"URANO E A ENERGIA DO SÉTIMO RAIO"
A
física e a mecânica quântica estão sondando esse mundo metafísico, onde as
diferenças entre sujeito e objeto se dissolvem, o que se assemelha à
experiência de unidade vivida pelo iniciado ou pelo místico.
Certos resultados da atividade do
Sétimo Raio podem ser observados na época em que estamos vivendo. Baseiam-se em
dois axiomas do ocultismo que refletem a criação embrionária das fórmulas
mágicas destinadas a efetuar mudanças nos planos da consciência humana e da
atividade física.
Essas fórmulas surgem do conceito
hermético “O que está em cima está embaixo”, que é uma definição clara do
paradigma unificador incorporado ao Sétimo Raio.
Os axiomas são: “A energia segue
o pensamento” e “O motivo correto cria a ação correta e os meios corretos”. Qualquer
pessoa que esteja trabalhando com o Sétimo Raio reconhecerá que são exatamente
essas as diretrizes que ela tenta seguir em seu trabalho de criatividade e
relacionamento.
Aprender as leis da construção de formas de
pensamento eficazes e vitalizá-las empregando a energia da vontade começa a se
tornar um conhecimento comum e, de várias formas, é objeto de experiências
feitas por todos os ocultistas, com graus variados de sucesso.
Contudo, ficará provado que usar
a mente dessa maneira (sob a influência espiritual) é a chave que abrirá a
porta para a futura evolução da humanidade na Era Aquariana e depois dela.
Está implícito no segundo axioma, “O motivo
correto cria a ação correta e os meios corretos”, o fato de que esse poder pode
ser mal empregado, se houverem motivações erradas; a espada mágica tem sempre
“dois gumes”.
Uma expressão clara do emprego
dessa energia do Sétimo Raio é o desenvolvimento da influência sobre a mente
das massas através da propaganda, da criação de slogans políticos, dos bordões usados pelos comunicadores.
Embora, sob alguns aspectos, seja um
aviltamento da energia, verifica-se que essa técnica de criar uma “fórmula de
palavra mágica” pode ser muito eficaz.
Podemos nos lembrai de vários
exemplos usados pelos comunicadores e de como os políticos modernos empenham-se
em criar sínteses verbais de impressões que desejam passar ao eleitorado.
As técnicas subliminares de afirmações
positivas na “Música da Nova Era” são testemunhos do efeito quase hipnótico do
poder das palavras, na redescoberta da ciência mântrica. No fim, vamos
redescobrir também o antigo conhecimento do uso mágico de palavras poderosas.
Associada à atividade de Urano
está a “atividade radiadora”, Podemos ver seus sinais na explosão de nova
idéias, no aumento do ritmo das informações, na atividade mental (radiação e
telepatia psíquica); e também no destravamento do calor e energia irradiado
dentro da matéria e na radioatividade do urânio.
Com a penetração da investigação
científica no mundo atômico e subatômico da matéria, vimos o nascimento, neste
século, de uma nova dimensão da ciência.
Saímos do impasse a que tínhamos
chegado quando operamos a partir de uma percepção materialista da realidade. O
novo passo transfere o foco da investigação para os reinos do universo
intangível e subjetivo.
Explorando os espaços interiores da matéria,
podemos, de forma correspondente, explorar os espaços interiores da psique
humana, onde o cientista já não investiga objetivamente de fora para dentro,
mas precisa examinar a si mesmo para determinar a influência de sua
participação subjetiva nos experimentos.
A física e a mecânica quântica estão sondando
esse mundo metafísico, onde as diferenças entre sujeito e objeto se dissolvem,
o que se assemelha à experiência de unidade vivida pelo iniciado ou pelo
místico.
No sistema esotérico dos Sete
Raios, Urano é associado ao Sétimo Raio. Pode ser proveitoso considerar as
características desse raio de energia, especialmente em relação à vibração de
Urano.
O Sétimo Raio é identificado com
a magia e o ritual cerimonial, à organização e ao relacionamento, e está
associado ao uso e transmissão de energias espirituais mais elevadas por planos
mais densos da personalidade e níveis materiais.
E a tarefa do mago branco, que emprega a
ciência esotérica da unificação para dar origem ao relacionamento combinado de
espírito e matéria, de alma, personalidade e forma.
O objetivo final dessa evocação
da energia espiritual é instaurar uma nova ordem mundial baseada no impulso
espiritual e na aspiração à liberdade mental, na harmonia coletiva mediante a
compreensão amorosa de nossa humanidade, e num estilo de vida, no plano físico,
que proporciona plena oportunidade de expressão criativa.
Este “Raio de Bondade Ritualista” aspira
construir o ideal utópico do “reino dos céus na terra”. Aqui podemos ver as
correspondências com o Urano astrológico e mitológico:
a ânsia pela liberdade mental e a
criatividade, o ideal da fraternidade universal, o hierofante sacerdote e as
tentativas do deus Urano de criar uma progênie
bela e ideal à altura de sua imaginação celestial.
O único problema somos nós e a lentidão com
que evoluímos até podermos manifestar esse desígnio. Mesmo assim, Urano não nos
deixa descansar.
Ele sacode nosso sonambulismo,
destrói nossos padrões de hábitos de comportamento inconsciente e insiste para
que acordemos para algo novo, colaborando com Plutão para destruir a confiança
que temos nas estruturas sociais e pessoais saturnianas, fixas e protetoras,
porém limitadoras.
Não podemos resistir à influência
dos planetas trans- pessoais; se tentarmos negar-lhes o acesso, sua energia
simplesmente destruirá nossas barricadas, varrendo o esforço que fazemos para
impor a ordem e forçando-nos a mudar e a crescer em meio ao caos e à devastação
que eles podem deixar em sua esteira.
E através do Sétimo Raio que se
pode deslocar uma das linhas mais diretas da energia do Primeiro Raio. O
impacto do “Grande Destruidor” do Primeiro Raio, mediado por Plutão, também é
transmitido através da ligação com Urano.
Daí a exaltação de Urano em Escorpião, regido
por Plutão. A união de Urano e Plutão nesse trabalho libera a força vital
aprisionada para um renascimento, em que as velhas formas inibidoras, os
estilos de vida, as culturas e as civilizações são destruídas ou grandemente
modificadas.
O caos, resultado inicial do impacto do
Primeiro Raio, é então reorganizado pelo Sétimo Raio, que restabelece uma nova
ordem e ritmo adequados ao passo seguinte da expressão criativa.
A relação entre Urano, o Deus do
Céu, e Gaia, a Mãe Terra, reflete-se novamente na associação do Sétimo Raio com
o relacionamento. Isso envolve a polaridade básica dos processos naturais
positivos e negativos da procriação no plano físico.
A questão dos relacionamentos sexuais é
antiga, uma discórdia que remonta a Urano e Gaia! Embora a maioria dos adultos
tenha algum tipo de vida sexual, ainda persiste uma certa ansiedade ligada à
compreensão e ao relacionamento íntimo oculto que temos com o sexo.
A sociedade tem atitudes ambíguas manifestadas
pela moral, pela religião, pelas estruturas familiares, pelos tabus sexuais e
pelos conceitos de perversão; consequentemente, as pessoas quase sempre têm
algum grau de confusão interna.
O mundo ocidental moderno expressa a maioria
desses aspectos de modo relativamente aberto; divórcio e homossexualismo são
fatos da vida contemporânea.
Como vimos, Urano muitas vezes é associado à
novidade sexual, à promiscuidade, à excentricidade ou perversão sexual e ao
homossexualismo.
No meu entender, porém, esta é uma fase
passageira em que esses diversos aspectos da evolução do homem, sua visão da
sexualidade humana estão vindo à tona antes de serem admitidos, entendidos e
aceitos.
A questão, em parte, deve-se à responsividade
humana à energia uraniana, onde a pessoa só consegue dar uma resposta errática,
que revolve as profundezas, mas em geral é insuficiente para uma transformação
decisiva.
Posteriormente, à medida que a potência
das energias de Urano-7° Raio se intensificar e o terreno ardente da mudança
for transposto, a qualidade da relação passará para o primeiro plano da
consciência, emergindo daí uma atitude nova e inclusiva e a compreensão do
mistério da polaridade sexual.
Já há indícios disso nos atuais conceitos de
androginia, promovida a imagem mental do equilíbrio interior. A psicologia
junguiana indica a necessidade da integração das qualidades do sexo oposto na
consciência individual, por intermédio da instauração do relacionamento com os
arquétipos da anima e do animus.
O que é essencial é uma nova
relação entre os pólos positivo e negativo da vida, o céu e a terra, para que
ocorra uma nova integração planetária de totalidade.
Como filhos de Gaia, devemos
saudar a volta de nosso primeiro pai à nossas vidas, servir de mediadores entre
Gaia e Urano e alçar corpo e mente acima da matéria, para segurar a mão
espiritual que Urano nos estende. Por intermédio de nossa evolução, Gaia e
Urano voltarão a se unir.
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