Karma, destino
e astrologia.
Este texto é de Breaux, gostei e fiz alguns
comentários com letra azul. DharmadhannyaEL
A astrologia é
um instrumento útil para trabalhar com o nosso karma, porque ela delineia na
sua linguagem simbólica nossos padrões primários de vida, isto é, os padrões
kármicos.
O mapa natal é uma fotocópia da atual evolução
da alma. A relação entre os elementos do mapa natal representa os nossos
talentos, os nossos potenciais e o caráter básico, bem como áreas de fatores
psíquicos cristalizados ou desarmônicos. Portanto, o mapa aponta para o nosso
condicionamento passado e para nossos padrões psicológicos.
Áreas
problemáticas no mapa natal indicam as lições a serem aprendidas. O movimento
subseqüente dos planetas, através do mapa natal, energiza essas áreas sensíveis
ou padrões kármicos. A combinação de elementos astrológicos, entrando em jogo
em determinadas épocas, descreve os tipos de energias arque- típicas contidas
nos nossos complexos pessoais, e nos dá alguns indícios sobre como articular e
expressar melhor essas energias para o nosso crescimento e transformação.
Quando
prestamos atenção no modo como o movimento dos planetas ativa o mapa astral,
sabemos onde temos necessidade
Ele diz que a astrologia é um caminho para ver
graficamente as forças da mudança, os ciclos de crescimento e de queda que
operam através do mundo natural. Sua linguagem simbólica descreve nossas
experiências interiores de vida e o modo como elas se relacionam com o nosso
caráter básico. E que por mais não seja, acho útil saber que vai haver um fim
para um período difícil, e saber aproximadamente quando isso acontecerá.
Eu disse
anteriormente que o melhor modo de trabalhar com o karma é estar no presente e
ficar atento às lições que a vida nos oferece numa bandeja de prata. A
astrologia nos proporciona a leitura do cardápio kármico.
Nosso compromisso
com a autotransformação começa com a disposição de trazer à luz da consciência
aquelas partes de nós mesmos que condenamos ((às trevas do inconsciente.
Como Jung disse:
Não nos tornamos iluminados ao imaginar figuras de luz, mas ao tomar consciência
das trevas.”
Muitas vezes
ouço as pessoas dizerem que não estão interessadas n vidas passadas porque o
que conta é a vida presente. O que essas pessoas no entendem é que, sem expor
os fatores causais, muitos dos quais provêm de existências anteriores, não
somos capazes de lidar eficazmente com a nossa vida presente.
Milton
Ericson, mestre da moderna hipnoterapia, sabia sobre o que estava falando
quando disse que os fatores inconscientes controlam a nossa vida. A mera força
de vontade não basta para superar o movimento de ações passadas, atitudes
inconscientes e complexos emocionais. É um fenômeno muito conhecido na
psicoterapia que o que reprimimos se torna autônomo e conquista a liberdade,
atuando além da vigilância da nossa identidade consciente.
Por
conseguinte, consciência, aceitação e perdão são etapas importantes na
liberação de padrões kármicos. Aceitar é mais do que apenas permitir que essas
partes esquecidas venham à luz da consciência.
Implica ter compreensão e compaixão pelas
subpersonalidades, ou por outras identidades de outras vidas, que agiram de
forma considerada má, inaceitável, ou por nós mesmos ou pela sociedade. Essas
subpersonalidades podem ter sofrido coisas dolorosas demais, ameaçadoras à
nossa sanidade ou ao nosso atual senso de identidade.
Fazemos o
melhor possível com as habilidades e com a consciência disponíveis para nós em
cada existência. Os budistas dizem que o nosso karma mau nada mais é do que
loucura baseada na ignorância.
Se tivéssemos uma clara percepção intuitiva dos
resultados a longo prazo de nossas atitudes e comportamentos autolimitadores e
disfuncionais, continuaríamos a agir assim? Talvez só em casos extremos de
ressentimento, autodestrutividade ou desobediência obstinada.
Estamos aqui
para aprender, e o método parece ser o de tentativa e erro. Aprendemos através
dos nossos erros. Um dos obstáculos que enfrentamos nesse aprendizado,
entretanto, é a tendência de nos identificarmos e de nos apegarmos a tudo
quanto conhecemos.
Confrontados
com uma situação, respondemos com o melhor da nossa habilidade baseada na nossa
consciência presente e com o condicionamento inconsciente do passado. Quando a
resposta pela qual optamos não alcança o resultado desejado, geralmente não
repensamos as nossas decisões e estratégias.
Nós nos
identificamos com o sentimento de frustração ou com outras reações carregadas
de emoção; e tudo isso serve para iniciar ou reforçar um sistema de crenças.
No futuro,
quando diante de situações semelhantes, agimos de acordo com o nosso sistema de
crenças passamos a alimentar todo o complexo de energias do evento. Em vez
mudar o nosso raciocínio ou as nossas ações, em geral pomos mais energia nos
laços já estabelecidos.
Não se trata
de algo para se sentir culpado ou para ficar na defensiva. Não significa que
somos deficientes. Acontece que é um dos fatores do programa psíquico que
precisamos aceitar. Aceitação também significa ser capaz de demonstrar a mesma
compreensão e compaixão por aqueles que pecar contra nós nesta ou em alguma
outra vida.
A partir dessa
compreensão e compaixão podemos passar para o perdão. O ato de perdoar dissolve
os grilhões da condenação e do ressentimento que nos ligam àqueles com quem
lutamos. Também desamarra os nós dentro nossa própria psique que nos prendem à
repetição dos padrões de comportamento autolimitador.
O perdão faz
com que libertemos as emoções e crenças negativas associadas a um
acontecimento. Através da liberação da culpa e do ressentimento nós nos abrimos
ao poder da misericórdia.
O perdão pode apagar muitas vidas de karma
negativo. Não há necessidade de sofrer e de punir a nós mesmo por erros e ações
nocivas. A aceitação e o perdão pelo passado nos libera para começar dc novo.
Assim, o que importa são as nossas ações no momento. Pensamentos e emoções
também são ações.
Aprendemos
nossas lições e podemos pensar, sentir e agir de um modo sadio e que apóie a
vida? Isto é o que a vida pede de nós. Podemos vir a nos relacionar com aqueles
com quem tivemos conflito no passado, mas nós precisamos ver isso como um
débito ou um castigo. Trata-se da oportunidade concretizar ou de testar o nosso
progresso ao mudar velhos padrões.
O Espelho da
Nossa Vida no Dia-a-Dia
O que podemos
fazer para conter o movimento de bola de neve de nossos ciclos kármicos? Há uma
série de métodos terapêuticos disponíveis, porém o canal mais auspicioso para
trabalhar com o nosso karma é a participação consciente na nossa vida no
dia-a-dia.
Frequentemente,
a identidade relacionada com o ego utiliza práticas espirituais e até mesmo terapias
para se fortalecer ou se defender, O ego adora controlar, manipular e
racionalizar o mundo em sentido amplo; por isso existem as forças kármicas
atuando a favor da nossa educação e transformação.
Lições kármicas não são algo que se possa
delimitar ou fixar. São experiências que, quando vividas conscientemente,
oferecem o potencial para mudança e crescimento. Práticas espirituais e terapia
podem concentrar e acelerar o processo de transformação psicológica, mas é na
nossa vida diária que ocorre o crescimento genuíno.
Na nossa vida
cotidiana tendemos a expressar agressivamente nossos desejos e vontades,
impondo-nos ao mundo. Também temos uma tendência para recuar, para reagir ou
para evitar situações às quais temos aversão — afastando-nos do mundo.
Em geral,
gastamos um grande tempo agindo e reagindo. Se você tentar imaginar a energia
psíquica como uma substância densa e pegajosa, terá uma imagem de como
amarramos tudo ao redor, ao empurrar e puxar nossa energia psicofísica.
Ao contrário de nossa amiga aranha, a teia que
tecemos ao redor de nós mesmos não é uma mandala esteticamente geométrica. É
mais como um novelo de lã irremediavelmente cheio de nós, feito de um visgo
psíquico.
Nós
nascemos em uma teia construída pela família e pelo nosso carma, e neste
contexto vamos tecendo nosso destino junto com todos aqueles que estão no mesmo
barco da nossa existência. Há uma tendência a tecer padrões familiares no
cenário familiar.
A
lei da atração define nosso destino, somos atraídos para entrar no cenário da
vida e interagir com personagens que nós nos identificamos.
Assim,
vamos tecendo em parceria com todos aqueles que temos afinidade ou que somos
reativos o nosso destino.
A imagem de
uma cebola, com suas várias camadas, tem sido usada para descrever a psique. Um
novelo de lã emaranhado é uma metáfora melhor. No miolo do novelo de lã kármico
está o nosso verdadeiro eu ou, em termos junguianos, o Self. Nossa tarefa é
desenredar esse novelo para revelar a jóia do espírito no nosso âmago.
O melhor meio
de fazer isso é deixar que ele se desenrole por si mesmo; isso começará a
acontecer assim que evitarmos nossos frenéticos puxões e empurrões.
As coisas que
acontecem espontaneamente na nossa vida cotidiana espelham imagens de quem
somos, ou seja, a constelação de fatores kármicos que nos dominam num tempo
qualquer.
Elas são as extremidades soltas do novelo de
lã emaranhada. A atitude consciente que tivermos em cada situação é a chave. Ou
revelamos a sabedoria contida no acontecimento, ou teremos de sofrer — e talvez
amaldiçoar — o nosso destino, dependendo de como exercitamos o nosso
‘livre-arbítrio” e nossa “capacidade de reação”.
Precisamos
entrar em cena com personagens éticos, íntegros para tecer a lei da atração da
felicidade, das oportunidades. Observo que aqueles que alimentam personagens
invejosos, deprimidos, rancorosos, revoltados, dispersivos , preguiçosos,
alienados, seguem tecendo cenários que eles possas entrar e dar vida a estes
personagens que impedem a sua felicidade.
Nossa
principal capacidade de reação é a consciência. Quanto maior a consciência com
que encaramos os dramas da vida, tanto menos chocantes e traumáticos eles terão
de ser para nos acordar de nossas realidades ilusórias.
Jung assinala em Aion que, quando dinâmicas
interiores (tais como um padrão kármico) permanecem inconscientes, elas se
projetam exteriormente e as experimentamos como destino.
Por isso, um compromisso com o
autoconhecimento é o primeiro passo para superar o sofrimento que sentimos
devido ao resíduo kármico de ações anteriores.
Quero dar-lhes
um exemplo de como a iluminação de padrões kármicos pela luz da consciência
pode alterar sua projeção na realidade externa.
Estudei as
influências dos astros por quase vinte e cinco anos. Observei de perto as
influências do trânsito e progressão dos planetas à medida que eles emitiam
certos complexos de energia sobre o meu mapa natal. Com o passar dos anos,
familiarizei-me com esses complexos natais e com o gênero de eventos a que
estavam relacionados.
Quando me
dediquei ao estudo de futuras configurações planetárias, ficando alerta às
lições kármicas que elas desencadeavam, percebi seus dramas muitas vezes
representados de forma muito clara nos sonhos e em intuições surgidas durante a
meditação.
Prefiro isso aos eventos traumáticos e
repletos de tensão do mundo exterior. Com frequência, modifico essa afirmação, porque às vezes é
preciso experimentar as coisas no modo temporal “lento” da realidade exterior.
Algumas vezes realmente precisamos nos render,
nos desapegar, ou permitir que alguma parte velha e antiquada de nós morra.
Isso pode levar um bom tempo, e há ainda a inércia da realidade concreta. Não
obstante, quanto mais conscientes estivermos, e quanto mais comprometidos com a
tarefa de autotransformação, menos dolorosas serão essas mortes e
renascimentos.
Pesquisado por Dharmadhannya
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Repassando à Chama Violeta da
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