quinta-feira, 25 de abril de 2013

Medos, julgamentos e um Deus, Juiz severo...




Medos, julgamentos e um Deus, Juiz severo...


È necessário integração da obscuridade e da luz. Nossa meta necessita ser a totalidade, assim como as raízes de uma árvore se espalham debaixo da terra e revela seus galhos que crescem para cima, é necessário mergulhar  profundamente em nossos próprios abismos, e encontrar sustento e base sepultado profundamente dentro de nós.

A graça vem de dentro nasce da árvore da vida interior...

Quando você cultua internamente um Deus severo, ou projeta esta figura paterna em suas escolhas profissionais, afetivas, religiosas e sociais, esse pode ser um indicador que você precisa encontrar mecanismos externos para controlar e organizar sua vida interior, sentimentos caóticos e por isso busca um ambiente controlador e punitivo.

Neste contexto, vamos pensar  na importância do Pai Divino, como um arquétipo , ou como uma qualidade interna interior. De acordo com Neuman, a ética cristã baseada em um virtuoso Deus unidimensional conduz inevitavelmente a projeção do mal;

 é necessário reeditar uma ética nova, que implique um Deus  multidimensional que abarque o bem e o mal, e também exige que cada indivíduo assuma em si todas as qualidades escuras , feias, deformada e maligna que anteriormente não aceitou. 

“  a velha imagem idealizada do ego tem que ir-se , e em seu lugar  é revelado uma perigosa percepção da ambiguidade e da multilateralidade da nossa própria natureza ... O ego é forçado a reconhecer que mentalmente possui a qualidade do mal, e que é enfermo,  que é anti-social e que está nas  garras de um sofrimento neurótico, que é feio e mesquinho... infantil, desajustado, miserável e feio ... Finalmente o indivíduo se  coloca cara a cara com  a necessidade de  aceitar o seu mal.  Neuman

As forças do mal  existentes dentro de nós se transformam graças a esse reconhecimento e essa  aceitação.


Os nossos aspectos destrutivos podem  muitas vezes assumir forma de vozes interiores que nos perseguem com censura em mensagens na primeira pessoa como estas: "Eu não sou bom" e "eu nunca vou vencer", ou mensagens na segunda pessoa como "Você não é bom "e" nunca vai conseguir ". Estas vozes interiores costumam atacar-nos   - "introjetadas”   de nossos pais, precisamos identificar e separar nossos próprios opiniões, antes pudermos vencerias. 

Temendo ser invadido por sua busca de prazer sem limites, por seus medos, por sua raiva - descontrole emocional, compulsões e paixões que ameaçam a sua  lucidez, você disciplina suas emoções expulsando-as e criando defesas  em suas crenças racionais. O seu controle pessoal ajuda a gerenciar sua vida e gerir crises,  mas é muito limitado.

Quando você se atreve a sonhar, você não ouve a voz do “Pai severo”, por isso é difícil enfrentar a realidade -  a lente que você olha o mundo está impregnada com inquietações, ansiedades que ameaçam em vez de ajudá-lo a conquistar concretamente suas aspirações.

Você pode buscar na religião alivio para suas dores, mas pode ficar dependente da Graça de Deus ou da “Igreja” na sua qualidade de instrumento terreno exclusivo da obra da redenção sancionado por Deus. Você  espera que a Graça venha de fora, se você cumprir a Lei do Pai. Você começa a seguir a “Lei’, os mandamentos sagrados,  procura realizar a vontade de Deus na esperança da redenção.

Neste momento você está diante do Bem e do Mal... e precisa controlar o mal que existe em você. Sua raiva, seu ódio, inveja, rancor, ambição... então  você começa a julgar os outros, o mal está lá fora...

“Deus, como Pai, está sempre julgando nossos pecados. Quando acha que ultrapassamos o limite nos põe de castigo, mandando o mal para que possamos refletir sobre nossas  atitudes”.

Ao sentir distante do contato com as suas partes mais profundas da sua psique, você começa a bloquear sentimentos, imagens, sonhos e fantasias. Na medida que sente que vive dentro de um mar congelado ou dentro de uma rigidez interna que impede que você relaxe, é provável que você seja incapaz de receber algo dos outros e estabelecer contato real, afetivo com as pessoas ao seu redor.

Você tem medo da sua vida interior, o que é compreensível, uma vez que tem raízes profundas nos medos inconscientes que lutam com sentimentos de desesperança e desespero.

 O que você teme é ser isolado, sufocado em uma armadilha,  rejeitado, negligenciado ou abandonado. Medo de deixar as coisas seguirem o seu curso (“preciso controlar”) e precisa impedir que derreta o gelo que existe dentro de você, que te protege como uma armadura e que dá uma sensação de ter uma estrutura interna segura, que possibilita a agir com eficiência.

 A sua falta de fé e confiança em si mesmo e no Mundo pode criar mecanismos de defesa, e por isso exteriormente você parece adaptado e eficiente.

Você pode não aceitar a sua vulnerabilidade e as suas necessidades, e  fundamentalmente você evidencia um alto grau de autonomia e de força interior, mas a força pode ser frágil, diante de conflitos e fortes emoções.

Com o objetivo de evitar suas carências infantis, você desenvolve um sistema de defesa forte capaz de evitar sentimentos e necessidades que ameaçam perturbar seu equilíbrio. Mas, muitas vezes você sente rejeitado, solitário e inútil. Como a sua auto-estima é frágil, você facilmente percebe que seus sentimentos e dúvidas pessoais estão relacionados com o seu sentimento de  inferioridade, inutilidade e culpas.

 É provável que tenha dificuldade de ficar sozinho, porque sem o contato interpessoal e o estímulo do outro, você teme enfrentar seus medos e seu pessimismo. Então, pode ser que tenha que lutar contra essa tendência de voltar-se para dentro, mas também pode evitar estímulos externos que alimentam a alma.

No entanto, uma vez que ultrapassa a sua resistência a estar sozinho, é provável que aprenda desfrutar da sua própria companhia, especialmente quando focada em um projeto pessoal ou projeto de um trabalho que incentivador. Possivelmente você tem a capacidade de trabalhar sozinho e levar a cabo as tarefas que você se comprometeu.

Um efeito psicológico dos seus medos  revela em  um jogo de tudo ou nada - pêndulo entre uma fantasia sem fundamento e visão pessimista da realidade.

Quando a sombra se veste como um juiz severo seletivo dono da verdade, que é não lhe dá liberdade de arriscar, sonhar,  você não ousa esperar sentir confiante ou satisfeito, nem para acreditar que ele é capaz de ter sucesso.

 Sua visão é desoladora e gera sentimentos de depressão que deseja evitar. Como resultado, é provável que você possa bloquear oportunidades, sabotar experiências, e o  pessimismo e a insegurança  revela sua percepção do mundo.

É  difícil tolerar suas falhas e consolidar o seu valor como um indivíduo, rígido e incapaz de aceitar suas limitações, assim  você vive segundo os padrões e crenças que criou. E para justificar suas defesas usa a religião, como escudo e um Deus capaz de punição e limites. Você pensa que pode controlar o mundo.

Mas, também é provável que, você encontre no álcool, nas drogas  mecanismos de fuga, e desta maneira as fronteiras estão ausentes, e  tudo pode ser  possível, com infinitas possibilidades. Neste estado você é capaz de bloquear completamente os medos e dúvidas, próprias de Saturno, e dos limites e censuras.

Esta fuga pode interferir na sua capacidade de se envolver com os objetivos da vida real, uma vez que significa a anulação das possibilidades, perda de metas e de concentração e assim, você sai de cena do espaço de concretização dos seus sonhos.

 A intimidade para você é uma ameaça: existe o medo do outro, você teme que ele possa conhecer seu  mundo interno, que possa julgá-lo e abandoná-lo como  aconteceu no passado. É lento para confiar e é provável que você esconda seus verdadeiros sentimentos para se  proteger e controlar.

Sensível a uma eventual rejeição ou abandono você se previne e evita o contato. Mas, talvez você sinta que não é digno do Amor, e é provável que escolha inconscientemente uma pessoa que seja tão rígida como você é severa consigo mesma.


É necessário integração da obscuridade e da luz. Nossa meta necessita ser a totalidade, assim como as raízes de uma árvore se espalham debaixo da terra e revela seus galhos que crescem para cima, é necessário mergulhar  profundamente em nossos próprios abismos, e encontrar sustento e base sepultado profundamente dentro de nós.

A graça vem de dentro nasce da árvore da vida interior...

O terceiro e mais sublime eu é de natureza transpessoal, usualmente,  é projetado na imagem de Deus. Trata-se do Eu Superior ao qual Jung se referiu ao usar o termo Self. No microcosmo da nossa psique, o Eu Superior é um reflexo da força central que organiza o Todo Existente. É um fator transcendental e totalizador. O Eu Superior fornece o modelo para a alma seguir em sua tarefa de construir um reino de consciência....
Postado por dharmadhannyael

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