sábado, 14 de novembro de 2020

Somos programados e o Carma - Parte 2




  Somos programados e o Carma - Parte 2

A Lei “Assim como damos receberemos” pode ser reforçada ao voltarmos para uma nova vida; então, o que fizemos aos outros teremos para nós. Se não assumirmos a experiência voluntariamente, seremos persuadidos pelos nossos guias ou ajudantes, que ressaltarão o beneficio de assumir o carma.

Talvez alguém que foi cruel, um tirano vingativo, pode precisar experimentar uma fraqueza física, uma herança genética que o deixe emocionalmente vulnerável.

Alguém que foi um perseguidor religioso pode se colocar em uma posição em que é perseguido. Alguém que usou o poder para ganhos pessoais pode escolher uma posição de impotência, com uma agravante que torne difícil sua afirmação.

Nossas lições são escolhas cármicas. Antes de nascermos decidimos atrair estas lições e situações; enquanto aprendemos as lições, estamos acertando mossas contas cármicas.

Para escolher as experiências de que precisamos para nosso crescimento durante uma encarnação.

Nosso Eu Superior examina todo os registros de nosso progresso espiritual e decide quanto carmas temos que sofrer, quais são as lições adicionais que precisamos aprender e qual seria o melhor modo de passar pelas experiências de que necessitamos.

Então decidimos sobre nossos pais, nossa família, nosso corpo, sexo, nacionalidade, cidade e data de nascimento.

Nosso sistema glandular. herança genética, pré- disposições familiares e o tipo de cultura em que nascemos são escolhas. Os medos que precisamos enfrentar são pré-programados dentro de nós.

Nada acontece por acaso. Estas pessoas e situações difíceis estão aí com um propósito.

Foi somente quando me foram explicadas as Leis do Carma que comecei a entender. “Carma é o balancete entre o bem e e o mal em nossas vidas. E o balancete do dar e do receber. As contas são acertadas não somente na vida diária mas também durante toda uma vida”.

Ganhamos bom carma quando nossos pensamentos e atos ficam do lado do amor e da oferta na vida cotidiana, trazendo felicidade para nossas vidas.

Ficamos com dívidas quando o balanço de nossos pensamentos e atos se inclina para o lado do medo e da crueldade, ou da avareza e da negatividade.


O mesmo acontece ao passarmos de uma vida para outra. Levamos nossas cargas de atos positivos e negativos, atraindo bom carma quando merecemos ou problemas quando temos que pagar por alguma coisa.

Quando não somos conscientes das Leis Espirituais, deixamos débitos acumulados de uma vida para outra. Pensamos que ao nos livrarmos de alguma coisa, ela desaparece ou é esquecida.

 Em minha ignorância, eu costumava pensar na injustiça de algumas pessoas se darem bem, apesar das coisas terríveis que faziam. Agora sei que elas estão apenas adiando a hora inevitável do pagamento.

Enquanto nossa alma não está pronta para começar a trabalhar, podemos escolher vidas fáceis. Entretanto, à medida em que crescemos em consciência a nível de alma, desejamos pagar por nossos débitos e consertar o que fizemos de errado.

Assim, uma pessoa que destruiu a terra em alguma vida pode ser levada a trabalhar pela preservação da natureza desta vez. Alguém que machucou crianças pode sentir ânsia de cuidar e de ajudar crianças.

Uma pessoa pode escolher circunstâncias de vida muito duras, como pobreza, crueldade, abandono precoce e uma mente fraca, porque quer trabalhar muitos carmas em uma só vida. Pode escolher provações difíceis porque quer aprender rápido.

Seu crescimento depende de como lida com tais circunstâncias. Depende se vai responder com amargor e ódio ou com amor e aceitação.

O carma pode ser pago através de serviços prestados aos outros, orações e bons pensamentos: suportando experiências difíceis com coragem, compaixão e perdão. O carma pode ser desfeito por conscientização e amor.
Algumas pessoas assumem o carma no começo de suas vidas, algumas no meio, algumas no fim e outras durante toda a passagem.

Todos nós escolhemos os meios de acordo com a necessidade de aprimoramento da alma. Alguns podem fraquejar, mas todos têm capacidade para cumprir sua missão.

Jessie e seu marido, quando no plano do Eu Superior, haviam escolhido ter duas crianças mental e fisicamente doentes. Há muitos anos mudaram de casa, e nunca mais tive contato com eles.

Conjecturando posso imaginar as incríveis lições de aceitação, de amor incondicional e de paciência que tiveram que aprender, e a grande prova de fé a que se submeteram.

 Provavelmente suas escolhas lhes proporcionaram muitas outras lições e provas, que nenhuma outra situação lhes poderia dar, ao mesmo tempo em que tiveram a oportunidade de quitar seus débitos cármicos.

A pessoa que escolhe tem corpo deficiente faz isso para aprender lições difíceis. Em um nível mais alto, isso é sempre decisão de um grupo de família.

Famílias, relacionamentos, amigos, todos aprendem lições com aquela pessoa deficiente, assim como todos aqueles que entram em contato com ela. E nossa atitude em relação à condição escolhida que cria nossa felicidade e decide nosso crescimento.
Quando nos ligamos a alguém e criamos carma com essa pessoa, estamos amarrados a ela até que o carma seja trabalhado e as amarras sejam dissolvidas.

Por essas amarras atraímos pessoas que tiveram ligações conosco em outras vidas, para que possamos dar ou receber pagamento de alguma maneira. Praticamente todos nós estamos trabalhando amarras cármicas com parentes e amigos, encarnando repetidas vezes nos mesmos grupos.

Quando enfrentamos uma pessoa difícil, estamos quase sempre trabalhando em uma relação cármica. Em outras palavras, deixamos uma situação não resolvida em outra vida que tentamos retomar, talvez conseguindo amar tal pessoa incondicionalmente desta vez.

Quando sentimos urna simpatia instantânea ou desenvolvemos um bom relacionamento com alguém. pode ser o resultado de uni bom carma, pelo qual podemos nos regozijar.

O que fazemos e pensamos, como reagimos às pessoas e quanto investimos em nossas vidas afeta não apenas o que acontecerá conosco no futuro próximo como também o que será de nós em um futuro distante.

Muitas almas velhas estão encarnando atualmente; elas estão no fim de sua dívida cármica. Pagaram todos os débitos de outras vidas e têm a oportunidade de conservar as contas atualizadas.

Ainda assim, se incorrerem em mais carma através de pensamentos ou atos negativos pagam imediatamente por isso. Isto é conhecido como carma instantâneo. Se sentimos que nunca conseguimos nos livrar de nada, que somos invariavelmente punidos, devemos nos regozijar. Estamos recebendo carma instantâneo.

Conversava com um homem ao escrever estas palavras no hall de um hotel; ele me contou a seguinte história:

Quando era garoto, jogou um pauzinho no meio da rua para o cachorro do seu vizinho. Por tentar pegar o pauzinho, o cachorro foi atropelado e morto. Este homem tinha sido o instrumento causador da morte do cão pastor.

Anos mais tarde, quando começou a trabalhar com terapia, seu primeiro paciente chegou. Era um cão pastor. O cachorro odiava os homens, rosnava e latia tanto que sua jovem dona não podia deixar homem nenhum entrar na sua vida. E ela realmente queria um namorado.

Depois de alguns meses de sessões de terapia com o cachorro, este gradualmente se tornou mais calmo e gentil e começou a aceitar os homens. Sua dona é agora uma mulher casada e com uma família.

Este homem havia conseguido quitar seu carma com o cachorro, se não instantaneamente, pelo menos na mesma vida.

A história desse homem me interessou por outra razão. As reações dos animais são reflexos dos sentimentos e emoções de seus donos. Enquanto tratava do cachorro, estava indiretamente curando a raiva inconsciente da dona em relação aos homens, possibilitando que ela tivesse uma relação satisfatória com o sexo oposto.

Algo muito fácil para alguma alma realizar pode ser muito difícil para outra. Por isso jamais devemos julgar os outros. Não sabemos o montante de carma assumido pela pessoa. Não sabemos se esta alma é sensível ou resistente.

Um galho duro de azevim pode muito bem resistir e suportar a neve e o vento. Poderíamos esperai que urna delicada planta de estufa resistisse do mesmo modo? As almas não são todas iguais.

Há almas sensíveis e almas resistentes. Há almas velhas e jovens. Há almas que podem ter vivido todas as suas experiências em outros planetas e Universos e que podem estar passando pela primeira experiência no planeta terra.

Elas podem se sentir confusas, perdidas e assustadas porque não conseguem entender algumas coisas.
Não estamos em posição de criticar ou condenar. Só podemos aceitar.

Nosso Eu Superior só escolhe provas para nós quando estamos prontos. Assim sendo, ternos capacidade de lidar com o que atraímos, Achamos difícil prosseguir apenas quando nos bloqueamos pelo medo. Quando estamos abertos podemos obter ajuda de mãos amigas.

“Nossa primeira responsabilidade é com nosso crescimento nesta vida, independentemente do que tenha acontecido em outras encarnações”.

Lucy era uma mulher gentil e simpática, mas que não tinha auto-confiança nem se auto-valorizava. Havia tido um relacionamento insatisfatório com seu marido durante muitos anos. Ele era arrogante. dominador e pouco comunicativo. Lucy tinha medo dele e sempre deixava que a rebaixasse. Corno ficava muito assustada para enfrentá-lo, fervia de raiva dele.

Ela me contou que precisava ficar com ele pois estava pagando um carma de tal e tal vida quando lhe causou muito sofrimento e foi muito dominadora. Isto poderia ser verdade.

Senti que ela estava usando o carma não resolvido como desculpa porque estava com muito medo de ficar sozinha. Então ela ficou sofrendo, nada fazendo para melhorar a situação.

Se ela realmente tivesse assumido isso como um débito cármico a ser redimido, durante tantos anos quanto presumia ter feito o marido sofrer (em outra vida), não poderia ter se libertado, porque todos os outros caminhos estariam bloqueados até que ela pagasse sua dívida. Entretanto ela não poderia saber sem tentar.

Como vimos, ela também poderia ter escolhido trabalhar em si mesma para liberar seus medos e raivas. Deveria então transmutar o carma, oferecendo ao marido um amor incondicional.

Se Lucy e seu marido tinham um relacionamento cármico para resolver, nenhum deles fazia nada para melhorar. Sem coragem para se libertarem um do outro, continuaram juntos vivendo com hostilidade e amargura. Estão ocupados criando um novo carma, que terá que ser resolvido algum dia.

As quitações de cama estão sendo aceleradas enquanto o planeta se configura no grande salto de crescimento da consciência para o qual estamos sendo preparados.

Eis porque muitas pessoas escolhem experimentar vários relacionamentos ou casamentos, tentando resolver muitas situações cármicas e saldar múltiplos débitos.


As pessoas estão atraindo todos os tipos de dificuldades e traumas em suas vidas para despertar a Consciência.

Ouvi dizer que em tempos de guerra e privação as almas fazem fila para nascer, devido à grande oportunidade de crescimento aberta a elas.

Para nosso olhos terrestres, pode parecer que o planeta está em caos e confusão mas o Plano Divino é sempre perfeito.

Quando  meus filhos eram pequenos sempre visitávamos Jessie, uma vizinha que tinha uma criança deficiente. Seu filhtnho mal conseguia se sentar e fazer ruídos. Ele costumava gritar, com raiva e frustração, perturbando a harmonia do lar e irritando seu irmão. Essa criança não andava nem falava. Seu corpo era descoordenado, mas seus olhos brilhavam, mostrando inteligência.

Jessie controlava os acessos de raiva da criança com incrível paciência e gentileza, e procurava responder intuitivamente às suas necessidades. Ela sabia que, dentro de sua prisão, o menino era consciente, mas não entendia as palavras, o que aumentava sua frustração.

Ela e seu marido decidiram ter outra criança. Queriamn muito uma filha e ficaram encantados quando nasceu a menina; mas a pequena também era seriamente deficiente. O marido de Jessie não se conformou. Começou a beber desvairadamente para aliviar mágoa.

Jessie jamais reclamava. Aceitava tudo, como se soubesse que havia um propósito por trás. Com um sorriso nos lábios, estava sempre pronta para ajudar as pessoas.

Era eu quem sentia revolta interior contra a injustiça da vida dela, toda vez que a visitava.

Outra vizinha estava lutando para educar seus filhos após seu marido ter morrido num acidente. O dinheiro era curto, ela não tinha uma família que a apoiasse e parecia constantemente pálida e cansada. Eu costumava sentir indignação perante um destino que deixava tais coisas acontecerem.

Já conversei com multas pessoas carregadas de dívidas, terrivelmente doentes e Incapazes de lutar contra a carga desigual da vida, perguntando a mim mesma o motivo. Por que a vida é tão diferente para pessoas diferentes?

Como é possível que crianças pequenas tenham medos e negatividades? Por que existem alguns cegos, outros paralíticos e alguns tão dotados? Por que alguns ficam doentes e outros não?"

Este texto está livre para divulgação desde que seja citado a Fonte:

Haja luz para compartilhar para o bem de todos.
Dharmadhannyael

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