Manter o equilíbrio da Mente -Equanimidade.
Esta prática lhe permite ver através do impulso do desejo, da força
consciente da vontade, do apego, da aversão àquela condição de comodidade e
imparcialidade.
Providencie um lugar confortável para se sentar com as costas retas.
Conserve os olhos fechados. Reserve alguns minutos para aquietar o corpo,
concentrando-se na respiração que entra e que sai, e sentindo um suave
relaxamento no corpo todo.
Sua respiração é vida,
é a consciência do fluxo de luz,
de equilíbrio do
universo.
Eu inspiro luz do equilíbrio do dharma da vida.
Eu expiro luz do Tao dharma do universo
Eu respiro a harmonia do meu dharma.
•
Enquanto
respira, fique consciente do fluxo de sua respiração. Não importa o que
aconteça, sua respiração está ali, entrando e saindo, mantendo o equilíbrio.
•
Este fluxo equilibrado se encontra nas estações
do ano, nas marés, nas fases da lua, no ritmo de nascimento e morte, ritmo
interior que conecta você ao ritmo de todas as formas de vida.
*
Contido neste
ritmo estão o surgimento e a extinção de todas as coisas: toda a criação, todos
os pensamentos, sentimentos, relacionamentos, pessoas; todas as dificuldades,
todos os conflitos, guerras e líderes políticos; e todas as alegrias,
prazeres, santos e líderes espirituais.
*
Tudo surge e passa. Refletindo sobre isso,
encontre dentro de você aquela zona de tranquilidade equilibrada e confortável,
qual uma âncora que lhe mantém a estabilidade
. Repita em
silêncio:
*
Que eu sempre fique à vontade, equilibrado e
estável.
Que eu esteja centrado e em paz,
enquanto todas as coisas surgem e
passam.
°
Enquanto mantém essa imagem de todas as coisas no ritmo natural que lhes é
próprio, reconheça o benefício de passar com a corrente e permanecer em paz, e
a inutilidade de resistir à corrente e tentar impedir as mudanças.
Veja o presente que dá aos outros
por meio de sua equanimidade, tolerância e aceitação.
Que
eu sempre fique aberto e
tolerante para com todos os seres.
Que eu tenha a paciência de continuar
receptivo; que eu aceite igualmente todos os seres.
•
Enquanto você
se abre para a igualdade de todos os seres, estenda sua benevolência, compaixão
e alegria a todos eles.
•
Sinta o coração suavizar- se e abrir-se a cada
vez que respirar, irradiando-se com imparcialidade ilimitada. Que eu estenda minha benevolência, compaixão e
alegria a todos os seres, sem exceção.
•
Quando
estiver pronto, respire fundo e solte o ar. Leve consigo para seu dia essas
qualidades de equanimidade, tolerância e paciência.
No final da década de 1960 eu era um jovem e entusiasmado aspirante a
jogue — queria
conhecer Deus, ficar iluminado! Logo, quando fui convidado por Varahamsa Satyananda
para ir à índia, tratei de agarrar a oportunidade.
Eu vivia num ashram em Bihar, uma das regiões mais pobres da índia.
Tinha lido em alguns livros de yoga sobre a maneira como os grandes yogues
praticavam tapasya, ou
austeridade, e achava que viver com tanta austeridade era sinal de grande progresso.
Não dispúnhamos de água quente no inverno, nem de água gelada ou gelo no
verão.
Afora dois outros swamis procedentes da Holanda, eu era o único
ocidental, e constantemente me via desafiado pelos jogues indianos mais
antigos, que deliberadamente me criavam dificuldades, no intuito de me deixar
irritado.
Como eu era o jogue mais recente,
eles me mantinham atarefado, no intuito de me fazer chegar por último na fila do refeitório ;frequentemente, ao
chegar ali, descobria que a comida tinha acabado.
Os homens mais velhos começavam a
rir:
“Hoje não tem comida para você!”
Mas eu estava decidido a permanecer equilibrado e manter a equanimidade,
para desfrutar a austeridade, como se esta fosse uma prova de que estava
progredindo. Por isso, mantinha sempre um sorriso no rosto, mesmo que
estivesse morto de fome! — ED
A
quarta Brahma Vihara é a equanimidade, ou uppekha, que significa
equilíbrio da mente. Na prática, corresponde a manter todas as coisas em
equilíbrio ou harmonia, atribuindo a tudo a mesma medida ou importância.
Significa
trazer espaço para compensar sentimentos ou pensamentos discursivos e criar
equilíbrio, antes que estes estados de espírito se tornem incontroláveis ou
extremados.
É
reconhecer a existência de muitas situações das quais não temos controle, nem
influência sobre os acontecimentos, nem possibilidade de afetar o resultado ou
alterar o sofrimento experimentado.
Mas
não importa o que surja ou aconteça, é possível conservar-se equilibrado,
enxergar o contexto mais amplo, saber que todas as coisas são transitórias, que
isso também passará.
Reserve
alguns minutos para repassar sua vida. Evoque os detalhes principais, as
ocasiões em que tudo fluía e aquelas em que sua vida parecia repleta de
obstáculos.
Observe como tudo que na ocasião era vital e
urgente já se dissolveu ou perdeu importância, como os dramas chegaram e
passaram, os sentimentos emergiram e se dissiparam, os desejos que ansiavam
por realização em breve se tornaram irrelevantes.
Observe
como cada ocorrência ou experiência, por mais terrível ou incômoda, levou você
a outro lugar, a outra experiência.
Veja
se é capaz de encontrar o fio condutor que percorre sua vida inteira — o fio da
constante mudança. Nada permanece o mesmo.
Você irá viver essa constante mudança em cada
momento de sua vida. De você só é exigido que permaneça com o que é, que
esteja presente com o que é, que deixe a mente permanecer em cada momento.
Uppekha ou equanimidade
tem valor inestimável. É aquela área de comodidade e fluência à qual você pode
retornar cada vez que sua mente se enreda em minúcias e dispersão.
É
abandonar-se ao equilíbrio. Essa equanimidade lhe proporciona força e sentido
de estabilidade em um mundo que está constantemente fazendo exigências, criando
desafios.
Você cria um coração estável. Nunca se sabe o
que irá acontecer, nem quando; nada é previsível, permanente, seguro,
controlável, confiável, sólido; tudo está sujeito a transformação neste
momento.
Chõgyam
Trungpa costumava dizer sempre que não há garantias, que a única segurança é
saber que não existe segurança.
Você pode preferir ignorar o fato e viver com
a ilusão da permanência e da previsibilidade, acreditando que tudo está sob
controle ou pode entrar nessa imprevisibilidade tendo uppekha a seu
lado.
Renunciar à necessidade do controle ou da
permanência das coisas dá a você uma paz interior incomparável.
Trazer
amplidão à sua vida significa ultrapassar o julgamento, ultrapassar a
necessidade de definir as coisas como certas ou erradas, boas ou más, tanto em
si quanto nos outros. Evidentemente, falar é muito mais fácil que cumprir!
Decerto
muito mais fácil se você analisar seus sentimentos e ações como algo que surgiu
da cobiça, do ódio e da ignorância, ou do altruísmo, da aceitação e da compreensão.
À medida que forem surgindo as questões — principalmente aquelas como
manifestações do desejo.
Limite-se a atestar e nomear, recurso que
evitará que você se apegue ao sentimento ou ao resultado. Quando o fizer,
haverá muita capacidade para cultivar equilíbrio.
Já vi que são vocês, amigos velhos: a Srta,
Egoísmo, a Sra. Opinião e o Sr. Rabugento. Vocês aceitam um cafezinho? Ah, aí
estão o Sr. Odio, a Srta. Ilusão e a Sra. Lamúria. Podem chegar!
Ficar centrado no coração
Entre
a equanimidade e a repressão há uma distinção importante. Enquanto a repressão
ignora ou nega o que está sendo sentido, uppekha está plenamente
consciente de todos os problemas e sentimentos, mas simplesmente continua
focalizada no presente momento.
Logo,
não ocorre atração nem aversão com respeito a qualquer estado. Ela nos permite
ficar sem o apego, sem o gancho.
A
repressão é capaz de negar tão completamente ocorrências até mesmo importantes,
que muitos anos podem decorrer sem a memória consciente ter acesso aos
sentimentos ocultos.
A equanimidade não nega coisa alguma, porém
encontra um meio-termo entre o ato de reprimir, ignorar ou negar os sentimentos
e o ato de expressá-los de uma forma agressiva ou destrutiva.
Por exemplo, a repressão da raiva pode levar a
explosões de agressividade ou a flutuações de humor, ao passo que a liberação
da raiva pode trazer alívio a quem a expressa, mas para o agredido dará talvez
a sensação de ter sido atropelado por um caminhão.
O
meio-termo testemunha o surgimento da raiva, reconhecendo-a, conhecendo-a, sem
precisar, contudo, engoli-la de volta, nem Iançá-Ia sobre outrem.
Criar o meio-termo consiste em criar igual quantidade de espaço para
todas as coisas.
Nada é alijado ou considerado indigno, nada é
reprimido, nada é desfrutado em excesso nem considerado de maior importância.
Consiste em testemunhar imparcialmente o
contexto inteiro — seus sentimentos, as outras pessoas e os sentimentos delas.
Não confunda isso com um estado desapaixonado ou indiferente, pois caminhar ao
lado da equanimidade é alegria, alegria repleta da excitação e do prazer de viver.
Mas a equanimidade envolve a capacidade de se
manter com a mesma firmeza durante os períodos de dor e os períodos de prazer:
ficar com a dor ou o desespero sem rejeitá-los, ficar com o prazer ou o
encantamento sem cobiçar mais.
0 coração amoroso da equanimidade permite a você estar com todos as
coisas e ficar em paz com todos as coisas.
— SWAMI
BRAHMANANDA
A
equanimidade também não é um estado de indiferença ou insensibilidade. Às
vezes, manter o equilíbrio ou a serenidade pode talvez dar uma impressão de
desatenção, mas um coração aberto não pode jamais ser indiferente, já que a
benevolência e a compaixão sempre estão ali, assim como está o desejo de ver a
si e a todos os demais a salvo do sofrimento.
Entretanto, você não pode forçar alguém a
aceitar seus cuidados, e tampouco pode fazer o sofrimento dele desaparecer, coisas
que escapam a seu controle.
Lembre-se da história do pintinho tentando
sair do ovo e do quanto pode parecer insensibilidade ou indiferença ficarmos
ali olhando sem nada fazer para ajudá-lo, quando na verdade se trata de exercer
uma percepção muito compassiva.
Por intermédio da meditação, consigo me relacionar com um espaço
interior sereno e pacífico, que parece cada vez mais forte em termos do refúgio
que me oferece.
Realmente sinto um verdadeiro
assombro diante de mim mesma por encontrar semelhante espaço dentro de mim,
espaço do qual eu antes não estava consciente e, menos ainda, em contato
. Ele me ajuda quando estou em conflito comigo mesma: é como visitar um
outro cômodo, as portas se abrem para a serenidade, um silêncio que suaviza
meus sentimentos inquietos e feridos. Depois disso, sou capaz de me afastar de
minha desarmonia e encontrar meu equilíbrio.
— CATHERINE
0 sol brilha para todos
Upekkha se manifesta
no poder de renunciar. Quando você se agarra aos problemas, dificuldades ou
sentimentos negativos, eles influenciam ou dominam os estados de espírito,
mantendo você num lugar de resistência, como uma prisão auto imposta.
Exatamente
da mesma forma, aferrar-se ao prazer e às boas coisas mantém você no lugar de
falsa elevação, levando-o a querer mais.
Renunciar ao apego a todo e qualquer estado
assegura a liberdade de honrar a tudo e a todos igualmente. Pois, em última
análise, não existe diferença entre nós, estamos todos juntos neste barco,
compartilhando experiências e vivendo numa perene transitoriedade.
Até
mesmo nosso apego é infundado, exatamente como carece de fundamento a natureza
de todas as coisas. O reconhecimento de nossa unidade e igualdade essenciais é
extremamente fortalecedor.
A equanimidade confere a você a liberdade de
vivenciar essa igualdade.
Estávamos na índia em 1986, quando encontramos o Dalai Lama pela
primeira vez. Na residência dele, aguardávamos nossa entrevista numa sala
contígua a uma varanda, de onde se avistava o Himalaia resplendendo ao sol da
manhã.
Ed caminhou até a varanda para
contemplar a vista. Naquele momento, viu a distância um monge, que nos chamava
com acenos. Concluímos que era o monge que nos levaria até Sua Santidade.
Porém, quando nos aproximamos,
percebemos que este monge simples e despretensioso era o próprio Dalai Lama!
Imediatamente comecei a me curvar no solo, por ser esta a forma consagrada de
cumprimentar um mestre budista altamente venerado.
Mas o Dalai Lama segurou-me pela mão e me fez ficar de pé, dizendo:
“Não, não. Aqui somos todos iguais. ” No começo, pensei: “Com certeza! Você é o
grande Dalai Lama, líder espiritual de milhões, e eu não passo de uma obscura
discípula.
Como poderíamos ser iguais?” Mlas durante os meses seguintes senti suas
palavras no mais íntimo do ser, e via verdadeira igualdade a que aludia: a
igualdade da nossa humanidade compartilhada e, simultaneamente, nossa
divindade compartilhada. —
Para mim foi um momento profundo. Quando o Dalai Lama tomou Deb pela
mão, levantando-a de sua prostração e dizendo a ela que todos éramos iguais,
senti caírem por terra todas as diferenças.
De repente, percebi que um
mendigo, um santo, a rainha, o presidente ou o primeiro-ministro, você e eu,
nenhum de nós era mais, ou era menos, que o outro. Éramos todos tão-só seres
humanos reunidos aqui, todos aspirando à felicidade. Essa impressão ficou para
sempre comigo.
Upekkha também se
descreve como imparcialidade ilimitada, implicando que a benevolência, a
compaixão e a alegria que você tem estado cultivando com tanto empenho são
oferecidas igualmente a todos os seres, sem preferência nem preconceito.
Você é capaz de estender o coração aberto a
todos, inclusive a pessoas de diversas raças, crenças e preferências, pessoas
cujos corações estão fechados, e até mesmo seus inimigos.
É fácil apontar a alguém os defeitos dele, mas
invariavelmente isso apenas causa mais aflição ou perturbação, em vez de
resolver o problema.
Sabendo
que, em última análise, não existe separação, que todos nós fazemos parte de um
todo muito maior, sua imparcialidade ilimitada se estende a todos, como se eles
fossem você mesmo, exatamente como o sol brilha para todos igualmente. Isto se
reflete na prece das quatro brahma viharas:
Que todos os seres sejam felizes e tenham as causas da felicidade;
Que todos os seres estejam a salvo do sofrimento e das causas do
sofrimento;
Que todos os seres jamais sejam separados da grande alegria que está
além do sofrimento;
Que eles sempre permaneçam na grande equanimidade além do apego ou da
aversão.
Tolerância
misericordiosa
A
tolerância tem forte parentesco com a equanimidade. E tão mais fácil culpar os
outros por nossa infelicidade, apontá-los e declarar que estão errados, e que
nós estamos certos!
É tão mais fácil se sentir superior, fomentar
uma diferença, para alimentar uma causa constante de nosso mal-estar! O ego
floresce com isso!
Quão maior é o desafio de ir além da
disparidade e alcançar um plano de igualdade e respeitosa diferença! Mas viver
de coração aberto não nos livra assim tão fácil!
Essa condição exige constantemente
mergulharmos mais fundo na verdade de nossa existência, para conhecer aquele local
de encontro onde todos nos reunimos.
A
humanidade não se destaca pela tolerância. Existe fanatismo, preconceito e
inimizade entre famílias, vizinhos, países, raças, religiões, preferências
sexuais.
Fatores que causam um sofrimento enorme,
infinito. No entanto, cada ser humano, à parte convicções ou estilo de vida,
está lutando para se livrar do sofrimento.
Nesse
aspecto, não há diferença entre nós. Cada ser vivo é, portanto, digno de ser
ouvido, valorizado e amado.
Se
você examinar com atenção, invariavelmente descobrirá que os pensamentos ou
atos hostis surgem do fato de alguém não ter sido completamente ouvido, e que
quando há pleno reconhecimento a necessidade de manifestar fanatismo ou
antagonismo se reduz.
A
tolerância vai além do desapego a opiniões fixas ou preconceitos. Ela também
envolve a capacidade de você assumir responsabilidade pela própria mente, por
seu próprio egocentrismo, ilusões e aversões:
você
tem de lidar com suas próprias batalhas internas e reconhecer seus próprios
pontos cegos.
Quando você conhece sua própria
intolerância e fanatismo, então é muito mais aceito e respeitado pelos outros.
Inevitavelmente,
aquilo que você teme ou mais detesta nos outros representa aqueles lugares
negados ou ignorados em si mesmo, para os quais você ainda não se abriu.
Quando
for capaz de aceitar suas próprias áreas de intolerância, então você poderá
deixar os outros serem o que são, sem tentar mudá-los.
“Ao
adquirirmos um senso de respeito pelos outros e a preocupação com seu
bem-estar”, declara o Dalai Lama, “nós reduzimos nosso próprio egoísmo, que é
a fonte de todos os problemas, e aumentamos nosso senso de afabilidade, que é
uma fonte natural de bondade”.
Assim,
a tolerância é uma maneira de desarmar a si mesmo, de resolver a própria violência
íntima.
Você
também pode desenvolver o senso de tolerância mediante a visão da beleza
inerente em todas as coisas. Até mesmo no inimigo existe beleza.
Se
você olhar com bastante atenção, verá algo de beleza mesmo numa barata, num
aterro de lixo, num gueto apinhado, em seu filho delinquente, em seu pai abusador.
Só é necessário ver com olhos livres de
preconceito, como quem vê algo pela primeira vez. E, depois de ver a beleza,
você não conseguirá rejeitá-la, ou lhe dar ás costas, ou ignorá-la. Você sempre
a conhecerá como bonita.
Quando me mudei da Inglaterra para o Havaí, eu nunca tinha visto uma
barata. Não conseguia suportá-las. Pareciam tão grandes! Eu costumava vê-las
esmagadas nas calçadas ou à procura de comida no monturo.
Era horrível. Eu morava numa
velha casa de madeira e à noite ninguém se atrevia a entrar na cozinha, já que
o piso ficava coalhado de baratas.
Não nos agradava a idéia de
colocar veneno, mas de vez em quando, de pura frustração, algum colega de casa
pegava uma espingarda e começava a atirar nelas.
Então, certo dia, enquanto lavava
a louça, vi uma barata no escorredor de pratos. Ela (ou seria ele?) estava
pousada ali, fazendo a toalete. Parei para observar. Era extremamente
fascinante ver o quanto a criatura era metódica e detalhista em sua tarefa.
. De repente, vi a beleza contida em semelhante milagre da natureza. Foi
um imenso alívio descobrir aquela beleza. Ainda continuei evitando entrar na
cozinha à noite, porém, de certa forma, passei a ter menos medo. Ela havia se
tornado uma coisa preciosa por mérito próprio, em vez de uma projeção de minha
mente amedrontada. — DEB
Embora
a tolerância nos permita viver juntos e criar intimidade, ela não implica
concordância. Simplesmente determina que você tem um escopo maior de percepção,
colocado acima e além de quaisquer divergências.
Tampouco implica tolerar injustiça ou abuso. O
bom senso discriminatório é tão necessário aqui quanto o era na compaixão:
é
preciso ver com clareza em que momento se está causando sofrimento e qual é a
melhor forma de impedi-lo.
A tolerância é um nível mais profundo de
aceitação, no qual você não julga como certo ou errado os atos de alguém, porém
busca encontrar um modo de pôr fim ao sofrimento.
Você
está olhando para a beleza interior, descobrindo aquele lugar onde todos nos
encontramos, onde o coração enternecido está aberto.
Paciência em grandes doses
Tudo
isso exige muita paciência, principalmente consigo mesmo! Upekkha não é
viável sem paciência. O desejo de ser mais bondoso, mais amável, mais pacífico,
de realizar o sonho de praticar grandes atos de caridade, de libertar-se da
vergonha, da condenação, do medo — tudo isso pede paciência.
Tantas vezes ouvimos as pessoas se lamentarem
de que ainda precisam caminhar muito em sua jornada espiritual, de que ainda
não superaram suas dificuldades, de que precisarão de muitos anos ou,
porventura, de existências inteiras a mais de trabalho em si mesmas.
Não é fácil converter-se, da noite para o dia, no ser humano perfeitamente curado, incondicionalmente amoroso, altruísta, generoso e completo que você gostaria de ser.
Se
você exagerar o esforço, poderá acabar tendo uma sensação desanimadora de
fracasso e desesperança, e aí poderá desistir completamente. A paciência lhe
permite dar um passo de cada vez.
Ser delicado e receptivo ao próprio fracasso,
celebrar o êxito, saber que o erro não tem importância e que você não será
punido.
Como um oleiro que continua a trabalhar, o
tempo todo, no mesmo bloco de argila para fazer um vaso, até que este esteja
perfeito; ou como quem observa uma criança se transformar num adulto, cometendo
erros enquanto cresce, tudo isso exige muita paciência. Este é o solo a partir
do qual você cresce.
0 maior desafio contido na condição de deficiente físico é lidar com a frustração
que traz a dificuldade de movimentos, como, por exemplo, apanhar objetos sem
deixá-los cair.
Durante algum tempo, estive tentando
trabalhar com isso e agora encontrei uma forma bastante eficaz. Já que sempre
tive uma devoção especial por Shiva, agora, quando algum objeto me cai das
mãos, eu digo: “Obrigada, Shiva!” E reconheço a lição de paciência. E uma boa
alternativa aos resmungos, às imprecações e à irritação que fecha o coração! —
JITINDRIYA
Ter
paciência não quer dizer passar a vida apenas à espera de que surja alguma
coisa melhor, ou de que aconteça algo maravilhoso.
Ser paciente se resume a ficar completa e totalmente com o que está
acontecendo, a cada momento, à medida que acontece.
Por
exemplo, quando aprende a meditar, você está concentrado
em aprender a técnica correta, o modo de observar e coordenar a respiração, e de renunciar aos pensamentos, de sentar na posição correta, e assim por diante.
em aprender a técnica correta, o modo de observar e coordenar a respiração, e de renunciar aos pensamentos, de sentar na posição correta, e assim por diante.
Depois
de um tempo, tudo isso acontece naturalmente. A partir daí, você começa a
experimentar alguns resultados interessantes:
deseja vivenciar estados especiais de
bem-aventurança, ou nítidos intervalos sem pensamentos, ou a calorosa abertura
do coração.
Mas, em vez disso, continua só sentado ali,
com as coisas de sempre prosseguindo como antes. Você talvez esteja mais
sereno, ou, às vezes, menos sereno, e é então que se pergunta: o que está acontecendo
e por que motivo estou me dando a todo este trabalho?
É
nessas ocasiões que a paciência tem a máxima importância. Enquanto se observa
ficar impaciente, o que você está observando é o impulso natural da mente para
agarrar e querer mais.
Está vendo aquelas áreas nas quais você não
conseguiu simplesmente ficar com o que é.
A paciência permite a todas as coisas serem do jeito que são, permite a todas as coisas crescerem e se desenvolverem conforme o projetado,
A paciência permite a todas as coisas serem do jeito que são, permite a todas as coisas crescerem e se desenvolverem conforme o projetado,
impede
você de interferir e colocar o ego no meio, ou tornar-se arrogante em razão de
seu despertar e de impingi-lo aos outros, e evita que se impaciente quando
falta a alguém percepção ou compreensão.
Tudo o que você precisa fazer é só relaxar no
momento presente. Simplesmente abra mão, renuncie a tentar e a não tentar,
abandone a paciência e a impaciência, renuncie à tolerância e à
intolerância, renuncie à equanimidade e à perturbação.
E,
ao renunciar, limite-se a estar presente, do jeito que você é, sem nenhum
outro acontecimento. Encare a impaciência como mais um dos jogos da mente, mais
uma forma de interferência do ego. Convide-a a entrar e lhe ofereça um chá!
O que é equanimidade?
Postado por Dharmadhannya
Que os anjos, arcanjos, Serafins, Elohim me protejam e o meu espaço...
Que os Serafins lutem no meu lugar.
que o Arcanjo Metraton, me abençoe
com a graça do seu amor e com sua espada.
Seja feita a Vontade de Deus
Justiça seja feita.
Deus está nas asas dos Serafins
Este espaço está protegido pelos anjos e por Hermes
O que é equanimidade?
Falemos do sétimo fator
da iluminação, equanimidade, que em páli se diz upekkha. É
fundamental entender que não se trata de indiferença ou um distanciamento das
pessoas, da vida ou de si mesmo.
Equanimidade sugere não ampliar problemas nem
prazeres, de modo que se torne possível passar pelas situações da vida sem que
as mesmas produzam na mente algo mais além da própria experiência, como por
exemplo angústias de ordem psicológica.
A etimologia da palavra
sugere o sentido de examinar, explorar, sem ser “pego” pelo que se observa.
Pode significar também ter uma visão ampla ou de conjunto acerca das coisas de
modo que não somos abalados exatamente devido a esta visão de conjunto. O
exemplo que Gil Fronsdal dá é bastante esclarecedor: a avó, por ter experiência
na criação dos próprios filhos não fica presa ou identificada aos dramas dos
netos, embora os ame[1].
No Abhidhamma o termo que designa upekkha é tatramajjhattata traduzido
por Piyadassi como neutralidade e Fronsdal explica como significando “estar
firme diante de tudo isso”. Equilíbrio diante de toda agitação que a vida possa
trazer junto com uma calma resultante do conhecimento e reflexão. Tudo isso
está contido em upekkha.
Portanto, podemos
concluir que a equanimida
de nos protege de todas as oscilações da vida, sejam
elas boas, sejam ruins. A pessoa equânime desfruta o bem de modo desapegado e
passa pela experiência negativa também de modo desapegado.
Um exemplo que me
ajuda a entender este último ponto é pensar nas reações
diante de uma injeção:
algumas pessoas parecem sentir uma dor muito maior do que a da agulha, outras
não reagem de modo tão intenso ou dramático. Apenas sentem a agulha.
Quando
aprendemos a apenas sentir a agulha, estamos alimentando o fator da iluminação
da equanimidade.
Hoje terminamos a
apresentação dos sete fatores da iluminação. Espero que possa ser útil no
caminho de todos pelo menos como um convite a um estudo mais aprofundado do
assunto e sua conexão com a prática de cada um. desconheço o autor...
Postado por Dharmadhannya
Que os anjos, arcanjos, Serafins, Elohim me protejam e o meu espaço...
Que os Serafins lutem no meu lugar.
que o Arcanjo Metraton, me abençoe
com a graça do seu amor e com sua espada.
Seja feita a Vontade de Deus
Justiça seja feita.
Deus está nas asas dos Serafins
Amem
Meu blog foi clonado inteiramente, este texto também
por isto estou em oração permanente contra ataques
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Estou neste momento me unindo com o Poder e a Força da Unidade, com o poder de todos os anjos, querubins, Serafins, Elohim.
Kodoish! Kodoisch! Kodoisch!
Melchizedek, Sandalfon, Metraton,
Gabriel, Rafael, Haniel, Miguel, Camael, Tsadkiel,
Raziel, Uriel, Samuel.
Kodoish! Kodoisch! Kodoisch!
Os anjos seguem na frente abrindo meus caminhos
e me protegendo Com a Justiça Divina. Amém!
Kodoish! Kodoisch! Kodoisch!
Postado por Dharmadhannya
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