visão e à expansão. Agora - nesta etapa - a personalidade integrada e rapidamente desenvolvendo-se, torna-se conscientemente ativa, e em uníssono com a alma, começa a construir o antahkarana - uma fusão dos três fios e uma projeção deles para as "extensões mais elevadas e vastas" do plano mental, até que a mente abstrata e a mente concreta inferior estejam relacionadas pelo tríplice cabo.

É com este processo que nossos estudos estão relacionados; logicamente, considera-se que já tenha ocorrido normalmente uma experiência anterior relacionada com os três fios. O homem agora permanece mantendo sua mente firme na luz; ele tem algum conhecimento de meditação, grande devoção, e também reconhecimento do próximo passo. O conhecimento do processo gradualmente torna-se mais claro; um crescente contato com a alma é estabelecido;

lampejos ocasionais de percepção intuitiva da Tríade ocorrem. Nem todos estes reconhecimentos estão presentes em todos os discípulos; alguns estão presentes, outros não. Procuro apenas oferecer um quadro geral. A aplicação individual e a realização futura têm de ser elaboradas pelo discípulo no cadinho da experiência.
A meta em direção à qual o discípulo tem trabalhado no passado tem sido a do contato com a alma, conduzindo eventualmente àquilo que tem sido chamado "inclusão hierárquica". A recompensa do esforço do discípulo tem sido a admissão ao Ashram de algum Mestre, crescente oportunidade para servir no mundo e, também, receber certas iniciações.

A meta para a qual discípulos mais elevados estão trabalhando envolve, não apenas o contato com a alma como seu objetivo primário (pois isso já foi alcançado até um certo ponto), mas a construção da ponte ligando a personalidade à Tríade Espiritual, com consequente realização monádica e a abertura para o iniciado do Caminho da Evolução Superior em seus vários ramos e com seus diferentes objetivos e metas.

A distinção (eu não disse "diferença", notem bem) entre os dois caminhos pode ser vista na lista de comparações seguintes:
Desejo – Aspiração Mente - Projeção
A 1a e a 2a Iniciações A 3a e 4a Iniciações
Amor universal e Intuição Vontade Universal e Mente
O Caminho de Luz O Caminho da Evolução Superior
O Ponto de Contato O Antahkarana ou Ponte

O Plano O Propósito
As 3 Camadas das Pétalas Egoicas A Tríade Espiritual
A Hierarquia Shambala
O Ashram dos Mestres A Câmara do Conselho
Os Sete Caminhos Os Sete Caminhos

Na realidade, vocês têm aqui as duas principais aproximações a Deus ou ao Divino Todo, ambas fundindo-se na época da quinta iniciação no Caminho único, o qual, em si mesmo, combina todos os Caminhos. Não se esqueçam de uma afirmação que tenho feito muitas vezes, de que os quatro raios menores devem fundir-se, eventualmente, com o terceiro raio, e que todos os cinco devem, finalmente, fundir-se com o segundo e o primeiro raios; tenham em mente também que estes raios ou modos de Ser são aspectos ou sub-raios do segundo Raio cósmico de Amor e de Fogo.

Quero também indicar mais alguns relacionamentos. Vocês bem sabem que, no plano mental, encontram-se os três aspectos da mente, ou os três pontos focais de percepção mental e atividade que são:

1. A mente concreta inferior. Esta expressa-se mais completamente através do quinto Raio da Ciência Concreta, refletindo a fase inferior do aspecto vontade da divindade e resumindo em si mesmo todo o conhecimento, assim como a memória egoica. Esta mente concreta inferior está relacionada com as pétalas do lótus egoico e é capaz de pronunciada iluminação da alma, provando, eventualmente, ser o holofote da alma. Pode ser trazida sob controle por meio dos processos de concentração. É transitória no tempo e espaço. Através do trabalho criativo consciente, pode ser relacionada ao átomo manásico permanente ou à mente abstrata.

2. O Filho da mente. Este aspecto é a própria alma, governada pelo segundo aspecto de todos os sete raios - um ponto que lhes peço seja registrado. Ele reflete a fase inferior do aspecto amor da divindade e resume em si mesmo os resultados de todo o conhecimento acumulado que é sabedoria, iluminada pela luz da intuição. Um outro modo de expressar isto é descrevê-lo como amor, valendo-se da experiência e do conhecimento. Ele expressa-se mais plenamente através das pétalas do amor de seu ser inato. Através do serviço dedicado e devotado, ele traz o Plano divino à atividade nos três mundos da realização humana.

Está, portanto, relacionado com o segundo aspecto da Tríade Espiritual e é trazido à atividade funcionante através da meditação. Ele, então, controla e utiliza para seus próprios fins espirituais a personalidade consagrada, mente iluminada à qual nos referimos acima. É eterno no tempo e espaço.

3. A mente abstrata. Este aspecto revela-se mais completamente sob a influência do primeiro Raio da Vontade ou Poder, refletindo o aspecto superior da vontade da divindade ou do principio átmico; quando plenamente desenvolvido, ele resume em si mesmo o propósito da Deidade, e assim, torna-se responsável pela emergência do Plano. Ele energiza as pétalas da vontade até o tempo em que a vida eterna da alma seja absorvida por aquilo que não é transitório, nem eterno, mas que é infinito, ilimitado e desconhecido.

É trazido ao funcionamento consciente através da construção do antahkarana. Esta "ponte de radiante arco-íris" une a personalidade iluminada, focalizada no corpo da mente, motivada pelo amor da alma, com a Mônada ou a Vida Una, e assim capacita o divino Filho de Deus em manifestação a expressar o significado das palavras: Deus é Amor e Deus é um Fogo consumidor.

Este fogo, energizado pelo amor, destruiu pela queima todas as qualidades da personalidade, deixando apenas um instrumento purificado, colorido pelo raio da alma e não mais necessitando de um corpo para a alma. A essa altura, a personalidade já absorveu completamente a alma, ou falando de maneira mais precisa, alma e personalidade fundiram-se em um único instrumento para o uso da Vida Una.

Este é somente um quadro ou um uso simbólico de palavras para expressar a meta unificadora da evolução material e espiritual, à medida que é levada à sua conclusão - para este ciclo mundial - através do desenvolvimento dos três aspectos da mente no plano mental.

As implicações cósmicas não estarão perdidas para vocês, mas pouco adianta determo-nos nelas. À medida que este processo é levado avante, três grandes aspectos da manifestação divina surgem no teatro da vida mundial e no plano físico. São elas a Humanidade, a Hierarquia e Shamballa.

A Humanidade é já o reino dominante na natureza; o fato da Hierarquia e de sua iminente aproximação em aparência física está-se tornando bem conhecido de centenas de milhares de pessoas hoje. Seu reconhecido aparecimento mais tarde preparará o palco para as necessárias fases preparatórias que finalmente conduzirão ao governo exotérico do Senhor do Mundo, emergindo de Sua reclusão de eons em Shamballa, e vindo à expressão externa no fim deste ciclo mundial.

Aqui está o vasto e necessário quadro apresentado com o fim de dar razão e poder à próxima etapa da evolução humana.

O ponto que procuro enfatizar é que somente quando o aspirante toma posição definida no plano mental, é que se torna possível para ele fazer real progresso no trabalho da construção da ponte divina, o trabalho de invocação, e o estabelecimento de uma consciente sintonia entre a Tríade, a alma e a personalidade. O período coberto pela construção consciente do antahkarana é aquele a partir das etapas finais do Caminho da Provação à terceira iniciação.

Ao considerar este processo, é necessário, nas etapas iniciais, reconhecer os três aspectos da mente à medida que eles se expressam no plano mental e produzem os variados estados de consciência nesse plano. É interessante notar aqui que, tendo alcançado a etapa humana desenvolvida (integrada, aspirante, orientada e devotada), o homem permanece firmemente nos níveis inferiores desse plano mental;

ele então se defronta com os sete sub-planos desse plano com seus correspondentes estados de consciência. Ele está, pois, entrando em um novo ciclo onde - desta vez equipado com plena autoconsciência - ele tem sete estados de percepção mental para desenvolver; estes são inatos ou inerentes a ele próprio, e todos (quando dominados) levam a uma ou outra das sete grandes iniciações. Estes sete estados de consciência são - começando do primeiro ou mais inferior:

Plano Mental
1. Percepção mental inferior. O desenvolvimento da verdadeira percepção mental.
2. Consciência da alma ou percepção da alma. Esta não é a percepção da alma pela personalidade, mas o registro daquilo que a alma percebe pela própria alma. Isto é mais tarde registrado pela mente inferior. Esta percepção da mente é, pois, o reverso da atitude usual da mente.

3. Percepção superior abstrata. O desdobramento da intuição e o reconhecimento do processo intuitivo pela mente inferior.
Plano Búdico
4. Percepção espiritual, consciente e persistente. Esta é a plena consciência do nível intuicional ou búdico. Esta é a consciência perceptiva que é a destacada característica da Hierarquia. O foco da vida do homem muda-se para o plano búdico. Este é o quarto estado, ou estado do meio, da consciência.
Plano Átmico

5. A consciência da vontade espiritual como ela se expressa e é vivenciada nos níveis átmicos, ou no terceiro plano da manifestação divina. Há pouco que eu possa dizer a respeito desta condição de percepção; o estado de percepção nirvânica pouco pode significar para o discípulo comum.
Plano Monádico

6. A percepção inclusiva da Mônada sobre seu próprio plano, o segundo plano de nossa vida planetária e solar.
Plano Logoico

7. Consciência divina. Esta é a percepção do todo no plano mais alto de nossa manifestação planetária. Este é também um aspecto da percepção solar no mesmo plano.
Enquanto nos esforçamos por chegar a uma tênue compreensão da natureza do trabalho a ser feito na construção do antahkarana, será aconselhável, como um passo preliminar, considerar a natureza da substância da qual "a ponte de brilhante matéria mental" tem de ser construída pelo aspirante consciente. O termo oriental para esta "matéria mental" é chitta;

ela existe em três tipos de substância, todas basicamente idênticas, mas todas qualificadas ou condicionadas diferentemente. É uma lei fundamental neste sistema solar, e, portanto, na experiência da nossa vida planetária, que a substância através da qual a divindade se expressa no tempo e espaço, está carmicamente condicionada; está impregnada por aquelas qualidades e aspectos que são o produto de manifestações anteriores daquele Ser no qual vivemos, nos movemos e temos nossa existência.

Este é o fato básico que está por trás da expressão daquela Trindade ou Tríade de Aspectos com a qual todas as religiões do mundo nos tornaram familiarizados. Esta trindade é como segue:
Utiliza o sutratma
1. O Aspecto Pai Este é o subjacente Plano de Deus
O Aspecto Vontade A essencial Causa de Ser
O Propósito O propósito da vida, a evolução motivada
A nota do som sintético

Utiliza o fio da consciência
2. O Aspecto Filho A qualidade da sensibilidade
O Aspecto Amor A natureza do relacionamento
Sabedoria. Compreensão O método de evolução
Consciência. Alma A nota do som atrativo

Desenvolve o fio criativo
3. O Aspecto Mãe A inteligência da substância
O Aspecto da Inteligência A natureza da forma
O Espírito Santo A resposta à evolução
A nota da Natureza

O plano mental que precisa ser ligado é como uma grande torrente de consciência ou de substância consciente, e de um lado a outro desta torrente, o antahkarana tem de ser construído. Este é o conceito que está por trás deste ensinamento e por trás do simbolismo do Caminho. Antes que um homem possa palmilhar o Caminho, ele próprio tem de tornar-se o Caminho.

É da substância de sua própria vida que ele precisa construir esta ponte de arco-íris, este Caminho Iluminado. Ele tece-o e o ancora tal como a aranha tece um fio ao longo do qual pode viajar. Cada um de seus aspectos divinos contribui para essa ponte, e a hora dessa construção é indicada quando sua natureza inferior está:
1. Tornando-se orientada, regulada e criativa.

2. Reconhecendo o contato e controle da alma e reagindo a eles.

3. Sensível à primeira impressão da Mônada. Esta sensibilidade é indicada onde há:
a. Submissão à "vontade de Deus" ou do Todo maior.
b. Desdobramento da vontade espiritual interna, superando todos os obstáculos.
c. Cooperação com o propósito da Hierarquia, a da vontade de Deus como expressa em amor.
Eu enumerei estas três respostas à totalidade dos aspectos divinos porque elas estão relacionadas ao antahkarana e precisam tornar-se definidas e condicionadas no plano mental.

Elas estão lá para que se encontrem expressando-se na substância:
1. A mente concreta inferior.
O senso comum receptivo.
O aspecto mais elevado da natureza da forma.
O reflexo de atma, a vontade espiritual.
O centro da garganta.
Conhecimento.

2. A mente individualizada.
A alma ou ego espiritual.
O principio do meio. Budi-manas.
O reflexo da Mônada na substância mental.
Amor-sabedoria espiritual.
O centro do coração.
Amor.

3. A mente abstrata superior.
O transmissor de budi.
O reflexo da natureza divina.
Amor intuitivo, compreensão, inclusividade.
O centro da cabeça.
Sacrifício.

Há, necessariamente, outros arranjos destes aspectos na manifestação, porém, o que foi dado acima servirá para indicar a relação de Mônada - alma - personalidade como se expressam através de certas condições focalizadas ou pontos de força no plano mental.

Na humanidade, contudo, a principal realização a ser alcançada, no presente ponto da evolução humana, é a necessidade de relacionar - conscientemente e efetivamente - a Tríade Espiritual, a alma no seu próprio plano, e a personalidade em sua natureza tríplice. Isto é feito através do trabalho criativo da personalidade, do poder magnético da Tríade, e da consciente atividade da alma, utilizando o fio triplo.
Podem ver, portanto, por que tanta ênfase é dada pelos esoteristas à fusão, unidade ou mistura;
somente quando isto é inteligentemente compreendido pode o discípulo começar a trançar os fios numa ponte de luz que, eventualmente, se torna o Caminho Iluminado que ele pode atravessar para os mundos superiores do ser. Desse modo, ele se libera dos três mundos. Isso é - neste ciclo mundial - particularmente uma questão de fusão e de expressar, em plena consciência vigil, três grandes estados de consciência:

1. A Consciência de Shamballa.
Percepção da unidade e propósito da Vida.
Reconhecimento e cooperação com o Plano.
Vontade. Direção. Unicidade.
A influência da Tríade.

2. A Consciência Hierárquica.
Percepção do Eu, a Alma.
Reconhecimento e cooperação com a divindade.
Amor. Atração. Relação.
A influência da Alma.

3. A Consciência Humana.
Percepção da alma dentro da forma.
Reconhecimento e cooperação com a alma.
Inteligência. Ação. Expressão.

A influência da personalidade consagrada.
O homem que finalmente constrói o antahkarana sobre o plano mental conecta ou relaciona esses três aspectos divinos, de modo que progressivamente a cada iniciação, eles ficam mais intimamente fundidos em uma expressão divina em plena e radiante manifestação. Em outras palavras, o discípulo segue o caminho do retorno, constrói o antahkarana, atravessa o Caminho Iluminado, e alcança a liberdade do Caminho da Vida.

Um dos pontos essenciais que os estudantes devem compreender é o fato profundamente esotérico que este antahkarana é construído por um esforço consciente dentro da própria consciência, e não apenas por tentar ser bom, ou expressar boa vontade, ou demonstrar as qualidades do altruísmo e da alta aspiração. Muitos esoteristas parecem considerar o palmilhar do Caminho como o esforço consciente para vencer, a natureza inferior e expressar a vida em termos do viver e pensar corretos amor e compreensão inteligente. É tudo isso, mas é também muito mais.

Bom caráter e boa aspiração espiritual são essenciais básicos. São coisas admitidas como certas pelo Mestre Que tem um discípulo sob treinamento; esses fundamentos e seu reconhecimento e desenvolvimento são os objetivos no Caminho de Provação.

Todavia, construir o antahkarana é relacionar os três aspectos divinos. Isto envolve intensa atividade mental; exige o poder de imaginar e visualizar, além de uma dramática tentativa para construir em substância mental, o Caminho Iluminado. Esta substância mental é - como vimos - de três qualidades ou naturezas, e a ponte de luz viva é uma criação composta, tendo em si:

1. Força, focalizada e projetada a partir das forças, fundidas e mescladas, da personalidade.
2. Energia, extraída do corpo egoico por um esforço consciente.
3. Energia, abstraída da Tríade Espiritual.

Contudo, ela é, essencialmente, uma atividade da personalidade integrada e dedicada. Os esoteristas não devem de forma alguma assumir a posição de que tudo que têm a fazer é esperar negativamente por alguma atividade pela alma que automaticamente terá lugar após algum contato com a alma tenha sido alcançado, e que consequentemente esta atividade no devido tempo evocará resposta tanto da personalidade quanto da Tríade.

De maneira alguma isto é assim. O trabalho de construção do antahkarana é primariamente uma atividade da personalidade, ajudada pela alma; no devido tempo, isto evoca uma reação da Tríade. Atualmente, os aspirantes demonstram uma excessiva inércia.

Podemos também considerar este assunto sob um outro ângulo. A personalidade está começando a transmutar conhecimento em sabedoria, e quando isto acontece, o foco da vida da personalidade fica então no plano mental, porque o processo de transmutação (com suas etapas de compreensão, análise, reconhecimento e aplicação) é fundamentalmente um processo mental.

A personalidade está também começando a compreender o significado do amor e a interpretá-lo em termos de bem-estar grupal, e não em termos do eu pessoal, do desejo e até mesmo da aspiração. O verdadeiro amor somente é corretamente compreendido pelo tipo mental que está espiritualmente orientado.

A personalidade está também chegando à compreensão de que, na realidade, não existe tal coisa como o sacrifício. O sacrifício é, geralmente, somente a frustração do desejo da natureza inferior, suportada de bom grado pelo aspirante, mas - nesta fase - uma má interpretação e limitação. O sacrifício é, realmente, completa conformidade com a vontade de Deus, porque a vontade espiritual do homem e a vontade divina, como ele a reconhece no Plano, é a sua própria vontade.

Há uma crescente identificação no propósito. Portanto, vontade própria, desejo e aquelas atividades inteligentes que são duplamente motivadas, são vistas e reconhecidas como apenas a expressão inferior dos três aspectos divinos, e o esforço é para expressá-los em termos da alma e não, como até agora, em termos de uma personalidade dedicada e corretamente orientada.

Isto torna-se possível em seu verdadeiro sentido somente quando o foco da vida está no veículo mental e a cabeça, assim como o coração, estão tornando-se ativos. Nesse processo, as etapas de construção do caráter são vistas como essenciais e efetivas, e são empreendidas de boa vontade e de forma consciente. Porém, quando as bases do bom caráter e da atividade inteligente estão firmemente estabelecidas, algo ainda mais elevado e mais sutil tem de ser erigido sobre essa subestrutura.

Conhecimento-sabedoria precisa ser superado pela compreensão intuitiva; esta é, na realidade, participação inclusiva na atividade criativa da divindade. A ideia divina precisa tornar-se o ideal possível, e este ideal precisa ser desdobrado e manifestado na substância sobre o plano físico. O fio criativo, agora quase pronto, precisa ser trazido à consciente atividade e funcionamento.

Desejo-amor deve ser interpretado em termos de atração divina, envolvendo o uso correto ou incorreto de energias e forças. Este processo põe o discípulo em contato com a divindade como um Todo progressivamente revelado. A parte, através do desenvolvimento magnético de sua própria natureza, entra gradualmente em contato com tudo que É. O discípulo torna-se consciente desta soma total em expansões cada vez mais vividas de consciência conduzindo à iniciação, à realização e à identificação. Estas são as três etapas da iniciação.

O fio da consciência, em cooperação com o fio criativo e o fio da vida, desperta para um processo plenamente consciente de participação no Plano criativo divino - um Plano que é motivado pelo amor e inteligentemente levado avante.

Direção-vontade (que são palavras descrevendo a orientação produzida pela compreensão dos dois processos de conhecimento-sabedoria e desejo-amor), deve produzir a orientação final da personalidade e da alma, fundidas e mescladas e unificadas, em direção à liberdade da Tríade Espiritual; então a tentativa consciente de usar estas três energias resulta na criação do antahkarana no plano mental. Notem que, nesta etapa inicial do processo, estou dando ênfase às palavras "orientação" e "tentativa". Elas simplesmente indicam o controle final da substância pelo iniciado.

Uma das indicações de que o homem não está mais no Caminho Probacionário é sua emergência do reino da aspiração e devoção para o mundo da vontade focalizada. Uma outra indicação é que ele começa a interpretar a vida em termos de energia e forças, e não em termos de qualidade e desejo. Isto marca um definido passo à frente. Há pouquíssimo uso da vontade espiritual, como o resultado de correta orientação, na vida dos discípulos hoje.

No futuro, esta Ciência do Antahkarana e sua correspondência inferior, a Ciência da Evolução Social (que é o antahkarana ligado ou unido da humanidade como um todo), será conhecida como a ciência de Invocação e Evocação. Ela é, na realidade, a Ciência da Sintonia Magnética, na qual o correto relacionamento é produzido pela mútua invocação, produzindo um processo responsivo que é um processo de evocação. É esta ciência que está por trás do despertar consciente dos centros e de suas inter-relações; está por trás da sintonia entre um homem e outro homem, entre um grupo e outro, e eventualmente, entre uma nação e outra.

É esta invocação, e a consequente evocação, que eventualmente relacionam a alma e a personalidade e a alma e a mônada. É o importante objetivo do apelo da humanidade a Deus, à Hierarquia e aos Poderes Espirituais do cosmos, não importa que nome lhe seja dado. O apelo ressoa. A invocação da humanidade pode evocar, precisa evocar e forçosamente evocará a resposta da Hierarquia espiritual e dará a primeira demonstração, em larga escala, desta nova ciência esotérica - esotérica porque está baseada no som. Daí o uso do O. M. Não posso aprofundar-me nesta ciência; temos que limitar nossa atenção ao nosso tema, que é a Ciência do Antahkarana.

A cciencia do antahkarana

• 1.A Ciência do Antahkarana e a preparação para a Iniciação
• 2.Construindo o Antahkarana
• 3.A Natureza do Antahkarana
• 4.A Ponte entre os três Aspectos da Mente. 19- 29
• 5.A Ponte como o Agente de Alinhamento 29-31
• 6.A Técnica da Construção 31-36
• 7,A Construção do Antahkarana ... Passado.33-36
• 8.A Construção do Antahkarana na Raça Ariana ... Presente. 36-38
• 9.As Seis Etapas da Construção.38 -45
• 10.A Tarefa Imediata à Frente .45-47
• 11.Métodos dos Sete Raios Usados no Processo de Construção 47-59
• 12. Invocação e Evocação

http://www.encontroespiritual.org/antahkarana/antahkarana-00-inicial.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário